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hepatiteOs casos de hepatite A mais que dobraram em homens de 20 a 39 anos no país. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Ministério da Saúde. No ano passado, foram registrados 40,1 mil novos casos de hepatites virais no Brasil.

Dos 2.086 casos registrados, 1.108 ocorreram no Estado de São Paulo. Mais de 700 foram na capital paulista, sendo 302 atribuídos à transmissão sexual.

Além da via sexual, a hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados. Existe vacina contra a doença.

Ela é oferecida gratuitamente pelo SUS para crianças entre 15 meses e 5 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, no Estado de São Paulo, a vacinação também está disponível para homens que fazem sexo com homens.

Já em relação à hepatite B, houve pouca variação nos últimos 10 anos. Foram 14,7 mil casos em 2016 e 13,4 mil em 2017.

Esse tipo de hepatite é transmitido por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfuro-cortantes. A vacina para hepatite B está disponível no SUS para todas as pessoas.

Em crianças, a vacina é dada em quatro doses, sendo a primeira ao nascer. Em adultos, que não se vacinaram na infância, são três doses. No ano passado, foram distribuídas 18 milhões de vacinas para todo o país e atualmente, 31,1 mil pacientes estão em tratamento para a doença, segundo o Ministério da Saúde.

Hepatite C é a mais frequente no Brasil

A hepatite C tem o maior número de notificações entre todas as hepatites e é foco de programa de prevenção e combate do governo, que pretende eliminar a doença do país até 2030.

Mais de 332 mil pessoas registraram que possuem a doença desde o final da década de 1990. No ano passado, foram registrados 24,4 mil casos.

A doença acomete principalmente adultos acima de 40 anos. Assim como a hepatite B, é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfuro-cortantes.

O tratamento com os antivirais de ação direta, disponível no SUS, apresentam taxas de curas superiores a 90%, de acordo com o Ministério.

A meta é do governo é eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, pretende simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalecer o atendimento.

Em 2017, a taxa de incidência foi de 11,9 casos por cada 100 mil habitantes. São mais de um milhão de pessoas que tiveram contato com o vírus do tipo C, o que representa 0,71% da população brasileira.

“A hepatite C é uma doença silenciosa. Muitas pessoas estão com o vírus da hepatite C e não apresentam nenhum sintoma, então diagnosticar e tratar essas pessoas da forma mais rápida possível é essencial para a qualidade de vida dessas pessoas e também para a saúde pública”, afirmou Adele Benzaken, diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, em comunicado.

 

R7

radioterapiCerca de 5 mil pessoas morrem de câncer no Brasil todo ano por falta de aparelhos para o tratamento de radioterapia. O dado é da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).

De acordo com o radio-oncologista Arthur Accioly Rosa, esse número pode ser maior. “O número é uma estimativa feita levando-se em consideração as taxas de incidência de câncer para o ano de 2016 fornecidas pelo INCA, mas a realidade é que o número de vítimas da falta de radioterapia pode ser bem maior”.

A radioterapia, junto com a cirurgia e a quimioterapia, é uma das principais formas de tratamento para combater o câncer. De acordo com a SBTR, seis em cada dez pacientes diagnosticados com câncer no Brasil terão, em algum momento, a indicação de radioterapia, seja para o tratamento curativo ou para o tratamento paliativo.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 600 mil pessoas devem confirmar o diagnóstico de câncer este ano. “Considerando este número, pelo menos 360 mil pessoas vão precisar de radioterapia para combater a doença”, afirma o o radio-oncologista.

Ele explica que o problema é que não existem máquinas, ou aceleradores lineares, em número suficiente para tratar todos que precisam.

A recomendação da SBRT é que cada acelerador possa atender cerca entre 450 e 600 pacientes por ano. Sendo assim, seriam necessárias entre 600 e 800 máquinas espalhadas pelo país.

Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), há 371 aceleradores lineares em funcionamento no Brasil, destes, 259 estão na rede pública de saúde. Isso significa que existe uma carência de pelo menos 40% na oferta de máquinas.

