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Cada vez mais populares, apesar de proibidos, no Brasil, os cigarros eletrônicos não têm o fedor dos tradicionais, mas nem por isso são inofensivos. Muito pelo contrário. O uso desses dispositivos pode representar diversos malefícios à saúde. Veja a seguir alguns dele.

cigarroseletronicos

Facilita o surgimento de cáries

Uma das descobertas mais recentes relacionada ao consumo de cigarros eletrônicos, ou e-cigaretts, como também são conhecidos, mostrou que o uso do produto aumenta a probabilidade de o indivíduo desenvolver cáries dentárias.

A conclusão foi feita por pesquisadores da universidade de Tufts School of Dental Medicine. De acordo com eles, isso ocorre porque o teor de açúcares e a viscosidade do líquido usados nesses produtos, para produzir o vapor, aderem aos dentes e formam uma espécie de camada.

Essa camada altera o microbioma da boca e facilita a proliferação de bactérias bucais. Não apenas isso, os cientistas concluíram que o vaporizador estimula a incidência de cáries em áreas onde ela, comumente, não ocorreria, como as bordas inferiores dos dentes da frente.

Evali

Evali é a sigla em inglês para lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico, uma condição relatada pela primeira vez em 2019, nos Estados Unidos. Há indícios de que as substâncias presentes no líquido dos vapers afetam diretamente o pulmão e ocasionam uma reação inflamatória no órgão.

Entre os sintomas descritos pelos pacientes, estão "sensação de desmaio, dor muito forte no meio peito, pensava que estava infartando." Em um entrevista ao R7 em junho de 2022, o pneumologista Flávio Arbex alertou que a doença é imprevisível, já que não está ligada ao tempo de uso dos cigarros eletrônicos.

"Não é uma questão de tempo, às vezes pode ser a substância. Tem substâncias que a pessoa fuma que estão mais ligadas à Evali, tipo acetato de vitamina E, até o THC [o principal componente da maconha], que muitas pessoas usam. É uma grande armadilha", exemplificou

Câncer

A ilegalidade do cigarro eletrônico em território brasileiro, visto que a comercialização, importação e propaganda do produto é proibida pela Anvisa, abre margem para que ele seja composto por diversas substâncias, até mesmo tóxicas e cancerígenas.

No documento "Cigarros eletrônicos: o que sabemos", a Anvisa listou 21 elementos que estão presentes no vapor dos produtos, dentre eles estão o chumbo, cromo e ferro - apontados como agentes cancerígenos para o pulmão.

Cada vez mais populares, apesar de proibidos, no Brasil, os cigarros eletrônicos não têm o fedor dos tradicionais, mas nem por isso são inofensivos. Muito pelo contrário. O uso desses dispositivos pode representar diversos malefícios à saúde. Veja a seguir alguns deles

Em entrevista à Agência Brasil em agosto de 2022, o cirurgião oncológico e diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni também alertou que essas substâncias podem causar cânceres de pulmão, esôfago, boca, pâncreas, bexiga, entre outros.

"Ele não é inócuo, mas produz uma série de doenças e agravos", advertiu Maltoni.

Arritmia

Em um estudo publicado em setembro de 2022, pesquisadores da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, descobriram que a exposição aos produtos químicos dos cigarros eletrônicos pode causar quadros de arritmia (batimentos irregulares do coração) e disfunção elétrica cardíaca.

Ao expor modelos animais a líquidos que compõem esses produtos, os cientistas perceberam que os batimentos, antes normais, se tornavam prematuros e pulados.

"O uso de cigarros eletrônicos com certos sabores ou veículos solventes pode interromper a condução elétrica do coração e provocar arritmias", disse o coordenador do estudo, professor Alex Carll, em comunicado.

Vício

Os cigarros eletrônicos foram disseminados como uma possibilidade de as pessoas abandonarem o tabagismo. Porém, ele exerce função contrária.

"O dispositivo eletrônico para fumar foi realmente criado para ser a porta de entrada para o tabagismo" alegou ao R7 a chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), Andréa Reis, em junho de 2022.

Isso ocorre porque os e-cigarettes são vendidos em diversos formatos, aromas e sabores, que mascaram as concentrações de nicotina – substância que induz ao vício – do produto e que, muitas vezes, são muito maiores do que o cigarro convencional.

Por norma, o cigarro tem de ter até uma grama de nicotina. Já os cigarros eletrônicos chegam a ter sete gramas por unidade.

