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codigomedicinaOrganização de trotes responsáveis, respeito ao sigilo, uso ético de cadáveres durante atividades de ensino e prevenção ao assédio moral e às relações abusivas nas escolas são alguns dos temas abordados no primeiro Código de Ética do Estudante de Medicina.

A iniciativa, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), oferece um conjunto de princípios para balizar as relações dentro e fora das salas de aula.
“Anteriormente, no Brasil, algumas instituições de ensino e conselhos regionais de medicina haviam elaborado textos com o mesmo objetivo, mas com abrangência local”, destacou a entidade, por meio de nota.

O documento tem 45 artigos organizados em seis eixos que ressaltam atitudes, práticas e princípios morais e éticos e se inspira em experiências de códigos semelhantes editados em países como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.

O trabalho de elaboração do código de ética, segundo o CFM, teve início há dois anos e foi concluído durante fórum específico com a participação de representantes de várias entidades que mantêm interface com o tema. Médicos, estudantes, academias e outras organizações da sociedade civil também puderam contribuir com as formulações, encaminhando sugestões por meio de uma plataforma eletrônica. Ao todo, foram recebidas 272 contribuições.

“A formação dos futuros médicos na graduação deve proporcionar aos estudantes o incentivo ao aperfeiçoamento da capacidade de lidar com problemas nos campos da moral e da ética em sinergia com as atividades relacionadas ao ensino e à prática profissional”, avaliou o presidente do CFM e coordenador da Comissão Nacional de Elaboração do Código de Ética do Estudante de Medicina, Carlos Vital.


A proposta, segundo ele, era elaborar uma espécie de carta de princípios universais, aplicáveis a todos os contextos, para estimular o desenvolvimento de uma consciência individual e coletiva propícia ao fortalecimento de uma postura honesta, responsável, competente e ética, resultando na formação de um futuro médico mais atento a princípios fundamentais da atividade profissional e da vida em sociedade.

A previsão é que, a partir de setembro, o novo código de ética seja encaminhado para mais de 320 escolas em atividade em todo o país. O documento ficará disponível para download no site do CFM e também deve ser distribuído numa versão impressa, em formato de bolso.

Confira os principais pontos do Código de Ética Médica do Estudante:

Sigilo médico: orienta o estudante a guardar sigilo a respeito das informações obtidas a partir da relação com os pacientes e com os serviços de saúde. E veda ao acadêmico a quebra do sigilo.

Assédio moral: orienta o estudante a se posicionar contra qualquer tipo de assédio moral ou relação abusiva de poder entre internos, residentes e preceptores.

Trotes: compreende como um direito o estudante participar da recepção dos ingressantes, mas em um ambiente saudável. Também destaca como dever a denúncia de qualquer prática de violência física, psíquica, sexual ou dano moral e patrimonial.

Execício ilegal: proíbe o acadêmico identificar-se como médico, podendo qualquer ato por ele praticado nessa situação ser caracterizado como exercício ilegal da medicina.

Remuneração: o estudante de medicina não pode receber honorários ou salário pelo exercício de sua atividade acadêmica institucional, com exceção de bolsas regulamentadas.

Relação com cadáver: destaca o respeito com o cadáver, incluindo qualquer peça anatômica utilizada com finalidade de aprendizado.

Supervisão obrigatória: instrui que a realização de atendimento por acadêmico deverá obrigatoriamente ter supervisão médica.

Respeito pelo paciente: orienta o estudante a demonstrar empatia e respeito pelo paciente.

Respeito no atendimento e aparelhos eletrônicos: destaca como dever do estudante dedicar sua atenção ao atendimento ministrado, evitando distrações com aparelhos eletrônicos e conversas alheias à atividade.

Privacidade: garante o respeito à privacidade, que contempla, entre outros aspectos, a intimidade e o pudor dos pacientes.

Mensagens de WhatsApp: permite o uso de plataformas de mensagens instantâneas para comunicação entre médicos e estudantes de medicina, em caráter privativo, para enviar dados ou tirar dúvidas sobre pacientes.

