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Elas estão por toda a parte e o barulho já incomoda: as moscas. São cerca de 125 mil espécies de moscas no mundo, mas só 8% são perigosas. De acordo com a pesquisadora do Instituto Biológico da Unicamp, Patrícia Jacqueline Thyssen, todas as moscas contribuem para o meio ambiente porque reciclam folhas e outros organismos mortos.

O problema é quando são atraídas pelo lixo e a falta de saneamento e levam as bactérias para dentro de casa! “Elas costumam colocar a perninhas nos alimentos. Esse fato faz com que ela contamine seu próprio corpo”, explica.
Uma das moscas que mais preocupam é a varejeira, que provoca bicheiras. Ela deposita ovos em feridas e cavidades do corpo humano, que se transformam em larvas. Elas comem os tecidos e podem até levar à morte. Elas são diferentes da mosca do berne, que causam apenas lesões localizadas na pele.

E como acabar com as moscas?
A Patrícia lembra que não adianta matar as moscas. Para evitar que elas invadam as cidades, a solução é planejamento urbano, limpeza adequada.

Mais uma dica: cobrir o bolo com pano NÃO adianta! “A mosca consegue colocar os ovos pela trama do tecido. Você precisa cobrir efetivamente.

Elas ajudam na saúde?
“Hoje a gente tem feito pesquisas utilizando larvas para acelerar o processo de cicatrização de feridas. A gente coloca a larvinha esterilizada na ferida do paciente. Essa larva faz o processo na remoção do tecido desvitalizado”, fala Patrícia. Os cientistas também estudam antibióticos naturais produzidos pelas larvas.


Lixo é parque de diversão para moscas
O lixo acumulado é um prato cheio e pura diversão para as moscas, assim como o resto de comida. O infectologista Anastácio Queiroz explica que lixo orgânico acumulado é o suficiente para a mosca reproduzir e se espalhar pela vizinhança. Isso aumenta o risco de transmissão de doenças causadas por vírus e bactérias.

“As gastro intestinais são as mais comuns porque ela [a mosca] contamina alimentos que ficam expostos. A recomendação é cobrir os alimentos, protege-los”, orienta o infectologista.

 

G1

A rubéola, também chamada de sarampo alemão, é uma doença infecciosa transmitida pelo vírus Rubivirus. De acordo com a infectologista Lucy Vasconcelos, da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia), embora tenha esse apelido de "sarampo", trata-se de uma doença diferente, causada por outro vírus.

 
A infecção por rubéola torna-se mais grave quando adquirida durante o primeiro trimestre da gravidez, podendo gerar a Síndrome de Rubéola Congênita (SRC). Esse tipo de infecção pode ser transmitida da mãe para o feto, que pode nascer com problema e malformações, como surdez, diabetes, catarata e glaucoma.


A rubéola pode ser transmitida por meio do contato direto com a pessoa infectada, seja por gotículas na fala, tosse, espirro ou até mesmo ao respirar. De acordo com a infectologista, a transmissão pode ocorrer em lugares fechados, onde uma pessoa infectada está. Quando os sintomas desaparecem, a transmissão já não ocorre mais.


A rubéola é uma doença comum na infância, e muitas vezes pode ser assintomática. Entretanto, quando apresenta sintomas, eles aparecem após duas semanas de exposição ao vírus, podendo apresentar pontos vermelhos e coceira na pele, garganta inflamada que pode complicar para uma pneumonia, febre baixa, inchaço nos linfonodos próximos à orelha, região da nuca e na cervical e dores articulares, que podem durar alguns meses.


Quando analisado de maneira clínica, a rubéola pode ser confundida com o sarampo. O diagnóstico é firmado por meio de exames de sangue, sendo o principal o exame de pesquisa de anticorpos para a rubéola.


Quando analisado de maneira clínica, a rubéola pode ser confundida com o sarampo. O diagnóstico é firmado por meio de exames de sangue, sendo o principal o exame de pesquisa de anticorpos para a rubéola.


Segundo a infectologista, não há tratamento específico para a rubéola. No caso de infecção, o paciente deve ficar de repouso e evitar contato com pessoas, recebendo tratamento sintomático, e depois, a doença desaparece sozinha.

 

R7

 

dpressaopospartoA depressão pós-parto (DPP) é um quadro que apresenta sintomas semelhantes ao de uma depressão comum. De acordo com o psiquiatra Joel Rennó, coordenador da Comissão de Estudo e Pesquisa da Saúde Mental da Mulher da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), mulheres que já tiveram depressão em algum momento da vida são mais suscetíveis a desenvolver DPP, pois o risco de uma nova crise depressiva aumenta a cada novo episódio depressivo.