Fumo passivo

Além de ser um malefício ao usuário, o cigarro eletrônico pode ser prejudicial às pessoas ao redor, já que elas podem respirar cargas de metais pesados presentes no vapor do produto, como níquel, arsênio e acetato de vitamina E.

Essas substâncias são extremamente danosas e não se dissipam apenas na fumaça, segundo o pneumologista Flávio Arbex."As substâncias que estão no cigarro eletrônico podem se depositar em superfícies também. Quanto mais fechado o lugar, maior o depósito em objetos e mesas, que a pessoa pode tocar, levar a mão ao olho e isso pode causar complicações", disse ao R7

Apesar de ainda não haver dados conclusivos sobre os danos causados aos fumantes passivos, a melhor forma de prevenção é evitar o contato.

Bronquite e bronquiolite

Quem fuma um cigarro comum, leva, geralmente, de 1 a 5 minutos para terminar o produto. Isso faz com que a pessoa tenha controle do tempo e da quantidade de nicotina consumida no dia. A situação é totalmente diferente com os cigarros eletrônicos, já que eles podem ser usados continuamente.

"Em dez minutos [de uso do cigarro eletrônico], são 30 mg de nicotina, ou seja, o equivalente a um maço e meio de cigarro comum, em um cálculo conservador", relatou o pneumologista Francisco Mazon, ao R7, em 2022.

Além do mais, as cápsulas usadas nos vaporizadores são feitas de um derivado do petróleo. A combinação dessa substância com o alto tempo de uso do produto pode contribuir com a incidência de problemas respiratórios como bronquite e bronquiolite.

R7

Foto: Ajeng Dinar Ulfiana/Reuters/Arquivo

 

O verão é a estação associada às férias e destinos refrescantes como praias, cachoeiras e piscinas. Mas é nessa época que o mergulho é a segunda maior causa de lesão medular segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

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Segundo os especialistas, os impactos de um mergulho mal sucedido ou em áreas inadequadas podem causar lesões em todo corpo, desde luxações e torções, até traumatismos cranianos e lesões causadoras de paraplegia e tetraplegia. Além disso, circunstâncias inesperadas, como correntezas, podem causar outras formas de acidentes.

Como acontece

Presença de obstáculos: Em qualquer tipo de ambiente de mergulho, principalmente em águas rasas, pode haver obstáculos, inclusive ocultos. A presença de pedras escorregadias e pontudas e troncos de árvores podem causar acidentes durante saltos, principalmente se não forem vistos pelos banhistas;

Circunstâncias inesperadas: Se o banho é em águas profundas, como no mar e em cachoeiras, é possível que as pessoas passem por situações inesperadas, como redemoinhos, trombas d’água e correntezas, além da possibilidade de encontrar ter um mal estar ou encontrar animais grandes e bravos. Essa situação é ainda mais comum se o banhista for turista, já que pode não conhecer os perigos típicos da região;

Formas arriscadas de saltar: No contexto de descontração é comum que as pessoas tentem fazer acrobacias na hora de saltar para a água. No entanto, elas podem causar lesões pela forma como o indivíduo vai atingir a água. Não é recomendado que indivíduos sem experiência com mergulho realizem saltos de lugares altos, como trampolins;

Pular de pé é arriscado pois o ângulo perpendicular do corpo, quase reto, pode causar fraturas nos pés e pernas, luxações e torções; Pular de cabeça, principalmente em locais rasos, com a presença de obstáculos ocultos, pode causar lesões na coluna, o que pode provocar paraplegia, que ocasiona a perda da função muscular na parte inferior do corpo. Quando o impacto atinge a medula, há possibilidade de ser acometido por uma tetraplegia, quando os movimentos são perdidos do pescoço pra baixo.

Como evitar

Evitar águas turvas, com baixa visibilidade da profundidade e presença de objetos;

Não mergulhar após ingerir bebida alcoólica ou substâncias que afetem o raciocínio; Não correr na borda de piscinas;

Não saltar de locais altos;

Não saltar com cambalhos, de pé, de cabeça ou de costas;

Não empurrar outras pessoas para mergulhar na água;

Não provoque outros a pular, nem pule por ser provocado;

Observar a presença de objetos ou materiais que podem causar acidentes, como pedras e troncos de árvores.

