As campanhas de saúde para combater a obesidade tendem a se concentrar na importância de uma dieta saudável e da prática de exercícios físicos. Mas a esta equação também devem ser somadas boas noites de sono. Pesquisas recentes mostram que comer menos e de forma mais saudável, além de se exercitar diariamente, tem pouco resultado na redução dos níveis de obesidade.
Talvez, a razão por trás disso possa ser encontrada em vários estudos que mostram que poucas horas de sono podem estar associadas à obesidade em adultos e crianças. E é mais do que coincidência o fato de que, nos últimos anos, as pessoas vêm dormindo menos ao passo que tem aumentado o número de obesos.
Por meio de exames de ressonância magnética, cientistas mostraram que a falta de sono afeta áreas do cérebro responsáveis pela tomada de decisões complexas e a vontade de ter "recompensas", o que pode levar a escolha por alimentos calóricos e com alto teor de gordura.
Maçã ou cupcake?
Noites mal dormidas também afetam os níveis dos hormônios da fome, provocando uma queda nos níveis de leptina, que regula o consumo de alimentos e sinaliza quando já comemos o bastante, e o aumento do nível de grelina, que estimula o apetite e produção de gordura.
As pesquisas indicam que essas variações hormonais elevam em 24% a sensação de fome, em 23% o apetite e em 33% a vontade consumir comidas calóricas e gordurosas. Os levantamentos mostram ainda que as pessoas que dormem pouco ficam ávidas para beliscar entre as refeições, temperar demais os alimentos, comer menos legumes e verduras e mais junk food. Afinal de contas, quando está com sono, o que você prefere: uma maçã ou um cupcake?
A campanha pelo "coma menos, mova-se mais" não terá muitas chances de sucesso se não for combinada a orientações para que as pessoas durmam mais.
A vacina está sendo desenvolvida para combater, em uma única dose, os quatro tipos da doença já identificados no mundo. Segundo Alexander Precioso, diretor de Ensaios Clínicos do Butantan, nenhum outro país tem uma vacina como essa.
A vacina começou a ser desenvolvida em 2006, juntamente com os institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Os vírus foram identificados no país norte-americano e, posteriormente, transferidos para o Butantan, em 2010.
A técnica utiliza o chamado vírus atenuado. “Isso ignifica que o próprio vírus da dengue é modificado para que seja capaz de fazer com que as pessoas produzam anticorpos, mas sem desenvolver a doença”, explicou Precioso.
Os cientistas já testaram a vacina em mais de 600 norte-americanos. “Os estudos lá mostraram que é uma vacina segura e que foi capaz de fazer com que as pessoas produzissem anticorpos contras os quatro vírus”, disse ele. O pesquisador explicou ainda que, nesses voluntários, não foram observados efeitos colaterais importantes, apenas dor e vermelhidão no local da aplicação, sensação comum para vacinas.
Porém, como os Estados Unidos não são uma região endêmica para a dengue, nenhum voluntário que recebeu a imunização havia contraído a doença antes. No Brasil, os testes vão envolver também pessoas que já tiveram dengue.
O cientista disse que, com base em estudos publicados no Sudoeste Asiático e nos Estados Unidos, pacientes com histórico de dengue poderão receber a imunização sem risco à saúde. “No início do desenvolvimento da vacina lá [nos Estados Unidos], algumas pessoas receberam vacina monovalente, só de um tipo, e depois outra dose de um vírus diferente, para ver se quem já tinha o passado de dengue correria risco”, explicou.
Em uma primeira etapa dos testes brasileiros, que começam nesta semana, serão recrutados 50 voluntários da capital paulista, todos adultos saudáveis e que nunca tiveram dengue, com idade entre 18 e 59 anos, de ambos os sexos. Eles vão ser imunizados em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.
A próxima etapa vai incluir pessoas com histórico de dengue e a vacina será aplicada em dose única. Serão 250 voluntários da capital paulista e da cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado.
“Nós trabalhamos com a hipótese de que ela [vacina] será trabalhada em uma dose, mas nos primeiros 50 voluntários serão duas doses”, disse Precioso.“Os resultados de lá [Estados Unidos] demonstraram que a vacina já atua apenas com uma dose. Como ela vai ser, pela primeira vez, utilizada em uma região endêmica de dengue, vamos avaliar os dois esquemas [uma ou duas doses] e os dois tipos de população [já tiveram ou nunca tiveram dengue]”, acrescentou.
A terceira e última fase vai recrutar pessoas de diversas partes do país, de várias idades. “Ela vai gerar o resultado de que nós precisamos para solicitar o registro na Anvisa e, a partir daí, a vacina estará disponível”. A previsão dos pesquisadores é de que a vacina chegue à população em cinco anos.
