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Em seu último número, a publicação “The Gerontologist”, da Sociedade Norte-Americana de Gerontologia (The Gerontological Society of America), traz 21 artigos científicos sobre a relação simbiótica entre envelhecimento e tecnologia. Entre os temas pesquisados, fica claro como o uso da internet tem ajudado idosos a se conectar com familiares e amigos, diminuindo a solidão – mas também aumentando o risco de limitar seu engajamento em atividades sociais. Há ainda o potencial pouco explorado da utilização de robôs para promover o bem-estar dos mais velhos, além de terapia on-line para tratar sintomas depressivos.


A edição especial foi organizada pela médica Rachel Pruchno, editora-chefe da publicação e diretora do New Jersey Institute for Sucessful Aging, que declarou: “a tecnologia tem grande potencial de melhorar a vida dos idosos. No entanto, para ser útil, geriatras e especialistas em gerontologia devem participar de todas as etapas do processo para a criação de produtos e softwares, porque podem facilitar a experiência dos consumidores mais velhos. Engenheiros e profissionais de marketing não têm essa expertise, daí a importância de todos trabalharem em parceria. Do contrário, corre-se o risco de gastar dinheiro numa tecnologia inútil”.

Um dos trabalhos dos pesquisadores foi comparar a eficácia do robô Paro, um bebê-foca criado no Japão, com outros animais de pelúcia utilizados no tratamento de pacientes com demência. Dotado de movimentos que “respondem” à interação, as adoráveis foquinhas melhoraram o humor e reduziram a agitação dos idosos, facilitando a comunicação com seus familiares, enquanto os bichos tradicionais não traziam o mesmo engajamento. Um senão: um bebê Paro custa algo em torno de 6.500 dólares, o equivalente a 24 mil reais.

Outro artigo mapeou o desempenho de idosos quando se valiam de tecnologia em atividades diárias: por exemplo, o uso do celular e iBook, ou a leitura correta de um monitor de pressão. Para garantir uma vida com independência, esse recurso será cada vez mais presente, e o que o estudo apontou foi a necessidade de se levar em conta limitações individuais – tanto sociais, quanto cognitivas. Pacientes com algum tipo de comprometimento cognitivo leve, com o devido treinamento, também poderiam dominar o manejo desses produtos e prolongar sua autonomia.

 

G1 Por Mariza Tavares

gravdadolescenteA adolescência, período que compreende as idades entre os 10 e 19 anos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é um estágio da vida em que o corpo passa por inúmeras transições, sejam elas hormonais, psicológicas e anatômicas. Nesta Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, especialistas ouvidos pelo R7 alertam sobre o impacto da gravidez precoce em um corpo e mente em formação.


De acordo com a pediatra Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), as jovens nessa idade passam por situações de vulnerabilidade quanto à saúde mental e emocional, acompanhamento médico, suporte familiar e, para adolescentes abaixo dos 15 anos. A situação fica ainda mais complicada, pois essas jovens estão em fase de crescimento, podendo ter alguma deficiência nutricional durante a gestação, já que competiriam com o feto pelo aproveitamento desses nutrientes.


Evelyn ressalta que, com essas mudanças, há ainda a possibilidade de desenvolver casos graves de anemia, diabetes gestacional, pré-eclampsia (hipertensão durante a gravidez). Entre outros problemas que esse contato sexual, que pode ou não resultar uma gestação, existe a possibilidade de infecção por IST's (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

Segundo a ginecologista Ana Carolina Pereira, membro da FEBRASGO (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), o útero dessa adolescente ainda não está completamente formado até os 18 anos de idade, não estando totalmente maduro para receber um embrião.


Um dos principais problemas apontados por ambas as especialistas é o apoio que essa jovem receberá, tanto de sua família, quanto do pai da criança. "É importante lembrar que aquela adolescente não engravidou sozinha. Ela foi engravidada. A gravidez na adolescência deve ser prevenida também por parte do garoto nessa idade, ou pelo homem mais velho que engravidou essa menina", afirma Evelyn.

A pediatra ressalta que grande parte das gestações durante a adolescência são resultado de relações com homens mais velhos ou por conta de violência sexual, muitas vezes praticadas por familiares daquela adolescente.


Evelyn fala, ainda, que, de acordo com o artigo 217 do Decreto de Lei 2848/40 do Código Penal Brasileiro, a relação sexual com menores de 14 anos é considerada como estupro de vulnerável, com pena de reclusão de oito a 15 anos.

"A falta de maturidade dos jovens para lidar com uma gravidez precoce pode trazer problemas como a depressão pós-parto e até a rejeição daquela criança que foi gerada, podendo não ter um vínculo com os pais biológicos, e ser deixada para ser cuidada pelos avós", afirma a ginecologista.


Outra preocupação da ginecologista é que, nessa idade, a jovem é mais sujeita a tentar um aborto, colocando em risco a própria vida, já que, com a desregularização da prática no país, a procura por uma clínica clandestina submete essas mulheres a procedimentos e materiais sem segurança para o organismo.

