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A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) iniciou, nesta quinta-feira (14), uma oficina para a construção do Centro de Inteligência Estratégica para Gestão Estadual do SUS (Cieges).A iniciativa tem por objetivo organizar e disponibilizar dados consolidados da saúde pública para os gestores, por meio de painéis dinâmicos e individualizados.

sus

“Esse é um sistema de informação que vai permitir que os gestores consigam informações detalhadas sobre varias aspectos da saúde pública piauiense. Com informação, conseguimos fazer o planejamento para melhorar algum aspecto que possa estar negativo, melhorar nossos indicadores”, destacou Antonio Luiz, secretário de Saúde.

O treinamento acontece na Escola de Gestão e Controle (EGC) do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) até sexta-feira (15) e é ministrado pela equipe técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que apresentou o funcionamento e como o Cieges tem ajudado gestores no desenvolvimento de ações estratégicas. “Além de ferramentas, a lógica do Centro de Inteligência é integrar e articular a troca de conhecimento entre todas as áreas da saúde pública. Além disso, o Cieges subsidia gestores na tomada de decisão, baseado na evidencia dos dados e em tempo oportuno”, explicou Sandro Terabe, assessor técnico do Conass e coordenador nacional do Ciegess.

O Cieges utiliza ferramentas e metodologias para identificar padrões e tendências em grandes volumes de dados e informações, criando insights relevantes para a tomada de decisões rápidas e estratégicas em diferentes áreas de gestão de planejamento, orçamentos e finanças, recursos humanos, de saúde pública dentre outras.

Com isso, será possível o monitoramento da situação de saúde, efetividade das políticas públicas, insumos e intervenções e resultados finalísticos por meio da coleta de dados dos sistemas de informações nacionais, macro e regionais, hospitais, unidades de saúde, laboratórios, sistemas de vigilância em saúde, epidemiológica e salas de situação. Esse processo de monitoramento será muito importante para as avaliações que explicam os resultados finalísticos, as tendências e os principais agravos à saúde em um determinado território ou macro região, garantindo a efetividade de programas e ações, apoiando a previsão de demanda por serviços de saúde.

“Faremos a integração de todos os sistemas de monitoramento de dados da gestão. A intenção é que com o Cieges, tenhamos cada vez mais as informações em tempo real para que as tomadas de decisão acelerem a entrega de serviços para a população piauiense”, concluiu Jônatas Melo, superintendente de Gestão da Administração (SUGAD) da Sesapi.

Sesapi

O Piauí registrou 7.166 casos de dengue em 152 municípios até o momento. Isso significou uma redução de 77,1% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 31.247 notificações em 207 cidades. Os dados do 35ª informe epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) contabilizam que, até agora, quatro pessoas morreram pela doença.

dengue

Ainda segundo o informe, os registros de zika vírus tiveram uma redução de 85,1% se comparado com o amostrado do ano anterior. Além disso, nenhum óbito ocasionado pela doença foi registrado e apenas 23 casos prováveis provenientes de 13 cidades foram computados. Em 2022, o número de casos notificados foi de 154 pessoas.

De acordo com a Sesapi, Dom Expedito Lopes, Currais, Bom Princípio do Piauí, Inhuma e Nazária foram os cinco municípios com maior incidência de casos por 100 mil habitantes no ano de 2023.

Em relação à febre chikungunya, o Piauí contabiliza até agora dois óbitos. Foram 4.179 casos notificados em 92 cidades. A redução em 2023 atualmente é de 61,2%.

Os dados finalizam destacando que as cidades de Angical do Piauí, Barra D’Alcântara, Lagoinha do Piauí, Esperantina e Barro Duro são os cinco municípios com maior incidência de casos de chikungunya para cada 100 mil habitantes durante as 35 semanas epidemiológicas de 2023.

Sintomas As três doenças são muito parecidas e podem ser confundidas, entretanto, existem diferenças no quadro clínico que podem ajudar na distinção. As enfermidades são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti.

