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Atualmente, para diagnosticar o Alzheimer, é necessária a realização de exames de imagens cerebrais e a punção do liquor — retirada do líquido da lombar por meio de uma agulha. Os procedimentos são caros e dolorosos e, muitas vezes, demorados.

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Cientistas da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia — Estados Unidos, estudaram uma forma de facilitar e baratear a descoberta desse problema neurológico e desenvolveram um exame de sangue que detecta anormalidades nas proteínas amiloide e tau — biomarcadores da neurodegeneração característica da doença.

No último dia 22, o Japão chegou a autorizar uma forma, por meio de coleta de sangue, para diagnosticar o Alzheimer. Mas, se autorizado o uso do produto criado nos EUA, o novo exame será específico da doença e permitirá uma descobertar mais rápida. Com isso, as terapias podem ser iniciadas mais cedo.

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência; no entando, o diagnóstico continua sendo um problema, principalmente para descobrir os estágios iniciais da doença.

O autor do estudo, Thomas Karikari, professor-assistente de psiquiatria em Pittsburgh, explica o avanço que a descoberta vai trazer. “Esses exames são caros e demorados para serem agendados, e muitos pacientes não têm acesso a scanners de ressonância magnética e PET. Acessibilidade é uma questão importante. A maior utilidade dos biomarcadores sanguíneos é melhorar a vida das pessoas, a confiança clínica e a previsão de risco no diagnóstico da doença de Alzheimer.”

O desenvolvimento de um exame de sangue confiável seria um importante passo. “É mais barato, seguro e fácil de administrar e pode melhorar a confiança clínica no diagnóstico de Alzheimer e na seleção de participantes para testes clínicos e monitoramento de doenças”, disse Karikari.

Os estudos com a nova forma de detectar o Alzheimer foram feitos em 600 pacientes em estágios diversos do Alzheimer. Descobriu-se que os níveis da proteína se relacionavam bem com os níveis dos biomarcadores no liquor e podiam distinguir com segurança a doença de Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas.

Os níveis de proteína também correspondiam à gravidade das placas amiloides e dos emaranhados tau no tecido cerebral de pessoas que morreram de Alzheimer.

O próximo passo vai ser validar o teste em mais pacientes, incluindo aqueles de origens raciais e étnicas variadas e aqueles que sofrem de diversos estágios de perda de memória ou outros sintomas potenciais de demência.

Karikari também espera que o monitoramento dos níveis de tau derivado do cérebro no sangue possa melhorar o projeto de ensaios clínicos para tratamentos de Alzheimer.

“Há uma enorme necessidade de diversidade na pesquisa clínica, não apenas pela cor da pele, mas também pelo histórico socioeconômico. Para desenvolver medicamentos melhores, os ensaios precisam inscrever pessoas de origens variadas e não apenas aquelas que moram perto de centros médicos acadêmicos. Um exame de sangue é mais barato, seguro e fácil de administrar e pode melhorar a confiança clínica no diagnóstico da doença de Alzheimer e na seleção de participantes para ensaios clínicos e monitoramento de doenças.”

R7

Foto: Freepik

Números do Boletim Epidemiológico da 51ª semana – 18 a 24 de dezembro- apresentam estabilidade nos casos de Covid-19, pela terceira semana consecutiva. Os óbitos, em decorrência da doença, apresentaram alta.

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A variação dos casos nos últimos 14 dias passou de 150% na 50ª semana, para 08% na semana 51ª. Na 49ª semana epidemiológica o estado havia registrado uma variação de 391%. Nos últimos sete dias a média móvel ficou em 389 casos.

Com relação às mortes, pelas complicações da doença, a variação passou de 8% nos últimos quatorze dias para 64%. A média móvel de óbitos pelo coronavírus ficou 03, apresentaram alta, se comparado à semana 49ª semana que teve 02 óbitos pela doença.

“Esses números mostram que a população vem seguindo as medidas determinadas nos decretos do Governo do Estado e, precisamos que os mesmos mantenham esses cuidados para que o vírus possa ser disseminado”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Neris Júnior.

O Boletim Epidemiológico também constatou que houve uma redução no Índice de Transmissibilidade da doença, em comparação aos últimos 15 dias passando de 1,54 para 0,78. A taxa de positividade dos testes RT-PCR caiu de 36% para 27%.