A pediatra afirma que, com essa gravidez precoce, há também uma exclusão dessa jovem, que deixa os estudos e apresenta grande dificuldade de inserção social e no mercado de trabalho, resultando um desequilíbrio socioeconômico na vida dessas jovens.
Para ambas as especialistas, o principal meio de prevenção se dá pelo diálogo. "As famílias não podem encarar a sexualidade como tabu, e é necessário maior investimento em educação sexual e mais campanhas de prevenção", afirma a pediatra.

As especialistas afirmam que, entre os métodos contraceptivos mais aconselhados estão o uso de preservativo, que evita a gravidez precoce e a infecção por doenças, e a pílula contraceptiva. Para esse uso, a adolescente deve conversar com seu pediatra e com a ginecologista, que deve ser consultada a partir da primeira menstruação.

 

R7

Foto: Freepik

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar uma nova opção de tratamento para pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário. Aprovado no Brasil desde junho de 2016 com aplicação duas vezes por semana, o tratamento com Kyprolis® (carfilzomibe), da biofarmacêutica Amgen, tem agora a opção de aplicação semanal que, combinado com dexametasona, traz mais conveniência para os pacientes com os mesmos parâmetros de segurança e respostas superiores de sobrevida livre de progressão e resposta global.

O mieloma múltiplo é um câncer de sangue raro e incurável, caracterizado por um padrão recorrente de remissão e recidiva. No mundo, cerca de 114.000 pessoas apresentam o diagnóstico de mieloma múltiplo a cada ano e são relatadas 80.000 mortes de pacientes anualmente. No Brasil, os últimos dados publicados pelo Datasus (sistema de dados sobre o Sistema Único de Saúde) apontam 2.916 mortes de pacientes com mieloma múltiplo em 2016.

"A Amgen tem como compromisso servir aos pacientes e está dedicada não só ao desenvolvimento de medicamentos inovadores, mas também a atuar de maneira ativa para melhorar a sustentabilidade dos sistemas de saúde", diz Mauro Loch, Gerente Geral da Amgen Brasil. "É fundamental que essas novas terapias sejam disponibilizadas para o maior número possível de pacientes, por isso ficamos muito orgulhosos com essa aprovação em tempo recorde, que oferecerá mais comodidade no tratamento do mieloma múltiplo".

O estudo usado para a aprovação foi o ARROW, que demonstrou que os pacientes que receberam a dose semanal de Kyprolis® (dose de 70mg/m2) combinada com dexametasona atingiram uma melhora de 3,6 meses de sobrevida livre de progressão em comparação ao uso de Kyprolis® duas vezes por semana (dose de 27mg/m2) combinada com dexametasona (11,2 meses versus 7,6 meses). A resposta global nos pacientes que receberam o tratamento semanal foi de 62,9% versus 40,8%. Além disso, 7,1% apresentaram respostas completas ou melhores no grupo de uma vez por semana, em relação a 1,7% no grupo de duas vezes por semana nesta população de pacientes refratários. Esses resultados foram apresentados durante o Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO), em junho de 2018, e publicados no The Lancet Oncology.

 

Website: http://www.amgen.com.br

farmaciaA Assistência Farmacêutica, da Secretaria de Estado da Saúde, abriu mais um posto de atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde(SUS). A nova unidade começou a funcionar hoje, 6, no Hospital Universitário(HU), em Teresina. Serão atendidos cerca de 700 pacientes com diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa.

“Aqui, os pacientes passam a receber o atendimento num só lugar, sem que tenham que ir à Farmácia de Dispensação do Componente Especializado, sendo que o medicamento é administrado aqui mesmo, no HU. Ganha o paciente, em comodidade, ganha o serviço público, na otimização dos resultados e no principio da economicidade”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, ao visitar nesta manhã, 6, as instalações do posto de atendimento, juntamente com o superintendente do HU, Dr. Miguel Parente.

O Hospital é referência na assistência especializada aos pacientes com doenças inflamatórias intestinais. Além da consulta e exames, o paciente passa a ter a garantia de receber também a dispensação, ou seja, a entrega de medicamentos no Hospital, explica o superintendente. “Otimizamos o atendimento médico dos pacientes com doenças inflamatórias intestinais. Num único lugar, o paciente vai poder fazer todo o atendimento clínico da sua área de saúde, receber o seu medicamento aqui no Hospital e depois a infusão aqui no Hospital, ou seja, a sua integralidade da assistência”, afirma.

A parceria é fruto de uma cooperação entre as duas instituições, pensando na melhor comodidade aos pacientes, que são atendidos em clínicas especializadas. O HU, por exemplo, atende mais de 70% dos pacientes com doenças inflamatórias intestinais.

Esta é terceira unidade de atendimento especializado. Duas outras funcionam no Centro de Hemoterapia e Hematologia do Piauí(HEMOPI), atendendo os pacientes com anemia falciforme, e também na Universidade Federal do Piauí(UFPI), por meio da farmácia escola, onde são atendidos pacientes com acne grave e dislipidemia.

O diretor da Assistência Farmacêutica, Jean Batista, afirma que a meta é estender para outras patologias e assim, ampliar a assistência aos pacientes. “Aquela unidade onde houver o atendimento com consulta, exame, nosso esforço é que o medicamento também seja disponibilizado no mesmo lugar”, comenta.

 

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