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A febre maculosa brasileira matou no ano passado em todo o Brasil, em média, quatro em cada dez pessoas que foram diagnosticadas com a doença. Agora, um surto no interior de São Paulo chama atenção mais uma vez para uma infecção que tem cura, mas que precisa ser identificada rapidamente

A dentista Mariana Gioardano, de 36 anos, o namorado dela, o piloto de automobilismo Douglas Pereira Costa, 42 (foto), e uma mulher não identificada, de 28 anos, faleceram vítimas da doença nesta semana. Todos estiveram na mesma festa em uma fazenda em Campinas. Com isso, já chegam a 16 os casos de febre maculosa em São Paulo, dos quais seis pessoas morreram. No ano passado, SP registrou 63 casos, com 44 óbitos

Embora seja uma doença para a qual existe tratamento, a demora para fechar o diagnóstico — e, consequentemente, para o início da administração do antibiótico adequado — costuma ser fatal para o paciente.

Isso ocorre porque a febre maculosa pode ser confundida com outras doenças chamadas exantemáticas, que causam febre, dores no corpo, cansaço e manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular), como leptospirose e dengue, por exemplo.

Proteger-se da febre maculosa brasileira, a que provoca o surto atual, exige algumas medidas de cuidado individual. Primeiramente, é preciso saber que esta não é uma doença disseminada em todo o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, tem sido registrada em estados da região Sudeste e no norte do Paraná. Em São Paulo, o maior número de casos registrado nos últimos anos foi em Campinas e Piracicaba.

O vetor de transmissão é o carrapato-estrela. Porém, apenas 1% deles é infectado com a bactéria causadora da febre maculosa brasileira, a Rickettsia rickettsii.

Os hospedeiros primários do carrapato-estrela são, principalmente, capivaras e cavalos. "Como o carrapato fica infectado? Precisa ter o ciclo da bactéria Rickettsia rickettsii, que ocorre na capivara, chamado viremia. Aí o carrapato pica a capivara, cai no chão, aí a gente passa perto, e esse carrapato está com a bactéria, em qualquer fase da vida dele", explica a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas, Andrea von Zuben.

Dessa forma, andar em locais de vegetação — parques, praças, fazendas, pastos, matas, pesqueiros, margens de rios, córregos e lagoas — pode representar um risco nesses lugares endêmicos. "O carrapato fica em áreas de mato. Então, se você vai a uma área dessas, existe um risco, sim, por estar em uma área de circulação do carrapato infectado. Por exemplo, uma capivara que circula numa região que tem o carrapato, ou um gambá que tem o carrapato, e você entra no espaço de convívio desses animais, o carrapato pode estar lá no campo, sem necessariamente estar em contato direto com o animal", acrescenta o infectologista Evaldo Stanislau, do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, e professor do curso de medicina da Universidade São Judas em Cubatão.

"O carrapato-estrela está em qualquer lugar que tenha essa circulação de hospedeiro e vegetação. Ele não anda, fica parado na planta. A gente só pega se for até ele, ele não vem até nós", ressalta Andrea von Zuben.

O veterinário Adriano Pinter, pesquisador do Instituto Pasteur, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, esclarece que não há repelentes capazes de impedir que os carrapatos entrem em contato com a nossa pele. "Esses repelentes para uso contra mosquito não têm ação eficiente para carrapato. As únicas formas de proteção são evitar as áreas com carrapatos — que seria o ideal — ou, se precisar ir a área com carrapato, usar calçados de cano alto, botas, colocar a calça dentro das botas; às vezes a gente põe fita adesiva para isolar as botas da calça".

Outra dica dos especialistas é sempre inspecionar a pele após passar por áreas onde esses carrapatos podem estar. "Ele parece uma pinta no nosso corpo. A maioria das pessoas tem febre maculosa na época em que ele é micuim, porque não enxerga ele no corpo. Se você se inspecionar, às vezes não vê, achando que é uma pinta. Geralmente vai perceber quando começa a coçar", alerta Andrea.

