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sentadaMulheres que passam mais tempo sentadas têm maior chance de se tornarem frágeis na velhice e viver menos. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália.

Publicado no American Journal of Epidemiology, o estudo analisou cerca de 5.500 mulheres sedentárias acima de 60 anos durante 12 anos. Para realizar a análise, classificou o período de tempo sentado em três categorias: baixo (até 3,5 horas por dia), médio (até 5,5 horas por dia) e alto (mais de 10 horas por dia).

As mulheres que apresentaram maior nível de sedentarismo, ou seja, que permaneciam cerca de 10 horas sentadas por dia, corriam mais risco de se tornarem frágeis na velhice.

Isso significa menor capacidade para se recuperar de doenças e de ferimentos, segundo o pesquisador. “Também está ligado ao aumento do risco de hospitalização, quedas e mortalidade prematura”, explica.

O pesquisador Paul Gardiner, do Centro de Pesquisa em Serviços de Saúde da Universidade de Queensland, afirmou, por meio de comunicado, que o estudo comprovou que mulheres correm mais riscos de se tornarem vulneráveis que os homens na velhice.

Mas, segundo Gardiner, os efeitos de ficar sentado por muito tempo podem ser revertidos. O estudo demonstrou que as participantes que reduziram o tempo sentada em duas horas diárias tiveram o risco dessa vulnerabilidade diminuído.

“Para excluir completamente o aumento desse risco, as mulheres devem tentar permanecer sentadas em níveis baixos ou médios, além de se manterem fisicamente ativas”.

 

R7

Foto: Pixabay

alcoolPraça da Estação, Região Central de Belo Horizonte. Enquanto passageiros apressados saem da estação de metrô e atravessam a Avenida dos Andradas para começarem a rotina de trabalho, Robenilton Barreiros dos Santos já perdeu a noção de dia e horário, e só não se esquece do caminho do bar, onde habitualmente busca “a branquinha” para “levar a vida”.

O álcool mata, todos os anos, 3,3 milhões de pessoas em todo o mundo, número que representa 5,9% das mortes. Os dados, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que o consumo da bebida chegou a 8,9 litros por pessoa no Brasil em 2016, superando a média internacional, que era de 6,4 litros.

Por trás dos olhos marcados pelas rugas, dentes amarelados e cabelos grisalhos, ele esconde a verdadeira idade. Apenas 39 anos. “Acho que são umas sete da manhã, né. Eu bebo tanto que fico confuso. Tenho família, casa, mas larguei de mão. Pareço velho, mas não sou não. A bebida faz isso com a gente. Leva tudo de bom embora”, disse.

Do outro lado da capital, na Regional Nordeste, uma dona de casa de 42 anos sofre com o mesmo problema. “Eu comecei a beber com uns treze anos de idade, por causa de algumas amizades. Na época, era muito bom. Há sete anos eu comecei com a cachaça e estou assim até hoje. Eu já entrei em coma alcóolico, tive delírios, fiquei internada em vários hospitais. Eu preciso parar com isso, mas não sei se consigo. Sei lá. Um dia eu ainda vou parar”, contou.

O psiquiatra e coordenador do Centro de Referência em Drogas (CRR) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Frederico Garcia, explica que o álcool é uma doença do cérebro, e que deixa várias marcas no organismo.

“A primeira marca está ligada com liberação de dopamina, substância que dá a sensação de prazer. Ou seja, com o passar do tempo o cérebro passa a associar os bons momentos com a bebida, e a partir daí o sujeito entende que só dá para ter prazer com o consumo da substância”, disse.

Como uma segunda consequência grave, o médico explica que o álcool é convertido no fígado para uma substância chamada aldeído. Essa substância tóxica é a responsável por problemas de saúde provocados pelo álcool, como a cirrose.

Cristiano de Oliveira Nascimento tem 32 anos e começou a beber aos quinze. Ele conta que, quando mais novo, consumia bebidas mais caras, como uísque e vodca. Com o tempo e a dependência da bebida alcoólica, essa realidade mudou.

“Hoje, eu não tenho mais trabalho e nem dinheiro para beber coisas caras. Aí, eu acabo tomando a cachaça mesmo. Em qualquer boteco a gente compra uma barrigudinha por dois, três reais. Eu bebo todos os dias, então tem que ser a mais barata mesmo”, disse.

