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celulasUm estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, relatou que células pancreáticas produtoras dos hormônios glucagon (hormônio que aumenta o açúcar), quando modificadas geneticamente, seriam capazes de produzir insulina e diminuir os danos na saúde de pacientes diabéticos. O estudo foi publicado na última quarta-feira (13), no site da revista científica americana Nature.

De acordo com o estudo, os pesquisadores coletaram células alfa, produtoras do glucagon, e modificaram. Após uma semana de mudança, cerca de 40% dessas células estavam produzindo insulina, mostrando a capacidade de adaptação (plasticidade) das células pancreáticas.


Segundo os pesquisadores, no diabetes tipo 1, o sistema imunológico destrói as células beta, responsáveis pela produção de insulina. Já no tipo 2, essas células podem não produzir inulina suficiente, ou o corpo se torna resistente à ação do hormônio, elevando os níveis de açúcar no sangue.

Os pesquisadores implantaram, então, as células alfa modificadas em camundongos que teriam diabetes tipo 1, e perceberam que os níveis de açúcar se normalizaram, e continuaram a produzir insulina após seis meses de implante. Quando as células foram removidas, os níveis de açúcar voltaram a subir.


No estudo, os pesquisadores alegam que a descoberta poderia ajudar na criação de um novo tratamento que melhoraria a qualidade de vida de pessoas com diabetes. Entretanto, ressaltam que são necessários mais estudos, para que no tratamento para o diabetes tipo 1, as células produtoras de insulina modificadas em laboratório não sejam atacadas como as células originais.

 

R78

Foto: Freepik

A Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (DIVISA) encaminhou Oficio Circular nesta sexta feira (15) para as vigilâncias sanitárias municipais, com orientações para que façam a apreensão dos lotes de cinco cortes de frango da marca Perdigão, caso identificados, após a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para recolhimento dos produtos.

A ação foi motivada pela suspeita de contaminação por Salmonella nos cortes de frango. O recolhimento abrange 23 lotes de cinco diferentes produtos. O problema foi identificado pelo controle de qualidade da própria empresa, que o comunicou à Anvisa e ao Ministério da Agricultura. “Se os produtos com os lotes citados no ofício forem identificados em algum estabelecimento do Estado, os fiscais deverão fazer o termo de apreensão, relacionando a quantidade e o número do lote encontrado, deixando o proprietário do estabelecimento como fiel depositário, ou seja, os produtos vão ficar no estabelecimento em um local reservado até que seja feito o destino final dos produtos pelo estabelecimento ou pela própria Perdigão”, explicou o fiscal sanitário da DIVISA, José Orlando Negreiros.

A bactéria identificada foi a Salmonella enteritidis. Este tipo de bactéria é eliminado quando o alimento é cozido, frito ou assado corretamente. Por isso, é importante o cuidado com o cozimento correto da carne de frango de forma geral.

Confira os produtos e lotes afetados:

Produto

                 Lotes recolhidos

Cortes Congelados de Frango – Filé de Peito – Embalagem Plástica – 2 kg

30/10/18 e 09/11/18

Miúdos Congelados de Frango – Coração – Embalagem Plástica – 1 kg

30/10/18; 05/11/18; 06/11/18; 07/11/18; 09/11/18; 10/11/18 e 12/11/18

Cortes Congelados de Frango – Filezinho (Sassami) – Embalagem Plástica – 1 kg

30/10/18; 05/11/18; 06/11/18; 07/11/18; 09/11/18; 10/11/18 e 12/11/18

Cortes Congelados de Frango – Meio Peito sem Osso e sem Pele – Caixa de Papelão (interfoliado) 15 kg

30/11/18; 07/11/18; 09/11/18 e 10/11/18

Cortes Congelados de Frango

06/11/18; 09/11/18 e 10/11/18

 

Sesapi

 

 

trastornoQuando você sofre de um vício e um transtorno mental ao mesmo tempo, o que é conhecido como patologia dupla, o risco de suicídio aumenta. Mais de 40% dos pacientes com esse diagnóstico têm ideias suicidas. Segundo especialistas, a detecção dessa patologia é fundamental para evitar o pior cenário.


