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dwonA expectativa de vida entre 60 e 70 anos anos para pessoas com síndrome de Down reflete os avanços em relação à compreensão dessa condição genética, comum a 350 mil brasileiros.

Segundo o pediatra e geneticista Zan Mustacchi, um dos maiores especialistas em síndrome de Down reconhecidos internacionalmente, a longevidade é resultado de conhecimentos nutricionais, de saúde e de educação, que levaram a uma melhor qualidade de vida.


"A oportunidade de relacionamentos sociais, de suporte familiar, saúde e nutrição adequados são a chave para o desenvolvimento da pessoa com síndrome de Down", afirma Mustacchi, que é diretor-clínico do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo (Cepec-SP).

A secretária de Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, Célia Leão, afirma que a expectavida de vida aumentou principalmente nos últimos 30 anos. "O maior desafio hoje é a sociedade acreditar que eles têm o direito de ir para o mundo, ou seja, trabalhar, se relacionar, ter uma vida social como todos", afirma.

A síndrome de Down não é uma doença. É uma condição genética provocada por um erro na divisão celular durante a divisão do embrião. Em vez de 2 cromossomos no par 21, há 3. Assim, elegeu-se o dia 21 de março (21/3) como o Dia Internacional da Síndrome de Down. O objetivo é combater o preconceito e conscientizar sobre os direitos igualitários.


A ONG Movimento Down ressalta que, apesar de indivíduos com síndrome de Down terem semelhanças entre si, como olhos amendoados, baixo tônus muscular e deficiência intelectual, eles não são todos iguais. "Todas as pessoas, inclusive as pessoas com síndrome de Down, têm características únicas, tanto genéticas, herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais", destacam.

Alimentos melhoram desenvolvimento neuronal
O pediatra explica que hoje se tem conhecimento de condições metabólicas associadas à síndrome que interefere no aumento da expectaviva de vida. "Sabemos que precisam de alimentos ricos em antioxidantes, pois dispõem de um processo metabólico de oxidação aumentada", explica. "São alimentos que melhoram o desenvolvimento neuronal, favorecendo a concentração, a visão e o aprendizado".

Segundo ele, entre esses alimentos estão grão de bico, castanha-do-pará, sardinha, atum e ovo. "O ovo é um alimento de baixo custo com grandes repercussões neurológicas", afirma.

Outro fator que ajudou no processo de longevidade foi o investimento em conduta cirúrgia de correção cardíaca, de acordo com o pediatra. "Cerca de 50% das pessoas com síndrome de Down têm cardiopatia, sendo metade com indicação cirúrgica. Antigamente não operavam. Hoje isso é feito", diz.
Também considerado um alicerce da vida longa é a atenção à imunização, sobretudo vacinas. Mustacchi explica que as pessoas com síndrome de Down são mais vulneráveis a doenças. "O aleitamento materno é especialmente importante, pois fornece ao bebê suporte no sistema imunológico e nutricional para as vias neuronais".

Notificação obrigatória ajudará políticas públicas

A notificação do nascimento de criança com síndrome de Down se tornou compulsória desde dezembro do ano passado. Segundo a secretária, a existência de uma estatística é importante para o desenvolvimento de políticas públicas, além de pesquisas, que favorecem essa população. "Contribui também para o cuidado à saúde e à vida da criança que acaba de nascer", afirma.

Segundo o geneticista, a síndrome de Down está aumentando no país. A incidência é de 1 para 750 nascidos vivos. Não se sabe a causa que leva ao erro na divisão embrionária. Mustacchi afirma que pode estar relacionado a óvulos muito velhos ou muito novos - de mulheres acima de 35 anos ou abaixo de 18, pois ainda estão imaturos.

Não há como prevenir a condição genética. Existem apenas exames que conseguem detectar a trissomia, segundo o médico.

 

R7

Foto: Pixabay

 

 

pressaoaltaAs novas diretrizes sobre pressão arterial foram publicadas pelo American College of Cardiology e pela American Heart Association em 2017. De acordo com essas diretrizes, o menor valor para hipertensão baixou para 130/180 mmHg em vez dos 140/90 mmHg de antes. Um estudo realizado por uma equipe da University of Utah Health e publicado na revista Circulation em 19 de novembro de 2018 mostrou que a manutenção desse limiar evita doenças cardiovasculares e torna a vida mais saudável. Existem medicamentos que ajudam a baixar a pressão arterial, mas eles não são livres de efeitos colaterais, especialmente desde que outro estudo publicado em 24 de agosto de 2018 no American Journal of Preventive Medicine revela que a redução da pressão arterial abaixo de 110 mmHg pode causar quedas graves e desmaios em alguns pacientes. Aqui estão 5 maneiras de reduzir naturalmente sua pressão arterial. De fato, uma mudança no estilo de vida é um elemento importante na prevenção e no tratamento da hipertensão.

