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O Centro de Vigilância Estratégia em Saúde do Piauí (Cievs) realizou uma avaliação nos dados exportados do E-SUS, desde 06 de janeiro de 2022, e constatou uma alteração nos números de exames positivos do Piauí, que estavam represados desde o ataque ao sistema em 10 de dezembro de 2021.

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Foram contabilizados 8.481 casos positivos a mais para o estado, devido à inconsistência no programa. “No dia 06 de janeiro o E-SUS voltou a funcionar, porém com instabilidade.Mesmo assim foi possível fazer a exportação dos casos. Mas a inconsistência no sistema fez com que todos os exames represados no período do apagão fossem notificados como positivos. Alertados por nossos municípios, que pessoas que testaram negativo para Covid-19 foram inseridas como casos positivos,realizamos uma varredura no sistema e constatamos mais de oito mil casos com erro para o Piauí”, explica o superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães.

Com a alteração o número de casos positivos passa para 336.690 e não 345.171, como divulgado no último Boletim Epidemiológico, de 17 de janeiro de 2022. O documento a ser divulgado na noite desta quarta-feira (18), contará com a correção dos números e com os dados fechados até o final do dia de hoje.

A falta dos dados do sistema gerou dificuldades para os estados colherem as informações sobre a doença neste período, uma vez que é através desta plataforma que os municípios realizam o cadastro de casos e óbitos pela doença. “Após o alerta dos municípios fizemos uma varredura no sistema e constatamos a inconsistência. Agora com os dados atualizados podemos ter uma visão da realidade da pandemia no estado”, disse o superintendente.

Desde que o sistema voltou a funcionar, mesmo com instabilidades, os técnicos do Cievs extraíram 1.022 casos positivos, que somados com os números do Gerenciador do Ambiente Laboratorial (GAL), onde os hospitais cadastram os casos notificados, contabilizou 2.026 positivos para a Covid-19, de 06 a 17 de janeiro deste ano.

Sesapi

A diretoria de Imunização de Floriano se reuniu na manhã desta segunda-feira (17), para definir o cronograma da vacinação das crianças de 05 a 11 anos de idade, contra a covid-19. O município recebeu, inicialmente, 340 doses do imunizante da Pfizer.

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Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde e da Sesapi, ficou definido que as primeiras crianças a serem imunizadas, nesta faixa etária, serão as que tem alguma deficiência ou comorbidade. A expectativa é que novos lotes sejam enviados ao município nos próximos dias.

O Secretário de Saúde, James Rodrigues, esclarece que a imunização infantil será semelhante às já concluídas, com agendamento junto às unidades de saúde. O agendamento começa nesta quarta-feira (20), e os pais ou responsáveis devem comprovar a deficiência ou comorbidade da criança, apresentando receita ou laudo médico.

“Os próprios agentes de saúde já conhecem o público desta etapa da vacinação, então não vamos ter problemas. O que pedimos é paciência, e mais uma vez, que a população confie em nosso trabalho que é feito com transparência e seriedade. O Ministério da Saúde já sinalizou o desejo de imunizar este grupo o mais rápido possível”, disse James Rodrigues.

A estimativa do Ministério da Saúde é vacinar 331.432 crianças no Piauí. Para vacinar, é necessário que pais ou responsáveis acompanhem as crianças até o local de aplicação. O imunizante para o público infantil é da Pfizer e deve ser aplicado com o intervalo de 8 semanas entre a primeira e segunda doses.

Ascom

Uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 aumenta os anticorpos para níveis ainda mais altos do que a terceira dose, mas provavelmente não é suficiente para prevenir infecções pela variante Ômicron do coronavírus, de acordo com um estudo preliminar realizado em Israel.

reforço

O Centro Médico Sheba em Israel administrou uma segunda dose de reforço em um estudo com sua equipe e está estudando os efeitos da dose da vacina da Pfizer em 154 pessoas após duas semanas, e do reforço com o imunizante da Moderna em 120 pessoas após uma semana, afirmou Gil Regev-Yochai, diretor da Unidade de Doenças Infecciosas.

Esse grupo estão sendo comparados com um grupo de controle que não recebeu a quarta dose. Os voluntários no grupo da Moderna haviam recebido três doses da vacina da Pfizer, afirmou o hospital. A dose adicional levou a um aumento no número de anticorpos "até mesmo um pouco maior do que o que tínhamos após a terceira dose", disse Regev-Yochay.

"Ainda assim, isso provavelmente não é o suficiente para a Ômicron", disse ela a jornalistas. "Sabemos até agora que o nível de anticorpos necessários para proteger e não se infectar com a Ômicron é provavelmente alto demais para a vacina, mesmo se for uma boa vacina."

As descobertas, que segundo o hospital são as primeiras do tipo no mundo, são preliminares e ainda não foram publicadas.

