Pesquisadores do hospital Massachusetts Eye and Ear, nos Estados Unidos, demonstraram com sucesso a eficácia de um tratamento experimental para reverter a perda de auditiva genética em idosos.

audiçao

A tecnologia usa vetores do VAA (vírus adeno-associado) em camundongos velhos modificados com um gene (TMPRSS3) defeituoso que causa a perda auditiva em humanos. Ao injetar o AAV carregando uma versão saudável do TMPRSS3, a equipe observou um resgate auditivo robusto.

Os resultados do estudo foram publicados, na sexta-feira (26), na revista científica Molecular Therapy.

"Nossas descobertas sugerem que uma terapia genética mediada por vírus, por si só ou em combinação com um implante coclear, poderia potencialmente tratar a perda auditiva genética", afirmou em comunicado o pesquisador Zheng-Yi Chen, um dos autores do trabalho.

Segundo o cientista, "este também foi o primeiro estudo que resgatou a audição em camundongos idosos", o que sugere a viabilidade desse método mesmo para indivíduos com idade avançada.

Até 2050, espera-se que um em cada dez indivíduos viva com algum tipo de perda auditiva. Das centenas de milhões de casos de perda auditiva que afetam indivíduos em todo o mundo, a perda auditiva genética costuma ser a mais difícil de tratar.

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Estar infectado não é sinônimo de estar doente, uma sutiliza técnica que faz toda diferença. Uma pessoa com tuberculose é aquela que teve o corpo invadido pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e que, não conseguindo combater o agente infeccioso, pode ficar doente. Quando a pessoa é infectada, mas não desenvolve a doença, podemos estar diante de um quadro de Infecção Latente da Tuberculose (ILTB).

Segundo as estatísticas médicas, a maioria dos pacientes diagnosticados com esse tipo de tuberculose nunca irá desenvolver a versão ativa da doença, enquanto uma minoria, de 5 a 15% dos indivíduos, pode desenvolver o quadro em qualquer momento de suas vidas.

No Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), a tuberculose latente aparece como um tipo de tuberculose, estando no grupo do código A15, que designa “Tuberculose respiratória, com confirmação bacteriológica e histológica”.

Continue lendo o artigo para saber mais sobre a forma latente da doença, conhecendo seus principais sintomas, tratamento e diferenças com relação à forma ativa da tuberculose.

Índice — Neste artigo, você irá encontrar:

O que causa? Transmissão Grupos de risco Sintomas da tuberculose latente Qual a diferença entre tuberculose latente e ativa? Como é feito o diagnóstico? Tuberculose latente tem cura? Tratamento Como prevenir a tuberculose latente?

O que causa?

Assim como os demais tipos de tuberculose, o quadro latente também é causado pela Mycobacterium tuberculosis. Entretanto, neste caso, a bactéria está inativa no organismo, fazendo com que o paciente possa ser diagnosticado como infectado, apesar de não ter desenvolvido a doença.

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, explica que a maioria das pessoas consegue resistir ao adoecimento após a infecção pelo bacilo, desenvolvendo imunidade parcial à tuberculose.

O problema é que nem sempre os microorganismos são completamente derrotados e, quando alguns deles permanecem vivos pelo organismo, podemos ter um caso de infecção latente da tuberculose (ILTB).

De modo geral, não é comum que pessoas com ILTB transmitam tuberculose, pois a bactéria que causa a doença está em estado de dormência no organismo.

No entanto, é possível que o bacilo se torne ativo em algum momento, caso em que pode haver risco de transmissão para outras pessoas, uma vez que as bactérias podem viajar por meio das gotículas expelidas com a tosse ou com o espirro. Grupos de risco

Todas as pessoas estão sujeitas à infecção por tuberculose e não há método que ajude a identificar quando os bacilos ficarão ativos ou inativos, uma vez que as interações entre invasor e hospedeiro não são exatas e matemáticas: cada caso é único e é profundamente influenciado por suas particularidades.

Com isso em mente, o grupo de risco da ILTB compreende as pessoas mais vulneráveis a infecções de modo geral, além de englobar também aqueles que convivem com pacientes infectados. Sintomas da tuberculose latente

A ILTB, como vimos acima, é caracterizada pela infecção bacteriana sem manifestação ativa da doença. É como se os microorganismos estivessem “adormecidos” em algum lugar do corpo, só esperando uma oportunidade para ficarem ativos — ou não.

