É comum ouvir falar do colesterol como algo que faz mal ao coração, mas nada é tão simples assim. O colesterol é uma substância necessária para o organismo. Sem ele, as células não formariam a membrana que as envolve, e não teriam como receber alimentos e oxigênio. No entanto, o desequilíbrio dessa gordura pode causar doenças do sistema circulatório, como a arterosclerose, que é quando as artérias ficam mais grossas e rígidas, aumentando o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais.

 

O Bem Estar desta quinta-feira, 9, explicou como o colesterol atua e deu dicas para manter os níveis dentro da faixa ideal. Os convidados do programa foram os cardiologistas Raul Dias dos Santos e Ludmila Hajjar.

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A alimentação é uma parte importante do controle do colesterol, mas não é tudo. Ela é a origem de 30% do colesterol que temos, e os outros 70% são produzidos pelo próprio corpo. A dieta é capaz de reduzir os níveis de colesterol em 15%, mas, dependendo das características genéticas, uma pessoa que não come gorduras pode ter colesterol alto.

 

Existem dois tipos de colesterol em nosso corpo – o LDL e o HDL. O LDL ficou popularmente conhecido como colesterol “ruim” porque, em excesso, é ele que pode causar doenças e entupir as artérias. No entanto, ele é essencial, pois leva a gordura para que os tecidos funcionem adequadamente.

 

Já o HDL, conhecido como colesterol “bom”, retira o excesso de colesterol dos tecidos, inclusive das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação das placas de gordura. Os dois são, portanto, essenciais para o corpo, e o ideal é manter a faixa dentro do recomendado pelos médicos – nem menos, nem mais. O LDL e o HDL do sangue vão para o fígado, seguem secretados da bile, de onde vão para o intestino e saem nas fezes.

 

Pessoas sem histórico de colesterol alto na família devem medir suas taxas a cada cinco anos. Quando algum parente já teve doenças cardíacas, o ideal é medir de dois em dois anos. Se os níveis estiverem alterados, o acompanhamento deve ser feito anualmente. Além da alimentação, uma boa forma de manter os níveis de colesterol dentro da faixa desejada é praticar exercícios físicos regularmente.

 

Para os casos mais graves, existem remédios que funcionam em longo prazo e reduzem as taxas em até 50%. Eles são recomendados principalmente para quem tem taxa de LDL muito alta ou para quem tem outros fatores de risco, como hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e fumantes.

 

Tomar remédios para colesterol dá um pouco mais de liberdade de escolha da dieta, mas não é um passaporte para o paciente comer o que quiser. O tratamento apenas controla a taxa e não apresenta uma cura, logo deve ser seguido pelo resto da vida.

 

Veja uma lista de alimentos que aumentam ou reduzem o colesterol, segundo dados do Ministério da Saúde:

Alimentos ricos em colesterol

- Bacon

- Chantilly

- Ovas de peixes

- Biscoitos amanteigados

- Doces cremosos

- Pele de aves

- Camarão

- Queijos amarelos

- Carnes vermelhas "gordas"

- Gema de ovo

- Sorvetes cremosos

- Creme de leite

- Lagosta.

 

Alimentos que ajudam a reduzir o colesterol

- Salsão

- Couve-de-bruxelas

- Bagaço da laranja

- Ameixa preta

- Couve-flor

- Mamão

- Amora

- Damasco

- Mandioca

- Azeite de oliva

- Ervilha

- Pão integral

- Aveia

- Farelo de aveia

- Pera

- Cenoura

- Farelo de trigo

- Pêssego

- Cereais integrais

- Feijão

- Quiabo

- Cevada

- Figo

- Verduras

 

Bem Estar

Ter um filho por parto natural aciona a produção de uma proteína no cérebro dos bebês que melhora o desenvolvimento do cérebro – um acionamento que nãopartonormal982012 ocorre com a mesma intensidade no parto via cesariana, informa um estudo feito na Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, divulgado nesta quarta-feira, 8, na revista especializada PloS ONE.

 

A equipe liderada por Tamas Horvath estudou as diferenças entre os dois tipos de partos na produção de uma proteína chamada UCP2, que é importante para o desenvolvimento adequado dos neurônios do “hipocampo” – região do cérebro responsável pela memória.

 

A proteína também atua no metabolismo da gordura. Por isso, os cientistas também acreditam que a sua produção pelo parto natural ajuda os bebês a processarem melhor o leite materno. Os pesquisadores estudaram camundongos. Na hora do parto natural, os roedores recém-nascidos acionaram a produção da UCP2 nessa área do cérebro. No parto césareo, a produção da proteína foi consideravelmente menor.

 

“O aumento da prevalência das césareas por motivos de conveniência e não necessidades médicas pode ter tipo um efeito prolongado no desenvolvimento do cérebro de humanos também”, acredita Horvath.

