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A vitamina B12 é capaz de regular processos inflamatórios que estão relacionados a casos graves de Covid-19, segundo um estudo realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Minas e divulgado nesta sexta-feira (19). A pesquisa ainda não passou pela revisão de pares.

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Os pesquisadores compararam amostras de sangue de pacientes hospitalizados em estado grave ou moderado com amostras de pessoas saudáveis. Segundo as análises, os pacientes com Covid-19 apresentavam alteração de muitos genes, mesmo com tratamento que envolveu corticoides por cerca de 11 dias. “Com a introdução da vitamina B12, a expressão dos genes inflamatórios e de resposta antiviral dos pacientes se aproximou à dos indivíduos saudáveis, mostrando a eficácia da vitamina para o controle da inflamação”, diz a nota. A vitamina B12 é capaz de atenuar um quadro chamado de tempestade inflamatória, que ocorre quando o organismo apresenta uma resposta imune de forma exagerada.

“É importante destacar que, antes que a B12 possa ser usada com segurança para o tratamento dos pacientes com Covid-19, ainda é necessária a realização de um estudo clínico, ou seja, diretamente no organismo humano. Deve-se ressaltar também que não adianta tomar a vitamina por conta própria, como medida de prevenção, uma vez que nosso estudo só constatou a eficiência da B12 para a normalização de processos inflamatórios alterados pela doença”, destaca o pesquisador Roney Coimbra, coordenador do estudo.

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Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A diretoria do Rotary “Princesa do Sul” esteve reunida na manhã desta segunda-feira (15), com a secretária de saúde, Caroline reis, e técnicas da Secretaria de Saúde, para fechar parceria na realização do Dia D contra Pólio e Multivacinação que será realizada em Floriano no próximo sábado, dia 20. O Rotary trabalha para erradicar a Pólio há mais de 35 anos. 

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A Poliomielite, comumente chamada de Pólio, é uma doença altamente contagiosa causada pelo Poliovírus selvagem. A grande maioria das infecções não produz sintomas, mas de 5 a 10 em cada 100 pessoas infectadas com esse vírus podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe.

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Em 1 a 200 casos, o vírus destrói partes do sistema nervoso causando paralisia permanente nas pernas ou braços. Embora muito raro, o vírus pode atacar as partes do cérebro que ajudam a respirar, o que pode levar à morte.

Embora o último caso confirmado de Poliomielite por Poliovírus selvagem na região das américas tenha ocorrido em 1991, a ameaça continua. Apesar dos esforços para sua erradicação, atualmente, em alguns países asiáticos, ainda existem crianças com paralisia permanente provocada por este vírus. Devido ao risco de importação, o principal fator de risco para que crianças menores de 5 anos adquiram a doença é a baixa cobertura vacinal.

Com informações da Organização Pan-Americana da Saúde.

A Secretaria de Estado da Saúde(Sesapi) confirmou mais dois casos de Varíola dos Macacos que estavam em investigação, totalizando três casos positivos no estado, sendo que um deles é de uma pessoa de São Paulo e deve ser registrado no estado de origem. Os novos casos confirmados são referentes a dois homens, sendo um deles residente em Teresina e o outro em São Paulo, mas que estava passando férias na capital piauiense.

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Com esses novos resultados, o Piauí passa a contabilizar seis casos descartados, dois casos positivos, um caso provável e mais 26 casos em investigação. As amostras que ainda seguem em investigação estão em análise no laboratório de referência do estado na Fiocruz.


Segundo o relatório da coordenação de epidemiologia da Sesapi, 17 municípios, de norte a sul do estado, já notificaram casos suspeitos, sendo Teresina e Parnaíba os municípios com maior número de registros até o momento. O Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde do estado do Piauí (Cievs) segue acompanhando e monitorando todos os casos suspeitos notificados. “

Nós verificamos algumas informações baseadas nos dados de casos suspeitos notificados aqui no estado. Primeiramente, a maioria dos casos suspeitos estão em pessoas do sexo feminino, 21 casos. Além disso, quando olhamos a faixa etária, possuímos casos suspeitos em diversos grupos, mas 60% dos casos notificados estão na faixa etária de 15 a 39 anos “, fala a coordenadora do Cievs, Amélia Costa.

Segundo ela, com a confirmação dos novos casos é de fundamental importância a população ficar atenta aos sinais e sintomas da doença, e procurar os serviços de saúde do município caso a pessoa comece a detectar sintomas como febre, dor de cabeça, dor muscular e o surgimento de vesículas pelo corpo. “ Esses são os principais sintomas observados da doença nos casos já confirmados pelo mundo”, destaca Amélia. Ao mesmo tempo, caso seja confirmada a infecção, é essencial seguir o período de isolamento recomendado de 20 dias”, diz a coordenadora.

A epidemiologista destaca ainda que é essencial que todos os 224 municípios fiquem atentos a questão dos vínculos epidemiológicos.