Em relação à dengue, os sintomas são febre alta, enxaqueca, dor atrás dos olhos, perda de apetite, náuseas e vômitos, tontura, moleza e extremo cansaço, dor no corpo e abdomen.

No zika vírus, são manchas avermelhadas pelo corpo, dor muscular, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, conjuntivite, diarreia (pouco comum), constipação (pouco comum), pequenas úlceras na mucosa oral (pouco comum)

Já na chikungunya deve-se ficar atentos aos sintomas, como fortes dores nas articulações, febre, dor nas costas, fadiga, náuseas, vômitos, dor de cabeça, dores musculares (mialgias) e inchaço articular bilateral.

Com informações Portal O Dia

Foto: crédito: Luis ROBAYO/AFP

Quase 99% dos alimentos ultraprocessados comercializados no Brasil têm alto teor de sódio, gorduras, açúcares ou aditivos para realçar cor e sabor, aponta um estudo da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP (Universidade de São Paulo).

ultraprocessado

Esses ingredientes estão presentes na quase totalidade de biscoitos, margarinas, bolos e tortas, achocolatados, bebidas lácteas e sorvetes, além de frios e embutidos e bebidas gaseificadas como os refrigerantes. Também são encontrados em refeições prontas, pizza, lasanha, pastelaria e outras bebidas açucaradas. A pesquisa avaliou quase 10 mil alimentos e bebidas das principais redes de supermercados de São Paulo e Salvador.

A professora associada do Departamento de Nutrição Aplicada e do Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde do Instituto de Nutrição da Uerj, Daniela Canella, uma das autoras do estudo, alerta para a relação do consumo desses alimentos com o desenvolvimento de doenças crônicas.

“Eles estão associados a uma série de doenças crônicas e à obesidade, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer. Esse resultado de composição dos ultraprocessados reforça esses achados de relação de consumo desses alimentos e doenças crônicas. Por isso, os resultados são alarmantes”, disse a pesquisadora.

Daniela Canella defende que, além da indicação obrigatória para alimentos com alto teor de sódio, açúcar e gorduras, seria importante informar o indicativo de aditivos, que são os corantes, aromatizantes, emulsificantes, que alteram a cor, textura e aroma dos alimentos. Dessa forma, os consumidores poderiam identificar com mais facilidade os ultraprocessados e tomar a decisão sobre comprá-los ou não.

“Além da informação no rótulo, que a partir de outubro deste ano, passa a ser obrigatória para ‘alto em açúcar, gordura e sódio’, se os rótulos também tivessem a informação de que contêm aditivos com características cosméticas, facilitaria para que os consumidores pudessem identificar com mais facilidade o que são ultraprocessados”, afirmou a professora.

A pesquisadora destacou que os resultados da pesquisa são importantes para auxiliar as políticas públicas, como a proibição de alimentos ultraprocessados em cantinas escolares e outras agendas regulatórias, como a publicidade de alimentos.

Agência Brasil

Foto: Freepik

Desde 2014, o Brasil celebra o Setembro Verde, mês dedicado à conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos. O que muita gente não sabe, é que a legislação em vigor no Brasil determina que a família é a responsável pela decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.

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"Desde 2001, a família é soberana sobre o poder de decisão na doação de órgãos. Nenhum documento te dará o direito de ser doador. É o consentimento familiar. Só pode ser parente na linha reta ou colateral até o 2º grau", explica Lourdes Veras, coordenadora da Central de Transplantes do Piauí.

O ápice da Campanha Setembro Verde acontece no dia 27, com o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A data foi instituída pela Lei nº 11.584/2.007 e visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto.

O Piauí realiza atualmente transplantes de rins e córneas. Só em 2023, a Central de Transplantes do Piauí contabilizou 130 transplantes, sendo 102 de córneas e 28 rins. Esse número corresponde a mais de 63% do total de procedimentos realizados durante todo o ano passado, quando foram contabilizados 206 transplantes de córneas e 41 de rins.