Existe, ainda, outro problema: a otimização das máquinas existentes. O levantamento feito pela SBRT mostra que cada máquina rende 70% do que deveria.

“Além de sucateados, os equipamentos estão distribuídos de forma desigual entre os Estados, estando concentrados nas regiões Sul e Sudeste. Os Estados do Amapá e de Roraima nem possuem essas máquinas”, afirma o presidente da SBRT.

A espera pelo início do tratamento também interfere no número de mortes. Entre os pacientes que precisam fazer o tratamento pelo SUS, apenas 16% iniciam o procedimento em até 30 dias; o tempo médio de espera é 113,4 dias.

Accioly acredita que o problema começa na falta de investimentos e segue pela falta de estrutura e conhecimento técnico para a instalação das máquinas.

“A implantação de infraestrutura de radioterapia é demorada, principalmente se gerenciada pela iniciativa pública. Das 80 máquinas compradas pelo Ministério da Saúde em 2013, menos de 10% estão instaladas até o momento, falta pessoal para instalar e operar os equipamentos”, analisa o especialista.

 

R7

Divulgação/SBR

herpesUm novo estudo publicado pela revista Neuron sugere que o vírus da herpes pode aumentar o risco de Alzheimer. A doença está cada vez mais comum, totalizando 44 milhões de pessoas no mundo inteiro que convive com a doença, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os cientistas buscam explicações a respeito do que causa a doença de Alzheimer e os tratamentos para combater seu processo. Com isso, conseguiram explorar um elo entre do vírus da herpes com Alzheimer.

O estudo reuniu diversos pesquisadores do mundo inteiro, e o resultado mostrou que dois subtipos (HHV-6A e HHV-7) estavam no cérebro de pacientes portadores de Alzheimer em níveis duplamente maiores do que os encontrados no tecido cerebral de pessoas sem a doença.

A descoberta dos cientistas aconteceu por acaso, quando eles procuravam por genes humanos que fossem mais ativos nos estágios iniciais da doença.

De acordo com a investigação, esses genes virais estão afetando ativamente os genes humanos que aumentam os riscos de Alzheimer. Entretanto, ficou claro que não significa que a perda de memória seja contagiosa.

Os pesquisadores estão divididos em duas teorias: se o vírus é um gatilho ativo da doença ou se pessoas que já estão propícias a ter Alzheimer são mais vulneráveis à infecção. Até o momento os cientistas têm mais perguntas do que respostas.

O que é Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade da pessoa. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer que acabou de realizar uma refeição. Entenda como diferenciar perda de memória com velhice, clicando aqui!

 

R7

vacinsarampoBrasil assiste agora o retorno do sarampo em alguma regiões e está atento às taxas de vacinação para que a doença não se espalhe pelo território. São dois surtos: em Rondônia (200 casos confirmados e duas mortes) e no Amazonas (263 casos). Casos também foram registrados no Rio de Janeiro.

O Ministério da Saúde acredita que vá conseguir controlar os surtos, mas o aumento das taxas de vacinação nacionais é importantíssimo para garantir o controle da doença.

"O sarampo é uma doença grave. A situação atual é triste porque é uma doença fácil de controlar e que tinha sido controlada. Em 30 anos de profissão, nunca vi a doença no meu consultório", diz Isabela Ballalai, pediatra e presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).

De fato, o Brasil recebeu o registro de eliminação do sarampo pela Organização Mundial da Saúde em 1994. Agora, altas taxas de cobertura precisam voltar para que a doença seja controlada e não volte a circular no país.

"No sinal de qualquer dúvida sobre se tomou a vacina ou não, ou se teve a doença no passado, vale tomar a vacina. Na pior das hipóteses, você vai tomar a vacina à toa" -- Isabela Ballalai (Sociedade Brasileira de Imunizações).