3 min de leitura

Foto: Reprodução Pixabay

Em janeiro de 2023, as notificações de dengue caíram 84% e os de chikungunya aumentaram 25% entre os dias 1 e 28. Os resultados dos do monitoramento foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no dia 1° de fevereiro.

dengue

As doenças causadas através da transmissão pelo Aedes aegypti também tiveram redução em comparação ao mesmo período do ano passado. Com relação à dengue, houve a notificação de 1.394 casos em 73 municípios, o que resulta em uma queda de 84,2% em relação a 2022, que registrou 8.808 suspeitas.

Em 2023, 335 casos foram confirmados em 14 cidades. Destes, 10 casos tiveram sinais de alarme. Com os 4.315 casos de 2022, a queda é de 92,2%, segundo o levantamento. Quanto à chikungunya, 528 pacientes apresentaram sintomas e foram notificados à SES. Em 2022, houveram 422 notificações, resultando em um aumento de 25,1 % nos períodos.

As confirmações também tiveram queda. A redução é de 12% nos casos de chikungunya. Os casos estão em sete cidades tocantinenses.

No primeiro mês de 2023 não houve óbito em decorrência das doenças. No ano de 2022, oito pessoas morreram após apresentarem sintomas graves de dengue.

Para combater as doenças, o Ministério da Saúde orienta evitar água parada, esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas iniciativas básicas para evitar a proliferação do vetor. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos. Além disso, a recomendação é que a população procure a unidade ou serviço de saúde mais próxima de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.

Determinado a trabalhar em favor da prevenção da gravidez na adolescência, o médico cardiologista Marcus Vinícius Kalume lidera uma intensa campanha nesta Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. Ele foi a Brasília (DF) pedir apoio às autoridades para implementar às ações que visam reduzir o número de gestações adolescentes. “A visita a Brasília foi muito importante. Conversei longamente com o ministro Wellington Dias [Desenvolvimento Social] sobre a preocupação com a incidência de gestação na adolescência”, disse o médico.

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“Ele ficou sensibilizado e garantiu que vai nos apoiar em tudo que precisarmos.” A campanha, nesta semana, passa pela educação por meio da divulgação de informações e dados precisos e conscientização. “É importante ter um diálogo franco, aberto e ao mesmo tempo real com as adolescentes que têm vida sexual e não pretendem ser mães”, disse. Métodos Marcus Vinícius ressalta que, ao iniciar a vida sexual, todas as adolescentes devem consultar regularmente um édico.

“A vida muda e os hábitos também, então é preciso que a jovem tenha consciência disso”, afirmou. Para os especialistas, o método mais eficiente é a comisinha ou preservativo. É o único que oferece dupla proteção: protege contra doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e da gravidez não planejada. Há, ainda, as opções das pílulas combinadas e da injeção mensal que podem ser usadas na adolescência, desde a primeira menstruação.

O DIU também pode ser usado pelas adolescentes, mas se não tiveram filhos correm risco maior de expulsá-lo. Os médicos, geralmente, são contrários à ligadura de trompas para as adolescentes e a vasectomia para os rapazes. Também costumam rejeitar a minipílula e a injeção trimestral antes dos 16 anos. De acordo com certas religiões, o melhor é associar métodos naturais, como a tabelinha, que leva em conta o período mais fértil do mês conforme a menstruação, o muco cervical e a temperatura basal. Estes são métodos que exigem disciplina e planejamento, o que nem sempre é possível. “O importante é escolher um método, segui-lo, e estar sempre em contato com o médico”, afirmou Marcus Vinícius. “A maternidade é linda, mas tem de ser uma escolha.”

Distribuição Para prevenção da gravidez, o Ministério da Saúde distribui pílula combinada, anticoncepção de emergência, minipílula, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, e diafragma, assim como preservativo feminino e masculino. Também há oferta de DIU de cobre nas maternidades públicas. Dados No Brasil, um em cada sete bebês é filho de mãe adolescente.

A cada hora nascem 48 bebês, filhos de mães adolescentes. Os percentuais, de acordo com dados de 2020, aumentam no Nordeste (16,9%) e Norte (21,3%) do país seguidos pelo Centro-Oeste (13,5%), Sudeste (11%) e Sul (10,5%), segundo os do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde. Um dado preocupante é o número de bebês com mães de até 14 anos que contabilizou 19.330 nascimentos no ano de 2019, o que significa que a cada 30 minutos, uma menina de 10 a 14 anos torna-se mãe, conforme o Ministério da Saúde (2023). Das gestações que ocorrem na adolescência, 66% são não intencionais, o que significa que sete em cada 10 adolescentes que engravidam sem planejamento e de forma inesperada.

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