1. Praticar exercícios físicos regularmente

O exercício físico regular, como caminhada rápida, exercícios cardiovasculares, como aeróbicos ou até mesmo exercícios de resistência, como musculação, facilita a circulação de oxigênio e ajuda o coração a realizar menos esforço para bombear o sangue. Um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine (DOI: 10.1136/bjsports-2018-099921) mostrou que os exercícios promovem uma redução consistente, embora modesta, da pressão arterial sistólica em hipertensos. É aconselhável fazer uma média de 20 a 30 minutos de exercícios aeróbicos por dia, se possível, para manter um bom nível de pressão arterial. Em seguida, tente novos desafios, tentando aumentar um pouco a velocidade e a distância.Além de exercícios físicos, atividades de meditação como ioga e tai-chi ajudam a controlar melhor a respiração e, assim, melhor combater o estresse. De fato, o estresse aumenta a frequência cardíaca, que encolhe os vasos sanguíneos e favorece a hipertensão. Alguns minutos de exercícios respiratórios por dia ajudarão você a relaxar e ter um sono melhor.

2. Consumir alimentos ricos em potássio

Alimentos ricos em potássio têm um efeito positivo na redução da pressão arterial. Com a ingestão suficiente deste nutriente, os rins excretam mais sódio pela micção, o que ajuda a baixar a pressão arterial. Fontes preferidas de potássio incluem banana, batata, frutas secas, feijão, peixe, semente de linhaça, alho, abacate e batata-doce. Seguindo essa lógica, recomenda-se reduzir a ingestão de sódio e não exceder 1500 mg por dia para se manter uma boa saúde.

3. Comer chocolate amargo

Um estudo australiano publicado em 2010 (DOI: 10.1186/1741-7015-8-39) mostrou que o chocolate amargo ajuda a baixar a pressão arterial. O cacau, rico em flavonoides, promove o relaxamento dos vasos sanguíneos e estimula a circulação sanguínea. Consumir um pequeno quadrado de chocolate amargo, de preferência entre 60 e 70% de cacau ou mais, cerca de 6 g por dia, pode ajudar a baixar a pressão arterial sem medicação. Cuidado com o excesso, existem outras maneiras de diminuir a pressão arterial, o consumo de chocolate não deve ser seu único recurso.

4. Beber um pouco de álcool (dica apenas para mulheres)

O abuso de álcool é claramente prejudicial à saúde, mas o consumo moderado pode ter o efeito oposto sobre as mulheres. Isto foi revelado em um estudo publicado pelo Boston’s Brigham and Women’s Hospital em 2008 (DOI:

10.1161/HYPERTENSIONAHA.107.104968) que mostrou que o consumo de álcool leve a moderado, ou seja, um copo ou menos por dia, diminui o risco de hipertensão em mulheres, mas aumenta esse risco em homens.

5. Beber suco de beterraba

De acordo com um estudo de 2016 publicado no Journal of the American College of Cardiology-Heart Failure pelo Wake Forest Baptist em Winston-Salem, Carolina do Norte, beber um copo de suco de beterraba por dia melhora os exercícios aeróbicos e baixa a pressão arterial. Um outro estudo publicado em 2018 na revista científica Journal of Cardiac Failure (10.1016/j.cardfail.2017.09.004) também revelou que o consumo de suco de beterraba foi associado a um aumento significativo na duração do exercício, na máxima potência e no consumo de oxigênio durante a prática de um exercício.

 

criasaude

Foto: divulgação

incontinenciaFoi de uma hora para a outra. “De repente, eu estava andando na rua e vinha aquela vontade de usar o toalete”, conta a aposentada Liliana Rizzi Coelho. Com a secretária Deise Barsotti, a vontade veio durante o exercício na academia. “Comecei a fazer exercício de impacto, pular e percebi que comecei a perder um pouco de urina”.

Elas descobriram que estavam com incontinência urinária. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa e em 40% das gestantes. Cerca de 5% da população (homens e mulheres) sofre de incontinência.
Perder urina não é normal, mesmo que seja um pouquinho.


No caso da Liliana, tudo começou aos 50 anos por causa da bexiga hiperativa, quando dá vontade de fazer xixi do nada. Já a incontinência da Deise apareceu muito cedo, antes dos 50 anos. E os sintomas surgiram depois de uma infecção.

