hpvA um mês do início da vacinação gratuita contra o HPV, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) reforça a importância da imunização contra o vírus que pode provocar o câncer de colo de útero. A eficácia da vacina é de 98,8% contra a doença. A partir de março, a dose contra o HPV vai estar disponível para meninas de todo o Brasil com idades de 11 a 13 anos.

 

 

A coordenadora de Imunização da Sesapi, Doralice Lopes, reforça que os municípios terão participação importante neste processo e, segundo a coordenadora, foi dividido pelo Ministério da Saúde em três etapas.

 

“O Ministério da Saúde vai utilizar o esquema estendido que é a aplicação da primeira dose em março, a segunda dose seis meses depois e, uma terceira dose, cinco anos após a primeira dose. À medida que expandimos esse espaço entre as doses, nós aumentamos a eficácia da vacina e, assim, nossas alunas e futuras mulheres estarão devidamente protegidas contra o câncer do colo do útero", destaca.

 

A vacina contra o HPV é segura e tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. De acordo com a coordenadora de Imunização Doralice Lopes, a vacina tem a intenção de proteger o público feminino das escolas contra o câncer do colo do útero.

 

"Já enviamos todas as informações necessárias sobre o HPV aos principais municípios do Estado e a intenção é de que possamos contar também com as secretarias municipais de Educação, já que as vacinas serão aplicadas nas escolas e nas unidades de saúde desses municípios. Queremos cobrir todo o Estado com a parceria dos gestores para um melhor resultado”, avalia Doralice Lopes.

 

A vacina contra o HPV não elimina o uso de camisinha nas relações sexuais. Além disso, é preciso manter as ações já adotadas para prevenir o câncer de colo de útero, como o exame Papanicolau. Meninas de 11 a 13 anos devem tomar a vacina contra HPV nas escolas e unidades de saúde do SUS a partir do dia 10 de março.

 

Govpi

 

 

O médico cubano Ortelio Jaime Guerra é mais um a deixar o Programa Mais Médicos. O médico trabalhava em Pariquera-Açu, no estado de São Paulo, para onde havia sido designado. A prefeitura confirma, mas não detalha a saída do médico. O Ministério da Saúde, por meio da assessoria, diz que está levantando informações sobre o que ocorreu. Nas redes sociais, o médico informa que está nos Estados Unidos.

 

Guerra publicou na internet uma mensagem aos "amigos de Pariquera-Açu". Ele disse que teve que ir embora sem falar com ninguém por questões de segurança. Ele agradece a bondade e o amor dos colegas e promete voltar um dia para visitá-los. O médico diz também que está bem, que considera essa uma atitude necessária, mas que sempre terá orgulho de Cuba, "mi terra y mis raíces [minha terra e minhas raízes]". Guerra comentou que uma foto, postada no dia 2 deste mês, foi tirada em uma das últimas noites em São Paulo.

 

Em outro caso de cubano que abandona o programa, a médica Ramona Matos Rodriguez chegou a Brasília no dia 1º, depois de deixar o município paraense de Pacajá, onde prestava serviços. A cubana se disse enganada pelo governo de Cuba e alegou receber US$ 400, valor aquém dos R$ 10 mil recebidos pelos demais participantes do programa.

 

Além das deserções, o programa apresenta problemas na hora de ofertar alojamento, alimentação e transporte aos profissionais. Pelas regras do Mais Médicos, isso compete aos municípios. Segundo o Ministério da Saúde, todas as prefeituras que não estão cumprindo essas contrapartidas estão sendo notificadas. Elas têm cinco dias para oferecer uma resposta e 15 dias para solucionar os problemas. O município que não cumprir o prazo será descredenciado e os médicos realocados.

 

 

Segundo o Ministério da Saúde, 37 prefeituras foram acusadas de irregularidades. Dessas, 27 regularizaram a situação. Uma, no entanto, a de Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, foi desligada do programa. Além dos dois médicos que abandonaram o programa, 22 cubanos se desligaram regularmente do Mais Médicos e retornaram ao seu país.

 

 

 

Agenciabrasil

Você é uma pessoa que pensa demasiadamente a respeito dos problemas de sua vida? A preocupação excessiva ou generalizada pode ser a causadora de diversos problemas psicológicos e psiquiátricos. Parar de se preocupar (ou se preocupar menos) é um exercício diário que sempre procuro ensinar aos meus pacientes.

 

 

Se uma pessoa dessas, por exemplo, é questionada a respeito do assunto, provavelmente responde que vive desta forma (“pensando muito”), pois, ao antecipar qualquer situação negativa, estará mais preparada psicologicamente para lidar com as situações adversas que venha a encontrar no futuro. Entretanto, o que a maioria das pessoas ainda não sabe é que isso pode, na verdade, tornar-se um círculo vicioso e trazer ainda mais adversidades.

