Os efeitos da cafeína no corpo humano podem variar muito de pessoa para pessoa; e o consumo do café em doses adequadas pode ser muito benéfico para a saúde.

Para exemplificarmos de maneira mais clara os efeitos do café na saúde humana, neste novo estudo, cientistas recrutaram 100 mulheres e homens saudáveis na cidade de São Francisco, Estados Unidos. Eles os equiparam com Fitbits (que são relógios inteligentes, com monitores de glicose) e utilizaram aparelhos de eletrocardiograma, para rastrear os ritmos cardíacos durante duas semanas.

O estudo feito pela The New England Journal of Medicine, também relata que as pessoas se movem mais, andando cerca de mil passos por dia. Mas em contrapartida, a cafeína pode aumentar e muito os riscos de palpitações cardíacas.

Cada participante foi orientado a beber o tanto de café que quisesse por dois dias e depois não ingerir a bebida por mais dois dias, refazendo esse ciclo por um breve período de 14 dias. Os estudiosos conseguiram descobrir que nos dias em que consumiam café, os participantes deram em média 1.059 passos a mais do que nos dias sem ingerir a bebida. Mas nesses dias em que ingeriam, o sono foi bem prejudicado, com os participantes dormindo cerca de 38 minutos a menos. Quanto mais café eles bebiam, mais atividade física era feita e dormiam menos.

O café também afetou de maneira direta o coração. Os estudiosos não encontraram evidências de uma relação significativa entre o consumo de café e as contrações prematuras no coração, que são os batimentos cardíacos precoces, que são muito comuns e que todos nós experimentamos em algum momento de nossas vidas. Esses batimentos surgem das câmaras superiores do coração, explicaram os pesquisadores no artigo publicado. Eles sentiram essas “palpitações” como uma vibração ou batida mais forte no peito.

“Pessoas com mais contrações atriais prematuras correm maior risco de desenvolver um distúrbio clinicamente significativo do ritmo cardíaco chamado fibrilação atrial”, declarou Marcus, um dos responsáveis pela publicação do estudo.

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As taxas de tabagismo no Brasil caíram em relação às do período pré-pandemia. De acordo com o Covitel 2022, inquérito telefônico de rastreamento de doenças crônicas não transmissíveis, a redução da prevalência foi de 2,5 pontos percentuais em comparação aos níveis antes da Covid-19 e ao primeiro trimestre de 2022.

cigarro

Organizado pelas entidades Vital Strategies Brasil, Umane, Instituto Ibirapitanga, Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e UFPel (Universidade Federal de Pelotas), o Covitel teve uma amostragem de 9.000 pessoas e foi publicado em março de 2023.

A prevalência do consumo de cigarros tradicionais foi de 14,7%, antes da pandemia, para 12,2%, no começo de 2022. A redução foi mais expressiva entre os homens.

No pós-pandemia, 7,3% dos entrevistados disseram ter experimentado cigarro eletrônico, o mesmo percentual dos que também afirmaram ter provado narguilé, a maioria jovens adultos, com idade entre 18 e 24 anos (17% e 19,7%, respectivamente).

A pneumologista Suzianne Lima, da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), afirma que a redução do consumo de cigarros tradicionais ocorre desde 2005.

Em contrapartida, os cigarros eletrônicos tiveram um boom de consumo nos últimos três anos.

"Os jovens, fechados em casa durante a pandemia, sob as fake news de que o cigarro eletrônico não faz mal, não tem nicotina ou que ajudaria a parar de fumar, aumentaram seu consumo", explica. Essas ideias geraram, então, uma estagnação e queda pouco expressiva no tabagismo em geral, justamente pela tentativa de largar o cigarro convencional em substituição pelo eletrônico. Muitas pessoas acabam retornando ao primeiro.

A médica alega que tal experimentação se dá por alguns apelos oferecidos pelos produtos: design, cheiro, sabores personalizados.

"Apesar dessa mensagem sedutora da indústria, a maioria dos novos dispositivos eletrônicos contém nicotina, muitas vezes com uma concentração desconhecida, que é mascarada por sabores e aromas, e com aparência mais moderna", afirma a otorrinolaringologista Roberta Pilla, membro da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial).

Roberta acrescenta que outro ponto que pode justificar o aumento do consumo, principalmente entre os jovens, é o fato de o cigarro eletrônico não deixar cheiro residual.

Assim, o consumo se torna mais discreto e sigiloso, gerando dificuldade para descobrir o uso entre menores de 18 anos, além de o produto não soltar fumaça com odor desagradável, não espalhar bitucas nem provocar mau hálito, de acordo com a otorrinolaringologista.

Entretanto, essa ideia de que tais artigos não seriam prejudiciais não passa de uma mentira. Eles contêm, sim, substâncias que são tóxicas ao organismo, com elementos potencialmente — e alguns comprovadamente — cancerígenos.

"Qualquer tabaco fumado contém substâncias tóxicas e está associado a um aumento de câncer. Muitos deles têm nicotina, além de outros componentes que, quando aquecidos, causam lesões no trato respiratório", complementa a otorrinolaringologista Maura Neves.

Suziane esclarece que os cigarros eletrônicos novos, da quarta geração, são compostos de sais de nicotina, que conseguem atravessar a barreira hematoencefálica (estrutura que impede a passagem de substâncias do sangue para o sistema nervoso central) em poucos segundos, causando grande dependência, e de forma rápida.

O cigarro eletrônico aumenta em três vezes o risco de os usuários experimentarem o tabaco tradicional em algum momento seguinte.

