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Teve início nesta quinta-feira (25), na Universidade Federal do Piauí (UFPI), a 11ª edição do Setembro Surdo. O evento, que segue até amanhã (26), é organizado pelo curso de Letras-Libras e integra a programação nacional do Setembro Azul, mês que simboliza a luta por direitos, visibilidade e inclusão das pessoas surdas no Brasil.

surdo

Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitários da UFPI, professor Emídio Matos, a realização do evento demonstra a maturidade acadêmica conquistada ao longo das edições. “O Setembro Surdo promove uma discussão extremamente relevante não apenas sobre a linguagem, no âmbito do curso de Letras, mas também sobre as políticas de inclusão. Nesse contexto, apresentamos algumas mudanças estruturais que a gestão da UFPI vem implementando, como a criação da COIDEIA, no âmbito da PRAEC, destinada a cuidar das pautas de inclusão, diversidade, equidade e acessibilidade”, destacou.

O professor também ressaltou a oferta de cursos de Libras em parceria com o curso de Letras-Libras, fundamentais para ampliar a comunicação dentro da comunidade acadêmica. “Outro marco importante foi a realização do primeiro Festival Paradesportivo da UFPI, que, após seis edições dos Jogos Universitários, abriu espaço específico para atividades construídas com a participação de pessoas com deficiência e com algum tipo de transtorno”, completou.

O coordenador do evento, professor Clevisvaldo Lima, reforçou a relevância do movimento no Estado. “O Setembro Surdo é fundamental porque é um momento em que damos visibilidade à comunidade surda, valorizamos sua cultura, sua língua e mostramos à sociedade a importância da inclusão. Aqui no Piauí, esse movimento é essencial para fortalecer a luta pelos direitos dos surdos e para conscientizar as pessoas sobre o respeito e a acessibilidade que todos merecem”, afirmou.

A solenidade de abertura contou ainda com a presença do diretor do CCHL, professor Vitor Sandes, e do representante do Centro Acadêmico de Letras, Ruan Rodrigues.

XI Setembro Surdo na UFPI

Criado em 2015, apenas um ano após a fundação do curso de Letras-Libras na UFPI, o Setembro Surdo consolidou-se como um espaço de formação, debate e celebração da cultura surda. Ao longo de suas edições, já reuniu pesquisadores de diversos estados, como Pernambuco, Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Norte, além de representantes de instituições que atuam diretamente com a temática da surdez no Piauí.

A edição de 2025 traz uma programação ampla e inclusiva, composta por palestras, oficinas, apresentações culturais e exposição de pôsteres. O evento reúne estudantes, professores, intérpretes, pesquisadores e membros da comunidade em geral, promovendo um espaço de troca de saberes e experiências.

Mais que um encontro acadêmico, o Setembro Surdo é um espaço de reflexão sobre políticas linguísticas, ensino da Libras, identidade surda e inclusão social. A cada edição, reafirma a importância da diversidade linguística e da acessibilidade comunicacional como pilares para uma sociedade mais justa e democrática.

Acesse a programação aqui.

Confira também o instagram @letraslibrasufpioficial.

Ufpi

O governador do Piauí, Rafael Fonteles, e o secretário da Educação, Washington Bandeira, autorizaram um dos maiores concursos públicos da história da Secretaria da Educação (Seduc). Serão 4 mil vagas para professores da rede estadual de ensino, sendo 2 mil para contratação imediata e 2 mil para cadastro de reserva. O decreto foi publicado, nessa terça-feira (23), no Diário Oficial do Estado.

seduconcurso

Segundo Washington Bandeira, o edital deve sair até o fim deste ano. A Seduc criou uma comissão para discutir os detalhes do concurso, com a participação de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte-PI), algo inédito.

“A realização deste grande concurso público, um dos maiores da história da Seduc, é mais uma prova clara e concreta de que o Governo Rafael Fonteles e a nossa gestão na Seduc têm como prioridades máximas a valorização dos profissionais da educação e o melhor ensino para os nossos estudantes da escola pública de tempo integral do Piauí”, declarou o secretário.

Nesta gestão do Governo do Estado, já foram implementadas várias ações de valorização, como os reajustes salariais em 2024 e 2025 para efetivos (ativos e aposentados) e temporários, cumprimento imediato do piso, rateio de mais de 400 milhões de reais de Fundeb e Fundef, aumento das gratificações de todos os gestores e coordenadores escolares, o maior número de progressões e promoções da história, bolsas extras pela participação nos programas da Seduc, premiações por resultados, terço de férias para 45 dias, intercâmbios para o exterior para profissionais da Seduc e muito mais.

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Foto: Gabriel Paulino

Na manhã desta terça-feira (23), a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) formalizaram a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica nº 20/2025, que garante a concessão de 110 bolsas de extensão destinadas a docentes efetivos da UESPI. Cada bolsa terá o valor de R$ 1.100,00 mensais, com duração de até 12 meses.

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O acordo tem como objetivo fortalecer a extensão universitária como instrumento de transformação social, ampliando a presença da universidade em diferentes regiões do estado e apoiando projetos que contribuam para a redução das desigualdades sociais, a promoção da cidadania e o desenvolvimento socioeconômico e ambiental.