Mas o que fazer se encontrar um carrapato-estrela na pele? Ele precisa permanecer por um período de pelo menos quatro horas para transmitir a doença. É preciso removê-lo com uma pinça e nunca amassá-lo. Ainda assim, em caso de febre nos 15 dias seguintes ao contato, deve-se procurar um médico e relatar o ocorrido. O tratamento com antibiótico feito nas primeiras 72 horas do início dos sintomas é o ideal. Após esse período, a febre maculosa entra em uma fase grave.

R7

Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) identificaram CBD (canabidiol) nos frutos e nas flores de uma espécie nativa brasileira, a Trema micrantha Blume. A descoberta levanta a possibilidade de uso legal da substância para fins medicinais, uma vez que as normas atuais do país proíbem o plantio e o uso de plantas com as quais possam ser produzidas drogas alucinógenas. A espécie brasileira, ao contrário da Cannabis sativa (nome científico da maconha), não possui entre os componentes químicos o THC (tetrahidrocanabinol), de efeito psicoativo.

A Cannabis tem uso medicinal e industrial autorizado em países como os Estados Unidos, Canadá e Portugal. Mas, no Brasil, o Congresso ainda discute a liberação do cultivo da planta. Ações judiciais e medidas liminares têm garantido o cultivo de Cannabis ou a importação do canabidiol em casos isolados. No ano passado, uma resolução do Conselho Federal de Medicina determinou que os médicos só podem prescrever o CBD para o tratamento de epilepsias na infância e na adolescência. A medida inclui especificamente a síndrome de Dravet, a síndrome de Lennox-Gastaut e a esclerose tuberosa.

O professor do Instituto de Biologia da UFRJ e coordenador da pesquisa, Rodrigo Soares Moura Neto, explica que a planta nativa brasileira conseguiria fugir das barreiras legais impostas hoje à Cannabis.

“Quando você vende canabidiol, a Anvisa impõe uma restrição na fórmula, que só pode ter 0,2% de THC. No caso da planta brasileira, isso não seria um problema, porque não existe nada de THC nela. Também não haveria a restrição jurídica de plantio, porque ela pode ser plantada à vontade. Na verdade, ela já está espalhada pelo Brasil inteiro. Seria uma fonte mais fácil e barata de obter o canabidiol”, disse.

A Trema micrantha Blume costuma ser usada em processos de reflorestamento, por conta do crescimento rápido. As folhas dela também são conhecidas popularmente como analgésicos para tratar erupções na pele. Cientistas estrangeiros já tinham descoberto o canabidiol em uma planta da mesma família, a Trema orientale Blume, que não é nativa do Brasil. O estudo da UFRJ usou essa referência no início das investigações. A pesquisa conta com R$ 500 mil de recursos, obtidos por meio do edital de Ciências Agrárias, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa, do Rio de Janeiro, ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo do estado.

No estágio atual, cerca de dez pesquisadores — entre químicos, biólogos, geneticistas e botânicos — estão mapeando os métodos mais eficazes de análise e extração do canabidiol da planta. Em seis meses, estão previstos o fim da primeira fase e o início dos processos in vitro, quando vai ser analisado se o componente tem a mesma atividade que o canabidiol extraído da Cannabis sativa.

Cientistas têm apontado os benefícios do canabidiol no alívio da dor neuropática, em tratamentos de distúrbios psiquiátricos e neurodegenerativos e como analgésico adjuvante nos casos de câncer em estágio avançado.

Segundo o biólogo Rodrigo Moura Neto, o objetivo da pesquisa com a planta brasileira é estender esses benefícios a todos aqueles que precisarem do tratamento com a substância. A pesquisa conta com R$ 500 mil de recursos, obtidos por meio do edital de Ciências Agrárias, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa, do Rio de Janeiro, ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo do estado.

No estágio atual, cerca de dez pesquisadores — entre químicos, biólogos, geneticistas e botânicos — estão mapeando os métodos mais eficazes de análise e extração do canabidiol da planta. Em seis meses, estão previstos o fim da primeira fase e o início dos processos in vitro, quando vai ser analisado se o componente tem a mesma atividade que o canabidiol extraído da Cannabis sativa.

