Segundo Daniel Gutembergue, diretor do Núcleo Multiprofissional de Saúde, hoje mais de 200 pessoas aderiam ao programa que funciona em seis núcleos, dividido em cinco academias de saúde espalhadas pela cidade. “É gratificante ver que o florianense acolheu esse programa e está mudando a vida das pessoas”, disse. São dezenas de aparelhos desde alteres, colchonetes, bastões, caneleiras e muitos outros. Esses materiais irão auxiliar os profissionais de educação física que acompanham as turmas.
Como parte do Programa de Incentivo à Atividade Física de Floriano, a Secretaria Municipal de Saúde realizou, nesta quinta-feira, 20, a entrega de novos equipamentos para as turmas que foram montadas na Academia de Saúde do Conjunto Zé Pereira.
Importância da atividade física
A prevalência da inatividade física em pessoas acima de 18 anos é um dos indicadores utilizados pelo Ministério para monitorar fatores de risco para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como câncer, hipertensão e diabetes. De acordo com dados de um estudo divulgado em 2012 pelo periódico The Lancet, o sedentarismo já responde pela redução da expectativa de vida da humanidade de forma tão significativa quanto o tabagismo e a obesidade. São estimadas cinco milhões de mortes por ano em todo o mundo por conta do sedentarismo.
Esse levantamento traçou um perfil da prática de atividade física no mundo e apontou que, no Brasil, 49% da população está inativa, ou seja, realiza menos de 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana. A pesquisa ainda revelou a situação de inatividade física de outros países como Argentina 68,3%, Congo 48,6%, Emirados 62,5%, Estados Unidos 40,5%, México 37,7%, Portugal 51% e Japão 60,2%.
Novidades como as vacinas para a dengue e para o vírus sincicial respiratório, além dos obstáculos já conhecidos do PNI (Programa Nacional de Imunizações) como o antivacinismo e a hesitação vacinal serão temas de discussão entre especialistas que vão se reunir de quarta-feira (20) a sábado (23) em Florianópolis, Santa Catarina, na Jornada Nacional de Imunizações. Em entrevista à Agência Brasil, a presidente da SBIM (Sociedade Brasileira de Imunizações), Mônica Levi, diz estar otimista em relação à retomada das coberturas vacinais, cuja queda já começou a ser revertida.
“É um trabalho bem árduo, porque quando você consegue causar medo e desconfiança, é muito difícil retomar isso. Mas sou uma pessoa otimista, acho que estamos caminhando. As coberturas vacinais já estão melhores que em 2021 e 2022. Acho que vamos conseguir, mas recuperar todo o estrago demora um pouco para voltarmos a ser um exemplo”, avalia.
A sociedade científica é a organizadora da jornada que será realizada no ano em que o PNI completa meio século de vida. Para além de celebrar, o evento vai contar com um fórum especial de saúde pública em que representantes do Ministério da Saúde, Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) e secretarias municipais e estaduais de saúde discutirão os próximos passos para a retomada das coberturas vacinais.
Confira a entrevista completa:
Agência Brasil: Nos últimos anos, a jornada foi realizada no contexto de queda das coberturas vacinais, pandemia de Covid-19, aumento do antivacinismo e, agora, com a vacinação de volta às prioridades do Ministério da Saúde. Esses temas deixaram o evento mais "quente", com discussões que despertaram maior interesse? Se, sim, como essa expectativa impactou a própria organização? Mônica Levi: Eu não tenho essa percepção. Inclusive estamos com um número de inscritos menor que o habitual, mas tem a questão da localização, de ser no Costão do Santinho [em Florianópolis], em um lugar de mais difícil acesso, principalmente para o Norte e Nordeste, e um lugar mais caro. Então, o número de participantes vai ser menor. Agora, para os profissionais da Saúde, esse tema é quente. Nós estamos sempre discutindo e, inclusive, organizando um fórum de saúde pública que é a última atividade do evento, um fórum interativo com PNI, Unicef, Opas, Conass, Conasems, para dar um fechamento na jornada sobre muitos temas. Um fechamento que não é teórico, mas sobre o que podemos nos unir para fazer e que não estamos fazendo até agora. Agora, acho que saturou esse tema na mídia geral. Quando vejo postagem sobre o risco de retorno das doenças controladas no passado pelas baixas coberturas, a minha impressão é de que não tem dado mais ibope na população em geral. Acho que quem se interessa já foi contemplado e já leu, mas a gente ainda não reverteu esse cenário, e o tema tem que continuar sendo falado, tem que continuar vendo os obstáculos. E para os profissionais de saúde interessados o tema é quente, como sempre. As dificuldades na vacinação da Covid, a nova variante, o aumento do número de casos. Tudo isso continua sendo assunto atual.