O Hospital Getúlio Vargas (HGV) é um dos hospitais em Teresina habilitados para realizar transplantes. Atualmente, 474 pacientes aguardam pelo transplante de rim e outros 393 esperam por uma córnea compatível.

No Piauí, a realização dos transplantes é feita em colaboração com laboratórios especializados, todos credenciados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que também é regulado pelo Ministério da Saúde. A inclusão de pacientes na lista de espera é feita por médicos pré-transplantes.

Pessoas que precisam de um transplante, renal ou de córneas, passam por avaliação de médicos especializados. Se indicado para transplante de rim, por exemplo, o paciente é submetido a vários exames conduzidos pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), incluindo de imunogenética, que avaliam a compatibilidade tecidual.

“Uma vez que todos os exames estejam prontos, os dados do paciente são inseridos em um sistema informatizado do Ministério da Saúde, onde cada paciente possui um prontuário eletrônico. Após essa etapa, o paciente começa a concorrer por um órgão. Esse processo é semelhante para outros órgãos em outros estados. O sistema exige exames específicos para cada tipo de órgão e os pacientes podem acompanhar os processos através de acesso com senha ao sistema”, destaca Lourdes Veras.

A distribuição dos órgãos é coordenada pela Central de Transplantes, utilizando o Sistema Nacional de Transplantes para encontrar receptores compatíveis. A priorização na lista de espera varia, sendo determinadas por excepcionalidades de urgência e compatibilidade tecidual, todas estabelecidas por lei.

A coordenadora conta ainda que, após o paciente ser inserido na lista de espera, equipes especializadas trabalham no processo de doação, entrevistando as famílias de potenciais doadores, que geralmente estão em terapia intensiva. Se a morte encefálica é diagnosticada, as famílias são abordadas sobre a doação de órgãos. Caso a doação seja consentida, a retirada dos órgãos é realizada por equipes especializadas em hospitais designados.

“O tempo de espera para ser realizado o transplante após a doação varia conforme o órgão. As córneas podem ser preservadas por até 14 dias, enquanto rins podem ser mantidos em isquemia fria por até 36 horas (idealmente, 24 horas), fígados por 12 horas e corações e pulmões por 4 horas. Por isso a importância de todos os procedimentos serem realizados em tempo hábil”, explica a médica.

O acompanhamento pós-transplante varia entre órgãos. Para córneas, que possuem natureza curativa, o acompanhamento é de até 6 meses. Para outros órgãos, o acompanhamento é vitalício.

Transplantes fora do Piauí

No caso dos transplantes não disponíveis no Piauí, os pacientes buscam tratamento fora do domicílio (TFD) por meio da Diretoria de Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria (DUCARA) da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi). O processo é regulado pelo Sistema Nacional de Transplantes, onde documentos e laudos são enviados para centros de transplantadores indicados em todo o país.

“Para os pacientes que precisam de transplantes fora do estado, o TFD abre um processo com todos os documentos e laudos, que são digitalizados e enviados para a Central de Transplantes para ser feito a regulação diretamente com o Sistema Nacional de Transplante, então o sistema manda a documentação diretamente para os Centros de Transplantadores que são indicados, em qualquer estado da federação, onde é feito a marcação das consultas com os dias e horários, assim nós enviamos isso para o TFD, então o TFD entra em contato com o paciente para manter a parte dos transportes e diárias. Geralmente o estado possui uma demanda muito grande para transplantes de coração, fígado, medula óssea e pulmão e excepcionalmente o de intestino”, esclarece a coordenadora da Central de Transplantes.

Lourdes Vera finaliza explicando que algumas dificuldades são encontradas no processo de transplante, principalmente para órgãos como pulmões e intestinos. “A escassez de estados que realizam transplantes de pulmão e a complexidade dessa cirurgia são desafios significativos. Transplantes de intestino também são extremamente complexos e, embora recentemente tenham saído do estágio experimental, é uma cirurgia extremamente complexa, e geralmente está sendo realizada só em São Paulo, com regulação do Ministério da Saúde”, conclui.

Sesapi