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Mesmo com a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso e venda de autotestes de Covid-19 no Brasil, ainda não há nenhum produto do tipo disponível nas farmácias e estabelecimentos de saúde licenciados pela reguladora. Isso porque, agora, a agência precisa registrar os exames, de forma a garantir que os fabricantes cumpram as exigências previstas no PNE-Teste (Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19). A previsão é que os pedidos comecem a ser protocolados na próxima semana e as liberações saiam a partir de fevereiro.

teste

"As empresas que trabalham com teste de diagnóstico já estão habituadas a solicitar processo de registro junto à Anvisa. Todos os processos de registro de produtos destinados à Covid estão sendo priorizados pela Anvisa", afirmou o gerente-geral de Tecnologia de Produtos para Saúde da Anvisa, Leandro Rodrigues. Segundo ele, a reguladora tem um rol de 719 testes de Covid aprovados. "Todos eles foram tratados em prioridade, e com os autotestes não será diferente", completou. As análises serão iniciadas imediatamente após as empresas protocolarem os pedidos. "Imaginamos que durante o mês de fevereiro a gente tenha produtos aprovados", estimou Rodrigues. As vendas só serão autorizadas em farmácias, drogarias e estabelecimentos de saúde licenciados pela Anvisa.

Quando os autotestes forem registrados, os brasileiros também poderão pedi-los pela internet. "A própria normativa já traz uma previsão de venda pela internet, exclusiva nos sites dos estabelecimentos de saúde que têm licenciamento para fazer esse tipo de venda. Isso quer dizer que plataformas de ecommerce, sites terceiros não vão poder comercializar esse produto", detalhou a gerente-geral de Inspeção e Fiscalização de Produtos para Saúde da Anvisa, Ana Carolina Marino.

Para coibir a venda de testes irregulares pela internet, a Anvisa adquiriu uma ferramenta para fazer busca ativa de produtos irregulares de autotestes com comércio online. Segundo Marino, a plataforma começa a ser usada na próxima semana. "O mercado na internet é um mundo difícil de regular. Com essa ferramenta, a gente acredita que vai coibir o uso de produtos sem registro, que é um risco para a população", disse. Os autotestes servirão como uma estratégia de triagem e complementação à política de testagem já adotada no Brasil. De acordo com o PNE-Testes, os exames são indicados a "qualquer indivíduo brasileiro ou estrangeiro, sintomático ou assintomático, independentemente de seu estado vacinal ou idade".

Não há vedação para as empresas que desejarem adquirir testes para seus funcionários. "Não estamos falando que uma empresa vai comprar e revender e nem que fará estoque, como figura de armazenadora do produto. Esta não é a intenção", ponderou Marino. A utilização em terceiros também não deve ocorrer, salvo o público menor de 14 anos, para o qual a orientação é que os testes sejam realizados sob a supervisão e apoio dos pais ou responsáveis.

Como os produtos não são capazes de apresentar um diagnóstico da doença, não poderão ser usados para validar viagens internacionias ou garantir um atestado médico. Os autotestes também não devem ser utilizados em pessoas com sintomas graves de Covid, que devem procurar atendimento médico imediato.

R7

Fred Tanneau/AFP

As primeiras doses de uma vacina contra a aids usando tecnologia de RNA mensageiro foram administradas a humanos, anunciaram nesta quinta-feira (27) a empresa de biotecnologia americana Moderna e a International Aids Vaccine Initiative.

vacianhiv

O chamado teste de fase 1 será realizado nos Estados Unidos em 56 adultos saudáveis sem HIV. Apesar de quatro décadas de pesquisas, os cientistas ainda precisam desenvolver uma vacina contra essa doença que mata centenas de milhares de pessoas a cada ano. No entanto, os sucessos recentes da tecnologia de RNA mensageiro, que permitiu o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 em tempo recorde, incluindo a da Moderna, aumentaram as esperanças.

O objetivo da vacina em teste é estimular a produção de um determinado tipo de anticorpo (bnAb), capaz de atuar contra as inúmeras variantes circulantes do HIV, o vírus causador da aids. A vacina visa educar as células B, que fazem parte do nosso sistema imunológico, a produzir esses anticorpos. Para isso, o ensaio testará a injeção de um antígeno inicial, ou seja, uma substância capaz de induzir uma resposta imune, e um antígeno de reforço injetado posteriormente. Eles serão injetados via tecnologia de RNA mensageiro.

"A produção de bnAbs é amplamente considerada um alvo da vacinação contra o HIV, e este é um primeiro passo nesse processo", disse o comunicado.

