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cegueiramacularO nome é comprido: degeneração macular relacionada à idade, ou DMRI, e já diz tudo. Envelhecer é fator de risco, mas não o único. Essa doença afeta a retina, que está localizada no fundo do olho e é a principal responsável pela formação das imagens através da captação dos raios de luz do ambiente. Ela funciona como uma tela onde são projetados os raios, transformados em estímulos nervosos transportados pelos nervos óticos até o cérebro, onde são “interpretados” como as imagens que vemos.

A partir dos 50 anos, o risco da doença aumenta, como explica o oftalmologista Magno Antônio Ferreira, professor associado da Universidade Federal de Uberlândia e atual presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, além de membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. “Trata-se da principal causa de perda de visão em pessoas acima dos 50 anos. A forma mais comum é a degeneração macular seca, ou atrófica, que responde por cerca de 80% a 85% dos casos. A mácula é uma região no centro da retina e ali pode ocorrer um acúmulo crescente de drusas, que são pequenos depósitos compostos de lipídeos, que poderíamos chamar de ‘sujeirinhas’, levando a uma perda progressiva da visão central. A degeneração macular úmida, ou exsudativa, é uma forma menos comum, mas mais grave da enfermidade, que acomete de 15% a 20% dos pacientes. Há uma proliferação de novos vasos na retina, bastante frágeis e que podem sangrar. Nesses casos, a diminuição da visão é súbita”, alerta o médico.


O doutor Magno Ferreira lembra que a pele clara é um importante fator de risco: “há uma maior predisposição entre caucasianos, descendentes de europeus de pele e olhos claros. Quem tem histórico familiar de doença não pode se descuidar. A exposição à luz solar é perigosa, daí a necessidade do uso de óculos escuros com lentes que protejam dos raios ultravioletas. O tabagismo é fator de risco dos mais relevantes. Hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade também concorrem para o surgimento da degeneração macular, o que mostra como um estilo de vida saudável ajuda na prevenção”.

O sintoma mais comum é o embaçamento na visão central. Conforme a DMRI progride, algumas manchas podem se formar no campo visual. Coluna sobre o autoexame dos olhos, publicada por este blog, pode ser conferida no link que mostra como fazer o teste com a Tela de Amsler. O principal exame para realizar o diagnóstico é o de fundo de olho, realizado após a dilatação da pupila, que detecta as drusas maculares e os vasos que podem levar a um sangramento dentro da retina. Embora a doença não tenha cura, pacientes com degeneração macular seca podem se beneficiar com suplementos vitamínicos. Já a degeneração macular exsudativa pode ser tratada com injeções intraoculares, com fármacos da classe anti-VEGF, que têm o objetivo de reduzir a proliferação dos vasos sanguíneos. De acordo com levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, no país há cerca de 3 milhões de pessoas acima dos 65 anos com a enfermidade.

 

G1

Foto: divulgação

 

 

 

dorsangAs hemorroidas ocorrem pela dilatação das veias do ânus. De acordo com a proctologista Olga Szpigel, do Hospital Moriah, as hemorroidas podem ser internas, que ficam dentro do canal anal, ou externas, normalmente visíveis a olho nu. Olga explica que a evolução do inchaço das veias tende a começar com o inchaço interno, exterioriza, volta, exterioriza novamente, fica algum tempo e volta, e por último, exterioriza e permanece para fora.


Mulheres gestantes são as principais acometidas, pois apresentam grande constipação por conta do crescimento do bebê, que começa a pesar sobre as veias do local e diminui o retorno do sangue, ou por empurrar o intestino, dificultando a evacuação. A oscilação hormonal da gestação também pode dificultar a evacuação, devido aos altos níveis de progesterona, que prende o intestino. Outros fatores de risco são a obesidade, constipação e dificuldade para evacuar, genética, idade e pacientes acamados, que têm um ritmo intestinal lento por não se moverem.


Entre os sintomas que o problema pode apresentar estão a dor anal, coceira, fezes com muco, sangramento, ardência e resquícios de fezes na região, mesmo após a higienização.


