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Uma pesquisa realizada pela Recover Covid (Iniciativa de Pesquisa em Covid para Melhorar a Recuperação) mostrou que dores de cabeça, fraqueza e tosse crônica estão entre as principais sequelas relatadas por pacientes que passaram pela Covid longa - que excede 30 dias de infecção.

Essas são algumas das 37 consequências listadas na forma persistente da doença, no estudo publicado na JAMA (Journal of the American Medical Association) Network. A investigação contou com 9.764 participantes, divididos entre infectados e não-infectados, que relataram os impactos da doença na saúde física e no bem-estar, comparando os resultados com o segundo grupo.

Entre os 37 sintomas relatados, estão a fadiga, tontura, confusão mental, sintomas gastrointestinais, palpitações, mudanças no desejo ou capacidade sexual, perda ou alteração no olfato ou no paladar, sede, tosse persistente, dores no peito, movimentos anormais, boca seca, fraqueza, dores de cabeça, tremores, dores musculares e abdominais, febre, calafrios e distúrbios do sono.

Ainda, foram constatados sintomas menos comuns, como a perda de cabelo, erupções cutâneas e mudanças na cor da pele. O estudo mostrou, também, que a Covid longa foi mais frequente entre os participantes não-vacinados, quando comparados aos que foram imunizados. Os sintomas foram mais graves em pacientes infectados antes da variante Ômicron circular.

R7

A obesidade e o sobrepeso são apontadas como grandes causas do desgaste e degeneração das articulações, por causar um trauma repetitivo no joelho por conta da ‘sobrecarga’. Mas não é só essa explicação para a obesidade ser maléfica para as articulações: um estudo recente descobriu que ela muda o ambiente dentro das articulações das pessoas, promovendo condições pró-inflamatórias que pioram a artrite. “Os pesquisadores descobriram que células específicas no tecido de revestimento articular (sinóvia) de pacientes com osteoartrite estão sendo alteradas devido a fatores associados à obesidade”, explica o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Segundo o médico, pesquisas anteriores mostraram que o tecido adiposo que foi metabolicamente alterado pela obesidade libera proteínas chamadas citocinas e adipocinas, que são conhecidas por promover a inflamação em todo o corpo. “Esse estudo, no entanto, observou que em células retiradas de biópsias de articulações artríticas, a obesidade também altera o ambiente dentro da própria articulação, deixando as células na articulação vulneráveis a serem 'transformadas' naquelas que promovem a inflamação”, acrescenta o médico.

Assim, a obesidade poderia promover o tipo de inflamação destrutiva nas articulações que vai muito além do esperado pelo desgaste, pois acontece mesmo em articulações que não suportam peso, como as mãos. “Mas com essa observação, concluímos que a obesidade é duplamente lesiva aos joelhos: por conta do excesso de peso e em razão da inflamação gerada dentro da articulação”, destaca o médico. “A obesidade está criando um ambiente no corpo que está afetando negativamente as células chamadas fibroblastos sinoviais, que são células-tronco envolvidas na regulação do fluido lubrificante das articulações. Então, como maçãs-podres em um barril, eles começam a afetar toda a articulação, aumentando a secreção de substâncias químicas que degradam a articulação e aumentam a progressão da osteoartrite", acrescenta o médico.

A pesquisa O peso não foi elencado como o fator determinante para afetar as células das articulações, levando a uma maior inflamação, segundo a pesquisa. A equipe de pesquisadores usou informações de biópsia de uma variedade de articulações, incluindo articulações que suportam peso, como quadris e joelhos, bem como as mãos, para determinar se a tensão física adicional nas articulações associada à obesidade estava impulsionando citocinas pró-inflamatórias. Os resultados descobriram que houve impactos independentes da obesidade nas articulações que suportam e não suportam carga, e que entre os 16 pacientes com IMC acima de 30, o peso sozinho não foi responsável pelas alterações moleculares nessas articulações. “Este estudo fornece mais evidências de que a osteoartrite não é apenas inevitável 'desgaste', mas o resultado de alterações bioquímicas complexas e diversas na articulação.

A pesquisa revelou que a obesidade pode levar a uma alteração nas células do revestimento articular para torná-las mais inflamatórias, e que essas alterações ocorrem não apenas nas articulações que suportam carga, como joelho e quadril, mas também nas articulações que não suportam carga, como a mão”, explica o médico. Os pesquisadores acreditam que as descobertas aumentam a compreensão do que pode causar osteoartrite, aproximando da descoberta de tratamentos mais eficazes no futuro. “Mas devemos lidar com também o problema metabólico, incentivando o paciente a adotar novos hábitos de vida”, finaliza o médico.

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Um medicamento contra diabetes, barato e amplamente disponível, reduziria em 40% o risco de desenvolver Covid de longa duração após a infecção, de acordo com um estudo publicado na última quinta-feira (8).

A descoberta pode ser um marco na luta contra essa doença ainda misteriosa que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), afeta uma em cada dez pessoas infectadas. Um ensaio clínico de fase 3 testou um medicamento chamado metformina, atualmente o tratamento mais utilizado no mundo para diabetes tipo 2.

Isso significa que se trata de um medicamento considerado seguro, além de ser de baixo custo e estar amplamente disponível no mercado.

O estudo, publicado na revista Lancet Infectious Diseases, envolveu 1.126 pessoas com sobrepeso ou obesidade nos Estados Unidos, metade delas tratada com metformina e a outra, com placebo, nos dias após o teste positivo de Covid-19.

Dez meses depois, 35 dos participantes que tomaram metformina receberam um diagnóstico de Covid de longa duração, em comparação com 58 no grupo do placebo, o que representa uma redução de 40% no risco, indica a pesquisa.

O ensaio clínico foi realizado de dezembro de 2020 a janeiro de 2022, o que incluiu a variante Ômicron, que causa menos casos de Covid longa do que as variantes anteriores.

A equipe responsável pelo estudo já havia demonstrado anteriormente que esse remédio reduz em mais de 40% o risco de hospitalização e morte entre os infectados pela Covid.

O médico Jeremy Faust, da Faculdade de Medicina de Harvard, que não tem envolvimento com o estudo, diz que os resultados são "potencialmente notáveis" na pesquisa sobre Covid persistente.

No entanto, Frances Williams, professora de epidemiologia no King's College de Londres, observa que, por se tratar de um método preventivo, ele obriga a medicação de pessoas que provavelmente não teriam contraído a doença.

Os sintomas de longo prazo da Covid incluem fadiga, dificuldades respiratórias, problemas de memória e concentração, tosse e dificuldade para falar.

AFP