"Serão necessários outros antígenos para guiar o sistema imunológico no caminho certo, mas essa combinação de aplicação e reforço pode ser a primeiro componente-chave de um potencial esquema de vacina contra o HIV", disse David Diemert, cientista principal do estudo em um dos quatro centros onde é realizado, a George Washington University.

Os antígenos utilizados foram desenvolvidos pela organização de pesquisa científica IAVI (International Aids Vaccine Initiative) e pelo Scripps Research Institute, com apoio da Fundação Bill & Melinda Gates, do NIAD (Instituto Nacional de Doenças Infecciosas) dos Estados Unidos e da Moderna.

No ano passado, um primeiro teste, que não usou RNA mensageiro, mas utilizou o primeiro antígeno, mostrou que a resposta imune desejada foi obtida em várias dezenas de participantes. O próximo passo foi trabalhar junto à Moderna.

“Dada a velocidade com que as vacinas de RNA mensageiro podem ser produzidas, esta plataforma oferece uma abordagem mais flexível e responsiva para testar e projetar uma vacina”, destacou o comunicado.

"A busca por uma vacina contra o HIV é longa e difícil, e ter novas ferramentas em termos de antígenos e plataforma pode ser a chave para um rápido progresso", disse Mark Feinberg, diretor da IAVI.

AFP

Foto: Reprodução/Flickr

 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), está ampliando o número de leitos de UTI Covid e atendimento à Síndromes Gripais no Piauí para atender à população. Ao todo, serão 87 leitos a mais. Na rede hospitalar da capital estão sendo ampliados mais 50 leitos no Hospital Getúlio Vargas; seis no Hospital Infantil Lucídio Portela e seis leitos no Hospital Natan Portela, totalizando 62 leitos.

leito

No interior do Estado, serão ampliados 25 leitos nos hospitais das cidades de Floriano, Piripiri e Parnaíba. Serão 10 leitos no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba; no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, 10 leitos e mais 5 leitos no Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri. O aumento de leitos está acontecendo de acordo com o aumento no número de casos.

De acordo com o Superintendente de Gestão da Rede de Média a Alta Complexidade da Sesapi, Alderico Tavares, a taxa de ocupação de leitos é de quase 100%, principalmente na capital. “É uma situação preocupante em que a gente emite esse alerta para a população sobre as necessidades de redobrar os cuidados com as medidas de isolamento social, uso de máscara, álcool em gel e a lavagem das mãos”, explica Alderico.

O Superintendente esclarece ainda que o Piauí, assim como outros Estados do Brasil, está sentindo dificuldade de conseguir mão de obra qualificada para atender os leitos Covid por causa da alta taxa de adoecimento dos profissionais de saúde. “Atualmente, estamos com 624 profissionais de saúde afastados das suas funções por estarem com Covid ou Síndromes Gripais”, diz o superintendente.

De acordo com o Secretário de Saúde Florentino Neto, o esforço do Governo do Piauí é para garantir atendimento à população. “Precisamos reforçar os cuidados para nos proteger, evitar aglomerações, usar sempre máscara e fazer a constante higienização das mãos. Não vai faltar atendimento hospitalar para quem precisar, mas somente com a conscientização de todos é que vamos vencer a Covid-19”, adverte o gestor.

Sesapi

Jantar em um horário avançado da noite, menos de duas horas antes de dormir, aumenta o risco de diabetes em 50%, de acordo com um estudo feito pela professora Marta Garaulet, da Universidade de Múrcia, na Espanha, em colaboração com a Universidade Harvard (EUA) e o Hospital Geral de Massachusetts, em Boston (EUA).

jantar

A pesquisa revela que jantar em um horário muito próximo da hora de dormir diminui a tolerância a glicose, especialmente naqueles com uma variante de risco genético no receptor de melatonina chamado MTNR1B.

Isso acontece porque a melatonina endógena, que é gerada durante a noite, quando o sono se aproxima, está envolvida nas alterações da glicose que ocorrem no metabolismo.

As pessoas que possuem a variável genética mencionada têm menos secreção de insulina pelo pâncreas quando comem tarde devido à presença dessa melatonina. Os resultados sugerem que, na presença de alimentos, a melatonina faz com que o pâncreas reduza a produção de insulina, o que aumenta os níveis de açúcar no sangue.

De acordo com estudos anteriores de Marta Garaulet, um jantar tardio é considerado aquele que a pessoa consome cerca de duas horas antes de dormir, uma vez que o corpo começa a produzir melatonina meia hora antes do momento de se deitar.

A principal novidade do estudo é que foi possível estabelecer a relação entre o funcionamento da insulina no pâncreas e a melatonina.

Agência EFE

Foto: Pixabay