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O AVC (acidente vascular cerebral) é um evento de saúde grave que, de acordo com dados do Portal de Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, matou 87.518 brasileiros entre 1º de janeiro e 13 de outubro de 2022.

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"A prevalência do AVC é grande no Brasil, e é importante que a população saiba reconhecer os sinais de um. "Tempo é cérebro" é o lema, e, quanto mais tempo leva para desobstruir aquele vaso ou voltar o fluxo sanguíneo no cérebro desse paciente, mais problemas podem aparecer", esclarece o neurologista Diogo Haddad, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Os AVCs podem ser divididos em dois tipos: isquêmico e hemorrágico.

De acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, o AVC isquêmico é o mais comum, correspondendo a cerca de 80% dos casos. Esse tipo ocorre quando uma das artérias cerebrais é bloqueada, geralmente por um coágulo sanguíneo, impedindo o fornecimento de sangue e oxigênio ao cérebro.

O neurocirurgião Caio Nuto, diretor da SBN (Sociedade Brasileirra de Neurocirurgia), afirma que os sintomas do AVC isquêmico incluem fraqueza ou dormência em um lado do corpo, dificuldade na fala, confusão, problemas de visão e dificuldade para caminhar.

Os sintomas geralmente se desenvolvem rapidamente e podem progredir ao longo de minutos a horas.

Já o AVC hemorrágico corresponde aos outros 20% e acontece por sangramentos no cérebro ou ao redor dele, devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, interferindo na irrigação do órgão.

O Manual MSD explica que o contato do sangue com o cérebro irrita o tecido do órgão, podendo levar a convulsões.

Nuto afirma que, nesses casos, os sintomas mais frequentes incluem uma súbita dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, rigidez do pescoço, convulsões e perda de consciência. O diretor da SBN diz que, em ambos os casos, os sintomas mais comuns são:

  • fraqueza súbita ou dormência no rosto, braço ou perna, geralmente em um lado do corpo; • dificuldade repentina para falar ou compreender a fala; • confusão mental repentina ou dificuldade para entender as coisas; • alterações súbitas na visão, como visão turva, perda de visão em um ou ambos os olhos ou visão dupla; • tontura ou perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar; e • dor de cabeça súbita e intensa, muitas vezes sem causa aparente.

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Foto: Freepik/brgfx