De acordo com a proctologista Renata Lepre, do Hospital Santa Cruz, a alimentação influencia no aparecimento das hemorroidas pois m a regularização do hábito intestinal ajuda no amolecimento das fezes e otimiza o trânsito intestinal, diminuindo a possibilidade de machucados e o esforço para evacuar. Renata afirma que o ideal é ter uma dieta rica em fibras, que inclua verduras cruas e cozidas, legumes, frutas e farelos.


Os sintomas podem ser aliviados por meio do uso de analgésicos, venotônicos — medicamentos que reduzem a inflamação das veias —, supositórios e pomadas, que devem ser receitados por especialistas. Renata afirma que as dores também podem ser aliviadas com a troca do papel higiênico por lenços umedecidos, ou limpar o local com água corrente.


As hemorroidas podem ser tratadas com medicamentos venotônicos, fibras e medicações tópicas, que são aplicadas diretamente no local, ou por meio de cirurgias, como a hemorroidectomia convencional. A escolha do tratamento dependerá do grau da hemorroida.


As principais complicações que podem ocorrer por hemorroidas são a anemia, devido ao sangramento volumoso e contínuo, porém não é o problema mais frequente, segundo Olga. Já a trombose hemorroidária, coágulo presente dentro das veias inchadas, é mais frequente, e causa dor intensa. Nesse caso, não há migração do coágulo pela corrente sanguínea.

 

R7

Foto: Free Images

pePerder peso é frequentemente o primeiro item da lista de desejos de muitas pessoas no início do ano. Porém, se a perda de peso é o seu objetivo para 2019, há grandes chances de que, à essa altura do ano, você provavelmente já enfrentou alguns desafios.

Isso porque manter uma dieta estritamente controlada por calorias não é uma tarefa fácil em ambientes modernos – nos quais os alimentos saborosos e de alta energia são atrativos e estão facilmente disponíveis.


Fazer dieta também é particularmente difícil devido à rápida resposta do nosso corpo às diminuições na ingestão de alimentos, e, em contrapartida, à falta de resposta aos nossos excessos alimentares. Isso é uma experiência familiar para muitos que experimentaram aumentos quase imediatos da fome quando fazem dieta restritiva.

A maioria das pessoas também já sabe como é fácil comer demais durante períodos de férias ou outras ocasiões mais cotidianas. Uma refeição em um restaurante de prato feito no Reino Unido, por exemplo, provavelmente contém mais da metade das calorias necessárias para um dia inteiro.

 

Comer demais? Não é detectado
Nossa recente pesquisa mostrou que comer em excesso mal é detectado em humanos, mesmo quando a ingestão de energia é aumentada para fornecer um excesso de mais de 1.000 calorias por dia.

Nesse estudo, comer demais com 150% das calorias diárias necessárias não alterou o apetite dos participantes.

Observamos as classificações de apetite e os níveis de hormônios específicos conhecidos para regular o apetite, e também verificamos a ingestão de alimentos dos participantes durante o dia seguinte.

Nossas descobertas mostraram que o corpo não se ajusta para responder a essas calorias adicionais.

Isso faz sentido a partir de uma perspectiva evolucionária: em ambientes com acesso limitado à comida, comer demais quando o alimento estava disponível para nossos ancestrais aumentaria suas chances de sobrevivência, mantendo-os abastecidos até que a comida estivesse disponível novamente.

Isso mostra que ter consciência das ingestões de calorias é importante, porque curtos períodos de excessos acidentais podem ser suficientes para causar ganho de peso ou prejudicar a perda de peso.

De fato, algumas evidências sugerem que aumentos no peso corporal durante o período festivo são mantidos durante o resto do ano. Eles também podem ser os responsáveis pelo aumento anual do peso corporal.

Da mesma forma, comer demais em um fim de semana pode facilmente cancelar uma dieta rigorosa que é mantida durante a semana.

Entender como é fácil comer demais não significa que a perda de peso não possa ser alcançada. Mas, de fato, saber disso pode ajudar na perda de peso -– por estar mais consciente das escolhas alimentares.


Não se esqueça do exercício
Apesar do viés do nosso corpo para ganho de peso, mudanças corretas na dieta e no estilo de vida produzirão e manterão a perda de peso se esse for o objetivo desejado.