Além de perder o trabalho, ele ainda carrega prejuízos na saúde e no convívio familiar. “Eu caio muito, não tenho mais firmeza nas pernas. Tomo remédio para cuidar da pressão e para conseguir dormir. Mas o pior não é isso. O pior é que eu perdi várias pessoas na minha vida, vários parentes. Eu peço perdão a todos, porque eu ainda quero mudar. Isso que eu passo não é vida pra ninguém não”, lamentou.

Para Frederico Garcia, a grande dificuldade de alertar a sociedade sobre os riscos da bebida alcóolica, é que nem todas as pessoas serão dependentes. Além disso, ele pondera que o consumo do álcool é socialmente aceitável, e que por isso os dependentes têm dificuldades de entender que precisam de ajuda.

“Entre as pessoas que experimentarem uma droga, cerca de 10 a 15% ficarão dependentes, ou seja, não é a maioria. Mas, é preciso tratar a situação como um problema de saúde e que precisa ser solucionado”, pontou.

Além da dependência, que gera danos graves para o usuário, o álcool é associado a mais de 130 doenças, e é um fator de risco importante para doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, câncer.

De gole em gole

Veja abaixo os efeitos do álcool em crianças e adolescentes, mulheres e idosos:

Crianças e Adolescentes

Consumo antes dos 16 anos aumenta significativamente o risco de beber em excesso na idade adulta;

Sequelas neuroquímicas, emocionais, déficit de memória, perda de rendimento escolar, retardo no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades, entre outros problemas;

Maior exposição a situações de violência sexual;

O alcoolismo entre 12 e 19 anos também eleva a chance de envolvimento acidentes de trânsito, homicídios, suicídios e incidentes com armas de fogo.

Mulheres

Mais vulneráveis aos efeitos do álcool devido a diferenças na composição biológica entre os gêneros;

Maior chance de ter problemas relacionados ao álcool com níveis de consumo mais baixos e/ou em idade mais precoce do que os homens;

Aumento do câncer de mama e de ovário

Idosos

Apresentam quadros de depressão, irritabilidade, confusão mental;

Sofrem deficiências nutricionais associadas ao uso crônico de álcool, que pode levar a quadros neurológicos e demenciais;

Maior risco de problemas cardiovasculares

A ingestão de álcool em idosos pode provocar efeitos mais acentuados se comparado aos jovens de mesmo sexo e peso.

 

G1

Fonte: Centro de Informações sobre Saúde e Álcool

Foto: Reprodução/TV Globo

virusH1N1, subtipo do vírus causador da gripe, foi responsável por 66% das mortes por gripe neste ano no Brasil, mostram dados do Ministério da Saúde. O subtipo também provocou 59,7% dos casos. Ao todo, o Brasil registrou 3.558 infecções e 608 mortes.

O Ministério da Saúde explica que o vírus H1N1 está circulando mais no território brasileiro. A pasta diz ainda que todos os subtipos são igualmente preocupantes, sem uma maior letalidade em nenhum deles.

No ano passado, diz a pasta, o H3N2 foi responsável pelo maior número de casos -- o número também é reflexo de uma maior circulação do vírus no território.

Os dados foram registrados entre janeiro e 23 de junho, diz o Ministério da Saúde. O vírus da gripe (o influenza) é dividido em tipos e subtipos. As letras (A e B, por exemplo) referem-se ao tipo, já as formas (H3N2, H1N1) são subtipos.

Veja os óbitos e casos divididos por tipo e subtipo do influenza:

H1N1: 2124 casos e 399 mortes;

H3N2: 728 casos e 102 mortes;

Influenza B: 296 casos e 40 mortes;

Influenza A não subtipado: 410 casos e 67 mortes.

Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte das mortes ocorreu em pessoas com doenças que aumentam o risco de complicações do vírus. Muitos eram cardiopatas, tinham diabetes ou já estavam com problemas respiratórios.

A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,29% para cada 100.000 habitantes, informa a pasta.

Campanha nacional, cobertura e doses restantes

A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou no dia 23 de abril e foi até sexta-feira (22). Na segunda-feira (25), algumas cidades com estoque da vacina expandiram a vacinação por orientação do Ministério da Saúde.

