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A lorcaserina, substância suspensa pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta quarta-feira, 6, é uma droga para emagrecer considerada segura, segundo a endocrinologista Maria Edna de Melo, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). A preocupação da entidade, no entanto, era em relação à procedência do princípio ativo, que vinha sendo comercializado por algumas farmácias, mesmo sem o registro da agência.

 

"A gente não entendia muito bem como funcionava a importação do princípio ativo. Ele não tinha sido aprovado na Anvisa, mas estava sendo importado há mais de um mês e a nossa preocupação era com a origem, quem estava fornecendo esse medicamento", explica Melo.

 

"Entramos em contato com a ouvidora da Anvisa para obter mais informações sobre a importação do medicamento, que, até onde eu sei, nunca foi submetido à análise na agência", completa a diretora da Abeso.

 

"Essa inversão nos causou estranheza, pois, primeiro, o medicamento tem que ser aprovado, e só depois de dez anos a patente é quebrada e ele pode ser manipulado pelas farmácias. É papel da Anvisa fiscalizar a entrada dessa droga", complementa o endocrinologista Márcio Mancini, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

 

Melo reconhece que o mercado brasileiro é muito carente de drogas para emagrecer - especialmente após a proibição recente de derivados da anfetamina -, mas mesmo assim ela ressalta que é preciso haver uma preocupação com a origem dos medicamentos para não colocar a segurança dos pacientes em jogo.

 

A lorcaserina, conhecida comercialmente como Belviq nos EUA, foi aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration), agência que regula alimentos e remédios naquele país, em 2012, mas só passou a ser comercializado em 2013 devido a problemas de logística.

 

De acordo com a endocrinologista, o remédio age de forma parecida com a sibutramina, pois melhora o fluxo de serotonina no cérebro. Um efeito colateral comum, que é o aumento da frequência cardíaca, se mostrou mais fraco nesse medicamento. "Ele se mostrou muito seguro, pois age num receptor específico no cérebro, que não existe no coração, o que diminui o risco de comprometimento das válvulas cardíacas. É um medicamento superior à sibutramina", pondera Melo.

 

"Ele é um medicamento bem tolerado e com poucos efeitos colaterais. Alguns pacientes se queixaram de dores de cabeça e infecções de vias áreas superiores, mas não teve nenhum efeito muito sério", finaliza Mancini.

 

 

UOL

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que estava  certo de estar no Piauí nessa sexta-feira, 8, não poderá mais realizar a viagem ao estado piauiense. Compromissos inadiáveis, de acordo com informações, o impedem de estar em  Teresina.

 

Da redação

Começaram nesta semana os testes em macacos da vacina contra o HIV, que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan. Os quatro animais começaram a ser imunizados com a vacina que contém partes do vírus. Depois, os macacos receberão um vírus modificado que causa o resfriado como parte dos estudos para desenvolver o imunizante.

 

Segundo Edecio Cunha Neto, um dos pesquisadores responsáveis por conduzir o projeto, o diferencial da vacina é usar partes do vírus que não se alteram. “Um dos grandes problemas de se fazer uma vacina contra o HIV é que ele é hipervariável”, ressalta ao explicar que o genoma do vírus pode varia até 20% entre dois pacientes. “Nos componentes que nós escolhemos para colocar na vacina estão somente as regiões mais conservadas do vírus, ou seja, aquelas que não variavam de um HIV para o outro”, destacou.

 

Além de ter pouca variação, as partes do vírus foram selecionadas por provocarem forte reação no organismo da maioria das pessoas. “Nós fizemos o que chamamos de desenho racional, para embutir dentro da nossa vacina mecanismos para que ela fosse capaz de dar uma resposta que funcionasse para os HIVs mais variados possíveis e que funcionasse em um número grande de pessoas”.

 

Após os testes com os quatro animais, serão feitos experimentos com um grupo de 28 macacos e três tipos de vírus diferentes, todos modificados com partes do HIV. “As combinações desses três vírus são, até hoje, as melhores combinações para gerar respostas imunes potentes em primatas. Então, o que a gente vai fazer é escolher, de quatro combinações diferentes, aquela que deu resposta mais forte. E usar essa combinação para teste em humanos”, detalhou o pesquisador.

 

Caso seja bem sucedida, a vacina vai aumentar a reação dos imunizados ao vírus, diminuindo a capacidade de transmissão e melhorando a qualidade de vida do paciente. “O que ela vai fazer é reduzir muito a quantidade de vírus, matar as células que estão infectadas. Mas ela dificilmente vai erradicar a infecção. Vai bloquear a transmissão para outra pessoa, porque a quantidade de vírus vai ser muito baixa”.

 

Atento aos recentes protestos contra o uso de animais em pesquisas, que levaram inclusive ao fechamento de um instituto no interior paulista, Cunha fez questão de dizer que os animais são bem tratados. “Os animais neste estudo não sofrem de maneira nenhuma. Até mesmo para o procedimento de colher sangue ou vacinar, eles estão anestesiados”, enfatizou.

 

 

O pesquisador defendeu ainda o uso de animais em experimentos. “Não é possível substituir um teste com animais por um teste de cultura ou teste de laboratório mais simples. O teste em animais vai observar a repercussão de uma nova vacina, uma nova droga, no organismo inteiro”, argumentou.

 

 

Agenciabrasil

roncoNem todo mundo que ronca tem apneia, mas todos que têm apneia roncam. Essa frase traz consigo um alerta para a doença que atinge 33% da população adulta na cidade de São Paulo, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

 

Em 90% dos casos, a combinação de ronco frequente e alto com sonolência excessiva durante o dia é sinal de Apneia Obstrutiva do Sono (AOS). A AOS é a obstrução da respiração por alguns segundos durante o sono. O fechamento da via aérea faz com que a pessoa pare de respirar por um período de, no mínimo, 10 segundos.

 

Especialistas classificam o grau da doença pelo número de interrupções totais por hora: leves (5 a 15), moderadas (15 a 30) e severas (acima de 30). “O dentista é responsável pelo tratamento em casos de ronco primário e quadros de AOS leve-moderada, em que o reposicionador de mandíbula e língua tem mostrado bons resultados”, diz a neurofisiologista, Stella Tavares, coordenadora da Neurofisiologia Clínica do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Nos quadros graves, geralmente, o tratamento recomendado é a máscara conectada a um compressor de ar (CPAP).  O aparelho faz uma pressão de ar que desobstrui a passagem e leva oxigênio até os pulmões. Como a pessoa não abre a boca para respirar, o ronco também é evitado.

 

Quando procurar ajuda

É hora de procurar um especialista quando o ronco é frequente, as noites são mal dormidas e o peso está acima do normal. O otorrinolaringologista é o principal profissional procurado para tratar a doenças, mas, hoje, há um esforço multidisciplinar para discutir a AOS, que conta com dentistas, cardiologistas, pneumologistas, neurologistas, entre outros.

 

A polissonografia é o a exame que determina a doença. Ao passar uma noite em um instituto de sono, a máquina registra diversos parâmetros fisiológicos durante o sono – atividades cerebral e muscular, movimentos oculares, respiração, teor de oxigênio, eletrocardiograma, registro de ronco e posição corporal.

 

Evite

- Aumento de peso

- Bebidas alcoólicas e com cafeína no mínimo quatro horas antes de dormir

- Dormir de costas (barriga para cima)

- Refeições pesadas antes de dormir

- Fumo

 

 

Terra