Durante a solenidade, a pró-reitora de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários da UESPI, professora Ivoneide Alencar, ressaltou a importância histórica desse passo: “Hoje, iniciamos um ciclo de grande importância, marcando uma mudança significativa na extensão universitária. A extensão, pilar fundamental do ensino e da pesquisa, conquista agora um protagonismo merecido. É com grande satisfação que celebramos este momento pioneiro em nossa universidade, que esperamos seja o primeiro de muitos. Nós, professores, acreditamos na extensão, que conecta a universidade à sociedade e fortalece nossos laços com a comunidade. É nela que encontramos oportunidades de servir e contribuir para o desenvolvimento social. Em breve, conforme anunciado pelo Professor Evandro, será lançado o edital com foco em 11 áreas, cuidadosamente alinhadas com a FAPEPI, o Governo do Estado e a Universidade. Este edital, com um valor de R$ 1.100,00, visa apoiar os extensionistas e seus projetos.”, afirmou.

O reitor da UESPI, professor Evandro Alberto de Sousa, reforçou o caráter estratégico da parceria e destacou o apoio recebido: “Gostaríamos de reiterar nossos agradecimentos ao Professor Xavier e à FAPEPI, e também ao Governador Rafael Fonteles, por seu trabalho em prol da educação no estado do Piauí, especialmente em pesquisa e extensão. Acreditamos que, com o apoio do governo, a universidade poderá cumprir seu papel em todas as áreas. Agradecemos também ao Professor Omar e à equipe da ADCESP por sua participação na discussão das áreas do projeto, que fazem parte do dissídio coletivo. Nosso objetivo agora é lançar o edital e iniciar a implementação desta política, que conta com o apoio formal da FAPEPI e do Governo do Estado. Parabéns a todos”, declarou.

Já o presidente da FAPEPI, professor João Xavier da Cruz Neto, parabenizou a universidade e destacou a relevância do investimento: “Parabenizamos o Professor Evandro por mais esta iniciativa, um exemplo de gestão. Agradecemos também ao apoio da Professora Ivoneide e do Professor Rauirys Alencar, que têm colaborado intensamente com a FAPEPI. Reconhecemos o apoio contínuo do Governador Rafael, que tem investido em nosso orçamento, demonstrando a importância da parceria entre a FAPEPI e as instituições.

Esperamos dar continuidade a esta colaboração durante sua gestão, promovendo novas iniciativas. Este momento é crucial, não apenas para a Universidade Estadual, mas também como um exemplo a ser seguido. A extensão, por muito tempo negligenciada em termos de recursos próprios, agora recebe um investimento significativo, com um edital que representa um marco. Reconhecemos o esforço de toda a equipe, incluindo o Professor Omar e sua equipe do sindicato.

Acreditamos que este projeto será um sucesso, servindo como referência para outras instituições. Nosso objetivo é apoiar a UESPI e, em colaboração com o governo, buscar soluções para os desafios enfrentados ao longo do tempo. Renovo meus parabéns pela sua gestão. Agradeço a forma acolhedora com que me recebeu, e espero que nossa parceria com a UESPI perdure.”

O acordo tem vigência inicial de 18 meses e prevê o lançamento de edital público, organizado pela UESPI por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PREX), para seleção dos docentes contemplados. A expectativa é que pelo menos 110 ações extensionistas sejam desenvolvidas em diferentes microrregiões do estado, ampliando a presença da universidade em comunidades que mais necessitam de apoio.

Uespi

Uma pesquisa da Universidade Federal do Piauí (UFPI) aposta nas histórias em quadrinhos (HQs) como ferramenta educativa para conscientizar adolescentes sobre a hanseníase. O estudo integra uma dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comunidade (PPGSC), orientada pela professora Olívia Dias.

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A hanseníase ainda é cercada de tabus entre jovens de até 15 anos e, segundo dados do Ministério da Saúde, apresenta aumento significativo nos diagnósticos nessa faixa etária. A alta prevalência aponta fragilidades na vigilância e no controle da doença, associadas principalmente à dificuldade no diagnóstico precoce e a limitações das políticas de saúde pública. Diante desse cenário, iniciativas de educação em saúde ganham relevância como estratégia de prevenção e conscientização.

A dissertação “Construção e Validação de uma História em Quadrinhos sobre Hanseníase para Adolescentes”, desenvolvida pela mestranda Ana Paula Carvalho, utiliza o gênero HQ para aproximar o tema do público jovem. Para a professora Olívia Dias, a proposta “fundamenta a educação em saúde com evidências científicas, desenvolvendo e validando métodos e intervenções que capacitam profissionais, orientam políticas públicas e promovem práticas eficazes e equitativas. O uso dos quadrinhos converte informações complexas em uma linguagem visual e narrativa, familiar aos adolescentes, o que aumenta o engajamento, facilita a compreensão de conteúdos sensíveis e contribui para combater estigmas e preconceitos”.

Ana Paula destaca que a HQ tem potencial de impacto direto no nível de conhecimento dos adolescentes. “Muitas vezes, esse público não tem acesso a informações sobre a hanseníase. Quando tomam conhecimento, geralmente é porque alguém próximo já apresenta sintomas visíveis. Nesse sentido, a história em quadrinhos pode preencher uma lacuna essencial”, pontua.

A pesquisadora relata que a recepção dos adolescentes ao material foi bastante positiva. “Quase todos disseram que gostaram, usando palavras como ‘legal’, ‘bonita’ e ‘informativa’. Fiquei surpresa, pois é um tema ao qual provavelmente nunca tinham tido acesso”, comenta.

O trabalho também enfrentou o desafio de adaptar os conteúdos científicos a uma linguagem acessível. “Cada texto foi transformado em diálogos entre personagens, com falas menos formais e mais próximas do universo jovem. Também buscamos equilibrar texto e imagem, criando uma narrativa lúdica que se aproximasse do estilo das HQs já consumidas por esse público”, explica Ana Paula.

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