Israel foi o país que avançou mais rápido em sua vacinação inicial contra a Covid-19 há um ano, e começou no mês passado a aplicar uma quarta dose, ou segundo reforço, para os grupos mais vulneráveis e de alto risco.

Reuters

Em novembro de 2020, foi descrito no New England Journal of Medicine o caso de um portador de doença hematológica autoimune — também do sexo masculino e na faixa dos 40 anos — que albergou o vírus replicante em seu organismo durante 143 dias. E em artigo publicado na Cell, foi relatado o caso de uma mulher com leucemia em cujo organismo o Sars-CoV-2 continuou se replicando por ao menos 70 dias, embora ela não manifestasse mais sintomas de Covid-19.

covidorganismo

Ainda assim, o Ministério da Saúde reduziu nesta semana o tempo de isolamento de dez para sete dias no caso de pessoas com sintomas leves a moderados. O período de quarentena pode ser diminuído para cinco dias caso o paciente esteja sem sintomas e faça um novo teste com resultado negativo. No fim de 2021, o Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, reduziu de dez para cinco dias o tempo recomendado de isolamento para assintomáticos, desde que prossigam com o uso de máscara e testem negativo para a doença.

Mutações no hospedeiro No estudo liderado por Minoprio, a diferença de tempo de atividade viral entre mulheres e homens não foi significativa, sendo de 22 dias em média para o primeiro grupo e 33 para o segundo. Dos três casos atípicos, uma mulher permaneceu 71 dias com o vírus detectável, e um homem, 81 dias. Esses pacientes não tinham nenhuma comorbidade e tiveram quadros leves da Covid-19.

O terceiro paciente atípico, do sexo masculino, permaneceu 232 dias com diagnóstico positivo para o vírus, de abril a novembro de 2020, até que três testes de RT-qPCR se revelaram negativos. O homem é portador de HIV, vírus causador da Aids, desde 2018, mas mantém a carga viral indetectável com tratamento.

“A positividade para HIV não quer dizer que ele seja mais suscetível a outras infecções, uma vez que mantém tratamento desde o diagnóstico. Sua capacidade de responder a uma infecção por outro agente é comparável à de qualquer pessoa, tanto que ele respondeu ao coronavírus desde o início da infecção. Não se trata de um indivíduo imunossuprimido [como pessoas em tratamentos de câncer, doenças autoimunes ou transplantados, por exemplo]”, informa Minoprio.

Segundo os pesquisadores, o fato de conviver com o HIV não explica ainda o tempo prolongado de infecção. Seria preciso avaliar muitos outros pacientes que tivessem simultaneamente HIV e Sars-CoV-2 e compará-los com um grupo controle apropriado para entender, por exemplo, se existe alguma característica genética ou imunológica do hospedeiro que estaria ligada à eliminação tardia do vírus.

Além dos testes semanais que detectaram a persistência da infecção, o paciente teve amostras do vírus sequenciadas regularmente. As análises permitiram verificar que não foi um caso de reinfecção. Além disso, mostraram que o vírus seguia não apenas se replicando como sofrendo mutações.

Durante a infecção, foi possível mapear as estratégias do vírus para se livrar do sistema imune. Quando havia mais anticorpos neutralizantes, a carga viral diminuía. O vírus então conseguia driblar as defesas e elevava sua concentração e o ciclo então se repetia, forçando a produção de novos anticorpos e a diminuição dos vírus circulantes.

“É importante observar pacientes como esse porque podemos aprender mais sobre como o coronavírus sofre mutações, inclusive aquelas que podem dar origem a variantes de preocupação”, afirma Cunha.

O paciente do estudo foi infectado com a linhagem B.1.1.28, que entrou no Brasil no começo de 2020. Os pesquisadores não verificaram mutações nos vírus isolados do paciente que os caracterizassem como uma variante mais transmissível ou mais resistente ao sistema imune.

Esses e outros casos seguem sendo investigados pela equipe da Plataforma Científica Pasteur-USP. Os 38 pacientes analisados para esse estudo fazem parte de um banco de amostras de sangue e secreção nasofaríngea coletadas de 721 pessoas que apresentaram sintomas relacionados ao vírus.

“Novos dados vão surgir dessa amostragem e possivelmente teremos explicações mais palpáveis a respeito desses quadros atípicos”, estima Cunha.

“Esses casos são mais uma evidência de que a melhor maneira de controlar o novo coronavírus é usando máscara e evitando aglomerações. Se depois de 14 dias do teste positivo o indivíduo não é testado novamente, ele pode ter ainda vírus ativos e ser capaz de infectar outros, contribuindo para a transmissão comunitária. O acompanhamento de infectados é fundamental para o melhor conhecimento de mutações, novas variantes e da capacidade de transmissão do Sars-CoV-2”, alerta Minoprio.

Agência Fapesp

Foto: SERGIO LIMA/AFP