A Deise fez sessões de laser para deixar a musculatura da vagina mais forte. Melhorou, mas de uns meses para cá, ela sentiu que o problema está voltando. Já a Liliana se livrou de vez com remédios.

A incontinência causa prejuízo na qualidade de vida das pessoas, pois afeta o convívio social, profissional, sexualidade e saúde. Na mulher adulta, a incontinência urinária de esforço é a principal causa, tendo como fatores de risco: tosse crônica, obesidade, gravidez, cirurgias pélvicas. O simples fato de espirrar, tossir, correr, rir, pular ou levantar peso pode intensificar o distúrbio.
Os tipos de incontinência mais comuns são:

De esforço: ocorre frequentemente em pessoa que teve algum tipo de lesão do esfíncter da uretra ou que tem prolapso de bexiga. Isso significa que ela terá perda de urina ao espirrar, tossir, rir, levantar algo, subir escada, fazer atividade física. Os tratamentos começam com técnicas comportamentais e fisioterapia.
De urgência ou bexiga hiperativa: é um desejo de urinar que é tão forte que a pessoa não consegue chegar ao banheiro a tempo. A síndrome da bexiga hiperativa é a principal causa dessa incontinência. O tratamento também começa com terapia comportamental e fisioterapia. Também há a opção de uso de toxina botulínica e um implante de neuromodulador.


Mista: ocorre quando o paciente tem os dois tipos ao mesmo tempo.


Algumas mudanças de hábitos no estilo de vida podem ajudar a prevenir a perda de urina. Isso inclui o controle de ingestão de líquidos, programação para urinar, treinamento da bexiga e programação de intervalo de micções, perda de peso, parar de fumar, controlar hipertensão e diabetes. O tratamento pode ser feito através de fisioterapia, cones vaginais, estimulação elétrica, cirurgia ou toxina botulínica.

 

G1

Foto: Mariana Garcia/G1

 

O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (18/3) a coleta de dados sobre alimentação dos brasileiros menores de cinco anos para o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI). Foram selecionados 15 mil domicílios em 123 municípios. Pais e responsáveis contribuirão com informações de alimentação sobre aleitamento materno e alimentação infantil, além de dados que vão permitir avaliar o crescimento e deficiências de nutrientes nesse público. A participação é voluntária e os dados são sigilosos.

“Conhecer a situação alimentar e nutricional dessas crianças é fundamental para a elaboração, monitoramento e aperfeiçoamento das políticas públicas e estratégias de promoção da saúde”, afirma a coordenadora-geral de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa.

A pesquisa sobre alimentação das crianças tem a parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sessenta pesquisadores são parceiros deste levantamento que terá início no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul, com um cronograma a cumprir até abril.

Em abril e maio , será a vez das visitas no Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Em maio e junho , serão os estados de Mato Grosso e Paraná. Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins em junho e julho; Goiás e São Paulo em agosto e setembro; Ceará, Maranhão e Piauí de agosto a outubro; Amapá e Pará em setembro e outubro; Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe de setembro a novembro.

 

Os pesquisadores estarão devidamente identificados com camisas e crachás com o nome e a fotografia, além do logotipo do Ministério da Saúde. Assim que chegar no local, será explicado os procedimentos e entregue um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com detalhes da pesquisa e orientações de como entrar em contato com a coordenação para tirar dúvidas, incluindo a opção gratuita de ligar para o número 0800 808 0990.

COMO É A ALIMENTAÇÃO DAS CRIANÇAS
A pesquisa possibilitará obter informações detalhadas sobre hábitos alimentares, peso e altura de crianças de até cinco anos. A novidade é a coleta de sangue em participantes com mais de seis meses de vida, que possibilitará dados sobre o crescimento e desenvolvimento, além do mapeamento sanguíneo de 14 micronutrientes, como os minerais zinco e selênio e vitaminas do complexo B.

Também trará informações sobre amamentação, doação de leite humano, consumo de suplementos de vitaminas e minerais, habilidades culinárias, ambiente alimentar e condições sociais da família.

PESQUISAS EM SAÚDE
O Ministério da Saúde vem estimulando a realização de pesquisas em saúde para nortear as políticas públicas no país. Em 2018, publicou uma “agenda de prioridades para pesquisas” para otimizar os resultados e o planejamento em saúde, evitar a duplicidade de financiamento das pesquisas, redirecionar os esforços e fortalecer a articulação com as instituições e órgãos parceiros.

A agenda foi elaborada a partir dos principais problemas de pesquisa identificados pelas áreas técnicas e gestores de todas as secretarias do Ministério da Saúde, com o objetivo de subsidiar as decisões sobre financiamento de pesquisas estratégicas para o SUS.

 

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