Equipe multidisciplinar: orienta os estudantes a se relacionarem de maneira respeitosa e a respeitarem a atuação de cada profissional da saúde.

 

Agência Brasil

Foto: Folha Vitória - Cidades 2

A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo teve início na última segunda-feira (6) em todo o Brasil. Em Floriano, as Unidades Básicas de Saúde – UBS, já receberam diversas crianças que fazem parte do público-alvo desta campanha, estando na faixa etária de 1 à menor de 5 anos.

 prefe

A solenidade de abertura da Campanha, será realizada no dia 17 de agosto, no Centro de Educação Infantil Solimar Alencar Lima, localizada no bairro Sambaíba Nova, às 7:30h. A poliomielite erradicada no Brasil desde a década de 1990, ainda inspira cuidados, pois o número de crianças vacinadas não corresponde ao previsto pelo Ministério da Saúde. A vacinação é gratuita e pode salvar vidas. 

Segundo a coordenadora de Imunização em Floriano, Polyanne Nascimento, a meta é vacinar no mínimo, 95% das crianças nessa faixa etária. A vacinação estará disponível nas Unidades Básicas de Saúde e em locais estratégicos, definidos pela Secretaria de Saúde, especialmente no dia 18 de agosto, quando acontece a mobilização nacional. Todas as creches municipais, públicas e privadas, serão alcançadas pelas equipes de vacinação municipais. A campanha vai até o dia 31 de agosto.

 

ascom

glaucomaO glaucoma, uma doença que aflige quase 70 milhões de pessoas em todo o mundo, é um mistério, apesar de sua prevalência. Pouco se sabe sobre as origens da doença, que danifica a retina e o nervo óptico e pode levar à cegueira.

Um novo estudo do MIT e do Massachusetts Eye and Ear descobriu que o glaucoma pode de fato ser um distúrbio autoimune. Em um estudo com camundongos, os pesquisadores mostraram que as células T do próprio corpo são responsáveis ​​pela degeneração progressiva da retina observada no glaucoma. Além disso, essas células T parecem estar preparadas para atacar neurônios da retina como resultado de interações anteriores com bactérias que normalmente vivem em nosso corpo.

As células T são responsáveis pela defesa celular. São elas que regulam o funcionamento do sistema imunológico.

A descoberta sugere que seria possível desenvolver novos tratamentos para o glaucoma, bloqueando essa atividade autoimune, dizem os pesquisadores.

"Isso abre uma nova abordagem para prevenir e tratar o glaucoma", diz Jianzhu Chen, professor de biologia do MIT, membro do Instituto Koch de Pesquisa Integrativa sobre o Câncer do MIT, e um dos principais autores do estudo, publicado na Nature Communications nesta sexta-feira (10).

Gênese do glaucoma

Um dos maiores fatores de risco para o glaucoma é a pressão elevada no olho, que geralmente ocorre à medida que as pessoas envelhecem e os canais que permitem a drenagem do fluido pelo olho ficam bloqueados. A doença geralmente não é detectada a princípio; os pacientes podem não perceber que têm a doença até que metade de suas células ganglionares da retina tenham sido perdidas.

A maioria dos tratamentos se concentra na redução da pressão no olho (também conhecida como pressão intraocular). No entanto, em muitos pacientes, a doença piora mesmo após a pressão intraocular voltar ao normal. Em estudos em ratos, Dong Feng Chen encontrou o mesmo efeito.

"Isso nos levou ao pensamento de que essa mudança de pressão deve estar provocando algo progressivo, e a primeira coisa que me veio à mente é que tem que ser uma resposta imunológica", diz ela.

Para testar essa hipótese, os pesquisadores procuraram células imunes nas retinas desses ratos e descobriram que, de fato, as células T estavam lá. Isso é incomum porque as células T são normalmente bloqueadas de entrar na retina por uma camada restrita de células chamada barreira hematotrinina para suprimir a inflamação do olho.