Adultos podem tomar, gestantes devem evitar, e a doença é altamente contagiosa -- com transmissão similar a da gripe. Confira, abaixo, algumas perguntas e respostas importantes sobre a infecção.

Quem pode tomar a vacina?

Pessoas de todas as idades, diz Isabela Ballalai. O Ministério da Saúde, no entanto, disponibiliza duas doses para os indivíduos entre 12 meses e 29 anos. Na rede pública, também é possível a vacinação gratuita até os 49 anos (nesse caso, uma dose é administrada).

"Os indivíduos acima de 50 anos provavelmente já pegaram a doença e já estariam imunizados pelas altas taxas de vacinação nos mais jovens. Mas nada impede que procurem a vacina individualmente", afirma Isabela.

Quem não pode?

Gestantes, casos suspeitos de sarampo, crianças menores de seis meses de idade e pessoas imunocomprometidas (com doenças que abalam fortemente o sistema imune) .

A vacina é segura?

Sim, afirmam o Ministério da Saúde e a SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações). Ela é feita de vírus atenuado (enfraquecido) e em décadas de imunização no mundo inteiro, apenas casos de alergia a produtos do leite contidos na vacina foram reportados.

Hoje, no entanto, hoje há vacinas sem traços de lactoalbumina (proteína do leite da vaca).

Não lembro se tomei a vacina. Devo tomar?

"Na dúvida se teve ou não a doença, ou se tomou a vacina, vale procurar um posto de saúde e se imunizar", informa a especialista.

A vacina tem reforço?

Não. Duas doses valem para a vida inteira. Quem já teve a doença também está protegido.

O que tem dentro da vacina?

A vacina oferecida na rede pública é a tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola.

Dentro da vacina, há os três vírus enfraquecidos, albumina e aminoácidos (proteínas), sulfato de neomicina (medicamento usado contra infecções), sorbitol (um tipo de açúcar derivado do álcool) e gelatina.

Algumas vacinas contêm traços de proteína do leite da vaca.

O que é o sarampo? Quais os sintomas? É grave?

O sarampo é uma doença causada por um vírus, que já foi muito comum na infância, mas está eliminada do Brasil desde os anos 1990 -- apesar dos surtos pontuais desde então.

Os sintomas começam com febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento no nariz, informa a Fiocruz. Pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia e convulsões. No limite, a doença provoca lesão cerebral e morte.

Manchas vermelhas na pele são uma característica conhecida da doença. Elas aparecem primeiro no rosto e vão em direção aos pés.

O vírus também pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no encéfalo.Todo mundo pode pegar sarampo? Como é a transmissão? Como prevenir?

Sim. "A doença tem distribuição universal", diz o Ministério da Saúde.

"Todo mundo pode pegar, rico, pobre, adulto ou criança", informa Isabella.

A transmissão ocorre diretamente, de pessoa para pessoa, por tosse, espirro, fala ou respiração. Por isso, a doença é considerada altamente contagiosa e a única forma efetiva de prevenção é a vacina.

Tem teste para identificar o sarampo?

O teste para verificar a presença do vírus é feito por meio da identificação de anticorpos específicos contra o micro-organismo. Só é possível fazer o exame, no entanto, na fase aguda da doença -- desde os primeiros dias até quatro semanas após o surgimento das alterações na pele.

Algum grupo está mais vulnerável? Há algum 'grupo de risco'?

Todos podem pegar a doença, mas recém-nascidos estão mais vulneráveis. Gestantes, imunossuprimidos (pessoas com doenças que abalam fortemente a imunidade) e aqueles com grave problema de desnutrição estão mais suscetíveis a infecções graves.

Tem tratamento?

Segundo o Ministério da Saúde, não há tratamento específico para o sarampo. É recomendável a administração de vitamina A para reduzir casos fatais.

Já nos casos sem complicações mais graves, é recomendável manter a hidratação, uma boa alimentação e o controle da febre.

 

G1

Foto: Valdo Leão/Secom