O governador Wilson Martins e o secretário de saúde Ernani Maia lançam, nesta quinta-feira, 24, às 11:30h, a Força Estadual da Saúde (FES-SUS). A Força é um programa de cooperação da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí, que tem como objetivo a prevenção de fatores de risco, doenças e agravos de relevância epidemiológica, prestação de assistência médica, odontológica e psicológicas a populações desassistidas, bem como a implantação de instalações sanitárias em situações onde esteja caracterizada a situação de risco à saúde pública.
É uma ação permanente, que tem início pela cidade de Floriano na sexta, 25 e sábado, 26, na área de cirurgia pediátrica. Médicos do estado vão realizar cirurgias de média complexidade nas áreas de oftalmologia, ortopedia, cirurgia-geral, ginecologia, urologia e cirurgia-pediátrica em cidades do interior. “Os médicos já estiveram em Floriano fazendo uma triagem e selecionaram 70 crianças que precisam passar por um procedimento cirúrgico”, explica o secretário Ernani Maia.
As cirurgias serão realizadas no Hospital Regional Tibério Nunes. Compõem a FES-SUS, quatro cirurgiões, três anestesiologistas, três enfermeiros e quatro técnicos auxiliares. Os profissionais foram selecionados através de inscrição realizada no site www.saude.pi.gov.br
“Estamos discutindo esse trabalho há mais de seis meses para tentar minimizar a falta de profissionais no interior. Tudo foi discutido com as entidades médicas. A Força Estadual da Saúde vai trabalhar em regiões que estejam desassistidas”, afirma o secretário de saúde, Ernani Maia.
Ernani conta ainda que a Força terá, ainda, um papel de ensino e aprendizagem. “Teremos um convênio com a UESPI, através da Facime, onde poderão estar os preceptores com os residentes, os acadêmicos e os médicos efetivos do estado nos locais onde tem desassistência”, afirma o gestor.
As gorduras saturadas da manteiga, do queijo e da carne vermelha não são tão prejudiciais para o coração como se pensava até agora, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira, 23, na revista médica British Medical Journal. A pesquisa foi coordenada por Aseem Malhotra, um dos cardiologistas mais prestigiados do Reino Unido e especialista do hospital universitário de Croydon, em Londres. Em seu artigo, Malhotra afirma que o consumo de produtos com pouca gordura "paradoxalmente" aumentou o risco de ter doenças cardiovasculares.
Segundo o especialista, as pessoas consomem todo tipo de produtos desnatados pensando que são melhores para a saúde e que ajudarão a perder peso, mas que, na realidade, muitos deles contêm grandes quantidades de açúcares acrescentados. A explicação é que a indústria alimentícia substitui as gorduras eliminadas nos alimentos por açúcares e adoçantes, já que a comida livre de gordura não é tão saborosa, acrescentou Malhotra.
No entanto, acrescenta o especialista, é necessário diferenciar as chamadas "gorduras trans" (encontradas em fast food, produtos de confeitaria e margarina), que são prejudiciais, e as gorduras do leite, do queijo e da carne, que não são ruins para a saúde. O especialista criticou a "obsessão" médica com os níveis de colesterol, que levou milhões de pessoas a tomarem muitos remédios com estatinas para reduzir a quantidade de gorduras prejudiciais no sangue. Para isso, o cardiologista recomenda que as pessoas com risco de sofrer doenças cardiovasculares façam uma dieta mediterrânea rica em peixes oleosos, azeite de oliva, verduras e frutos secos.
"É hora de romper o mito do papel das gorduras saturadas nas doenças do coração" que esteve presente na indicação dietética e nas recomendações nutricionais durante quase quatro décadas, afirmou Malhotra. A teoria foi respaldada por outros especialistas como David Haslam, Chefe do Fórum Nacional sobre a Obesidade, que afirmou que a evidência científica está demonstrando atualmente que os carboidratos refinados e o açúcar são na realidade os culpados pelo aumento da gordura no sangue.
Timothy Noakes, professor de ciências do esporte e da atividade física na Universidade da Cidade do Cabo, acrescentou que "o pior erro médico de nossa época foi considerar a alta concentração de colesterol no sangue como a causa exclusiva da doença cardíaca coronária".
A vacina de gripe pode fazer mais do que prevenir a infecção. Uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association" mostra que pessoas vacinadas tiveram menos risco de sofrer problemas cardíacos no ano seguinte à imunização do que quem recebeu uma injeção com placebo.
A relação valeu especialmente para quem tinha tido problemas cardíacos recentemente.