Agência Brasil: Nesse cenário de desgaste do tema que você menciona, a comunicação fica ainda mais complicada. É preciso discutir uma inovação na comunicação? Mônica Levi: Sem dúvida. É preciso inovar para sensibilizar de outra forma, ir a pessoas que não estão se importando e achando que a informação não é com elas. As estratégias todas têm que ser repensadas. Estamos em um momento em que a comunicação tem que ser diferente, não tem como fazer como era antes e dava certo.
Agência Brasil: A jornada também vai ser um momento de avaliar os obstáculos e os primeiros resultados dessas ações de microplanejamento e multivacinação lideradas pelo Ministério da Saúde? Mônica Levi: Tem bastante espaço dentro da jornada para a saúde pública. Nos 50 anos do PNI e nos 25 da SBIm estamos de mãos dadas. Então, essas temáticas vão ser muito discutidas. Esse microplanejamento já vem acontecendo, com ações pontuais em locais pontuais, diferenciados, e entendendo que o Brasil tem diversas realidades e que é necessário o microplanejamento para atender a todas as demandas e obstáculos, que são diferentes de uma região para outra. Agência Brasil: Sendo essa a primeira jornada desde a decretação do fim da pandemia de Covid-19, já vai ser possível fazer uma avaliação mais conclusiva sobre a pandemia e o papel da vacinação no controle dela? Mônica Levi: Não é um tema que eu diria ser o principal. Tem muitas outras coisas, estratégias para a eliminação de meningococos, de HPV e câncer de colo de útero, novas vacinas e novos agentes infecciosos, como o vírus sincicial respiratório, que foi o vírus que causou mais casos de doenças graves e internações de crianças no pós-pandemia. Tem nova vacina de pneumonia, o herpes zoster, que tem vacina no privado, a dengue, com o lançamento de uma nova vacina. Temos novas vacinas incorporadas no calendário da SBIm e no PNI, mudanças de recomendações nos CRIE [Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais]. O programa da jornada está muito completo, com tudo isso incorporado. Não é só Covid. Ano passado já tivemos uma jornada presencial, e acho que não mudou muita coisa. O que mudou foi que a OMS decretou o fim da emergência em saúde pública, mas não mudou muita coisa. Mas é claro que vai ter. A primeira mesa já é sobre a Covid e o que esperar. A Covid não é o foco.
Agência Brasil: E qual tema você destacaria como um dos focos? Mônica Levi: Um assunto muito importante que vai ser tratado é a hesitação. Esse obstáculo que não é novo, mas foi superlativado na pandemia, principalmente quando chegaram as vacinas de Covid-19. A gente começou a ter recusa de vacinação e hesitação com essas plataformas novas e tudo o que veio como questão política que interferiu muito e deixou o Brasil super dividido. É um trabalho bem árduo, porque quando você consegue causar medo e desconfiança, é muito difícil retomar isso. Mas sou uma pessoa otimista, acho que estamos caminhando. As coberturas vacinais já estão melhores que em 2021 e 2022. Acho que vamos conseguir, mas recuperar todo o estrago demora um pouco para voltarmos a ser um exemplo.
Agência Brasil: Esse antivacinismo que chegou contra as vacinas de Covid já atingiu outras vacinas do PNI? Mônica Levi: Com certeza já respingou. As pessoas começaram a desconfiar de onde vem a matéria-prima, os insumos, desconfiar politicamente. Respingou, sim.