Os vícios podem ser de substâncias como tabaco, álcool, analgésicos, cannabis, estimulantes ou opióides. Eles também podem ser comportamentais como, por exemplo, jogos de azar. Os transtornos mentais podem ser ansiedade, depressão, transtorno bipolar, espectro da esquizofrenia e da psicose ou diferentes traços e transtornos da personalidade.


"Muitas mortes por overdose são muitas vezes diagnosticadas como acidentais, por isso os dados disponíveis sobre a prevalência do suicídio de dois pacientes são provavelmente mais baixos do que os dados reais", diz a Dra. Marta Torrens, membro do conselho de diretores da Sociedade Espanhola de Patologia Dupla.

A OMS(Organização Mundial da Saúde) aponta que muitas mortes voluntárias ocorrem impulsivamente durante as crises que prejudicam a capacidade de lidar com as tensões da vida, como problemas financeiros, relacionamentos rompidos ou doenças. No entanto, também indica que a ligação entre o suicídio e os problemas mentais está bem documentada.

De acordo com dados da OMS, cerca de 800.000 pessoas tiram suas vidas a cada ano,o que seria equivalente a uma morte a cada 40 segundos. Também vale ressaltar que o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Prevenção é fundamental

"O risco suicida deve ser sempre considerado em todos os transtornos mentais. A maioria dos pacientes com transtornos mentais tem patologia dupla; portanto, programas estruturados devem ser organizados para evitar o risco de suicídio, levando em conta os fatores associados ao uso compulsivo de substâncias", afirma o Dr. Néstor Szerman, presidente da Dual Pathology Foundation.

A Dra. Marta Torrens concorda que “o uso de substâncias é um fator de risco relevante para o suicídio". A especialista ainda ressalta que as pessoas que sofrem de patologia dupla "têm um risco maior de suicídio do que aquelas que têm apenas um transtorno por uso de substâncias ou outro transtorno mental". Portanto, é fundamental detectar esta doença para prevenir o suicídio em uma população de alto risco ".

Os especialistas da SEPD (Sociedade Espanhola de Patologia Dupla) explicam queos vícios podem ser tanto por substâncias integradas em nossa cultura como tabaco, álcool ou analgésicos, quanto aqueles que não são integrados, como cannabis, estimulantes (cocaína e anfetaminas).

Eles também detalham que os transtornos mentais podem ser: transtornos de ansiedade, transtornos do humor (depressão, transtorno bipolar, etc.), transtornos do espectro da esquizofrenia e psicose, TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) e diferentes traços e transtornos de personalidade (anti-social, borderline ou borderline, esquizotípica, esquiva e obsessiva).

Pacientes com transtornos afetivos

Por outro lado, "há pessoas sem transtorno mental prévio, mas que, devido ao consumo de substâncias e sua vulnerabilidade individual, desenvolvem uma psicopatologia", explicam os especialistas. De acordo com os dados extraídos do Estudo de Madrid, uma pesquisa epidemiológica sobre a patologia dupla realizada em mais de 800 pessoas, mais de 40% dos pacientes com patologia dupla apresentam ideias de suicídio.

Os pacientes duais com grandes transtornos afetivos, como a depressão; com síndrome psicótica crônica e com transtornos de personalidade com grande impulsividade e emotividade negativa, como transtorno de personalidade limítrofe ou transtorno de personalidade antissocial, são os perfis com maior probabilidade de apresentar comportamento suicida.

Ainda de acordo com o estudo, não há diferenças de comportamentos suicidas por sexo, "mas os homens costumam usar estratégias para acabar com suas vidas de forma maus agressiva do que as mulheres e, portanto, isso causa uma taxa mais alta de suicídio".

Dados do Programa de Prevenção do Retirada do Risco Suicida do Hospital Gregorio Marañón, na capital espanhola, mostram que 60% dos pacientes com risco de suicídio moderado a alto tinham um uso problemático de substâncias, incluindo o tabaco.

O diagnóstico psiquiátrico mais frequente nesses pacientes foi o transtorno de personalidade borderline, seguido do transtorno adaptativo com sintomas depressivos. "Além disso, devemos ter em conta que o usuário da substância tem uma arma suicida muito forte: a ingestão de drogas para cometer suicídio por overdose", diz o Dr. Marta Torrens. "Muitas mortes por overdoses são muitas vezes diagnosticadas como acidentais, por isso os dados disponíveis sobre a prevalência de suicídio de pacientes com dupla são provavelmente mais baixos do que os dados reais", lamenta.