Um dos principais causadores da depressão pós-parto é a vulnerabilidade à oscilação hormonal da mulher após o nascimento do bebê, pois esses hormônios interferem na recepção de neurotransmissores, que seriam responsáveis por regular o humor e sensação de bem-estar, por exemplo. Outros fatores que aumentam a pré-disposição à DPP são a gravidez na adolescência, falta de apoio familiar, diabetes gestacional e alterações na rotina, como no padrão de sono da mãe e de irritabilidade.


Os sintomas da depressão pós-parto são os mesmos de um quadro normal de depressão, com tristeza, perda de prazer e interesse nas atividades habituais, dificuldade de concentração, crises de choro, fadiga, problemas com a memória, desinteresse e desânimo para cuidar do bebê e pensamentos negativos. Para receber esse diagnóstico, os sintomas devem permanecer por pelo menos durante duas semanas, na maior parte dos dias, e interferir na vida dessa pessoa.


Rennó afirma que existe também a possibilidade da depressão ser desenvolvida durante a gestação, sendo chamada de depressão perinatal e, quando não tratada, é diagnosticada como depressão pós-parto. De acordo com o psiquiatra, a depressão pós-parto pode ser diagnosticada até um ano após o nascimento do bebê.


A psicose pós-parto começa logo nos primeiros dias após o nascimento do bebê e já é grave desde o início. Segundo Rennó, esse quadro é mais raro, acometendo uma a cada mil mulheres, e sendo comum entre pessoas com transtorno bipolar. Entre os sintomas, a mulher pode ter delírios, alucinações, rejeitar e até chegar a tentar agredir o bebê.


A depressão pós-parto também pode ocorrer entre os homens, mas não teria a relação hormonal como a das mulheres. Esse quadro ocorreria por que os homens teriam o sentimento de não serem capazes de cuidar do bebê, ou de não conseguirem sustentar o filho. A mudança na vida do casal poderia também influenciar no aparecimento de depressão pós-parto.


O diagnóstico da DPP é de maneira clínica a partir de uma consulta com um psiquiatra, que analisa os sintomas e a sua duração. O tratamento pode necessitar de tratamento com psicoterapia e uso de antidepressivos receitados pelo psiquiatra, que orienta o melhor remédio para que não haja interferência na amamentação do bebê.


Se a mãe não for tratada, é possível que essa distância com o bebê faça com que a criança tenha um atraso no desenvolvimento psicomotor e deixaria, futuramente, mais disposta a desenvolver algum tipo de transtorno mental, afirma o psiquiatra.


Segundo a enfermeira obstetra Cinthia Calsinski, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a rede de apoio dessa mãe pode ajudar na saúde. Cinthia afirma que ajudar a mãe nos afazeres de casa para que ela possa cuidar do bebê, ou até para descansar.

 

R7

Foto: Pixabay

celulasUm estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, relatou que células pancreáticas produtoras dos hormônios glucagon (hormônio que aumenta o açúcar), quando modificadas geneticamente, seriam capazes de produzir insulina e diminuir os danos na saúde de pacientes diabéticos. O estudo foi publicado na última quarta-feira (13), no site da revista científica americana Nature.

De acordo com o estudo, os pesquisadores coletaram células alfa, produtoras do glucagon, e modificaram. Após uma semana de mudança, cerca de 40% dessas células estavam produzindo insulina, mostrando a capacidade de adaptação (plasticidade) das células pancreáticas.


Segundo os pesquisadores, no diabetes tipo 1, o sistema imunológico destrói as células beta, responsáveis pela produção de insulina. Já no tipo 2, essas células podem não produzir inulina suficiente, ou o corpo se torna resistente à ação do hormônio, elevando os níveis de açúcar no sangue.

Os pesquisadores implantaram, então, as células alfa modificadas em camundongos que teriam diabetes tipo 1, e perceberam que os níveis de açúcar se normalizaram, e continuaram a produzir insulina após seis meses de implante. Quando as células foram removidas, os níveis de açúcar voltaram a subir.


No estudo, os pesquisadores alegam que a descoberta poderia ajudar na criação de um novo tratamento que melhoraria a qualidade de vida de pessoas com diabetes. Entretanto, ressaltam que são necessários mais estudos, para que no tratamento para o diabetes tipo 1, as células produtoras de insulina modificadas em laboratório não sejam atacadas como as células originais.

 

R78

Foto: Freepik

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