• Hospital Clinicor
  • Vamol
  • Roma

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Instituto Butantan se reúnem nesta quinta-feira (13) para alinhar as últimas pendências em relação ao pedido do uso da CoronaVac em crianças de 3 a 11 anos. A decisão, no entanto, não será dada no mesmo dia, cabendo à diretoria colegiada deliberar sobre o tema.

coravaccriança

Isso porque, diferentemente da Pfizer e da AstraZeneca, a CoronaVac não possui registro definitivo, o que obriga a que a decisão em relação à vacina do Butantan passe pelo crivo dos diretores da agência, sendo aprovada ou não por maioria simples.

Nesta semana, o Butantan apresentou dados de um estudo que avalia a efetividade do imunizante tendo como base a vacinação de crianças no Chile. A Anvisa pediu esclarecimentos adicionais, que devem ser fornecidos na reunião desta quinta. Outra pendência são ajustes em relação ao plano gerencial de riscos.

A reunião é fechada e conta com a participação de representantes das sociedades médicas. O objetivo é discutir "dados e definição de eventuais compromissos, em caso de autorização de uso da vacina".

Caso as respostas sejam satisfatórias, a tendência é de uma deliberação rápida em relação à vacinação pediátrica, cujo pleito já se arrasta desde julho de 2021, quando o Butantan entrou com o primeiro pedido. A documentação foi avaliada e não houve aprovação, por limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento.

Desta vez, a expectativa do governo de São Paulo é pela aprovação. Apesar de o governador João Doria (PSDB) esperar a liberação ainda nesta semana, essa não é a previsão da Anvisa, que ainda precisa se debruçar sobre os dados a serem complementados. O estado tem 15 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 prontas para utilização.

R7

Foto: INSTITUTO BUTANTAN/DIVULGAÇÃO

Com sintomas bem parecidos, novos surtos de influenza e Covid-19 deixam a população perdida com tanta semelhança. Os espirros, coriza, garganta com sensação de “arranhão” , dores de cabeça e no corpo, são sintomas comuns nas duas infecções, entretanto existem prescrições de tratamento e temporalidade do isolamento diferentes.

gripcorona

Segundo o infectologista da Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz) Marcio Nehab, a influenza (gripe) apresenta sintomas bem parecidos com os da Covid-19 e a transmissão ocorre da mesma forma. Os principais sintomas da gripe são: febre; dor de garganta; tosse; dor no corpo; dor de cabeça, calafrios; secreção nasal excessiva e prostração. Quanto à imunização, o especialista ainda destaca: "A imunização é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficientes para evitar casos graves e óbitos pela doença. Ela é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação do vírus e a detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação e, em média, confere proteção de seis a doze meses, sendo que o pico máximo de anticorpos ocorre após quatro a seis semanas da vacinação. Além do imunizante, é preciso seguir as regras de proteção de qualquer tipo de infecção respiratória ``, esclarece o médico no portal da fundação.

corona

A gripe pode evoluir para casos graves e até mesmo para a morte. Segundo material explicativo do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF-Fiocruz), a hospitalização e a possibilidade de óbito estão, em geral, vinculadas aos grupos de alto risco.

Com o novo coronavírus e suas variantes, febre e tosse seca são sintomas comuns. Já cansaço, dores no corpo, mal-estar e dor de garganta podem surgir esporadicamente. A doença tem outros sintomas que, em geral, não são sentidos por quem tem gripe, como perda do olfato e paladar.

A transmissão realmente é acentuada no início da infecção, diminuindo bastante após alguns poucos dias —isto é, quando a pessoa é vacinada. Um esclarecimento: o isolamento de cinco dias sugerido pelo Ministério da Saúde é apenas para quem já está sem sintomas de uma infecção respiratória, fez obrigatoriamente o teste e não está com o vírus. Leia, para quem está sem covid-19.

R7

 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informa que já recebeu do Ministério da Saúde o medicamento Oseltamivir, que é comercializado sob a marca de Tamiflu. O remédio é utilizado para pessoas com complicações ou em risco de complicações nas 48 horas após os primeiros sintomas de infecção pelo vírus da Influenza.

tamiflu

Este medicamento estava em falta em todo o Brasil depois que foram registrados casos de H3N2 em quase todos os estados brasileiros. De acordo com o Superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães, o Oseltamivir será destinado apenas aos pacientes do Piauí que estão internados com Influenza de forma grave.

“Estamos abastecidos com o medicamento, mas existe um protocolo que deve ser utilizado pelos nossos profissionais de saúde quanto ao uso do remédio. Nem todos os pacientes podem receber o Tamiflu. Ele será destinado apenas àqueles que estão internados e de maneira mais grave”, explica Herlon.

O Ministério da Saúde tem um Protocolo de Tratamento da Influenza que prevê o uso dos medicamentos antivirais onde apresentam de 70% a 90% de efetividade na prevenção da influenza e constituem ferramenta adjuvante da vacinação. Entretanto, a quimioprofilaxia indiscriminada não é recomendável, pois pode promover o aparecimento de resistência viral.

A quimioprofilaxia com antiviral não é recomendada se o período após a última exposição a uma pessoa com infecção pelo vírus for maior que 48 horas. Para que a quimioprofilaxia seja efetiva, o antiviral deve ser administrado durante a potencial exposição à pessoa com influenza e continuar conforme orientações de quimioprofilaxia estabelecido em protocolo.

Sesapi

O Ministério da Saúde, em conjunto com os secretários estaduais e municipais da área, decidem, nesta segunda-feira (10), se diminuem pela metade o período de isolamento de pessoas infectatadas pela Covid-19. A reunião começou às 14h.

quarentena

Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que os integrantes da pasta e membros dos conselhos de secretários estaduais e municipais de Saúde (Conass e Conasems) iriam "bater a posição final" sobre o tema. A sugestão do ministério deve acompanhar a atualização do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, que reduziu de dez dias para cinco dias o tempo recomendado de isolamento para assintomáticos, desde que prossigam com o uso de máscaras e testem negativo para a doença. No caso dos sintomáticos, a recomendação é reduzir a quarentena de catorze para sete dias.

A medida começou a ser debatida com mais profundidade depois que hospitais e centros médicos brasileiros implementaram redução das quarentenas, permitindo o retorno antecipado de profissionais de saúde aos postos de trabalho. Na semana passada, a prefeitura do Rio de Janeiro publicou uma resolução reduzindo de duas semanas para cinco dias o período mínimo de isolamento recomendado.

Antes da reunião, ainda não havia consenso entre os secretários para definir a redução. Na avaliação de Queiroga, entretanto, um dos pontos em prol da flexibilização é o avanço da vacinação no Brasil. O ministro destacou que há imunizantes suficientes para cumprir com todo o cronograma da pasta e garantiu que o mesmo ocorre quanto a medicamentos e equipamentos para tratar pacientes com Covid-19.

"Gostaria de tranquilizar os brasileiros que o Ministério da Saúde tem provisões", disse o ministro. Ele reconheceu o potencial transmissivo da variante Ômicron e afirmou que, no pior cenário em relação a aumento de internações, há "capacidade de duplicar os leitos de terapia intensiva, se esse for o caso".

R7

Foto: Daniel Irungu/EFE/EPA