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Problemas emocionais e psicológicos como solidão, estresse ou depressão podem prolongar os sintomas de Covid-19 por meses ou anos, segundo um estudo liderado por pesquisadores da Universidade Harvard e publicado nesta quarta-feira (7) na revista médica JAMA.

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Segundo especialistas, esses tipos de problema estão mais relacionados à possibilidade de desenvolver sintomas a longo prazo do que fatores de risco como obesidade, asma ou hipertensão.

Essa forma de Covid longa afeta cerca de 20% dos adultos americanos que foram infectados pelo coronavírus, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

"Covid longa" é definida como a permanência, além de quatro semanas, dos sintomas mais comumente associados à doença, como fadiga, problemas digestivos e respiratórios ou problemas neurológicos.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 3.000 pacientes que contraíram a doença em abril de 2020, após concluírem uma entrevista sobre seu estado de saúde mental. Eles então compararam dados daqueles que desenvolveram sintomas de Covid longa com aqueles que não os desenvolveram e descobriram que a depressão ou a ansiedade, por exemplo, estavam associadas a um risco 32% a 46% maior de contrair a infecção de longa duração.

“Temos que considerar a saúde psicológica como mais um fator de risco, junto com a saúde física, para a Covid-19”, disse uma das principais autoras do estudo, Andrea Roberts, em comunicado.

Os pesquisadores esperam que suas descobertas sirvam para fortalecer o atendimento às pessoas com problemas de saúde mental, aumentando o número de profissionais de saúde qualificados e melhorando o acesso aos cuidados.

Agência EFE

Foto: Pixabay

Com a Internet cada vez mais acessível, e os smartphones extremamente populares, é difícil encontrar alguém que não utilize aplicativos de mensagens instantâneas e o use redes sociais.

celular

Os smartphones oferecem muitos estímulos e incentivo para diversas atividades diárias de comunicação e até mesmo de trabalho. Eles também permitem tempo e distância reduzidos para completar tarefas; isso promove maior flexibilidade e mobilidade, tornando o aparelho indispensável em muitas situações.

Esses atributos também possibilitam a comunicação em praticamente qualquer lugar – mesmo durante crises, como vimos com a pandemia de Covid-19 – tornando os smartphones o canal de comunicação mais essencial em quase todas as sociedades.

De acordo com uma pesquisa da Kantar, os brasileiros estão entre as pessoas que passam mais tempo em seus smartphones – cerca de 4,2 horas por dia. Porém, esse acesso constante ao digital esconde um problema maior do que imaginamos. Eles podem causar danos significativos devido ao excesso de uso e alta exposição a estímulos.

Nomofobia: o vício em celular

Cada vez mais as pessoas estão apresentando transtornos devido ao uso intenso dos dispositivos digitais e a imersão em redes sociais. Quando as pessoas se afastam de seus telefones, o estresse e o mau-humor aumentam, indicando um processo de abstinência.

Além de alterar a produção dos hormônios como a dopamina e a serotonina, a luz da tela suprime a produção de melatonina, um importante hormônio que induz o sono, podendo causar insônia e cansaço crônico. As pessoas começaram a desenvolver medo de se afastarem de seus aparelhos digitais. O vício em estar conectado ao celular recebeu o nome de Nomofobia, que vem do inglês “no” + “mobile”.

Os especialistas consideram o medo de ficar sem celular e outros dispositivos tecnológicos uma discussão necessária. A pesquisa sobre este tema está em seu início, mas sem dúvida é importante devido aos possíveis danos causados ​​pelo uso indevido de dispositivos.

Ao perder o acesso aos celulares ou redes sociais, as pessoas com nomofobia experimentam uma síndrome de abstinência, com sintomas de mal-estar e inquietude. Em alguns casos, o abuso de aparelhos e redes sociais podem causar danos reais à saúde mental, como:

Ansiedade; Baixa autoestima; Impulsividade; TDAH; Transtornos de Humor; Conduta hostil; Distanciamento de amigos e familiares.

Setembro Amarelo

O Brasil promove durante este mês a campanha do Setembro Amarelo, que busca conscientizar sobre saúde mental e prevenção ao suicídio. Em meio aos temas abordados, a nomofobia aparece com cada vez mais frequência.

Com os transtornos causados pelo uso abusivo do celular em evidência, os especialistas em saúde mental consideram que este é um mês crucial para promover na sociedade ações educativas sobre o uso adequado do telefone celular.

3 min de leitura R7

Foto: Reprodução Freepik.

 

A recomendação dos médicos e nutricionistas para que evitemos ao máximo alimentos industrializados prontos para consumo ganhou mais um respaldo nesta semana com a publicação de dois estudos no periódico científico BMJ que associam esses produtos a um maior risco de doenças cardiovasculares e de câncer colorretal.

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Um dos trabalhos mostrou que o consumo frequente de pratos prontos à base de carnes, aves ou frutos do mar e bebidas adoçadas com açúcar aumentou de maneira significativa a incidência de câncer colorretal em homens e mulheres.

Foram analisados dados de cerca de 206 mil indivíduos norte-americanos. As taxas de câncer colorretal foram medidas por um período entre 24 e 28 anos, levando em consideração fatores médicos e estilo de vida.

Dentre os homens, que representam 22,5% do total de indivíduos analisados, a o risco de câncer colorretal associado ao consumo de alimentos ultraprocessados chegou a ser 29% maior.

Em um segundo estudo, pesquisadores concluíram que comidas industrializadas elevam em até 32% o risco de morte por doença cardiovascular.