Segundo o Superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães, a redução no número de casos e a queda no índice de transmissibilidade são muito animadores. “Significa que os nossos esforços em cumprir as medidas sanitárias estão dando resultado. E é importante concluir o esquema vacinal para que todos possamos ficar mais tranquilos em relação à doença. Por isso, pedimos que todos completem esse ciclo, principalmente aos pais e responsáveis, que levem suas crianças para serem vacinadas”, reforça.

Já as internações pela doença mantiveram estabilidade, sendo que a ocupação dos leitos clínicos caiu de 80 para 27 internados. Nas unidades de terapia intensiva a ocupação passou de 30 para 22 pacientes, na 51ª semana. Por outro lado, os leitos de estabilização tiveram sua ocupação saindo de 01 para 03 pessoas internadas. “É muito importante mantermos o uso de máscaras e seguir todas as orientações de prevenção da doença”, lembra o secretário.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SEMANAL COVID-19 51ª SEM. EPIDEM. • 18/12 a 24/12/2022

Sesapi

Christian Drosten, um dos virologistas de referência da Alemanha, afirmou nesta segunda-feira (26) que o vírus da Covid-19 já se tornou endêmico e que, com isso, a pandemia chegou ao fim.

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“Neste inverno, estamos vivendo a primeira onda endêmica do Sars-CoV-2 e, com ela, na minha opinião, acabou a pandemia”, disse o diretor da área de virologia do hospital berlinense Charité em entrevista ao jornal Tagesspiegel. Terminado o inverno na Europa, a imunidade da população será tão ampla e resistente que o vírus não terá mais a capacidade de causar uma nova onda de casos no verão, previu Drosten, a menos que sofra nova mutação.

"Mas não espero que isso [mutação] aconteça agora", ressaltou.

Drosten defendeu, no entanto, as restrições introduzidas pelas autoridades para travar a propagação da pandemia, uma vez que, sem a redução de contatos na Alemanha, teria sido registrado "1 milhão de mortes ou mais".

Questionado sobre a situação na China, onde o número de casos aumentou de forma alarmante após a retirada das restrições, o virologista destacou o resultado decisivo das campanhas de vacinação na Alemanha e na Europa.

"O grande erro da China foi que a população, principalmente os idosos, não foi informada sobre a vacinação", comentou. Questionado sobre a situação na China, onde o número de casos aumentou de forma alarmante após a retirada das restrições, o virologista destacou o resultado decisivo das campanhas de vacinação na Alemanha e na Europa.

"O grande erro da China foi que a população, principalmente os idosos, não foi informada sobre a vacinação", comentou.

Agência EFE

Foto: National Reprodução/Institute of Allergy and Infectious Diseases

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou nesta quinta-feira (22) dados atualizados das internações por Srag (síndrome respiratória aguda grave) no país em que mostra a predominância da Covid-19.

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Segundo o boletim InfoGripe, de todas as internações por complicação respiratória ocorridas entre 11 e 17 de dezembro, 80,2% eram de pessoas com Covid-19.

O restante se dividia entre vírus sincicial respiratório (8,3%), que atinge majoritariamente bebês e crianças; influenza A (1,7%); e influenza B (0,7%).

Um padrão semelhante foi observado em relação aos casos que evoluíram para óbito no período.

O vírus sincicial respiratório "mantém presença expressiva nas crianças de zero a quatro anos, além de apresentar retomada do crescimento nesse público nos três estados da região Sul e no DF", diz o boletim. Dados do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) mostram que na quarta-feira (21), a média móvel de novos casos de Covid-19 no país era 41.861 por dia, o patamar mais elevado desde meados de julho deste ano.

Já a média móvel diária de mortes causadas pela doença atingiu 145, o número mais alto desde o fim de agosto.

Apesar de os números serem semelhantes aos observados na metade do ano – que não foi considerado uma onda tão significativa –, especialistas temem que as reuniões sociais e viagens de fim de ano possam aumentar a quantidade de pessoas infectadas.

O coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes, recomenda a manutenção das medidas preventivas individuais "especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves".

Dentre as orientações estão o uso de máscaras em locais com aglomeração de pessoas, incluindo o transporte público.

Cabe ressaltar ainda que as principais vítimas de internações e óbitos por Covid-19 neste ano estão sendo idosos e indivíduos com alguma imunossupressão, mas também há casos de pessoas entre 31 e 40 anos que estão evoluindo mal, especialmente devido ao esquema vacinal incompleto.

R7

Foto: Douglas Magno/AFP