O exercício físico muitas vezes pode ser negligenciado quando as pessoas procuram “a melhor dieta para perda de peso”. Mas ficar ativo continua a ser importante para quem quiser perder peso – e especialmente para manter a perda de peso durante períodos de tempo prolongados.

O exercício pode complementar as mudanças na dieta e ajudar a minimizar os aumentos da fome experimentados apenas com a restrição de alimentos.

Isso ocorre porque o exercício não causa um aumento da fome na mesma proporção que a dieta, apesar de também criar um déficit de energia para a perda de peso.

A fome é até mesmo reduzida quando o exercício é intenso, o que pode ajudar a evitar os desprazeres da fome ao mesmo tempo em que você aumenta o seu déficit de energia.

A importância do exercício para manter a perda de peso também foi recentemente destacada com participantes da competição de perda de peso televisionada dos EUA, The Biggest Loser. O rastreamento dos participantes por seis anos após o show revelou que as pessoas que mantiveram a perda de peso aumentaram sua atividade física em 160%. Enquanto aqueles que recuperaram o peso perdido, apenas aumentaram a atividade física em 34%.


Flexibilidade é necessária
Independentemente de qual abordagem de dieta você escolher, é provável que você precise de um grau de flexibilidade – uma vez que a maioria das dietas exigirá algum comprometimento.

Talvez, por exemplo, você seja convidado a participar de um almoço ou jantar em um restaurante para uma ocasião especial ou então a uma comemoração de feriado com alimentos especiais.

Estar ciente de que seu corpo provavelmente não responderá ao aumento da ingestão de calorias significa que você pode ajustar seu comportamento para evitar ou compensar qualquer excesso de comida, por exemplo, tendo mais consciência das escolhas alimentares nos dias antes ou depois de uma ocasião, ou aumentando seus níveis de exercício para combater os excessos.

O que tudo isso mostra é que, em última análise, não devemos confiar nos sinais de feedback do nosso corpo para detectar níveis de ingestão de calorias. Em vez disso, o monitoramento consciente da dieta e do estilo de vida é mais do que suficiente para contrabalançar o viés natural do corpo em relação ao ganho de peso.

E, ao apreciar essa necessidade de monitoramento consciente, isso pode ajudá-lo a alcançar as metas de perda de peso tão desejadas ao longo do ano.

 

Exame

Foto: reprodução

enchenteAs dramáticas cenas de pessoas desamparadas que perderam familiares ou seus bens em enchentes infelizmente viraram rotina no noticiário nacional nos meses de verão.

Ninguém escapa: crianças, idosos ou gestantes. Para muitas pessoas não sobra outra alternativa a não ser a de serem obrigados a ter contato íntimo com as águas imundas e contaminadas; seja para se locomoverem, seja para limpar a própria casa ou para ajudar alguém. Resultado: depois de um tempo, podem adoecer.

As águas das chuvas contaminam-se com esgoto e/ou com fezes de animais como ratos, cães ou gatos, por exemplo, que podem conter microrganismos causadores de doenças que podem ser fatais.

O grande problema é que algumas destas doenças, como a hepatite A, por exemplo, podem demorar mais de 30 a 45 dias para se manifestar.

Por isso, se alguém que teve contato com água suja da chuva apresentar um ou mais dos seguintes sinais e sintomas, deve procurar um médico:

Febre, que pode ser alta ou baixa, persistente e durar mais de 3 dias consecutivos, com cansaço, mal-estar, dores pelo corpo e principalmente dor de cabeça.
Vômitos, diarreia com ou sem sangue nas fezes, inapetência
Manchas vermelhas ou roxas pelo corpo
Sangramento de mucosas como gengiva ou nariz
Icterícia (pele amarelada)
Xixi escuro
Dor na panturrilha (batata da perna)
Rigidez do pescoço
Fiquem atentos. Não hesitem em procurar um médico se um ou mais de um destes sinais e sintomas aparecerem.

Importante: estejam com suas vacinas em dia. Lembrem-se que há vacinas para tétano, febre amarela e hepatite, que estão entre estas doenças que podem ser transmitidas pelas águas sujas das chuvas.

 

G1

Foto: GloboNews

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