 

Entretanto, se você parar por um minuto e monitorar seu pensamento, irá perceber que esse “estilo'' de pensar, na realidade, raramente é positivo, pois ninguém que se preocupa demais imagina coisas boas acontecendo.

 

Algumas pessoas me dizem, inclusive, que antecipar os movimentos da vida é uma característica positiva, o que eu discordo profundamente, pois o círculo vicioso da preocupação, além de trazer mais desconforto emocional, não é algo que se interrompe da noite para o dia. Quem prevê coisas ruins acontecendo no trabalho, por exemplo, naturalmente passa a prever coisas ruins no seu dia a dia, com a família, com os amigos, e assim sucessivamente até o ponto em que sua autoestima fica contaminada.

 

É exatamente essa “falta de freios” que pode levar ao desenvolvimento de muitos problemas psicológicos. O estresse e a ansiedade são alguns deles. Mas esse processo pode desencadear ainda muitos outros problemas. Eu explico.

 

Ansiedade generalizada e depressão

 

Algumas pessoas que se preocupam constantemente podem acabar desenvolvendo o que chamamos de Transtorno de Ansiedade Generalizada, que é uma preocupação excessiva, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo e vem acompanhada por alguns sintomas como inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e, finalmente, perturbação do sono.

 

Outras ainda, ao “ruminar” os problemas reais ou imaginados, acabam desenvolvendo a Depressão, que consiste em uma grande expectativa negativa a respeito do presente, do futuro, afetando a visão pessoal e sua capacidade de enfrentamento das adversidades da vida.

 

Assim, eu lhe pergunto: Como contornar esse problema? Como se preocupar menos?

 

Um simples exemplo é visto muito frequentemente na população mais idosa. Caso você não saiba, os níveis de preocupação em pessoas com mais de 60 anos é muito menor do que pessoas com idade entre 16 e 29 anos (onde há picos de pensamentos antecipando o futuro e ruminação dos problemas atuais).

 

O que ocorre nestes casos é que, aos poucos, as pessoas mais velhas passam a entender que os altos e baixos fazem parte da vida emocional de qualquer um e, portanto, é fundamental lidar com a realidade circundante de forma mais serena.

 

O que fazer?

 

Então vamos a um dos exercícios que deveria ser feito cotidianamente para quem se preocupa demais. Uma dica valiosa é reavaliar nossas “crenças” a respeito do que é bom e mau na nossa vida.

 

Saiba que nossa cognição (pensamento) contém um determinado filtro, que é desenvolvido ao longo de nossa vida e, desta forma, “enxergamos” a realidade através desta lente de valores, que é única e pessoal, o tão chamado “ponto de vista”. Assim sendo, criamos nossas verdades que, muitas vezes, estão enviesadas e raramente representam a realidade pura. Por isso é que muito dificilmente encontramos alguém que pense e enxergue as coisas da nossa maneira.

 

Uma das grandes dicas de uma psicoterapia, portanto, é aprender a perceber este “filtro” mental em atividade, pois, ao fazê-lo, diminuímos nossas crenças irracionais a respeito da vida e de nós mesmos.

 

Assim, de vez em quando, pare e procure se automonitorar (isto é, pense sobre seu pensamento) e veja qual estilo ou tendência ele apresenta.

 

Se é de um estilo “catastrófico” onde você prevê o futuro negativamente, sem considerar outros resultados mais prováveis (“se eu não for bem na prova, estarei seriamente comprometido”); se é do tipo “tudo ou nada” onde você vê uma situação apenas em duas categorias (“se eu não for um sucesso total, serei um fracassado”), do tipo que “desqualifica as coisas positivas”, onde, de forma não razoável, você diz a si mesmo que experiências, atos ou qualidades positivas não contam (“não é por que eu fiz esse trabalho de maneira correta que sou um bom profissional”); ou ainda do tipo que evoca uma “visão em túnel”, onde você vê  apenas os aspectos negativos da situação (“o professor de meu filho não sabe fazer nada direito. Ele ensina muito mal”).

 

Saiba que é normal pensarmos coisas adversas, entretanto, quando os estilos negativos de pensar são irracionais e desproporcionais, nos trazem então um aumento do mal-estar. Assim sendo, da próxima vez que não se sentir bem, pergunte-se: “O que eu estava pensando neste momento que me fez sentir assim?”.

 

Isso irá ajudar-lhe bastante, pois rapidamente você conseguirá entender esta “tendência” desadaptativa que, possivelmente, é generalizadora.