"Se ainda há pessoas que por qualquer motivo não tomam a vacina ou acham que não precisam, essa é mais uma demonstração de por que ela ajuda", afirmou Jacob Udell, líder do estudo, da Universidade de Toronto.
Estudos anteriores mostram que pessoas que ficam gripadas têm maior risco de sofrer derrame, falência cardíaca e doenças cardíacas. A infecção pode causar inflamação pelo corpo todo e piorar problemas cardíacos preexistentes.
O novo estudo analisou trabalhos anteriores com 6.735 participantes, a maioria na faixa dos 60 anos e um terço com histórico de doenças cardíacas. No total, 3% dos que receberam a vacina tiveram infarto ou derrame no período de um ano. Entre os não vacinados, 5% tiveram problemas.
Entre as pessoas que haviam tido problemas cardíacos recentemente, a diferença foi maior. Cerca de 10% dos vacinados cardíacos tiveram problemas após a vacina, enquanto que 23% dos não vacinados sofreram eventos cardiovasculares.
O diabetes é uma doença cada vez mais prevalente no mundo. Só no Brasil afeta cerca de 13,4 milhões de pessoas, o país é o quarto no mundo com o maior número de diabéticos, ficando atrás somente da China, Índia e Estados Unidos. Mesmo assim, muitas características da moléstia ainda são pouco conhecidas, e muitas vezes compreendidas de forma errada. Um estudo da Sociedade Brasileira de Diabetes revelou que 34% das pessoas diagnosticadas com a doença não sabem se sofrem de diabetes tipo 1 ou 2, um dado muito preocupante, já que ambos os problemas têm causas, complicações e tratamentos diferentes um do outro. Além disso, a maior parte dos entrevistados revelou desconhecer que o risco e o agravamento do diabetes tipo 2 estão relacionados ao sedentarismo e ao tabagismo. A maioria das pessoas associa a enfermidade apenas ao consumo de açúcar.
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, isto é, que acontece quando o corpo passa a atacar o próprio organismo. Nele, o pâncreas deixa de produzir quantidade suficiente de insulina, o hormônio que ajuda a controlar a taxa de açúcar no sangue. Pessoas com a condição precisam medir seus níveis de glicose várias vezes ao dia e repor a insulina por meio de injeções.
O tipo 2 da doença, por outro lado, não é um defeito do sistema imunológico, mas sim consequência principalmente do excesso de peso. O fator genético, ou seja, o histórico da moléstia na família, também aumenta o risco da condição. Segundo Luiz Turatti, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, manter um peso saudável, praticar atividades físicas e não fumar são as melhores formas tanto de diminuir o risco da enfermidade quanto de evitar que ela se agrave.
"Não existem alimentos que provocam diretamente a doença. O principal causador é a obesidade, que é uma consequência do consumo de alimentos calóricos", disse Turatti. "O açúcar sozinho não causa o diabetes, mas sim o hábito de consumir muitas calorias", disse Balduino Tschiedel, presidente da sociedade, durante a apresentação da pesquisa, nesta terça-feira.
Falta de conhecimento, No levantamento, foram entrevistadas 1.106 pessoas de 18 a 60 anos que moravam em seis capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife. Entre os participantes, 9% disseram ter diabetes. Quando questionados sobre qual tipo da doença tinham, 37% afirmaram sofrer do tipo 1; 29%, do tipo 2; e 34% não souberam responder. Seguramente os pacientes estão fazendo uma confusão. O diabetes tipo 2 representa cerca de 90% de todos os casos", disse Tschiedel.
A maior parte dos entrevistados (85%) disse acreditar que o diabetes tipo 2 tem prevenção. Para eles, a principal forma de evitar a doença é reduzir o consumo de açúcar: 87% consideram que cortar o alimento diminui o risco da condição. Em seguida, foi apontado o menor consumo de gordura com forma de prevenir o diabetes tipo 2, mas somente 37% das pessoas se lembraram dessa medida. Os entrevistados também listaram praticar atividade física (30%), manter um peso saudável (21%), seguir uma dieta rica em fibras (13%) e não fumar (11%).
Somente 28% dos participantes consideraram que os exercícios físicos podem controlar o diabetes em pessoas que já têm a enfermidade, e nenhum deles se lembrou do tabagismo como um dos fatores capazes de piorar o quadro do diabetes tipo 2. "Manter o peso saudável e praticar exercícios deveriam estar no topo da lista dos principais fatores que previnem o diabetes e ajudam a tratar a doença", disse Tschiedel. O médico lembra que reduzir o peso não cura a doença, mas sim ajuda a melhorar a resistência à insulina, o que impede que a moléstia se agrave e evita o uso de mais medicações.