Agência Brasil: Nestes 50 anos de PNI, o Zé Gotinha é um dos protagonistas e voltou a ser tratado como um símbolo nacional. Como vocês têm visto o resgate desse personagem? Mônica Levi: Eu vejo de uma maneira muito positiva, porque ele é um ícone. Todo mundo quer tirar foto com o Zé Gotinha, por mais que de certa forma ele possa ser démodé para uma outra geração. Não sei o quanto um adolescente se sente estimulado a se vacinar contra o HPV com o Zé Gotinha chamando. A gente também tem que pensar nisso, as vacinas não são só de crianças. Temos para todas as faixas etárias, e temos que ter uma maneira de conversar com todas as idades. Mas o Zé Gotinha é um ícone e a presença dele nos eventos é fundamental.
Agência Brasil: Em relação às novidades, os avanços nas vacinas contra arboviroses como a dengue e a chikungunya estão entre as principais novidades? Mônica Levi: Vai haver esse tema, principalmente sobre a dengue, porque a vacina já está aí. Mas também falando de zika e chikungunya. Mas essas não são as principais. Temos a vacina do vírus sincicial respiratório, HPV nonavalente, pneumocócica-15. São temas que serão bastante abordados.
Agência Brasil: As clínicas privadas estão perto de receber vacinas contra o vírus sincicial respiratório? Mônica Levi: Ainda não tem, mas está prestes a chegar. Ela já está sendo liberada pelo FDA [agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos], e alguns países já estão utilizando a vacinação materna para proteger o bebê, a vacinação com anticorpo monoclonal para o bebê, em dose única, e para o idoso. Então, tem coisas novas chegando.
Agência Brasil: E a SBIm já está discutindo como recomendar essa vacina em seus calendários? Mônica Levi: Só quando estiver mais próximo que a gente começa a discutir tecnicamente e definir as nossas posições. Ainda não estamos fazendo isso, estamos lendo e acompanhando o passo a passo. Mas, por exemplo, a pneumo-15 já estava no calendário da SBIm antes de a vacina estar disponível. Agência Brasil: O antivacinismo também tem sido percebido nas clínicas privadas? Há menos procura? Mais dúvidas? Mônica Levi: Com certeza. As clínicas do Brasil, as que não fecharam, estão com o movimento bastante reduzido comparativamente a antes da pandemia. Muitas clínicas fecharam e outras estão tentando se manter, mas o movimento das clínicas no Brasil inteiro diminuiu muito.
Agência Brasil: Então, há uma crise nas clínica s privadas de vacinação? Mônica Levi: Sim, com certeza.
O estado do Piauí vai aderir à Estratégia do UNICEF para Cobertura e Busca Ativa Vacinal (BAV). A solenidade acontecerá nesta quarta-feira (20), das 8h30 às 12h, na Associação Piauiense de Municípios (APPM), com a participação do governador Rafael Fonteles, o secretário de Estado da Saúde, Antonio Luiz, e demais autoridades do Governo do Estado e APPM.
A adesão representa um marco na luta pela saúde infantil no Piauí, mostrando o empenho do Estado em alcançar altos índices de cobertura vacinal e garantir um futuro mais saudável para as crianças. A mobilização de coordenadores municipais de imunização, secretários de Saúde, articuladores do Selo Unicef e mobilizadores da Educação é fundamental para o sucesso dessa iniciativa.
Direcionado aos coordenadores municipais de Imunização, secretários de Saúde, articuladores do Selo Unicef e mobilizadores da Educação, o evento contará com a participação do secretário Estadual da Saúde, Antonio Luiz, e demais autoridades do governo do estado e APPM.
Veja a programação do evento:
Apresentação da Situação de Imunização de Crianças no Piauí - Será conduzida pelo secretário de Saúde do Estado e pela superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios (SUPAT), Leila Marília da Silva Santos, oferecendo uma visão detalhada do cenário atual de vacinação no estado.
Apresentação da Estratégia do Unicef para Cobertura e Busca Ativa Vacinal - Representantes do Unicef irão expor os detalhes dessa estratégia que visa aprimorar a cobertura vacinal em todo o estado.