Comprar um sapato novo é muito bom e todo mundo gosta. Mas nos primeiros dias de uso, geralmente os pés costumam sofrer alguns incômodos e o prazer da compra pode se tornar um pesadelo.
O Bem Estar desta quinta-feira, 26, recebeu a pediatra Ana Escobar, o ortopedista e especialista em pés Mauro Dinato e o designer de sapatos Mauricio Medeiros para dar dicas de como deixar os sapatos novos mais confortáveis para evitar problemas, como calos, dores e bolhas nos pés.
Antes de fazer a compra, é preciso primeiro pensar na possibilidade do sapato ser difícil de alargar. Além disso, até mesmo a hora da compra interfere - no fim da tarde, os pés costumam inchar e, por isso, é o melhor momento para comprar. É também extremamenteimportante provar os dois pés e andar na loja, em pisos duros e carpetes, para avaliar se eles são confortáveis - de acordo com o designer de sapatos Mauricio Medeiros, se houver um desconforto já na loja, é muito improvável que o sapato vá ficar confortável em algum outro momento. É preciso prestar atenção ainda onde os calos aparecem nos pés para comprar calçados que não causem atrito nesses pontos e sentir também as costuras internas que podem causar bolhas.
Depois da compra, é importante começar usando o calçado novo gradativamente até que ele vá se acomodando aos pés. Como explicou o designer de sapatos Mauricio Medeiros, apenas os sapatos de couro podem ser expandidos e, para que isso seja feito, a dica é colocá-los com uma meia grossa e depois, usar um secador de cabelo por 30 segundos à distância de um palmo. O especialista alertou que aquecer sapatos de plástico pode danificá-los e, por isso, não é o ideal.
Existem ainda pomadas e pastas incolores vendidas em sapatarias que têm a função de amaciar o calçado. Esses produtos devem ser aplicados diretamente no couro para depois secarem – segundo o designer de sapatos, isso pode aumentar entre 2% a 4% do tamanho.
Todos esses cuidados são importantes para evitar problemas, como por exemplo, as bolhas, muito comuns principalmente nas mulheres que passam muito tempo com salto alto, como mostrou a reportagem da Renata Ribeiro.
De acordo com a pediatra Ana Escobar, elas acontecem quando a pele sofre uma agressão e inflama depois de ficar muito tempo em atrito com o sapato. Essa inflamação provoca uma vasodilatação que forma um líquido transparente, formando a bolha. Em alguns casos, o atrito é tão intenso que os vasos podem romper e causar uma bolha hemorrágica, ou seja, com sangue. De acordo com o ortopedista Mauro Dinato, não é recomendado estourar as bolhas e, para quem tem o problema, é preciso usar alguns curativos na hora de colocar o calçado para evitar um atrito maior.
Outro problema bastante comum é o calo, uma pele grossa que se forma também por causa do atrito contínuo do sapato. Em alguns casos, como lembrou o ortopedista Mauro Dinato, o calo surge por causa de um osso pontiagudo e é preciso operar.
Em outros, eles podem se formar em áreas de maior pressão causadas por problemas como joanete, pé cavo, pé plano, entre outros. Quem tem calo pode usar cremes à base de ureia ou lixas para retirá-lo, mas sem excessos já que a pele pode ficar muito sensível e favorecer que ele volte. Já quem tem joanete, inclusive, deve escolher sapatos que não apertem nessa região, como os de bico fino ou couro rígido. Pessoas que sentem dores por causa de problemas como pé plano ou cavo podem também recorrer à palmilha, que alivia esses incômodos.
Salto alto
O uso do sapato alto com frequência joga os pés para a frente, encurta a musculatura da panturrilha e e espreme os dedos - por isso, é importante evitá-los, se possível, como alertou o ortopedista Mauro Dinato.
As crianças, principalmente, não devem usar salto porque eles prejudicam a formação do arco dos pés e impedem que o movimento da pisada seja completo – a dica para os pequenos é usar calçados que ajudem no desenvolvimento da pisada, como explicou o fisioterapeuta Daniel Ribeiro na reportagem da Marina Araújo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, distribuição e fabricação de 25 produtos alimentícios voltados ao público infantil produzidos pela Nutrifam Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios, de São Paulo (SP). O motivo é a falta de registro dos produtos na Anvisa. A medida está em resolução publicada na edição de hoje, 26, do Diário Oficial da União.
A lista com os nomes dos 25 produtos está no Diário Oficial da União. Entre eles estão sopas, sobremesas de frutas, caldo e canja da linha Nutrifam Baby, que é indicada pela empresa para crianças acima de 6 meses. Há também produtos da linha Nutrifam Crescer indicada para a fase de transição alimentar, quando a criança passa dos alimentos pastosos paras os semissólidos.