“As vigilâncias dos municípios precisam acompanhar os casos suspeitos e confirmados, além de verificar constantemente os contatos que essas pessoas tiveram, alem de viagens e visitas realizadas, para que as medidas epidemiológicas adequadas sejam adotadas, buscando evitar o aumento de casos. Além disso, é preciso que a população continue adotando as medidas higiênico sanitárias já aprendidas durante a pandemia, evitar aglomeração, higiene pessoal, uso de máscara são modos de prevenir mais casos dentro do estado”, disse a coordenadora.

MN

Com o propósito de desenvolver vacinas eficazes para o combate a doenças como dengue e zika, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) têm explorado abordagens inovadoras. Os estudos, ainda em fase pré-clínica, contam com apoio da FAPESP por meio de diversos projetos.

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No caso da dengue, tem sido desenvolvida uma “vacina de subunidade”, técnica que consiste em usar partes específicas do vírus para desencadear a resposta imune. Nesse caso, a subunidade escolhida foi a proteína viral NS1, já usada em testes diagnósticos e em outras formulações vacinais. Na pesquisa conduzida pelo grupo da professora Sílvia Boscardin, a NS1 do vírus da dengue foi guiada especificamente para as células dendríticas (também conhecidas como células apresentadoras de antígeno), que são potentes ativadoras do sistema imune.

Outra inovação é a aplicação pela via transcutânea, feita por meio de adesivos contendo antígenos do patógeno. “A estratégia de direcionar as proteínas para as células dendríticas fez com que a resposta de anticorpos anti-NS1 fosse potencializada nos camundongos imunizados e mantida por mais tempo nas amostras de sangue”, conta Lennon Ramos Pereira, pós-doutorando no ICB-USP e primeiro autor de um estudo divulgado na revista Vaccines.

Segundo o pesquisador, os resultados apontaram uma melhora da resposta imune sem que houvesse efeitos colaterais. “Além disso, as formulações desenvolvidas, principalmente quando administradas pela via intradérmica, evitaram a produção de anticorpos com potencial de causar danos teciduais, aumentando a segurança do imunizante.” Pereira também assina um artigo que descreve o desenvolvimento de uma vacina genética contra o vírus zika – possível de ser adaptada para o combate à dengue. Os dados foram divulgados no periódico Frontiers in Medical Technology.

“De forma inédita, desenvolvemos uma vacina de DNA baseada na sequência da proteína NS1 do zika fusionada geneticamente a outra proteína viral [a glicoproteína D do vírus herpes simples tipo 1], com potencial para ativar o sistema imunológico. Essa estratégia foi capaz de aumentar a resposta imunológica e dobrar a proteção contra a infecção pelo vírus zika em animais imunizados. Além disso, a tecnologia é plenamente adaptável para outras doenças”, conta Pereira.

Em um terceiro artigo, divulgado na revista Viruses, os pesquisadores do ICB-USP relatam que a vacina transcutânea que utiliza o vírus da dengue como antígeno alcançou uma eficácia de proteção entre 80% e 100% nos testes com camundongos.

“A pele é um órgão imunologicamente ativo, ou seja, é capaz de responder a uma infecção tão bem quanto o tecido intramuscular, local onde as vacinas geralmente são injetadas”, explica o pós-doutorando Robert Andreata-Santos, primeiro autor do estudo.

Segundo ele, trata-se de uma técnica promissora para diminuir o déficit vacinal entre pessoas que se recusam a receber vacinas por meio de injeções com agulhas. Além disso, poderia reduzir custos relacionados com a aquisição de insumos, como seringas e agulhas. Plataformas tecnológicas

O professor do ICB Luís Carlos de Souza Ferreira afirma ser muito importante ter diferentes plataformas tecnológicas para se alcançar o mesmo objetivo de vacinação.

“Isso ajuda a suprir a demanda e possibilita a utilização sinérgica das vacinas”, afirma ele, explicando que essas tecnologias podem ser aplicadas de maneira conjunta, intercalando entre as doses necessárias, a exemplo do que ocorre nas imunizações contra a Covid-19.

Segundo Ferreira, há várias iniciativas no mundo e no Brasil que buscam uma vacina contra a dengue. “A Dengvaxia, da fabricante Sanofi-Pasteur, é a única aprovada em território nacional, mas por ter baixa eficácia em indivíduos que não tenham sido expostos ao vírus da dengue previamente vem sendo aplicada apenas em instituições privadas”, conta.

Outros imunizantes mais eficazes estão em estágio avançado de desenvolvimento, lembra o pesquisador. “As vacinas da fabricante Takeda, a TAK-003, e do Instituto Butantan, em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, já se mostraram bem-sucedidas em testes clínicos e foram submetidas à aprovação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária].”

Agência Fapesp

Foto: Divulgação ICB/USP