Um novo estudo traz um alerta para as mulheres que pretendem engravidar com saúde e sem perder o foco na balança. Pesquisadores descobriram que aproximadamente uma em cada quatro mulheres americanas estão obesas ao engravidar. Com informações do site do jornal Huffington Post.
O estudo, do Centers for Disease Control and Preventinon, levou em conta registros de 36 estados dos Estados Unidos e de Washington D.C, do ano de 2011, que listava quanto as mães pesavam antes de engravidar.
Em média, 23,4% das mães nestes estados estavam obesas. Isto significa que elas apresentavam um índice de massa corporal igual ou superior a 30 ao ficarem grávidas.
Utah teve o menor índice de obesidade antes da gravidez, com apenas 18%, enquanto que na Carolina do Sul o índice foi o maior, com 28,6%. A maior concentração de mães obesas esteve entre mulheres com mais de 20 anos, negras e hispânicas.
Dado o alto índice de obesidade nos Estados Unidos (aproximadamente 36% dos adultos norte-americanos são obesos), não é uma surpresa o fato de quase 25% das mães se enquadrarem nesta condição.
Apesar de o estudo não incluir informações de todos os Estados Unidos, o que significa que não representa a população como um todo, os dados valem como alerta. “É importante que as mulheres normalizem o seu peso corporal antes de engravidar, para reduzir os riscos a elas mesmas e aos bebês”, pontuou Jill Rabin, que é obstetra e ginecologista.
O excesso de peso durante a gravidez está relacionado ao aumento de diabetes gestacional, cesariana e pré-eclâmpsia (alta pressão sanguínea) para as mães; bem como a prematuridade, morte fetal e excesso de peso ao feto, de acordo com o American Congresso f Obstetricians and Gynecologists.
Rabin ressalta que as mulheres que já estão obesas ao engravidar devem conversar com o seu médico para garantir um padrão de normalidade no ganho de peso durante a gestação.
O Institute of Medicine recomenda que as mulheres com peso normal – com IMC entre 18,5 e 24,9 – ganhem de 11 a 15 kg durante a gravidez. As que estão abaixo do peso – com IMC menor que 18,5 – devem ganhar de 12 a 18 kg.
Já para as que estão acima do peso – com IMC entre 25 e 29,9 – a recomendação é que fiquem entre os 7 e 12 kg; enquanto que as obesas – com IMC igual a 30 ou mais – devem tentar ficar entre 5 a 9 kg.
Vale lembrar também que as mulheres que estiverem obesas durante a gravidez devem contar com aconselhamento nutricional, além de seguir, mediante acompanhamento, um programa de atividade física.
O estado do Piauí teve 448 notificações de hepatites, no ano de 2013. A informação é da Coordenação Estadual de Epidemiologia que, nos dias 12 e 13 de dezembro, realizará o I Seminário Estadual de Hepatites Virais e contará com a participação de técnicos do Ministério da Saúde.
O evento acontecerá durante todo o dia no auditório do Diferencial Buffet, localizado no bairro Ilhotas, Centro-Sul de Teresina. O seminário contará com a participação de todos os municípios do Estado. “Nós fizemos o convite para todos os 224 municípios e temos uma estimativa de mais de 300 participantes”, comenta a coordenadora estadual de Epidemiologia, Amélia Costa.
No seminário serão discutidos os diferentes tipo de hepatites, bem como sua prevenção e tratamento. Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D);
Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D).
No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira , 11, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que o consumo de tabaco diminuiu 20% no país no ano passado. Em 2006, a proporção de tabagistas era 19,3% e, no ano passado, caiu para 15,6%. Entre adolescentes, a redução, de 45%, é ainda maior que na média: caiu de 6,2% em 2006 para 3,4% em 2012.
O combate ao tabagismo foi registrado em todas as classes sócio-econômicas, exceto na classe A, população em que houve aumento de 110% (de 5,2% para 10,9%) no período. Contraditoriamente, o estudo também mostrou que a maioria dos fumantes (73%) reporta que tentaria parar de fumar se tivesse tratamento gratuito.
A pesquisadora Ana Cecília Marques, que participou do estudo, acredita que, no momento da decisão sobre comprar ou não um maço de cigarros, o dinheiro no bolso pesa mais que alta escolaridade e maior esclarecimento sobre os efeitos nocivos do fumo.