Cientistas têm apontado os benefícios do canabidiol no alívio da dor neuropática, em tratamentos de distúrbios psiquiátricos e neurodegenerativos e como analgésico adjuvante nos casos de câncer em estágio avançado.

Segundo o biólogo Rodrigo Moura Neto, o objetivo da pesquisa com a planta brasileira é estender esses benefícios a todos aqueles que precisarem do tratamento com a substância.

Agência Brasil

A pandemia do coronavírus, que impactou o mundo por mais de dois anos, foi responsável por reascender o tópico da vacinação, mas o retorno à normalidade não significa o abandono da prática. Classificadas pela Secretaria de Saúde como “o fator maior de proteção disponível atualmente”, a vacina da influenza e a bivalente atuam, respectivamente, contra a gripe e a covid-19, mas também podem causar reações.

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Dentre os sintomas apresentados após a prevenção contra os vírus estão: dores de cabeça e corporais, coriza, febre, espirros, calafrios e cansaço. De acordo com a imunologista Carolina Alcântara, esses sintomas ocorrem porque as vacinas são feitas para checar a imunidade das pessoas através estímulos que induzem a produção de anticorpos.

Ainda segundo a médica, a vacina pode gerar diferentes reações em cada indivíduo, pois depende de como foi fabricada e da capacidade do sistema imunológico.

Cuidados pós vacinação

Para a redução dos feitos da vacina, a imunologista destacou algumas recomendações, como uso de analgésicos e antitérmicos – que auxiliam na dor e febre – e aplicação de compressas frias nos locais doloridos. De acordo a Agência Estatual de Notícias do Paraná, as reações podem desaparecer entre 24h e 48h após a aplicação.

Outro aviso de Alcântara se refere ao tempo de imunização após a aplicação da vacina. A médica explicou que a proteção da prevenção, em sua totalidade, somente ocorre de duas a três semanas depois da aplicação, ou seja, antes desse prazo não há garantia efetiva de defesa contra as doenças.

Apesar dos possíveis efeitos, as vacinas contra gripe e covid-19 ajudam a evitar o agravamento das doenças classificadas como síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), que afetam o sistema respiratório e podem levar a óbito.

“O benefício da vacinação supera em muito os riscos de eventos adversos aos imunizantes”, destaca Carolina Alcântara.

Além de diminuir sintomas de enfermidades infecciosas atuais, a vacinação, desenvolvida em 1796, reduz as chances de retorno de doenças erradicadas. Ademais, segundo a Organização Mundial de Saúde, a vacinação salva quatro vidas por minuto.

3 min de leitura R7

Foto: Reprodução/Prefeitura de São Gonçalo

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Coordenação Estadual de Atenção a Saúde do Adulto e Idoso, realiza nesta quinta-feira (15), às 9h, evento alusivo ao Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa.

O evento acontecerá pela manhã, no espaço do SESC (Ilhotas), e busca dar visibilidade à data através de ações integradas com instituições parceiras que realizam atividades para esse público-alvo, tais como a Secretaria Estadual de Assistência Social (SASC), Secretaria Estadual de Educação, Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Secretaria de Segurança Pública (SSP/PI).

Serão ministradas palestras direcionadas a este público com profissionais como o psicólogo Francisco Kaio Ribeiro, que vai falar sobre “A terceira, será sempre a melhor idade” e a delegada do Idoso, Cassandra Moraes Souza, que ministra palestra intitulada “Violência contra a Pessoa Idosa é Crime”.

"Queremos dar visibilidade a esta data por meio de ações integradas com instituições parceiras", disse Leila Santos, superintendente de atenção primária à saúde e municípios da Sesapi.

O Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, comemorado anualmente no dia 15 de junho, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, com o objetivo de chamar a atenção para a existência de violações dos direitos dos idosos e divulgar formas de denunciá-las e combatê-las.

"A mensagem deste dia é passar mais carinho, cuidado, respeito e atenção para essas pessoas, muitas vezes esquecidas pela sociedade e pela própria família", Luciana Sena, coordenadora estadual de Atenção a Saúde do Adulto e Idoso.

Sesapi