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Na tarde deste sábado (16) o prefeito Joel Rodrigues acompanhou de perto o primeiro momento de ações da campanha “Floriano de Olho na Saúde Visual”, que oferece uma atenção a nível de consultas, exames e prevenção gratuitas para o bem estar oftalmológico da população florianense. Também estiveram presentes na sede de atendimento, o Hospital de Olhos Bucar, a secretária de Saúde, Thaís Braglia, e o diretor administrativo da Saúde, Márcio Trindade.

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A prefeitura de Floriano, através da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou neste sábado uma ação de atenção na área da Oftalmologia, que se estenderá durante um ano, sempre aos sábados. A primeira etapa acontece nos seis primeiros sábados, atendendo a uma demanda primida que já está agendada. Após esse período, basta que se faça a marcação de consulta na UBS mais próxima, através da qual será feito o encaminhamento, em seguida o paciente fará o agendamento de atendimento, na sede da Secretaria Municipal de Saúde.

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A campanha envolve 25 profissionais que atendem no Hospital de Olhos Bucar (bairro Manguinha), hospital vencedor do processo licitatório. Serão prestados serviços gratuitos de consultas, exames, atendimento às crianças, prevenção à cegueira do idoso e a pacientes diabéticos e outros, tudo de forma gratuita, através de investimento com recursos próprios do município.

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Os exames serão realizados no mesmo dia e local das consultas. São pelo menos 20 tipos de exames disponíveis, dentre os quais, exames modernos para diagnóstico de retinopatia diabética, Retinografia, Tomografia de Coerência Óptica, tratamento com Fotocoagulação a Laser para diagnóstico de retinopatia diabética, exames para tratamento de glaucoma, catarata e outros.

O prefeito Joel reconhece a importância desta ação, e ressalta a importância de cuidar da Saúde Ocular. “Estar atento à saúde é uma boa forma de prevenir, esta iniciativa irá alcançar quem muito precisa, será um ano de atendimentos de alto nível, a população de Floriano merece”, disse Joel Rodrigues.

 

 

 

ascom

coceiraÉ praticamente impossível ficar parado quando aquele comichão surge do nada. Mas de onde vem a sensação de coceira? E por que dificilmente conseguimos evitar nos coçar? Assista ao vídeo.

O corpo reage a toxinas deixadas na pele - por exemplo, por insetos ou plantas - enviando substâncias químicas defensivas, como a histamina, à área irritada.

É nesse momento que os sinais de coceira são enviados ao cérebro por terminações nervosas da pele. É o corpo reagindo a uma irritação - que pode ter várias causas.

Entre elas, segundo a dermatologista britânica Anjali Mahto, há condições como "deficiência de ferro; para vegetarianos ou veganos, se tiverem baixos níveis de vitaminas ou nutrientes, como B12, e ácido fólico; se houver problemas com o funcionamento dos rins ou do fígado; se há um problema com o funcionamento da tireoide; a lista é longa".

Mas ela alerta ser importante saber "se há uma condição médica por trás disso".

Para isso, é necessário fazer um exame de sangue, explica. Além disso, sempre que possível, busque ajuda médica.

Mas há dicas que você pode colocar em prática, como manter a pele refrescada, usar roupas de fibras naturais, passar hidratante e tomar anti-histamínicos.

Também evite coçar demais o local, já que isso pode causar danos à pele. "Sua pele é uma barreira, mantendo as coisas boas para dentro e as coisas ruins para fora", diz.

"Se você coçá-la demais, suas unhas vão destruir essa barreira. É importante romper com esse ciclo vicioso de coçar a coceira", acrescenta.

 

BBC

alzeimerO Sistema Único de Saúde (SUS) já está disponibilizando um adesivo transdérmico de rivastigmina, medicação utilizada para o tratamento do Alzheimer. Com o nome comercial Exelon Patch, o adesivo pode ser colocado em oito regiões da pele, permitindo a absorção do remédio ao longo do dia. Esse é o único remédio para o Alzheimer disponível em formato transdérmico.

Apesar de ter outras duas versões – em cápsula e solução oral –, em forma de adesivo, o medicamento diminui a possibilidade de efeitos colaterais que podem afetar o sistema digestivo, como náusea e vômito, se comparado às opções orais. A administração através da pele ainda garante que a dose diária seja aplicada corretamente, facilitando a tarefa dos familiares ao cuidar do paciente. Como o Alzheimer não tem cura, o remédio vai precisar ser utilizado até o fim da vida para minimizar os sintomas, por isso a versão transdérmica oferece maior comodidade.

No Brasil, além da rivastigmina, existem outras três medicações disponíveis para o tratamento do Alzheimer nas farmácias e na rede pública de saúde: donepezila, galantamina e memantina, que foi integrada ao SUS no ano passado. Com exceção do último, todos os outros podem ser utilizados na fase inicial da doença.

Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca a diminuição das funções cognitivas uma vez que as células cerebrais degeneram e morrem, causando declínio constante na função mental. Os principais sintomas da doença são: dificuldade de memória (especialmente de acontecimentos recentes), discurso vago durante as conversações, demora em atividades rotineiras, esquecimento de pessoas e lugares conhecidos, deterioração de competências sociais e imprevisibilidade emocional.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa doença é responsável por 60% a 70% dos casos de demência – grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais.  Estima-se que 47 milhões de pessoas sofram de demência no mundo, sendo registrados 10 milhões de novos casos anualmente. No Brasil, o Alzheimer está entre as dez maiores causas de morte e é um problema que afeta 1,2 milhão de pessoas.

Por ser uma doença incurável, o diagnóstico precoce pode fazer toda diferença já que o tratamento ajuda a impedir o avanço e amenizar os sintomas.

Funcionamento da medicação

A substância ativa do Exelon Patch é a rivastigmina, que atua no aumento da quantidade de acetilcolina no cérebro, molécula neurotransmissora necessária para o bom funcionamento cognitivo. Na forma de adesivo, essa medicação possui três tamanhos: 5, 10 e 15 cm², embora apenas as duas primeiras estejam disponíveis para distribuição no SUS.

Essa diferença de tamanho/dosagem é necessária para preparar o corpo do paciente para o recebimento da quantidade mais alta do remédio – considerada a mais eficiente na redução dos sintomas -, além de minimizar qualquer possível efeito colateral. Entre as reações adversas mais comum, que atingem mais de 10% dos pacientes, estão: perda de apetite, dificuldade para dormir, incontinência urinária, reações na pele na área de aplicação, sangue no vômito ou nas fezes, desconfortos estomacais após as refeições, entre outros.

Segundo Rodrigo Rizek Schultz, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ), a principal vantagem do adesivo é a entrega da substância ao longo do dia, geralmente mantendo o mesmo nível da rivastigmina no organismo durante todo o período de uso. “Quando via transdérmica, os produtos são liberados ao longo de 24 horas, evitando os picos de medicação, como acontece com os comprimidos, por exemplo, que quando são ingeridos entregam doses altas, que vão caindo ao longo do dia, sendo necessário fazer a reposição”, explicou. Nas versões orais, o Exelon precisa ser tomado duas vezes ao dia.

Ele ainda comentou que pessoas idosas costumam utilizar muitas medicações orais, portanto, o Exelon Patch oferece uma alternativa para o paciente, diminuindo a quantidade de comprimidos ingeridos.

Aplicação

Segundo a indicação da bula, o Exelon Patch deve ser trocado a cada 24 horas e pode ser colocado em oito regiões do corpo:

Parte superior dos braços esquerdo ou direito;

Lado direito ou esquerdo do peito;

Parte superior das costas, do lado esquerdo ou direito; e

Parte inferior das costas, do lado esquerdo ou direito.

Especialistas recomendam que o adesivo seja posto em regiões diferentes a cada nova troca – como um tipo de ‘rodízio’ -, garantindo descanso para a pele. Outra orientação é que antes da aplicação a pele esteja limpa, seca e sem pelos, além de estar livre de hidratantes ou loções que possam interferir na aderência. Regiões da pele que tenham cortes, erupções ou irritações devem ser evitadas.

O adesivo pode ser utilizado no banho, na piscina ou na praia, mas é necessário certificar-se de que ele não tenha descolado depois. Caso isso aconteça, um novo deve ser aplicado para o restante do dia e trocado no dia seguinte, conforme o esquema habitual adotado.

 

veja

Foto: iStock/Getty Images

“ É como estar em uma sala cheia de gente. Só o que você escuta são múltiplas vozes gritando com você", conta a britânica Laura Moulding, hoje com 21 anos, sobre a experiência de ter passado anos da sua infância escutando vozes em sua cabeça - e que vêm à sua mente até hoje.

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O caso de Moulding é, na verdade, mais comum do que se imagina: levantamento feito no Reino Unido estimou que cerca de 8% das crianças ouvem com alguma frequência vozes que não existem no mundo real - ou seja, alucinações auditivas. Trata-de, segundo a pesquisadora Sarah Parry, da Universidade Metropolitana de Manchester, de algo que chega a ser tão comum quanto asma ou dislexia.

Mas a forma como os pais e os demais adultos reagem a isso pode ter grande influência no futuro dessas crianças.

No caso de Laura, as vozes começaram a povoar sua mente aos 3 anos de idade. Ela estava sentada nas escadas da casa de seus avós e escutou um leão e um urso de um programa infantil lhe dizendo: "vou pegar você, vou pegar você", repetidamente.

