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Um raro caso de síndrome da bolsa de urina roxa (PUBS, na sigla em inglês) foi descrito recentemente na revista científica Oxford Medical Case Reports por médicos do Departamento de Nefrologia do Centro Médico Pikeville, no estado americano de Kentucky.

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Em um artigo, eles detalham que a paciente, uma mulher de 76 anos, "com histórico médico significativo para doença renal crônica congestiva em estágio 3 e câncer de bexiga", foi internada na unidade com um quadro de falta de ar devido a outro problema: uma insuficiência cardíaca. Após os exames, foi encontrada uma lesão aguda secundária àquela que a idosa já tinha. Durante o atendimento, os médicos optaram por inserir uma sonda na uretra e administrar furosemida (um medicamento diurético).

"Além disso, a paciente apresentava constipação desde a admissão, e, após quatro dias, notou-se mudança na cor da urina na bolsa de Foley", relataram os profissionais.

Outro artigo científico descreve a síndrome da bolsa de urina roxa como "um distúrbio raro em que a bolsa plástica do cateter urinário e o tubo ficam roxos" e acrescenta que "a descoloração se deve à presença dos pigmentos índigo e indirubina, que são metabólitos do triptofano [um aminoácido precursor da serotonina]".

"A fisiopatologia desse fenômeno pode ser rastreada até o catabolismo do triptofano, um aminoácido encontrado apenas em nossa dieta que auxilia na produção de proteínas, enzimas e outros componentes. Com a ajuda de bactérias, o triptofano é decomposto no intestino em indol e é levado para o fígado e transformado em indoxil sulfato. Bactérias produtoras de sulfatase no trato urinário convertem indoxil sulfato em indoxil que, quando metabolizado em meio alcalino, dá origem a indirubina (pigmento vermelho) e índigo (pigmento azul). Quando esses pigmentos são combinados e oxidados, a urina torna-se roxa", explicam os autores do artigo recente.

Essa síndrome é associada a infecções do trato urinário, já que as bactérias que produzem esses pigmentos costumam aparecer nesses pacientes.

O exame de urina da idosa em Kentucky revelou a presença da bactéria Proteus mirabilis, que causa infecções urinárias.

A mulher foi tratada com antibióticos e, após cinco dias, foi transferida para a enfermaria, com recomendação de fazer acompanhamento com nefrologista e urologista.

R7

Foto: Reprodução/Oxford Medical Case Reports

A Pfizer anunciou nesta sexta-feira (10) que os Estados Unidos autorizaram um novo tratamento contra a enxaqueca, com a particularidade de ser um spray de via nasal.

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Comercializado com o nome de Zavzpret, o tratamento recebeu autorização da FDA (Food and Drug Administration, equivalente à Anvisa nos EUA), para o tratamento da enxaqueca grave em adultos.

Em um grande teste clínico, publicado no mês passado pela revista científica Lancet Neurology, o remédio mostrou efeitos positivos para o alívio da dor, superiores aos de um placebo, às vezes em um curto período de tempo - cerca de 15 minutos após a aplicação de uma dose.

Citada em um comunicado da Pfizer, Kathleen Mullin, do Instituto de Neurologia e Dores de Cabeça da Nova Inglaterra, afirmou que "uma das características mais importantes de uma opção de tratamento grave é a rapidez de seu funcionamento".

"Como um spray nasal de rápida absorção, o Zavzpret oferece uma opção alternativa de tratamento, para aqueles que precisam de alívio e não podem tomar medicamentos orais devido a náuseas ou vômitos", acrescentou.

As enxaquecas podem ter um efeito significativo na rotina e as dores de cabeça são frequentemente acompanhadas de distúrbios visuais ou intolerância à luz.

A Pfizer disse que o tratamento estará disponível em julho de 2023 nas farmácias dos EUA.

AFP

Foto: Freepik

A endometriose afeta 8 milhões de mulheres no Brasil e 200 milhões no mundo todo, porém ainda é pouco falada fora dos consultórios médicos. Diante da falta de informação, a condição costuma levar anos para ser descoberta, dificultando o tratamento.

endometriose

Dentre os seus sintomas, dois afetam de forma severa a vida da mulher: as cólicas e a dificuldade em engravidar, um sonho entre boa parte da população feminina. Estimativas da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) apontam que entre 30% e 40% das mulheres diagnosticadas com a condição também enfrentam a infertilidade.

“Para que mais mulheres tenham a oportunidade de conhecer melhor seus corpos, além do diálogo aberto com os médicos, é primordial que falemos mais sobre a endometriose, que haja mais informação e conscientização sobre o tema. Por meio da informação e da escuta, é possível antecipar o diagnóstico, fator que impacta muito o sucesso do tratamento e a qualidade de vida da mulher”, destaca o Dr. Patrick Bellelis, ginecologista especialista em endometriose.