"Embora a classe econômica mais privilegiada tenha mais conhecimento, o fato de ter dinheiro para comprar se torna mais importante. Eu acho que isso mostra a importância de se pensar em aumentar o imposto, porque é um fator que pode, muito provavelmente, ser mais eficaz que campanhas de conhecimento de que o cigarro faz mal", defendeu.
"Estudos mostram que em lugares onde houve aumento de imposto o consumo diminuiu", atesta Clarice Madruga, pesquisadora da Unifesp e coordenadora do Lenad.
Desde o final de 2011, o governo estipulou aumento gradativo da carga tributária sobre os cigarros e do preço mínimo para a venda do maço.
O estudo também comparou os consumos nas diferentes regiões do país. Apesar de ter apresentado queda, o Sul despontou como a que mais consumiu cigarros: 20,2% em 2012, contra 25,9% em 2006. Os fumantes nas demais regiões do Brasil também diminuíram: Norte (20%), Sudeste (19%), Nordeste (18%) e Centro-Oeste (15%).
Embora a redução no consumo de tabaco tenha sido maior na população masculina, a prevalência ainda é maior entre os homens - 21%, contra 13% das mulheres. Metade da população já experimentou cigarro pelo menos uma vez na vida. Entre essas pessoas, 51% mantiveram o hábito de fumar e, destas, 21% conseguiram parar.
O 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) indica que existam 20 milhões de fumantes hoje no Brasil, o que leva a estimar um total de 70 milhões de fumantes passivos. O levantamento foi feito em 142 municípios e contou com 4.607 participantes de 14 anos ou mais. Em 2006, o Lenad teve 3.007 participantes de 147 municípios brasileiros.
A demência foi identificada por autoridades de saúde como "um desastre global prestes a acontecer", o maior problema médico enfrentado pela geração atual. A cada quatro segundos, uma pessoa é diagnosticada com alguma forma de demência no mundo. Calcula-se que o número de casos cresça dos 44 milhões atuais para 135 milhões em 2050. A demência já custa ao mundo US$ 604 bilhões por ano.
O termo "demência" é usado para descrever quadros médicos em que ocorre a perda - temporária ou permanente - das capacidades cognitivas de um indivíduo. Há múltiplas causas, entre elas, disfunções metabólicas, infecções, desnutrição ou doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer.
Nesta semana, representantes do G8 - as oito maiores economias do planeta - se reunirão em Londres para discutir formas de lidar com o problema.
O governo britânico, que ocupa a presidência rotativa do G8, anunciou nesta quarta-feira, 11, que está dobrando a verba dedicada à pesquisa sobre demência para 132 milhões de libras (mais de meio bilhão de reais) até 2015. Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde em 2012, o Brasil é o nono país do mundo com o maior número de casos, com 1 milhão de pacientes com demência.
A reportagem perguntou a especialistas da área quais seriam suas prioridades se recebessem os fundos necessários e carta branca para lidar com o problema.
Antecipar diagnósticos
No dia em que seu médico lhe diz que você tem demência, você pode pensar que está vivendo o estágio inicial do problema. No entanto, não é o caso. O processo de morte das células do cérebro tem início entre dez e 15 anos antes de os problemas de memória se tornarem aparentes. Ou seja, quando o paciente faz o teste de memória e recebe o diagnóstico, ele já está sofrendo da doença há pelo menos dez anos. A essa altura, um quinto dos principais centros de memória do cérebro já estão mortos.
Para alguns especialistas, isso talvez explique a ausência de êxito em testes com medicamentos para tratar o problema: eles estão tentando tratar a doença quando já é tarde demais. O foco na antecipação do tratamento "é absolutamente essencial nas pesquisas", disse o neurologista Nick Fox, do National Hospital for Neurology and Neurosurgery, em Londres.
Já houve algum progresso. Agora já é possível ver algumas das proteínas associadas ao Mal de Alzheimer em tomografias do cérebro, mas o desafio é usar esses recursos para prever o desenvolvimento da demência.
"Houve imensos avanços em tecnologias que produzem imagens do cérebro. Vivemos uma nova era e isso é muito empolgante", disse Fox.