Os pesquisadores descobriram que quando a pressão intraocular sobe, as células T conseguem de alguma forma atravessar essa barreira e entrar na retina.

Os pesquisadores geraram alta pressão intraocular em camundongos sem células T e descobriram que, embora essa pressão induzisse apenas uma pequena quantidade de dano à retina, a doença não progrediu mais depois que a pressão do olho voltou ao normal.

Outros estudos revelaram que as células T ligadas ao glaucoma têm como alvo proteínas chamadas proteínas de choque térmico, que ajudam as células a responder ao estresse ou a lesões. Normalmente, as células T não devem ter como alvo proteínas produzidas pelo hospedeiro, mas os pesquisadores suspeitaram que essas células T haviam sido previamente expostas a proteínas bacterianas de choque térmico. Como as proteínas de choque térmico de espécies diferentes são muito semelhantes, as células T resultantes podem reagir de forma cruzada com as proteínas de choque térmico humanas e de ratos.

Para testar essa hipótese, a equipe trouxe James Fox, professor do Departamento de Engenharia Biológica do MIT e da Divisão de Medicina Comparada, cuja equipe mantém ratos sem bactérias. Os pesquisadores descobriram que, quando tentavam induzir o glaucoma nesses camundongos, os camundongos não desenvolviam a doença.

Conexão humana

Os pesquisadores então se voltaram para pacientes humanos com glaucoma e descobriram que esses pacientes tinham cinco vezes o nível normal de células T específicas para proteínas de choque térmico, sugerindo que o mesmo fenômeno também pode contribuir para a doença em humanos.

Até agora, os estudos dos pesquisadores sugerem que o efeito não é específico de uma determinada linhagem de bactérias; em vez disso, a exposição a uma combinação de bactérias pode gerar células T que visam as proteínas de choque térmico.

Uma questão que os pesquisadores planejam estudar ainda é se outros componentes do sistema imune podem estar envolvidos no processo auto-imune que dá origem ao glaucoma. Eles também estão investigando a possibilidade de que esse fenômeno possa estar por trás de outros distúrbios neurodegenerativos e procurando maneiras de tratar esses distúrbios bloqueando a resposta autoimune.

"O que aprendemos com os olhos pode ser aplicado às doenças cerebrais e pode eventualmente ajudar a desenvolver novos métodos de tratamento e diagnóstico", disse Dong Feng Chen.

 

G1

Foto: Secom Porto Calvo/Divulgação

Para acabar com uma dor às vezes é preciso ligar os pontos. Há mais de 20 anos a acupuntura é reconhecida no Brasil e está disponível de graça, no SUS. Mas por que a compressão de alguns pontos traz alívio nas dores e trata doenças tão diferentes?

acumputuraAs agulhas, quando aplicadas sobre algumas regiões específicas, são capazes de tratar diversas doenças físicas ou emocionais como sinusite, asma, enxaqueca ou artrite. Elas também podem melhorar o sistema imunitário.
Como funciona? Quando se aplica uma agulha em um determinado local, a energia é estimulada a fluir para determinados pontos. Esse estímulo viaja pelo corpo através de caminhos chamados meridianos. Ele [o estímulo] atinge terminações nervosas que são ligadas com órgãos e vísceras.

Entretanto, a acupuntura não serve apenas para a dor. As agulhas podem melhorar:

Problemas gastrointestinais
Distúrbios do sono
Sintomas associados a problemas hormonais nas mulheres
Estados emocionais alterados
Rinite, sinusite e asma
A acupuntura também age como terapia preventiva. Além de aliviar a dor também evita que ela aumente e comprometa outros locais.

Qualquer pessoa pode ser tratada com acupuntura, inclusive gestantes e idosos (com indicação correta).

Quem pode? O Ministério da Saúde informa que, segundo a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) / acupuntura são de caráter multiprofissional. É necessária a formação em cursos de especialização.

 

G1

Foto: Augusto Carlos/TV Globo