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Consumir prebióticos, tipos de fibra encontrados em plantas que estimulam bactérias benéficas no intestino, pode ajudar a manter um microbioma intestinal saudável. Em um novo estudo, cientistas estimaram o conteúdo de prebióticos de milhares de alimentos usando literatura preexistente para descobrir quais oferecem o maior teor de prebióticos.

De acordo com o trabalho, os alimentos que oferecem a maior quantidade de prebióticos são folhas de dente-de-leão, alcachofras-de-jerusalém, alho, alho-poró e cebola. Além de apoiarem os micróbios intestinais, os alimentos ricos em prebióticos contêm alta quantidade de fibras, que muitas pessoas não consomem o suficiente.

"Comer alimentos densos em prebióticos é indicado por pesquisas anteriores como benéfico para a saúde", disse Cassandra Boyd, estudante de mestrado da Universidade Estadual de San José, que conduziu a pesquisa com o professor assistente John Gieng.

Segundo a autora, "adotar uma dieta que promova o bem-estar do microbioma ao consumir mais fibras pode ser mais acessível do que você imagina".

Cassandra apresentará as descobertas na Nutrition 2023, a principal reunião anual da American Society for Nutrition, que será realizada até terça-feira (25), em Boston, nos Estados Unidos. O que são os prebióticos

Prebióticos, que podem ser considerados alimentos para o microbioma, são diferentes dos probióticos, que contêm microrganismos vivos. Ambos podem beneficiar potencialmente a saúde do microbioma, mas funcionam de maneiras diferentes.

Estudos têm relacionado o maior consumo de prebióticos com melhor regulação da glicose no sangue, melhor absorção de minerais, como cálcio, e com indicadores de melhor função digestiva e imunológica.

Embora a maioria das diretrizes dietéticas atualmente não especifique uma dose diária de prebióticos, a Associação Científica Internacional de Probióticos e Prebióticos recomenda a ingestão de 5 g por dia. O estudo

Para o estudo, os pesquisadores utilizaram resultados científicos previamente publicados para analisar o conteúdo de prebióticos de 8.690 alimentos contidos no Banco de Dados de Alimentos e Nutrientes para Estudos Dietéticos, uma fonte muito usada por cientistas para estudar nutrição e saúde.

Aproximadamente, 37% dos alimentos no banco de dados continham prebióticos.

As folhas de dente-de-leão, alcachofra-de-jerusalém, alho, alho-poró e cebola apresentaram as maiores quantidades, variando de cerca de 100 mg a 240 mg de prebióticos por grama de alimento (mg/g).

Outros alimentos ricos em prebióticos são anéis de cebola, creme de cebola, feijão-caupi, aspargo e cereal Kellogg's All-Bran, cada um deles com cerca de 50 a 60 mg/g.

"As descobertas de nossa revisão preliminar da literatura mostram que cebola e alimentos relacionados contêm várias formas de prebiótico, resultando em maior conteúdo total de prebióticos", disse Cassandra.

A pesquisadora atesta ainda que "diferentes formas de cebola e alimentos relacionados aparecem em uma variedade de pratos, tanto como temperos quanto como ingredientes principais".

"Esses alimentos são comumente consumidos pelos americanos e, portanto, seriam um alvo viável para aumentar o consumo de prebióticos", considera.

Com base nas descobertas da equipe, Cassandra concluiu que uma pessoa precisaria consumir aproximadamente metade de uma cebola pequena (120 g) para obter 5 g de prebióticos.

Produtos que contêm trigo ocupam uma posição mais baixa na lista. Alimentos com pouco ou nenhum conteúdo de prebiótico incluem lácteos, ovos, óleos e carnes.

Os pesquisadores esperam que o estudo forneça uma base para ajudar outros cientistas a avaliar o impacto dos prebióticos na saúde e informar as futuras diretrizes dietéticas.

Eles ressaltam que mais pesquisas são necessárias para entender como o cozimento afeta o conteúdo de prebióticos e para avaliar melhor os alimentos que contêm múltiplos ingredientes.

R7

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Michigan, nos EUA, revelou que mulheres com histórico de endometriose apresentaram maiores concentrações de cádmio na urina, indicando uma possível ligação entre o metal pesado e o desenvolvimento da doença. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira no periódico científico Human Reproduction.

endometriose

O cádmio é um tipo de metal que pode ser prejudicial para a saúde e tem uma característica especial, sendo chamado de "metaloestrogênio", porque pode agir de forma semelhante ao hormônio estrogênio em nosso corpo. Nos Estados Unidos, segundo o artigo, muitas pessoas acabam entrando em contato com o cádmio sem perceber, principalmente ao inalarem a fumaça do cigarro ou ao comerem alimentos contaminados, como espinafre e alface.

Embora outras pesquisas já tenham explorado a possível conexão entre o cádmio e a endometriose, este estudo é o mais abrangente ao utilizar a medição do metal na urina para avaliar a exposição ao longo do tempo.

Para conduzir essa pesquisa, os cientistas utilizaram dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES, na sigla em inglês), que representa a população dos Estados Unidos entre 1999 e 2006.