Outros métodos estão sendo investigados, como, por exemplo, técnicas que identificam a presença, no sangue de uma pessoa, de substâncias químicas que ofereçam indícios do desenvolvimento futuro da demência. Outro ponto que os pesquisadores ressaltam é que há vários tipos de demência. O Mal de Alzheimer, a demência vascular e a demência com Corpos de Lewy têm sintomas similares, mas talvez requeiram tratamentos diferentes.
Interromper mortes de células
Não há remédios capazes de interromper nem desacelerar o progresso de qualquer forma de demência. Havia muita esperança em duas drogas para tratar o Mal de Alzheimer - Solanezumab e Bapineuzumab - mas elas fracassaram nos testes.
Os experimentos sugerem, no entanto, que existe uma pequena chance de que a droga Solanezumab surta efeito em pacientes em estágios bem iniciais da doença. Uma nova série de testes está sendo feita em pacientes com demência moderada.
"Se o Solanezumab tiver efeito sobre casos moderados de Mal de Alzheimer, então o caminho seria dar (a droga) cada vez mais cedo", disse Eric Karran, diretor de pesquisas da ONG britânica Alzheimer's Research UK.
Alcançar a cura é, obviamente, o sonho de todo especialista nesse campo. Mas retardar a evolução da demência já traria um impacto gigantesco. Segundo cálculos, se conseguíssemos atrasar em cinco anos o desenvolvimento da doença, já cortaríamos pela metade o número de pessoas vivendo com demência.
Drogas para sintomas
Existem algumas drogas que ajudam as pessoas a viver com os sintomas da demência, mas não são suficientes. Há medicamentos capazes de aumentar as sinalizações químicas entre as células do cérebro que sobreviveram. Mas o mais recente medicamento desse tipo, Memantine, foi aprovado em 2003 nos Estados Unidos. Desde então, não apareceu nenhum outro.
O médico Ronald Petersen, diretor do Alzheimer's Disease Research Centre na Mayo Clinic, Estados Undios, disse à BBC: "Isso é terrível quando você leva em conta os bilhões que foram investidos nessa doença".
"Existem 44 milhões de pessoas com Mal de Alzheimer e também temos de tratá-las" (além de encontrar uma cura). "Precisamos desenvolver drogas para tratar os sintomas e retardar o progresso da doença, como fazemos com (pacientes que sofreram) ataques cardíacos".
Minimizar riscos
Você quer cortar radicalmente suas chances de desenvolver câncer de pulmão? Não fume.
Quer evitar um ataque cardíaco? Faça exercícios e adote uma dieta saudável.
Mas se quiser evitar demência, não há respostas definitivas.
A idade é o maior fator de risco. Na Grã-Bretanha, uma em cada três pessoas com idade acima de 95 anos tem demência. Há indícios de que exercícios regulares e dieta saudável tenham efeitos positivos em prevenir ou retardar o desenvolvimento da demência. Mas ainda não se sabe com clareza de que forma o histórico familiar, o estilo de vida e o meio-ambiente se combinam para que um indivíduo tenha ou não demência.
O geriatra Peter Passmore, da British Geriatrics Society e da Queen's University Belfast, na Irlanda do Norte, disse que o melhor conselho até agora é: "manter o coração saudável para evitar danos ao cérebro".
"Evite a obesidade, não fume, faça exercícios regularmente, controle a pressão sanguínea, o açúcar e o colesterol. Isso tem poucas chances de fazer mal e pode até fazer bem!"
Como cuidar eficazmente
A demência tem custos imensos para a sociedade, mas as contas médicas respondem por uma porção pequena do custo total. O custo real está no tempo passado em casas para idosos e na renda perdida por familiares que abandonam seus empregos para cuidar de parentes doentes.
As pesquisas também precisam ser direcionadas para a busca da melhor maneira de se cuidar de pacientes com demência. E também de preservar a independência do paciente pelo maior tempo possível. Estudos já mostraram que a ingestão de remédios antipsicóticos pode ser cortada pela metade se equipes que trabalham com os pacientes receberem o treinamento adequado.
Doug Brown, da Alzheimer's Society, disse que talvez um dos campos mais fáceis de pesquisa sobre demência seja o estudo de como cuidar dos pacientes. "Podemos fazer muitos estudos sobre a assistência e os cuidados que oferecemos às pessoas com demência hoje para que vivam da melhor forma possível".