Os fatores de risco relacionados incluíram o fato de consumidores de alimentos ultraprocessados terem, normalmente, uma dieta pobre em nutrientes importantes. Além disso, existem os aditivos químicos presentes nestes alimentos, que são comprovadamente prejudiciais à saúde.

Em um editorial os pesquisadores Carlos Monteiro (do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo) e Geoffrey Cannon (do Centro de Estudos Epidemiológicos em Saúde e Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo) lembram que "a maioria dos alimentos ultraprocessados ​​são produtos densos em energia, ricos em gordura, açúcar e sal e pobres em fibras e micronutrientes" e que o consumo excessivo deles "​​está associado a múltiplos desequilíbrios nutricionais".

Segundo os autores, "todo mundo precisa de comida, mas ninguém precisa de alimentos ultraprocessados ​​(com exceção da fórmula infantil, nos raros casos em que os bebês não têm acesso ao leite materno)".

Eles defendem a existência de políticas públicas "incluindo diretrizes e recomendações publicitárias de evasão, e ações, incluindo estatutos, destinadas a reduzir a produção e o consumo de alimentos ultraprocessados ​​e restringir ou, preferencialmente, proibir sua promoção".

R7

Foto: Freepik

Uma ampla revisão sistemática de diversos estudos já publicados concluiu que pessoas com determinados tipos sanguíneos têm mais risco de sofrer AVC (acidente vascular cerebral), popularmente conhecido como derrame, antes dos 60 anos.

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Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (31) na revista Neurology, da Associação Americana de Neurologia.

O trabalho, chamado de meta-análise, incluiu 48 estudos que abordaram genética e acidente vascular isquêmico (o tipo mais comum) na América do Norte, Europa e Ásia.

Os dados disponíveis eram de quase 600 mil pessoas, sendo 16,9 mil que haviam sofrido um AVC e outras 576,3 mil que não tiveram.

Dos 16,9 mil, cerca de 35% tiveram AVC de início precoce – antes dos 60 anos – enquanto o restante foi tardio, após essa idade.

Os pesquisadores verificaram que havia uma ligação entre o AVC precoce e a área do cromossomo que inclui o gene que determina o tipo sanguíneo A, AB, B ou O.

Eles calibraram os dados para sexo e outros fatores de risco. Ao final, concluíram que pessoas com sangue tipo A têm 18% mais chances de sofrer um derrame antes dos 60 anos do que qualquer outro tipo sanguíneo.

Por outro lado, portadores de sangue tipo O tinham risco 12% menor de ter um acidente vascular cerebral antes dos 60 anos.

O tipo sanguíneo B também foi associado a um risco mais elevado de AVC precoce.

Quando observados os dados apenas dos indivíduos europeus, os autores do estudo descobriram o seguinte:

  • O AVC precoce ocorreu em 48% dos que tinham sangue tipo A.
  • Entre os que tinham sangue O, foram 35%.

O coinvestigador principal do estudo, Steven J. Kittner, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland (EUA), enfatiza, em comunicado, que o risco aumentado foi muito modesto e que aqueles com sangue tipo A não devem se preocupar em ter um AVC de início precoce ou fazer exames extras. Alguns estudos anteriores já apontavam que indivíduos com tipo sanguíneo A têm um risco ligeiramente maior de desenvolver trombose venosa nas pernas, condição provocada por coágulos.

Os mecanismos pelos quais essas pessoas também têm mais chances de sofrer um AVC precisam ser mais bem-estudados, segundo os próprios pesquisadores.

“Pesquisas futuras são necessárias para ajudar a desenvolver uma compreensão mais precisa de como o AVC se desenvolve. Isso pode levar a tratamentos preventivos direcionados para o AVC de início precoce, o que pode resultar em menos incapacidade durante os anos mais produtivos das pessoas", afirmou em comunicado a pesquisadora Jennifer Juhl Majersik, da Universidade de Utah e membro da Academia Americana de Neurologia. Acidente vascular cerebral

O AVC isquêmico é o mais frequente e ocorre quando há o bloqueio de algum vaso sanguíneo do cérebro, impedindo o transporte de oxigênio para partes do órgão. Quando há rompimento do vaso, o AVC é chamado de hemorrágico – é também o tipo mais grave.

Embora o tipo sanguíneo tenha sido associado ao AVC isquêmico no estudo publicado hoje, há fatores de risco conhecidos para a doença que incluem pressão alta, colesterol elevado, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e uso de drogas, por exemplo.

Dados da Arpen Brasil (Associação de Registradores de Pessoas Naturais) mostram que somente no ano passado, 108 mil pessoas morreram no país vítima de AVC, um número ligeiramente maior do que os óbitos por infarto (103 mil).

O Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento lista os seguintes sintomas como principais do AVC:

  • Súbita fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (por exemplo, metade do rosto, um braço ou uma perna, ou um lado inteiro).
  • Súbita perda de sensibilidade ou sensibilidade anormal em um lado do corpo.
  • Dificuldade súbita em falar, incluindo dificuldade em achar as palavras e algumas vezes linguagem ininteligível.
  • Confusão súbita, acompanhada de dificuldade em compreender a linguagem e em falar.
  • Obscurecimento súbito, visão turva ou perda da visão, em particular em um olho.
  • Tontura súbita ou perda de equilíbrio e coordenação, levando a quedas.

Pessoas que tiverem suspeita de um AVC precisam buscar atendimento médico com urgência, pois quanto mais tempo demorar, maior é o risco de sequelas e morte.

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Foto: Freepik