 

EFE

EFE/Martha Delgado

 

hivMagreza extrema. Olhos fundos. Manchas por todo o corpo. Definhamento. Essa era a visão de médicos estadunidenses ao olharem para pacientes que chegavam em hospitais de New York, nos Estados Unidos, no período de 1978 a 1980.

Naquela ocasião, os doentes foram diagnosticados com uma forma de pneumonia diferenciada e rara, além de ser fatal. Mais tarde, nomeou como HIV/AIDS. No Brasil, a doença foi identificada pela primeira vez no ano de 1982 pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde.

Desde então, o país tem sido percursor nos programas de prevenção e tratamento de HIV do mundo. O marco mais importante, segundo especialistas, ocorreu em 1996, quando o governo federal adotou a política de distribuição gratuita de medicamentos. A visão dos médicos, portanto, também mudou. Atualmente, é possível ser diagnosticado com HIV e ter uma ‘vida totalmente normal’. Estimam-se que 926.742 pessoas já foram diagnosticadas com o vírus desde sua existência em terras brasileiras.


O número anual de casos de HIV/AIDS vem diminuindo desde 2013 (43.269), uma vez que em 2017 foram registrados 37.791 novos casos. Segundo o Ministério da Saúde, a concentração dos casos se dá nas regiões Sudeste e Sul, correspondendo cada qual a 51,8% e 20% do total. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, por sua vez, registram 15,8%, 6,4% e 6,1%, respectivamente. O Norte, nos últimos cinco anos, apresentou uma média de 4,4 mil casos ao ano, o Nordeste, 9 mil, o Sudeste, 16,1 mil, o Sul, 8,2 mil, e o Centro-Oeste, 2,9 mil. No geral, o Brasil registra 40 mil novos casos por ano.

Na última quinta-feira (14), especialistas e interessados ao tema se juntaram no I Fórum de HIV e doenças associadas, feito pela Sociedade Paulista de Infectologia. No evento, discutiram todos os avanços percorridos na saúde pública brasileira e o que é preciso fazer ainda, mas, claro, sem retrocessos.

“O presidente dos Estados Unidos anunciou a promessa de acabar com HIV nos EUA nos próximos dez anos. Por que a gente não pode trazer essa agenda para o Brasil?”, questionou o professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) Esper Kallás.

Apesar de comemorarem a redução dos casos, especialistas possuem a consciência clara de que é preciso fazer mais. E isso inclui, majoritariamente, a prevenção da doença. Nesse caso, o tratamento mais recente aplicado no país mais rico da América do Sul é o PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV). Funciona da seguinte forma: o paciente toma o medicamento de forma programada para evitar infecção pelo HIV caso ocorra uma exposição.


A PrEP é usada nos Estados Unidos desde 2012 e recentemente foi adotada em demais países como França, Peru, Quênia e Austrália. No Brasil, o medicamento é dado gratuitamente no SUS desde o final de 2017. O programa, no entanto, é alvo de contestações por três motivos. São eles: adesão, eventos adversos e compensação de risco.

Durante a palestra, o infectologista Ricardo Vasconcelos destrinchou as críticas feitas ao PrEP. O primeiro ponto é de que sim, houve grande adesão ao tratamento. “Assim que foi revelado, a procura para se inscrever no programa e receber os medicamentos foi enorme, principalmente pela população mais vulnerável”, disse.

Em relação aos eventos adversos, o médico conta que existem efeitos colaterais, mas que tal ponto era deixado de lado pelas pessoas que queriam tomar o remédio. “(Efeitos) colaterais existem, mas como outros tantos medicamentos. E prevenir a doença é melhor do que um efeito colateral”, argumentou, acrescentando a informação de que não há o fator compensação de risco. “Foi feito um estudo com o programa e concluiu que as pessoas que tomam o remédio preventivo não diminuíram o uso da camisinha durante as relações sexuais. Elas se protegem do HIV/AIDS de outras formas também enquanto tomam o PrEP.”

 

R7

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