 

G1

Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, descobriram que a vacina normalmente utilizada contra a tuberculose é eficaz no tratamento do diabetes tipo 1 em seres humanos. Ensaios clínicos mostraram que o uso da vacina modificada para elevar os níveis de um modulador do sistema imune causa a morte de células autoimunes que atacam as células secretoras de insulina do pâncreas.

 

A abordagem restaurou temporariamente a secreção de insulina em pacientes humanos com diabetes do tipo 1.

 

Em 2001, a pesquisadora Denise Faustman e seus colegas mostraram que a expressão do fator de indução de necrose tumoral (TNF), previamente mostrado para destruir células T autoreativas, curou o diabetes tipo 1 em ratos, permitindo que as ilhotas secretoras de insulina se regenerassem.

 

Uma vez que doses elevadas de TNF são tóxicas para os seres humanos, os ensaios clínicos usaram o bacilo de Calmette-Guérin (BCG), que eleva os níveis de TNF de forma segura.

 

"Nossos resultados mostram que esta vacina, simples e barata modifica a autoimunidade subjacente ao diabetes tipo 1, aumenta a produção de TNF e mata as células T causadoras de doenças e parece restabelecer rapidamente a função das células beta do pâncreas", observa a pesquisadora.

 

Segundo a equipe, este não é um ensaio de prevenção. "Estamos tentando criar um regime que vai realmente reverter o diabetes tipo 1 em pessoas que vivem com a doença. Prevemos que o ensaio de Fase II nos dará mais orientação para transformar BCG em um tratamento mais sustentado, incluindo a dose certa e a frequência de vacinação necessária para sustentar uma resposta terapêutica", conclui Faustman.

 

 

isaude.net

Para incentivar a notificação e promover o desenvolvimento de ações de vigilância e prevenção de violências, o Ministério da Saúde destinará, neste ano, R$ 31 milhões às secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país. No ano anterior, foram investidos R$ 25 milhões em projetos semelhantes.

 

Levantamento de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde revela que as mulheres ainda são as maiores vítimas de violência no país e as mais vulneráveis a sofrer maus-tratos em ambientes domésticos.

 

Em 2011, o sistema notificou que 37.717 mulheres, entre 20 e 59, anos foram vítimas de algum tipo de violência no Brasil. O número representa um aumento de 38,7% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 27.176 casos. Naquele ano, a notificação não era obrigatória. O levantamento traz informações de diversos tipos violência, enquadrados na Lei Maria da Penha, que completou seis anos nessa terça-feira, 07.

 

“O crescimento da notificação de violência reforça que a decisão do Ministério da Saúde de torná-la obrigatória foi acertada. O sistema é um importante meio para oportunizar a criação de mecanismos de prevenção e proteção”, assegura o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, é preciso estender o debate sobre este tema às escolas, comunidades, famílias, serviços de saúde e demais setores da sociedade como forma de diminuir o contingente de mulheres agredidas.

 

Entre as principais agressões notificadas, se destaca a física, com 78,2%, seguida por violência psicológica (32,2%) e sexual (7,5%).  Um dado que preocupa é a reincidência: em 38,4% dos casos, não era a primeira vez que a agressão ocorria. Em 2011, 5.496 mulheres foram internadas em decorrência de violência.

 

A maioria das agressões sofridas pelas mulheres ocorre dentro da própria residência (60,4%). Os homens com os quais elas se relacionam ou se relacionaram - seja namorado, companheiro, marido ou ex - são os maiores agressores. Eles respondem por 41,2% dos casos. Amigos ou conhecidos representam 8,1% e desconhecidos 9,2%. A suspeita de uso de álcool estava presente em 31,7% das notificações. Nas ocorrências que envolvem agressões sexuais, 51% dos principais agressores são desconhecidos; 13,5% os próprios cônjuges e 13,4% amigos ou conhecidos.

 

PROTEÇÃO– Hoje, o país conta com 552 serviços de atendimento às mulheres em situação de violência sexual e doméstica, além de 65 serviços de abortamento legal. As ações de combate à violência, no Sistema Único de Saúde (SUS), incluem também o treinamento dos profissionais em toda rede pública, a ampliação dos serviços sentinelas de notificação e dos serviços que prestam assistência às mulheres agredidas.

 

MONITORAMENTO – Em janeiro de 2011, o governo federal universalizou a notificação de violências doméstica, sexual e outras agressões para todos os serviços de saúde, incluindo todas elas na relação de doenças e agravos, que são registradas no SINAN. Também fortaleceu a Rede de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde.

 

A ficha de notificação, preenchida nos serviços de saúde, classifica os tipos de violência entre lesão autoprovocada, violência física, violência psicológica/moral, tortura, violência sexual, tráfico de seres humanos, violência financeira/econômica, negligência/abandono, trabalho infantil, intervenção legal e outras.

 

MS