Não tomar café da manhã pode ser uma rotina pouco saudável e de consequências perigosas. Além de não prover a energia necessária para o dia que acaba de começar, quem pula a refeição tem 21% mais chances de desenvolver a diabetes II, de acordo com o American Journal of Clinical Nutrition.
Um estudo similar da Universidade de Harvard com quase 27 mil homens chegou a conclusões parecidas. Pesquisadores afirmam que quem não come nada de manhã tem um risco 27% maior de ter um ataque cardíaco ou morte por doenças do coração.
De acordo com Leah Cahill, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, não tomar café da manhã também abre as portas para problemas de obesidade, pressão alta e colesterol alto, além de diabetes, doenças que podem levar a ataques cardíacos.
Uma nova pesquisa baseada em testes de computador sugere que o cérebro dos idosos é mais lento por causa do excesso de informação acumulado ao longo dos anos. O estudo contradiz a opinião de parte da comunidade médica para quem as conexões cerebrais são prejudicadas com o avanço da idade. A pesquisa foi publicada na revista científica Journal of Topics in Cognitive Science.
Para os cientistas, o cérebro dos mais velhos funciona como se fosse um "disco rígido de computador" que, repleto de dados, demora mais tempo para acessar suas informações. Segundo eles, essa lentidão não está associada a um declínio do processo cognitivo. "O cérebro humano funciona mais devagar com a idade", afirmou Michael Ramscar, responsável pelo estudo, "mas somente porque nós acumulamos mais informação com o passar do tempo". "Os cérebros das pessoas mais velhas não ficam mais fracos. Pelo contrário, eles simplesmente sabem mais", acrescentou.
Testes de computador
Para comprovar a tese, a equipe liderada por Ramscar, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, programou um computador para ler uma certa quantidade de dados por dia, bem como aprender novas palavras e comandos. Quando os pesquisadores instruíram o computador a "processar" uma grande quantidade de dados, sua performance nos testes cognitivos se assemelhou a de um adulto.
Mas à medida que o computador foi exposto a novas palavras e comandos, sua performance se assemelhou a de um homem mais velho. Os cientistas concluíram, então, que a maior lentidão da máquina não estava associada a uma eventual redução de sua capacidade de processamento. Na verdade, a "experiência" acumulada - ou seja, a necessidade de aprender novos comandos e ler novas palavras - acabou por ampliar o banco de dados do computador, o que lhe obrigou a processar mais dados, o que, consequentemente, demandava mais tempo.
"Imagine alguém que saiba as datas de aniversário de duas pessoas diferentes e consiga lembrar-se delas de maneira quase perfeita." "Você realmente diria que essa pessoa (que se lembra do aniversário de duas pessoas) tem memória melhor do que outra que sabe o aniversário de 2 mil pessoas, mas só consegue dizer a data certa uma vez a cada dez tentativas", questionou Ramscar.
Teste cognitivo
O estudo fornece uma série de explicações sobre por que, à luz de todas as informações adicionais que o cérebro precisa processar, os cérebros dos mais velhos são mais lentos e mais "esquecidos" do que os cérebros mais jovens. Para os cientistas responsáveis pela pesquisa, alguns testes cognitivos que são usados para analisar a capacidade mental favorecem erradamente pessoas mais jovens.
Eles citam um conhecido teste de cognição, por exemplo, que requer dos envolvidos lembrar-se de um par de palavras não relacionadas, como "gravata" e "biscoito". Estudos realizados anteriormente mostram que os jovens têm melhor desempenho nesse teste, mas cientistas acreditam que os mais velhos apresentam dificuldades em lembrar-se de pares de palavras não relacionados - como "gravata" e "biscoito" - porque eles aprenderam que essas palavras não estão associadas.
Para o professor Harald Baayen, que lidera o grupo de pesquisa Alexander von Humboldt Quantitative Linguistics, onde a pesquisa foi feita, "o fato de que os mais velhos acham difícil memorizar pares de palavras não relacionados do que jovens adultos demonstra simplesmente que os mais velhos têm um melhor entendimento da linguagem".
"Eles têm de fazer mais esforço para aprender pares de palavras não associados porque, diferentemente dos mais jovens, eles sabem muito mais sobre os critérios de associação entre palavras". Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, isso explica, por exemplo, por que pessoas mais velhas têm maior dificuldade de lembrar os nomes das pessoas.