Demonstração das Funcionalidades da Plataforma de Busca Ativa Vacinal - Uma demonstração prática das capacidades da plataforma que auxiliará na busca ativa de crianças que ainda não foram vacinadas.
Assinatura da Adesão do Governo do Piauí à Plataforma de Busca Ativa Vacinal.
O evento contará com um espaço disponível para que os municípios possam aderir à Plataforma BAV e receber uma demonstração detalhada de seu funcionamento.
Mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores (pernas e pés) foram realizadas no SUS (Sistema Único de Saúde) de janeiro de 2012 a maio de 2023. Apenas no ano passado, os registros alcançaram a marca de 31.190 procedimentos realizados, o que significa que, a cada dia, pelo menos 85 brasileiros tiveram pés ou pernas amputados na rede pública. Os dados fazem parte de um levantamento produzido pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular), que alerta para o aumento desse tipo de procedimento em todo o país. De acordo com a entidade, há estados onde o volume de amputações aumentou mais do que 200% de 2012 para 2023.
“Os dados sugerem uma alta progressiva no número de amputações e desarticulações de membros inferiores no Brasil. O levantamento revela que os dados acumulados em 2023 projetam este ano como o pior da série histórica iniciada em 2012”, destacou a entidade.
“A probabilidade de esses números serem superados em 2023 já é desenhada a partir dos dados dos cinco primeiros meses do ano. O levantamento revela que pelo menos 12.753 cirurgias foram realizadas entre janeiro e maio deste ano, número superior aos 12.350 registros para o mesmo período de 2022”, alerta a entidade.
Diabetes O estudo também acende um alerta para os cuidados voltados às doenças vasculares, como a síndrome do pé diabético. Dados da SBACV mostram que mais da metade dos casos de amputações envolve pessoas com diabetes.
No entanto, esse tipo de cirurgia em membros inferiores pode também estar relacionado a outros fatores de risco, como tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada, insuficiência renal crônica, estados de hipercoagulabilidade e histórico familiar.
Outro dado preocupante apontado pela entidade envolve o desconhecimento por parte de pacientes sobre seu estado de saúde. No mundo, a estimativa é que uma de cada cinco pessoas não sabe que tem a doença. Com isso, muitos pacientes chegam ao consultório ou aos serviços de urgência já com complicações do quadro.
“Pacientes com diabetes e úlceras nos pés apresentam taxa de mortalidade duas vezes maior em comparação com pacientes diabéticos sem úlceras nos pés. Os submetidos à amputação maior de um membro inferior apresentam baixas taxas de sobrevida”, explica a entidade.
Dados da SBACV mostram que cerca de 10% dos pacientes que amputam um membro inferior morrem no período perioperatório, que inclui a fase pré-operatória, a fase operatória e a pós-operatória. Além disso, 30% morrem no primeiro ano após a amputação; 50% no terceiro ano; e 70% no quinto. “Esse percentual pode ser maior em países em desenvolvimento, já que a procura por assistência médica costuma ocorrer quando a infecção da úlcera está avançada.”
Cenário nacional O acúmulo de procedimentos realizados de janeiro de 2012 a maio de 2023, em números absolutos, tem maior expressão nas regiões Sudeste e Nordeste. A primeira é responsável por mais de 42% de todas as cirurgias realizadas no Brasil, com um montante de 118.962 procedimentos. Já no Nordeste, 92.265 amputações ou desmobilizações de membros inferiores foram realizadas nesse período. Na sequência, vêm o Sul, com 39.952 registros; o Norte, com 15.848; e o Centro-Oeste, com 15.546 registros.
Estados De acordo com o levantamento, Alagoas foi a unidade federativa que mais sofreu alta no número de amputações, com crescimento de 214%, na comparação entre o início e o fim da série histórica — um salto de 182 para 571 procedimentos.
Outros estados que registraram alterações expressivas no mesmo intervalo foram Ceará, com variação de 175%; Amazonas, com alta de 120%; e Bahia e Rondônia, com crescimento de 83%, na comparação entre 2012 e 2023.