Eles restringiram a população estudada a pessoas com idades entre 20 e 54 anos, que também tinham informações sobre o diagnóstico de endometriose.

Os pesquisadores analisaram os dados e classificaram os níveis de cádmio em quatro grupos, conhecidos como quartis.

O primeiro quartil representa a menor exposição ao metal, e o quarto quartil representa a maior exposição.

Os resultados indicaram que as participantes que estavam no segundo e terceiro quartis tinham duas vezes mais chances de terem sido diagnosticadas com endometriose em comparação com aqueles no primeiro quartil.

Além disso, as concentrações urinárias de cádmio no quarto quartil mostraram um aumento de 60% na prevalência de endometriose.

"Ao observar os fatores de risco ambientais, como o metal cádmio, estamos nos aproximando da compreensão dos fatores de risco para essa condição”, disse em comunicado a primeira autora do estudo, Mandy Hall, analista de dados do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Estadual do Michigan.

No Brasil, a endometriose afeta uma em cada dez mulheres. Um estudo feito pela SBE (Sociedade Brasileira de Endometriose) mostrou, neste ano, que 57% das pacientes com a doença sofrem com dores crônicas; e em 30% dos casos há infertilidade.

A endometriose é uma condição médica na qual o tecido semelhante ao revestimento do útero, chamado endométrio, cresce fora do útero. Essas áreas de tecido endometrial podem ser encontradas em órgãos próximos, como os ovários, trompas de falópio e outros órgãos pélvicos.

A endometriose pode causar dor intensa durante o período menstrual e relações sexuais, além de outros sintomas como sangramento irregular e infertilidade em algumas mulheres.

É uma condição crônica e pode afetar significativamente a qualidade de vida das pacientes, exigindo tratamento médico adequado.

R7

Foto: freepik

A febre hemorrágica da Crimeia-Congo (CCHF, na sigla em inglês) causou a morte de pelo menos 57 pessoas e mais de 500 casos positivos detectados no Afeganistão desde o início deste ano, segundo confirmaram na quinta-feira (20) autoridades do país à agência de notícias EFE.

"Desde janeiro, 57 pessoas morreram de doença do Congo e mais de 500 casos positivos foram registrados em diferentes províncias do país", disse à EFE o porta-voz do Ministério de Saúde Pública afegão, Sharafat Zaman Amar. O aumento de casos deste vírus no país asiático preocupa as autoridades sanitárias afegãs, que apenas dispõem de recursos médicos e econômicos para fazer face à prevenção de casos e às consequências desta doença endêmica no Afeganistão.

“Essas preocupações são agravadas porque não há vacina ou tratamento para CCHF e o Afeganistão carece de infraestrutura de saúde pública adequada para prevenir, detectar e conter esses casos”, disse à EFE um médico de um hospital público do país.

Além disso, o Banco Central de Sangue do Afeganistão sofre com escassez de sangue e não consegue abastecer os centros de saúde do país, dificultando ainda mais o acesso a um serviço preventivo nas áreas mais vulneráveis. “Infelizmente, é verdade que, devido à sobrecarga de pacientes com doenças do sangue, estamos enfrentando escassez”, disse à EFE o diretor do Banco Central de Sangue, Nasir Sadiq.

Este vírus pode causar surtos graves de febre hemorrágica viral, com uma taxa de mortalidade entre 10% e 40%.

A CCHF é endêmica na África, nos Balcãs, no Oriente Médio e Ásia em países abaixo de 50 graus de latitude norte, limite geográfico do carrapato Hyalomma, que é seu principal vetor.

Agência EFE

A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) está auxiliando a saúde do Maranhão na investigação e condução de casos de Febre do Nilo. Em encontro realizado na Sesapi, a vigilância epidemiológica do estado apresentou os procedimentos adotados pelo Piauí em relação à doença. O encontro foi realizado após o Piauí identificar, durante atendimento, um caso suspeito da doença proveniente do estado vizinho.

sesapi

A ideia da Sesapi é repassar para os profissionais do Maranhão todos os eixos para que um eventual caso seja elucidado. Entre os pontos abordados está a verificação da aparição de animais mortos por meio dos trabalhos da coordenação de saúde ambiental. “Como este é o primeiro caso suspeito da doença no estado do Maranhão, nos reunimos com a equipe de profissionais de lá que veio investigar o caso. Repassamos toda a nossa experiência com os casos já identificados e investigados no Piauí”, explicou a coordenadora de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.

O objetivo é auxiliar o Maranhão na construção de uma rede integrada de trabalho para investigação dos casos, permitindo assim que os dois estados tenham condições iguais de trabalho promovendo uma maior cooperação em ações de investigação, prevenção e enfrentamento. “Vimos essa necessidade de unir esforços com o Maranhão devido ao grande fluxo de pessoas transitando entre os estados. Estruturados corretamente para dar condução aos casos, temos mais meios de integrar os trabalhos e esforços na vigilância epidemiológica da região”, ressalta a superintendente de atenção primária a saúde e municípios da Sesapi, Leila Santos.

Atualmente, o estado do Piauí possui 11 casos confirmados da doença entre os anos de 2014 e 2022.

Sesapi