Roberta alega que, no cenário pós-pandemia, é possível observar um padrão maior de estresse, associado com a carga de trabalho e pressões do cenário econômico, além da possibilidade de trabalho remoto, que vem fazendo com que muitos profissionais tenham jornadas mais longas.

Com isso, a especialista argumenta que as pessoas recorrem mais facilmente ao tabagismo, uma vez que se apresenta como um meio, pela nicotina (um estimulante), de gerar uma sensação de “bem-estar” que tem alto poder de vício.

Quanto ao fato de a redução de consumo do cigarro tradicional entre as mulheres ser menos expressiva, a pneumologista afirma que o sexo feminino deixa de fumar de forma mais lenta que o masculino devido a fatores que causam ansiedade e estresse, em razão da sobrecarga enfrentada na rotina e de jornadas triplas em muitos casos.

Por fim, as profissionais alegam que não é possível afirmar que pessoas que pararam de fumar na pandemia tenham voltado ao consumo. Entre as variáveis que precisarão ser observadas a partir de agora para determinar se é uma tendência estão, por exemplo, se o cigarro eletrônico vai impulsionar o retorno das pessoas ao cigarro tradicional.

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Um estudo inédito realizado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) traz um alerta global que inclui também o Brasil. Aqui, mais de 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose de vacinas que fazem parte do esquema básico, como a DTP (que protege de difteria, tétano e coqueluche) e a da pólio.

O relatório "Situação Mundial da Infância 2023: Para cada criança, vacinação", divulgado nesta quinta-feira (20), revela que, no Brasil, 1,6 milhão de crianças não tomaram sequer a primeira dose da DTP. Se consideradas as 700 mil que não tomaram os reforços, 2,4 milhões estão sem a imunização. Em relação à vacina da pólio, o número é o mesmo da primeira dose da DTP: 1,6 milhão de crianças não receberam o imunizante entre 2019 e 2021.

O Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde preconiza que as crianças recebam a vacina DTP+Hib+HB, conhecida como pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B. aos 2 meses. Os dois reforços seguintes são feitos com a DTP, aos 15 meses e 4 anos.

Já o esquema vacinal recomendado da pólio é de três doses, sendo a primeira aos 2 meses de idade, com o imunizante inativado, e outros dois reforços, aos 4 e 6 meses, com a vacina atenuada (gotinha). O período do estudo abarca bebês nascidos um pouco antes ou durante a pandemia de Covid-19 que estão completamente desprotegidos de doenças graves, afirma o representante do Unicef no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil.

"Essas crianças foram deixadas para trás, ficando desprotegidas frente a doenças sérias e evitáveis. As crianças nascidas pouco antes ou durante a pandemia agora estão ultrapassando a idade em que normalmente seriam vacinadas, ressaltando a necessidade de uma ação urgente para alcançar aquelas que perderam as vacinas e prevenir surtos e a volta de doenças já erradicadas no Brasil, como a pólio", diz em comunicado.

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Os tumores colorretais de início precoce, que acometem pessoas com menos de 50 anos, devem se tornar em breve a principal causa de morte por câncer de indivíduos entre 29 e 50 anos nos Estados Unidos, segundo estimativas oficiais. Desde o início da década de 1990, a incidência ajustada por idade desse tipo de câncer aumentou a um índice de 2% a 4% ao ano em muitos países, incluindo o Brasil, com crescimento ainda mais acentuado entre indivíduos com menos de 30 anos. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima que anualmente surgirão 44 mil casos aqui.

cancerreto

O cólon e o reto constituem o chamado intestino grosso; o primeiro tem aproximadamente 1,5 m de comprimento e se divide em quatro seções: cólon ascendente (onde fica uma bolsa chamada ceco), cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmoide. É nessa parte do corpo que ocorre a absorção de água e sal da matéria alimentar que já passou pelo intestino delgado. O restante dessa massa vai para o reto, que são os 15 cm finais do sistema digestivo. Lá, fica armazenado até ir para o ânus na evacuação.

A maioria dos cânceres colorretais tem origem em crescimentos chamados pólipos, localizados no revestimento interno do cólon ou reto. Embora nem todos os pólipos se transformem em câncer, alguns tipos podem sofrer essa mudança ao longo de muitos anos. A probabilidade de um pólipo evoluir para câncer varia de acordo com o tipo em questão, já que existem variações.

A investigação de câncer colorretal é um dos métodos mais usados de rastreamento do câncer colorretal. Se apresentar um ou mais sintomas a seguir, é recomendado procurar um médico para uma investigação mais aprofundada

A presença de sangue nas fezes ou no papel higiênico após se limpar deve ser um sinal de alerta. Podem ser, por exemplo, hemorroidas, mas também um sinal de câncer colorretal. Se o quadro persistir, é importante ir ao médico

Dor abdominal.

Dores abdominais podem ter diversas origens e causas, que vão desde gases até outras condições, incluindo câncer colorretal. Se você as sente com frequência, relate o problema a um especialista.

Barriga inchada.

Assim como a dor, a sensação de inchaço no abdômen tem vários tipos de causa. Fique atento, entretanto, se ela durar mais de um mês e for acompanhada de vômito ou sangue nas fezes.

Mudanças nos hábitos intestinais.

Diarreia, constipação ou sensação de que o intestino não se esvazia completamente após a evacuação devem ser vistas com atenção.

Emagrecimento repentino.

A perda de peso não intencional deve ser observada, porque pode ser outro sinal de câncer colorretal.

Cansaço e falta de ar

Embora esses possam ser sinais de várias doenças, também podem mostrar que a pessoa está com anemia, uma condição associada ao câncer de cólon.

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