Em contrapartida, Roraima e Pernambuco foram os estados onde se observa a menor alta, no mesmo método de análise, com crescimento de 12% e 18%, respectivamente. Em números absolutos, os estados que mais executaram procedimentos de amputações de membros inferiores no SUS em 2022 foram São Paulo (59.114), Minas Gerais (29.851), Rio de Janeiro (24.465), Bahia (24.395), Pernambuco (18.523) e Rio Grande do Sul (16.269).
Já os estados com o menor número de registros são Amapá (376), Roraima (398), Acre (688), Tocantins (1.356) e Rondônia (1.606).
Despesas O estudo destaca que, além de representar um grave problema de saúde pública, o aumento no número de amputações traz fortes impactos aos cofres públicos, consumindo parte das verbas em saúde destinadas aos estados. Em 2022, foram gastos R$ 78,7 milhões em procedimentos desse tipo, e em toda a série histórica foram gastos R$ 799 milhões, uma média nacional de R$ 2.962,28 por procedimento.
Prevenção “No caso do diabetes, cujos pacientes são as maiores vítimas das amputações, descuido que para algumas pessoas são pequenos podem levar a grandes problemas. Um pequeno ferimento pode resultar em infecção, que evolui para um caso grave de gangrena, levando ao risco de amputação”, alerta a entidade.
De acordo com a SBACV, o diabetes impacta a circulação sanguínea e gera o estreitamento das artérias, causando redução dos índices de oxigenação e nutrição dos tecidos. Além disso, deformações nos pés e alterações de sensibilidade aumentam o risco do surgimento de pequenos ferimentos e potencializam sua evolução para casos mais graves.
Estudos mostram que 85% das amputações relacionadas ao diabetes têm início com uma lesão nos pés, que poderia ser prevenida ou tratada corretamente, para evitar complicações.
Diagnóstico A entidade considera que o atraso no diagnóstico da síndrome do pé diabético faz com que o paciente seja encaminhado ao especialista apenas quando o problema já está em estágio avançado. Pessoas com diabetes devem estar atentas aos cuidados relacionados ao controle do nível glicêmico no sangue e aos sintomas, que podem ser observados em autoexames realizados diariamente.
“Grande parte dessas amputações poderia ter sido evitada a partir de práticas de auto-observação. O paciente bem informado, que se examina com frequência, pode reconhecer a necessidade de uma intervenção precoce já nos primeiros sintomas. Identificar sinais de alerta precoces é imprescindível para reduzir a incidência de complicações”, recomenda.
Cuidados Algumas medidas, segundo a SBACV, podem diminuir os riscos de complicações nos pés de pessoas diabéticas. Alimentar-se de forma equilibrada, praticar atividade física e manter o controle da glicemia, por exemplo, contribuem para uma melhora do sistema vascular como um todo.
O paciente com esse fator de risco também deve estar atento aos perigos de acidentes e adotar mudanças de comportamento, como evitar andar de pés descalços.
Confira outras medidas citadas pela entidade para a prevenção do pé diabético:
— Não fazer compressas frias, mornas, quentes ou geladas nem escalda-pés. Por causa da falta de sensibilidade acarretada pela neuropatia, o paciente pode não perceber lesões nos pés;
— Usar meias sem costuras ou com as costuras para fora. Assim, o paciente evita o atrito da parte áspera do tecido com a pele;
— Não remover cutículas das unhas dos pés. Qualquer machucado, por menor que seja, pode ser uma porta de entrada para infecções;
— Não usar sandálias com tiras entre os dedos;
— Cortar as unhas retas e acertar os cantos com lixa de unha, com o devido cuidado;
— Hidratar os pés, já que a pele ressecada favorece o surgimento de rachaduras e ferimentos;
— Nunca andar descalço. O paciente pode não sentir que o chão está quente ou que cortou o pé;
— Olhar sempre as plantas dos pés e tratar logo qualquer arranhão, rachadura ou ferimento. Se não conseguir fazer isso sozinho, pedir ajuda a um familiar ou amigo;
— Não usar sapatos apertados nem de bico fino;
— Tratar calosidades com profissionais de saúde;
— Olhar sempre o interior dos calçados antes de usá-los;
— Enxugar bem entre os dedos dos pés após o banho, a piscina ou a praia.