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Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou a prorrogação da campanha de vacinação contra a poliomielite até o dia 30 de setembro. A medida, segundo a pasta, visa aumentar a cobertura vacinal e a adesão da população à vacinação.

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Até a manhã desta sexta-feira (9), cerca de 40% das crianças na faixa etária entre um e cinco anos de idade haviam sido imunizadas contra a poliomielite. A meta da campanha é alcançar uma cobertura igual ou maior que 95% neste público.

A baixa cobertura vacinal observada no Brasil contra a doença nos últimos anos tem preocupado especialistas, que alertam que esse cenário pode provocar a reintrodução do vírus no país.

“Aqui no país, nós temos um risco de reintrodução [do vírus] com esse cenário de baixa cobertura vacinal”, falou Caroline Gava, assessora técnica do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Programa Nacional de Imunizações.

“As últimas campanhas exclusivas [para a pólio] foram em 2018 e em 2020, onde já não alcançamos boas metas de cobertura vacinal. E hoje ela está muito aquém do que a gente desejaria”, acrescentou ela.

Caroline palestrou hoje (8) em uma mesa que discutiu a situação da poliomielite no Brasil durante a XXIV Jornada Nacional de Imunizações (SBIm 2022), evento que acontece até sábado (10) no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista.

A poliomielite, que causa paralisia infantil e pode ser fatal, chegou a ser uma das doenças mais temidas no mundo. Mas, com a vacinação, o Brasil deixou de apresentar casos da doença desde 1989, tendo recebido, em 1994, um certificado de eliminação da doença.

No entanto, com a baixa cobertura vacinal e problemas relacionados à vigilância epidemiológica e condições sociais, o Brasil voltou a figurar como um país de grande potencial para a volta da doença.

“Em uma avaliação de risco feito nas Américas e no Caribe pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), considerando variáveis como cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e outros determinantes de saúde, o Brasil aparece em segundo lugar, como de altíssimo risco para a reintrodução da pólio, só antecedido pelo Haiti”, disse a infectologista Luiza Helena Falleiros Arlant, que também participou da mesa, mas à distância. Mapa vermelho

Durante sua palestra, Caroline apresentou um mapa do Brasil quase inteiramente pintado de vermelho. A cor vermelha indica o alto risco dos municípios do país para a reintrodução do vírus, levando em consideração não somente a cobertura vacinal, como também a vigilância epidemiológica e indicadores sociodemográficos. Nessa situação, encontravam-se 58,9% dos municípios brasileiros.

O mapa, com dados referentes a 2021, apresenta três variações de cores além do vermelho: o laranja representa risco alto (situação de 25,6% dos municípios); o amarelo, risco médio (13,5%); e o verde, risco baixo (1,8%).

“Esse é um mapa que assusta. É um mapa da nossa realidade em relação ao risco para a poliomielite no país. Temos 84% dos municípios do país que registram risco alto ou risco muito alto para a reintrodução da pólio. Apenas 100 municípios, ao final de 2021, apresentaram risco baixo”, explicou Caroline.

A infectologista Luiza Helena também destacou a cor do mapa. “Nosso país está praticamente todo em vermelho, um vermelho muito intenso, com muito poucos lugares com risco médio. Não é a toa que vemos uma cobertura vacinal que, em 2021, não chegou a 70% no Brasil como um todo.

R7

Foto: UNICEF/Wamala/Handout via REUTERS

Problemas emocionais e psicológicos como solidão, estresse ou depressão podem prolongar os sintomas de Covid-19 por meses ou anos, segundo um estudo liderado por pesquisadores da Universidade Harvard e publicado nesta quarta-feira (7) na revista médica JAMA.

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Segundo especialistas, esses tipos de problema estão mais relacionados à possibilidade de desenvolver sintomas a longo prazo do que fatores de risco como obesidade, asma ou hipertensão.

Essa forma de Covid longa afeta cerca de 20% dos adultos americanos que foram infectados pelo coronavírus, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

"Covid longa" é definida como a permanência, além de quatro semanas, dos sintomas mais comumente associados à doença, como fadiga, problemas digestivos e respiratórios ou problemas neurológicos.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 3.000 pacientes que contraíram a doença em abril de 2020, após concluírem uma entrevista sobre seu estado de saúde mental. Eles então compararam dados daqueles que desenvolveram sintomas de Covid longa com aqueles que não os desenvolveram e descobriram que a depressão ou a ansiedade, por exemplo, estavam associadas a um risco 32% a 46% maior de contrair a infecção de longa duração.

“Temos que considerar a saúde psicológica como mais um fator de risco, junto com a saúde física, para a Covid-19”, disse uma das principais autoras do estudo, Andrea Roberts, em comunicado.

Os pesquisadores esperam que suas descobertas sirvam para fortalecer o atendimento às pessoas com problemas de saúde mental, aumentando o número de profissionais de saúde qualificados e melhorando o acesso aos cuidados.

Agência EFE

Foto: Pixabay

Com a Internet cada vez mais acessível, e os smartphones extremamente populares, é difícil encontrar alguém que não utilize aplicativos de mensagens instantâneas e o use redes sociais.