Crianças entre 5 e 9 anos e adultos entre 50 e 59 anos passaram a ter indicação gratuita nessas regiões em que há disponibilidade de doses.

Grupo com indicação de vacinação gratuita (depende da disponibilidade de doses nas cidades):

Professores da rede pública e privada;

Profissionais de saúde;

Crianças entre 6 meses e nove anos;

Gestantes;

Mulheres com parto recente (com até 45 dias);

Adultos entre 50 e 59 anos;

Idosos a partir de 60 anos;

Povos índigenas;

Portadores de doenças crônicas;

População privada de liberdade (inclui funcionários do sistema prisional e menores infratores).

No total, o Ministério da Saúde conseguiu atingir 86,1% do público-alvo até sexta-feira (25). Gestantes e crianças tiveram a menor cobertura (73,4% e 73,2%).

 

G1

remedioO uso de medicamentos opioides (sintéticos) sem prescrição médica é responsável por 76% das mortes mundiais associadas ao consumo de substâncias psicoativas, ou seja, que atuam sobre o sistema nervoso central, inibindo ou distorcendo a percepção e a consciência.

O dado consta no Relatório Mundial sobre Drogas, divulgado nesta terça-feira (26), pelo escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc), Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas.

De acordo com o estudo, em todo o mundo, o uso indiscriminado de remédios não receitados por médicos está se convertendo em uma ameaça não só à saúde pública, mas também à aplicação das leis. Em vários países, opioides usados no combate à dor crônica, como o fentanil, são produzidos de forma ilícita e vendidos no mercado ilegal, com risco à saúde pública.

Em 2016, foi registrada a apreensão global de 87 toneladas de opioides – quase a mesma quantidade de heroína confiscada no mesmo período. Cerca de 87% desse total foram apreendidos em países das regiões Oeste, Centro e Norte-Africana. Enquanto isso, nos países asiáticos, que já responderam por mais da metade de todo o volume de opioides apreendido globalmente, foram recolhidos apenas 7% do total.

Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os opioides são substâncias totalmente sintéticas, produzidas em laboratórios. Da mesma forma que as substâncias opiáceas extraídas do ópio, como a morfina e a codeína, os opioides têm efeito analgésico e hipnótico, sendo consideradas, por isso mesmo, narcóticas.

Dentre os opioides produzidos ilegalmente e usados indevidamente, sem prescrição médica, o fentanil e seus semelhantes chama a atenção das autoridades de saúde da América do Norte, sobretudo dos Estados Unidos, onde a substância já causou várias mortes.

Em nota, o diretor executivo do escritório da ONU, Yury Fedotov, destacou que as conclusões do Relatório Mundial sobre Drogas de 2018 demonstram que os mercados de substâncias psicoativas continuam se expandindo com produção de cocaína e ópio atingindo níveis recordes. De acordo com o Unodc, a produção mundial de cocaína alcançou, em 2016, o nível mais alto já registrado (1,410 tonelada). A produção global de opiáceos também aumentou, entre 2016 e 2016, em cerca de 65%, atingindo estimadas 10,5 toneladas – a mais alta desde que o Unodc começou a monitorar a produção mundial das substâncias, no começo dos anos 2000.

"O Unodc está comprometido em trabalhar com os países para buscar soluções equilibradas e abrangentes para os desafios das droga", disse Fedotov. Para ele, a questão das drogas apresenta múltiplos desafios em várias frentes. “O relatório [do Unodc] representa um pilar fundamental do nosso apoio, juntamente com a assistência na tradução de obrigações internacionais em ações que possibilitam a capacitação no campo para gerar respostas efetivas e proteger a saúde e o bem-estar da população", acrescentou o diretor executivo da ONU.

Ao mesmo tempo em que houve aumento da produção de cocaína e opiáceos, a maconha continuou, em 2016, como a substância psicoativa mais consumido em todo o mundo. O escritório da ONU estima que ao menos 192 milhões de pessoas utilizaram a cannabis sativa ao menos uma vez ao ano. Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas, o número global de usuários de marijuana continua aumentando e “parece ter crescido cerca de 16%” entre 2006 e 2016".

 

Agência Brasil

Christopher Furlong/Getty Images