Os brasileiros Ricardo Bencz e Luiz Alojziak criaram um game online que está sendo considerado uma sátira ao SUS (Sistema Único de Saúde), o "SUS – The Game: Brazilian Hospital Simulator".
Nele, cada jogador precisa ser atendido, senão sua vida acabará rapidamente. O jogo começa quando o personagem, que está doente, entra num hospital público para receber atendimento. Porém, claro, encontra uma enorme fila com outras pessoas buscando o mesmo.
Durante a jornada, os jogadores terão de pegar senhas, passar pelas atendentes pouco simpáticas ou mais preocupadas em atualizar suas redes sociais, além de procurarem por remédios. Quanto mais tempo a pessoa levar para ser atendida, morrerá mais rapidamente. Porém, ao contrário do mundo real, a partida poderá ser reiniciada.
Na apresentação do game o texto diz: "Tenha a experiência de como é se sentir em um hospital público no Brasil ( e provavelmente me qualquer país com hospitais em más condições ou mal administrados). Só há um médico que pode trata-lo, encontre-o antes que seja muito tarde. Ninguém se importa ou quer ajudá-lo, então, boa sorte".
A dupla de brasileiros desenvolveu o jogo durante um evento online, o Ludum Dare, no qual os participantes têm apenas 72 horas para criar um game inédito.
Metade, ou 51%, dos brasileiros está insatisfeita com sua vida sexual, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (21). O levantamento, patrocinado por um fabricante de preservativos, também mostra que 62% dos homens relatam dificuldades em manter a ereção, e apenas 22% das mulheres conseguem chegar ao orgasmo sempre que tem relações sexuais.
A Durex Global Sex Survey analisou entrevistas com 1004 homens e mulheres no país, com idades entre 18 e 65 anos. Do total, 880 são heterossexuais. E a maioria (89%) dos participantes estava em união estável no momento da pesquisa.
Os resultados foram apresentados pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (ProSex). De acordo com a especialista, o grande problema da vida sexual dos brasileiros é a falta de comunicação. "Situações que poderiam ser facilmente resolvidas acabam se tornando um problema", diz.
Tabu
As consequências da falta de diálogo entre os parceiros em relação a preferências e dificuldades ficam claras nos resultados da pesquisa: as pessoas dedicam pouco tempo às preliminares (a maioria - 40% - dedica no máximo 15 minutos para isso), têm relações muito rápidas (13% finaliza o ato em no máximo 5 minutos) e as mulheres penam para ter orgasmo, principalmente as mais novas.
Além da falta de conversa, um dos aspectos que colabora para a insatisfação sexual, de acordo com a psiquiatra, é não admitir quando se tem um problema - mais de 60% dos brasileiros estão nessa situação (65% dos homens e 63% das mulheres).
Em termos de frequência, no entanto, os brasileiros até apresentam bons resultados: 82% fazem sexo ao menos uma vez por semana. E 12% dos homens e 5% das mulheres transam diariamente.
Bem-estar
Entre os entrevistados, 63% dos homens e 72% das mulheres dizem que seu humor melhora quando têm relações sexuais. E, para 59% dos homens e 67% das mulheres, o sexo é uma arma poderosa contra o estresse.
Um quarto dos brasileiros acredita que ter relações sexuais faz com que se sintam mais atraentes. Aliás, em termos de autoestima, não estamos mal: mais de 60% dos pesquisados estão satisfeitos com os aspectos físicos que garantem uma boa vida sexual.
Práticas
O estudo também comparou os dados do Brasil com os de 36 outros países. Em relação a indivíduos de outras nacionalidades, os brasileiros se mostram mais adeptos a variedades: 50% recebem sexo oral (contra 33%, no resultado global) e 48% fazem sexo oral (contra 32%).
Já em relação ao uso de apetrechos, o brasileiro perde para a média global: 17%, no país, recorrem a artigos para melhorar o sexo, contra 22% da média global. "Mas esse resultado mostra uma evolução: há dez anos a proporção era de 2 ou 4%", observa Abdo, que já coordenou outras pesquisas sobre as práticas sexuais dos brasileiros.