O município de Parnaguá (823 km de Teresina), foi o que mais registrou focos de queimadas entre terça e quarta-feira desta semana. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 468 incêndios entre zero hora do dia 23 e 13:30h do dia 24.
Só nos Cerrados, região onde acontece o maior número de queimadas nesta época do ano, os satélites do Inpe registraram 886 queimadas no período. As queimadas vão prosseguir até a chegada das chuvas, o que deve acontecer até o início de novembro.
Bom Jesus aparece em segundo lugar no monitoramento, com 110 incêndios, seguido de Baixa Grande do Ribeiro, com 72, Uruçuí, com 50, Monte Alegre do Piauí, com 45, Júlio Borges, com 42, Corrente com 41, e Gilbués e Curimatá, com 21 cada. Fora da região dos Cerrados, Pajeú do Piauí, com 29 focos, foi o que mais queimou.
Os incêndios nem sempre são provocados por queimadas para o preparo da terra. Grande parte resulta de pontas de cigarros e garrafas de vidro jogadas no mato seco que, devido ao forte calor, acabam causando o incêndio.
Pescadores e caçadores também contribuem, através das pequenas fogueiras que fazem nos acampamentos, para o agravamento da situação. Nem sempre as fogueiras são apagadas corretamente e o fogo se propaga.
A temperatura bateu recorde no ano e a umidade relativa do ar beirou o estado de emergência em Teresina na tarde dessa quarta-feira, 24. O calor chegou a 41,5ºC por volta de 15:00h, com umidade de 13%, um ponto acima do considerado crítico.
A maior marca recente atingida na capital piauiense foi de 42,7ºC há dois anos. "Mesmo em 2010 tendo esse pico de temperatura, não foi um ano tão quente como agora", diz Sônia Feitosa, meteorologista da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Isso porque 2012 tem registrado temperaturas constantes, ao invés de picos de calor.
Na última terça-feira, os 40,9ºC eram o recorde de temperatura em 2012 em Teresina, que ainda não tinha ultrapassado a barreira dos 40 graus este ano. E a tendência é de continuar assim. Não há previsão de chuva para todo o Piauí até o fim de semana, exceto algumas precipitações hoje no Sul do Estado. Até dezembro, a expectativa é de que chova abaixo da média.
Estado de Alerta
A Organização Mundial de Saúde - OMS - estabelece que índices abaixo de 60% de umidade não são ideais para a saúde humana. Com base nisso, a Unicamp/SP desenvolveu a escala que serve de referência para o Brasil quando se trata dos baixos percentuais no Brasil. Entre 21 e 30%, o estado é de atenção. Entre 12 e 20%, estado de alerta. Abaixo de 12%, a situação é considerada de emergência.
Segundo Sônia Feitosa, a previsão de queda da umidade relativa do ar já exista, mas não se imaginava que o índice atingiria os 13% ontem e hoje.
As recomendações para o Estado de Alerta por conta da umidade são:
- Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc.
- Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.
- Consumir água à vontade.
- Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas
Três menores foram capturados por policiais do Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial), após tomar de assalto uma moto com uma pistola de madeira, na Avenida União, Zona Norte, na noite desta quarta-feira, 24.
Após informações via rádio, policiais do Rone foram informados sobre o assalto e iniciaram buscas aos menores, que foram localizados na Avenida Centenário, Zona Norte. O trio ainda tentou fugir, mas foi rendido pelos policiais.
Os menores foram encaminhados para Central de Flagrantes.
Os beneficiários do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terão acesso, a partir de 1º de novembro, a recursos totais de R$ 300 milhões para financiar a compra de material de construção para imóveis rurais e urbanos, segundo a Instrução Normativa (IN) 34 publicada hoje, 24, no Diário Oficial da União. A medida foi aprovada em janeiro pelo Conselho Curador do FGTS, mas não havia sido implementada.
O financiamento poderá ser usado para construção, reforma ou ampliação de unidade habitacional e instalação de hidrômetro e sistema de aquecimento solar para residências. A concessão do crédito não dependerá de renda familiar e será destinada apenas a titulares de conta vinculada ao FGTS, segundo as condições de financiamento do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Os empréstimos poderão ser de até R$ 20 mil e terão juros nominais de 8,5% ao ano, acrescidos de taxa de risco (máximo de 0,8% anuais). A amortização da quantia financiada deverá ser feita em, no máximo, dez anos.
Terão prioridade famílias com renda até R$ 5,4 mil, compra de materiais para imóveis de até R$ 90 mil (com as exceções previstas na Resolução 702 de 2012), idosos, pessoas com deficiência e mulheres chefes de família.
Para ter acesso ao crédito, o beneficiário tem que encaminhar ao Programa Financiamento de Material de Construção (Fimac) do FGTS proposta que deverá atender aos objetivos do programa e aos seguintes requisitos: compatibilidade entre os valores do financiamento solicitado e a capacidade de pagamento do Fundo; comprovação da idoneidade dos responsáveis pela construção e pela autorização do projeto técnico por entidade competente; compatibilidade com as diretrizes do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP), do Ministério das Cidades; imóvel situado em local residencial adequado; e comprovação da regularização da mão de obra usada na execução da obra quando o valor pleiteado for acima de R$ 10 mil, entre outros critérios.
Os recursos serão alocados de acordo com o déficit habitacional urbano apontado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total, 42,5% irão para o Sudeste; 28,2% para o Nordeste; 11,2% para o Sul; 9,6% para o Norte e 8,3% para o Centro-Oeste.
De acordo com a instrução, os trabalhadores que terão acesso aos valores deverão ser beneficiários do FGTS por no mínimo três anos (na mesma empresa ou em locais diferentes), ter contrato de trabalho ativo correspondente ao mínimo de 10% do valor contratado, não ter outros financiamentos no âmbito do SFH e não ser proprietário de imóvel no município onde reside ou exerce a atividade profissional principal.
A relação dos materiais qualificados ou certificados para o financiamento estão disponíveis nas páginas na internet do Ministério das Cidades e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que tem sistema de pesquisa por tipo de produto.