Dados do Boletim Epidemiológico da 13ª Semana de 2023 mostram que o Piauí registrou uma queda de 74% no número de notificações de dengue em relação ao mesmo período do ano passado. Até a última sexta-feira (31), foram contabilizados 2.149 casos prováveis da doença, quando esse quantitativo foi de 8.288 em 2022.
Entre os cinco municípios do Piauí com o maior quantitativo de casos prováveis estão Teresina (1.492), Parnaíba (106), Esperantina (79), Água Branca (60) e José de Freitas (36). Apesar disso, o Boletim da 13ª Semana Epidemiológica revela que 131 cidades piauienses não registraram notificações de casos suspeitos da doença. O Boletim também constatou que o Piauí acumulou 1.228 notificações de chikungunya em 40 cidades até a 13ª Semana Epidemiológica, uma redução de 67% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos três primeiros meses de 2022 haviam 2.262 do número de casos prováveis da doença em 72 municípios no estado.
O cenário é semelhante às notificações de zika vírus em todo o estado. Em 2023, o Piauí já registrou 12 notificações da doença em seis municípios. O quantitativo representa uma queda de 65% se comparado com o ano passado, quando havia um total de 35 casos prováveis em sete cidades do Piauí.
A vida nas cidades grandes pode ter muitos benefícios, porém, há um aspecto não tão agradável: o trânsito. As estradas movimentadas geram muito estresse e, de acordo com uma descoberta recente, também podem aumentar o risco de hipertensão.
O estudo foi publicado no Journal of the American College of Cardiology, no último dia 22. Já havia relação entre o ruído do trânsito e a hipertensão, mas levou-se mais em conta fatores ambientais, como a poluição.
"Ficamos um pouco surpresos ao constatar que a associação entre o ruído do tráfego rodoviário [motores rugindo, buzinas e sirenes] e a hipertensão foi robusta, mesmo após o ajuste para a poluição do ar", disse Jing Huang, principal autor do estudo e professor da Universidade de Pequim.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores usaram o banco de dados UK Biobank e analisaram mais de 240 mil pessoas, entre 40 e 69 anos, que não sofriam de hipertensão até aquele momento. Com base no endereço de cada voluntário, eles estimaram o nível de ruído diário. Após 8,1 anos de investigação, eles descobriram que os indivíduos que moravam perto de estradas movimentadas foram mais propensos a desenvolver hipertensão. Esse risco aumentava conforme o volume do ruído se intensificava.
"É essencial explorar os efeitos independentes do ruído do tráfego rodoviário, em vez do ambiente total", alerta Huang.
Essa relação se manteve mesmo quando os cientistas consideraram a quantidade de partículas finas e dióxido de nitrogênio no ar, excluindo que a poluição era a única causadora.
Porém, quando os dois fatores foram combinados (barulho + meio ambiente), o risco aumentou. O que significa que a poluição também desempenha papel importante no que diz respeito ao desenvolvimento de hipertensão.
"O ruído do tráfego rodoviário e a poluição do ar relacionada ao tráfego coexistem ao nosso redor", diz o autor.
No quesito de saúde pública, os resultados sugerem que a localização e o tráfego próximo ao endereço de cada pessoa deve receber uma atenção especial durante a triagem e o tratamento. Assim como políticas públicas têm de ser mais assertivas na diminuição do ruído do tráfego rodoviário.
Para o futuro, veículos mais silenciosos deveriam ser a prioridade de indústrias automotivas.
"Os dados demonstrados neste artigo fornecem evidências de maior qualidade para justificar o potencial de modificar o ruído do tráfego rodoviário e a poluição do ar, tanto a nível individual quanto social, na melhoria da saúde cardiovascular", finaliza Jiandong Zhang, estudante da divisão de cardiologia da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.
Bebês nascidos de mães que passaram pela Covid-19 durante a gravidez podem ter mais risco de desenvolver obesidade, diz um estudo publicado por pesquisadores americanos.
Os resultados "sugerem que as crianças expostas no útero à Covid-19 materna apresentam um padrão de crescimento alterado nos primeiros anos de vida, que pode aumentar o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares ao longo do tempo", afirmou Lindsay Foruman, uma das duas autoras.
O estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism é focado em 150 bebês nascidos de mãe estavam com Covid durante o parto.
Os pequeninos tiveram menor peso ao nascer, seguido de maior ganho de peso no primeiro ano de vida, em comparação com 130 bebês cujas mães não sofreram infecção pré-natal.
Essas mudanças foram associadas a um maior risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares na infância e posteriormente, indica o estudo.
"Nossas descobertas destacam a importância do acompanhamento de longo prazo de crianças expostas no utero à infecção materna por Covid-19, bem como a ampla aplicação de estratégias de prevenção para esta doença entre mulheres grávidas", acrescentou o Laboratório Edlow.
Foruman lembrou que "ainda há muito que investigar para compreender os efeitos da Covid-19 nas grávidas e nos seus filhos."
No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, comemorado nesta sexta-feira (24), a Secretaria de Estado da Saúde vem reforçar a importância do enfrentamento à doença. De acordo com dados da Sesapi, 2022 registrou um aumento no número de casos diagnosticados no Piauí. Foram 1049 novos casos, dos quais 792 são de pessoas residentes no estado.
Em 2021 foram 985 casos diagnosticados, sendo 757 residentes no estado. Ivone Venâncio, supervisora da Coordenação de Atenção às Doenças Transmissíveis, reforça a importância de um trabalho continuo em todo o estado para reverter o número alto de notificações que vem sendo registrado nos últimos anos.
“Com os últimos registros que o estado vem trazendo, nós reforçamos a importância da manutenção dos programas e serviços de controle da tuberculose, de forma a evitar e quebrar a cadeia de transmissão da doença no nosso estado. Em 2022 nós registramos a maior incidência de casos residentes da doença por 100 mil habitantes desde 2019. Com esses registros se mostra a importância de medidas e ações reforçando o enfrentamento da tuberculose”, destaca a supervisora.
A Tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.
Entre os sintomas da doença estão dor no peito, tosse por três semanas ou mais; febre vespertina; sudorese noturna; emagrecimento não intencional, escarro com sangue. O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse. Essa tosse pode ser seca ou produtiva (com catarro).
Caso a pessoa apresente sintomas de tuberculose, é fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima da residência para avaliação e realização de exames. Se o resultado for positivo para tuberculose, deve-se iniciar o tratamento o mais rápido possível e segui-lo até o final.
O diagnóstico precoce, o tratamento seguindo todas as orientações médicas e a prevenção, são ações prioritárias para bloquear a cadeia de transmissão da doença. Pensando nessas questões e nos últimos dados apresentados pelo acompanhamento do cenário da tuberculose no estado, a Sesapi emitiu nota técnica aos municípios com recomendações para dar continuidade e reforçar os trabalhos de enfrentamento á tuberculose.
Entre a s orientações estão o desenvolvimento de cuidados centrados no paciente com ações de vigilância, implantação do diagnóstico e tratamento da infecção latente da tuberculose, tratamento diretamente observado, ações para o aumento da detecção de novos casos, garantir o seguimento do paciente no tratamento até sua conclusão, ofertar e realizar teste de HIV, além de melhorar a utilização dos sistemas de informação para melhor controle dos casos.