Sem doença, sem sintomas. As pessoas com a versão latente da tuberculose não demonstram as manifestações típicas da doença, ou seja, essa é uma condição assintomática, motivo pelo qual muitas vezes passa despercebida, sem que o hospedeiro tome consciência da infecção. Qual a diferença entre tuberculose latente e ativa?

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Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, sugere que pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 antes dos 60 anos têm mais risco de desenvolver demência nos anos seguintes. A pesquisa foi publicada no periódico científico especializado Diabetology.

demencia

Para tal associação, os pesquisadores observaram um estudo anterior, o ARIC (Atherosclerosis Risk in Communities), no qual os participantes tinham idade entre 45 e 60 anos no período de 1987 a 1989. Os pacientes foram acompanhados até 2019, com testes.

Todos realizaram exames para medir o nível de hemoglobina glicada (HbA1c) e testes cognitivos.

Os pesquisadores estabeleceram que os quadros de pré-diabetes poderiam ser medidos a partir das taxas de HbA1c entre 5,7% e 6,4% e observaram os diagnósticos subsequentes do tipo 2 da doença.

Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre pré-diabetes e demência.

Porém, entre os diabéticos, constatou-se:

  • um risco três vezes maior de demência para aqueles que desenvolveram diabetes tipo 2 antes dos 60 anos;
  • um risco ainda aumentado de 73% para os que desenvolveram a doença entre 60 e 69 anos; e
  • um risco aumentado de 23% para quem foi diagnosticado entre os 70 e 79 anos.

Entre os que tinham 80 anos ou mais, os pesquisadores não associaram o diabetes tipo 2 à demência.

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Em prontos atendimentos, clínicas e consultórios, médicos sempre deparam com pacientes que querem atestado para não comparecer ao emprego, mesmo sem nenhuma doença. Nesses casos, muitos inventam sintomas.

A vivência dos médicos garante-lhes experiência para identificar quando uma pessoa está mentindo sobre seu quadro de saúde. Há os que se recusam a dar um atestado, mas eles também podem recorrer a um código específico da CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) que tende a causar um grande problema para o paciente. Se o médico escrever no motivo do afastamento "Z76.5", estará alegando o seguinte motivo: pessoa fingindo ser doente (simulação consciente).

Um paciente desavisado pode não ver problema nisso, mas, ao apresentar o documento à empresa, é comum que o departamento de RH e a medicina do trabalho chequem a doença que afastou aquele colaborador. Verificada a CID Z76.5, a empresa pode optar por desligar o funcionário por justa causa. Existem sentenças recentes da Justiça do Trabalho que mantiveram a razão do empregador nesse tipo de decisão.

Em 2020, a 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, em Pernambuco, manteve uma sentença de primeira instância no caso de uma mulher que havia sido demitida por justa causa após apresentar um atestado médico com CID Z76.5.

O próprio médico que assinou o documento testemunhou no processo. Ele disse que, antes daquela ocasião, a mulher havia comparecido à UPA Nova Descoberta em 56 ocasiões, "na sua maior parte simulando doenças”.

Os desembargadores, portanto, mantiveram a tese do empregador, de que a mulher havia cometido ato de improbidade, previsto no art. 482, alínea A, da CLT.

Mas por que todos os médicos, então, que suspeitam de um paciente não colocam a CID Z76.5 no atestado? Porque eles podem ser punidos caso isso seja feito sem autorização do paciente.

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) já derrubou a cláusula de uma convenção coletiva que exigia que os atestados médicos tivessem CID para que fossem considerados válidos pelas empresas.

O fundamento é que os pacientes têm direito à privacidade. Caso o médico coloque a CID sem que haja concordância do paciente, pode enfrentar processo disciplinar no Conselho Regional de Medicina.

"O paciente tem direito à privacidade, e cabe exclusivamente a ele autorizar, na própria folha do atestado, a inclusão da Classificação Internacional de Doenças (CID). Nesse caso, o médico deve acatar a solicitação e registrar no prontuário", orienta o CRM-ES (Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo) em seu site.

Ainda de acordo com o TST, "o sigilo na relação médico-paciente é um direito inalienável do paciente, cabendo ao médico a sua proteção e guarda".

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