Foi uma experiência assustadora, diz Laura.

"Elas são uma combinação de vozes masculinas e femininas, de crianças e de adultos", conta ela à BBC.

"Praticamente o tempo todo elas me dizem que eu não valho nada."

Automutilação

Na primeira vez em que Laura contou aos pais o que ouvia, eles acharam que ela estava falando de amigos imaginários.

Depois disso, ela passou anos sem falar sobre o assunto, mas continuou sendo perturbada pelas vozes em sua cabeça.

Até que, aos 15 anos, decidiu pedir ajuda a sua mãe, que a levou ao médico.

"Eu estava me automutilando, foi uma época terrível", lembra Laura. "Era difícil porque as vozes eram altas, intimidadoras, abusivas. Era algo com o que eu não conseguia lidar."

Agora, a pesquisadora Sarah Parry está compilando casos como o de Laura em um amplo estudo com crianças que sofram esse tipo de alucinação. Ela dá ideias sobre como lidar com a questão.

"As crianças veem essas vozes como parte delas mesmas, então quando um adulto lhes diz que as vozes são um problema, pode causar estresse. E isso pode fazer com que essas vozes se tornem mais incômodas", explica ela, citando o exemplo de uma criança que disse que "as vozes que ouvia ficaram mais assustadas porque ninguém acreditou nelas".

O que Parry sugere é que, em vez de deixar a criança pensar que "está ficando louca" ou se sentir mal por não conseguir controlar as vozes - o que pode levar à automutilação ou ao uso de drogas -, os adultos devem abordar o tema com "curiosidade" e "aceitação", além de buscar orientação psicológica especializada caso a criança esteja sendo afetada negativamente pela experiência.

Motivos por trás das vozes

Estudos acadêmicos mostram que, em alguns casos, essas alucinações auditivas podem ser causadas por momentos de estresse ou trauma na vida das crianças e adolescentes ou por consequência de problemas médicos, como distúrbios do sono, desequilíbrios metabólicos ou enxaquecas.

Uma pesquisa publicada em 1998 no Journal of Child Neurology, nos EUA, associou essas alucinações a uma prevalência maior de crises de pânico ou dores de cabeça nas crianças.

E alguns episódios podem estar associados a "sintomas prematuros de reações esquizofrênicas" nas crianças ou a algum tipo de psicopatologia que requer atenção médica cuidadosa para não evoluir ou derivar em comportamentos perigosos - pensamentos suicidas, por exemplo.

"A observação das alucinações em crianças e adolescentes requer exame clínico e psicológico para descartar (possíveis) causas médicas e identificar os fatores psicopatológicos, psicossociais ou culturais associados a essas experiências", diz estudo de 2014 de coautoria do pesquisador francês Renaud Jardri, que estuda o tema no Departamento de Psiquiatria Infantil da Universidade de Lille.

Em muitos casos, porém, os pais descobrirão que não há motivo para preocupação: as vozes podem ser um fenômeno isolado em crianças saudáveis e desaparecer espontaneamente, conclui a pesquisa de Jardri.

'A voz da minha mãe'

Dentro desse universo, há crianças que relatam ouvir vozes que as trazem conforto ou as divertem.

É o caso de Tia (nome fictício), de 13 anos, que ouviu vozes a partir dos 7 anos - e teve uma experiência muito mais positiva do que Laura com as vozes em sua cabeça.

"Eu ouvia muito a voz da minha mãe", lembra. Ela também escutava gritos distantes de homens ou torres de alta tensão cantando, coisas que, em vez de incomodá-la, a faziam dar risada.

A ponto de ela levar bronca durante as aulas na escola porque "uma das vozes estava brincando comigo, me fazendo rir muito".

Assim como em muitas crianças, a causa por trás das vozes ouvidas por Tia parece ser uma experiência traumática relacionada à saúde de sua mãe, que sofre de uma doença crônica e acha que o estresse que isso impôs na família afetou sua filha profundamente.

"Tia passou por muita coisa e agora está expressando isso (com as vozes)", diz a mãe.

Ela decidiu não levar a filha para ser examinada por médicos, mas buscou ajuda de um grupo de apoio britânico chamado Hearing Voice Network.

Até que, certo dia, as vozes deixaram de aparecer na cabeça de Tia.

"Foi tipo, 'ei, não tem nada na minha mente - ninguém está falando comigo. Posso ouvir meus próprios pensamentos'", lembra. "E não sinto saudades delas (vozes)."

Laura, por sua vez, ainda escuta as vozes, mas aprendeu a lidar com elas com a ajuda de medicamentos. Também ouve música quando quer abafá-las.

"Hoje me sinto mais forte, melhor comigo mesma, embora as vozes continuem aqui", conta. "Elas não me controlam mais. Eu as controlo."

 

BBC

Foto: Getty images