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Os smartphones oferecem muitos estímulos e incentivo para diversas atividades diárias de comunicação e até mesmo de trabalho. Eles também permitem tempo e distância reduzidos para completar tarefas; isso promove maior flexibilidade e mobilidade, tornando o aparelho indispensável em muitas situações.

Esses atributos também possibilitam a comunicação em praticamente qualquer lugar – mesmo durante crises, como vimos com a pandemia de Covid-19 – tornando os smartphones o canal de comunicação mais essencial em quase todas as sociedades.

De acordo com uma pesquisa da Kantar, os brasileiros estão entre as pessoas que passam mais tempo em seus smartphones – cerca de 4,2 horas por dia. Porém, esse acesso constante ao digital esconde um problema maior do que imaginamos. Eles podem causar danos significativos devido ao excesso de uso e alta exposição a estímulos.

Nomofobia: o vício em celular

Cada vez mais as pessoas estão apresentando transtornos devido ao uso intenso dos dispositivos digitais e a imersão em redes sociais. Quando as pessoas se afastam de seus telefones, o estresse e o mau-humor aumentam, indicando um processo de abstinência.

Além de alterar a produção dos hormônios como a dopamina e a serotonina, a luz da tela suprime a produção de melatonina, um importante hormônio que induz o sono, podendo causar insônia e cansaço crônico. As pessoas começaram a desenvolver medo de se afastarem de seus aparelhos digitais. O vício em estar conectado ao celular recebeu o nome de Nomofobia, que vem do inglês “no” + “mobile”.

Os especialistas consideram o medo de ficar sem celular e outros dispositivos tecnológicos uma discussão necessária. A pesquisa sobre este tema está em seu início, mas sem dúvida é importante devido aos possíveis danos causados ​​pelo uso indevido de dispositivos.

Ao perder o acesso aos celulares ou redes sociais, as pessoas com nomofobia experimentam uma síndrome de abstinência, com sintomas de mal-estar e inquietude. Em alguns casos, o abuso de aparelhos e redes sociais podem causar danos reais à saúde mental, como:

Ansiedade; Baixa autoestima; Impulsividade; TDAH; Transtornos de Humor; Conduta hostil; Distanciamento de amigos e familiares.

Setembro Amarelo

O Brasil promove durante este mês a campanha do Setembro Amarelo, que busca conscientizar sobre saúde mental e prevenção ao suicídio. Em meio aos temas abordados, a nomofobia aparece com cada vez mais frequência.

Com os transtornos causados pelo uso abusivo do celular em evidência, os especialistas em saúde mental consideram que este é um mês crucial para promover na sociedade ações educativas sobre o uso adequado do telefone celular.

3 min de leitura R7

Foto: Reprodução Freepik.

 

A recomendação dos médicos e nutricionistas para que evitemos ao máximo alimentos industrializados prontos para consumo ganhou mais um respaldo nesta semana com a publicação de dois estudos no periódico científico BMJ que associam esses produtos a um maior risco de doenças cardiovasculares e de câncer colorretal.

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Um dos trabalhos mostrou que o consumo frequente de pratos prontos à base de carnes, aves ou frutos do mar e bebidas adoçadas com açúcar aumentou de maneira significativa a incidência de câncer colorretal em homens e mulheres.

Foram analisados dados de cerca de 206 mil indivíduos norte-americanos. As taxas de câncer colorretal foram medidas por um período entre 24 e 28 anos, levando em consideração fatores médicos e estilo de vida.

Dentre os homens, que representam 22,5% do total de indivíduos analisados, a o risco de câncer colorretal associado ao consumo de alimentos ultraprocessados chegou a ser 29% maior.

Em um segundo estudo, pesquisadores concluíram que comidas industrializadas elevam em até 32% o risco de morte por doença cardiovascular.

Os fatores de risco relacionados incluíram o fato de consumidores de alimentos ultraprocessados terem, normalmente, uma dieta pobre em nutrientes importantes. Além disso, existem os aditivos químicos presentes nestes alimentos, que são comprovadamente prejudiciais à saúde.

Em um editorial os pesquisadores Carlos Monteiro (do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo) e Geoffrey Cannon (do Centro de Estudos Epidemiológicos em Saúde e Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo) lembram que "a maioria dos alimentos ultraprocessados ​​são produtos densos em energia, ricos em gordura, açúcar e sal e pobres em fibras e micronutrientes" e que o consumo excessivo deles "​​está associado a múltiplos desequilíbrios nutricionais".

Segundo os autores, "todo mundo precisa de comida, mas ninguém precisa de alimentos ultraprocessados ​​(com exceção da fórmula infantil, nos raros casos em que os bebês não têm acesso ao leite materno)".

Eles defendem a existência de políticas públicas "incluindo diretrizes e recomendações publicitárias de evasão, e ações, incluindo estatutos, destinadas a reduzir a produção e o consumo de alimentos ultraprocessados ​​e restringir ou, preferencialmente, proibir sua promoção".

R7

Foto: Freepik