Por que a endometriose pode causar infertilidade

O útero é revestido pelo endométrio, um tecido que descama e é eliminado durante o ciclo menstrual, caso a mulher não esteja grávida. Quando a endometriose está presente, esse tecido cresce fora do útero, em diferentes partes do aparelho reprodutivo feminino, mudando a anatomia desses órgãos conforme a inflamação vai se agravando. É exatamente por conta dessa alteração que a infertilidade pode aparecer, além das cólicas de forte intensidade.

A endometriose pode causar também dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar, dores nas costas, entre outros sintomas. “Ao perceber qualquer coisa fora do normal durante o ciclo menstrual, é importante buscar atendimento e orientação de um ginecologista, para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes. O diagnóstico precoce previne que a endometriose atinja níveis mais graves”, reforça Bellelis.

3 min de leitura R7

Foto: reprodução

O Dia Mundial do Rim é celebrado nesta quinta-feira (9) e carrega a mensagem sobre a importância de estar atento a doenças renais, especialmente no que diz respeito à prevenção, ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.

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Segundo a SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia), o enfoque deste ano é "cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados". Pensando nisso, o R7 listou sete sintomas que são um sinal claro de doença renal crônica.

Porém, antes, é fundamental entender a relevância dos rins para o corpo humano.

De acordo com Milena Vasconcelos, médica nefrologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, esses órgãos desempenham funções fundamentais, como filtrar todo o sangue do corpo e eliminar toxinas do organismo.

"Eles atuam na manutenção dos eletrólitos do nosso corpo, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato etc. Fazem a manutenção da água, excretam algumas substâncias, como medicações, e liberam um hormônio chamado eritropoetina, que é responsável pela produção de células vermelhas no nosso corpo, como a hemoglobina", explica Milena.

E acrescenta: "Eles também são responsáveis pela produção do calcitriol, que é a vitamina D ativa, que responde pela saúde óssea do nosso corpo. E, juntamente com o coração, eles desempenham um papel primordial no controle da nossa pressão arterial".

A DRC (doença renal crônica) é a condição mais comum, que afeta uma em cada dez pessoas no mundo, segundo dados da SBN. No entanto, ela é considerada uma doença extremamente silenciosa.

"Nas fases iniciais, não há sintoma nenhum, é uma doença completamente silenciosa e progressiva. Você começa a ter sintomas quando o rim já perdeu 50% da sua funcionalidade", alerta a nefrologista.

No Brasil, de acordo com a estimativa recente (de 2022) da SBN, o número de pacientes com DRC avançada é crescente e, atualmente, mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país.

Há também outras condições comuns que acometem o rim, como cálculos (pedras) e glomerulonefrite.

Em qualquer um dos casos, há grupos específicos que não podem ignorar nenhum indício de problema renal, pois são mais propensos a desenvolvê-los. São eles:

  • hipertensos;
  • diabéticos;
  • pessoas com histórico familiar de doença renal crônica;
  • indivíduos diagnosticados com obesidade;
  • quem tem histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca);
  • fumantes.

De forma geral, os sete sintomas que ninguém, mas principalmente os grupos de risco, deve ignorar, porque podem indicar uma DCR, são:

  • urina espumosa (é tanto um sinal de uma doença renal crônica quanto de uma glomerulonefrite, conhecida como nefrites);
  • sangue na urina;
  • glicose alta;
  • pressão frequentemente acima de 140 mmHg por 90 mmHg (alta) — popularmente, 14 por 9;
  • alteração do nível de consciência (em razão da ureia elevada);
  • nível de triglicerídeos no sangue elevado;
  • anemia (acompanhada de fraqueza e cansaço).

Outros possíveis sinais são inchaço (principalmente nas pernas), cãibras e sonolência. Prevenção

A melhor forma de prevenir a doença, segundo Milena, é manter alguns hábitos saudáveis, como ingerir, no mínimo, de 2 a 3 litros de água por dia, evitar anti-inflamatórios (é a medicação mais tóxica para o rim) e o tabagismo, além de reduzir o consumo de açúcar.

Pessoas com histórico familiar de doença renal crônica ou do grupo de risco devem fazer o exame de creatinina (avalia a saúde renal) de forma mais precoce e anualmente. Já a população em geral deve tornar o teste anual após os 40 anos.

"As duas maiores causas da doença renal são a pressão alta e a diabetes, então a prevenção clássica é não ter hipertensão nem diabetes. Se já tem, deve ir ao nefrologista quanto antes para minimizar esses efeitos, para não progredir para uma DCR", finaliza Milena.

R7

Foto: Freepik