 

Enfim, independente dos nomes que damos a estes pensamentos, o mais importante é que você aprenda a perceber esta tendência mental que possui e que, muitas vezes, funciona de maneira silenciosa, trazendo-nos muito desconforto emocional.

 

Outra dica boa: tente limitar o tempo e momentos que você passa pensando no futuro. Determine um horário, ou um dia, onde você não pensará a respeito.

 

E, finalmente, ocupe-se com coisas positivas. Sim, se você pensa demais em problemas, está faltando algo que tire sua atenção desse pensamento negativo. Faça – ou descubra – algo que distraia sua mente de maneira construtiva. Permita-se desligar do mundo ao seu redor, vez ou outra. Isso é muito bom.

 

Conclusão: Preocupe-se menos e proteja-se contra problemas de saúde mental, eu pessoalmente lhe recomendo muito isso.

 

 

“O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sábia e seriamente o presente” – Buda.

 

 

Psicológo Cristiano Nabuco

sucoUm teste realizado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mostra que nem todo néctar de fruta de caixinha vendido nos supermercados possui a quantidade de polpa ou suco exigida por lei.

 

 

O instituto analisou 31 amostras de néctares de sete marcas: Activia, Camp, Dafruta, Dell Vale, Fruthos, Maguary e Sufresh, em diferentes sabores, para verificar se os produtos cumprem os principais requisitos exigidos pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

 

Todas as amostras foram aprovadas na maioria dos quesitos técnicos, como acidez total. Porém, no que diz respeito à quantidade de fruta, 10 produtos (ou 32% das amostras) foram reprovados em relação ao teor de polpa ou suco de fruta exigido pela legislação. Segundo a norma atualmente em vigor, o percentual mínimo de fruta varia de 20% a 40%, dependendo do sabor do néctar.

 

A Maguary teve o pior resultado: três dos cinco néctares da marca avaliados têm uma quantidade menor de fruta do que o esperado. As marcas Camp, Dafruta, Fruthos e Sufresh tiveram, cada uma, os sabores de manga e pêssego reprovados nesse quesito. Somente as bebidas da Activia e da Dell Vale foram aprovadas em todos os sabores.

 

Néctar ou suco

 

Para Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec, é importante que os consumidores entendam as diferenças entre o néctar e o suco. Para ser chamada de "suco", a bebida deve ser composta praticamente só de fruta (e de água, em alguns casos) e não pode conter substâncias "estranhas"; já o néctar, além de apresentar só uma parcela de fruta, ainda contém açúcar e aditivos químicos, como corantes e antioxidantes.

 

Os néctares com sabor de manga e pêssego da marca Camp foram reprovados, pois ambos precisam ter 40% de teor de fruta, mas tinham apenas 25%. As bebidas de manga e pêssego da Dafruta também foram reprovadas com apenas 25% e 30%, respectivamente.

 

A marca Sufresh também teve dois sabores reprovados no teste, manga e pêssego, pois deveriam ter 40% de teor de fruta, mas tinham 25% e 20% cada. O néctar de manga da Fruthos também tem teor de fruta menor que o recomendado, apenas 30%.

 

Três néctares da Maguary foram reprovados: o de manga, que deveria ter 40% do teor de fruta, mas só apresenta 30%, o misto de maçã e maracujá e de maça e pêssego, que deveriam ter 30%, mas só têm 20%.

 

Outro lado

 

Em nota, a General Brands, da marca Camp, informa que "todas as medidas necessárias à verificação dos produtos apontados na análise estão sendo tomadas para atender às exigências que lhe são impostas e que são de praxe frente aos cuidados  que tem para com seus consumidores".

 

A Ebba, responsável pelas marcas Maguary e Dafruta, afirma que todos os néctares que foram analisados apresentam o percentual de fruta correto, conforme estabelecido pela legislação em vigor. Em nota, a empresa afirma que a comprovação veio por meio de laudos de contraprova de testes feitos pelo laboratório independente da Unesp.

 

A WOW! Nutrition, da marca Sufresh, ressaltou em nota que preza pela qualidade de seus produtos e pelo respeito aos direitos dos consumidores, seguindo estritamente a legislação. "Sendo assim, a empresa informa que conduzirá novas análises nos néctares avaliados pelo IDEC e, caso sejam comprovadas as divergências apontadas pelo instituto, a empresa tomará as medidas necessárias para manter seus produtos adequados à legislação vigente".

 

Açúcar

 

O instituto também chama atenção para a grande quantidade de açúcar presente nessas bebidas. Atualmente, a legislação brasileira não obriga que os fabricantes declarem o teor de açúcar na tabela nutricional. "O tema tem sido discutido pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], mas ainda aguarda discussão e aprovação de todos os países que fazem parte do Mercosul para que alguma mudança aconteça", destaca a nutricionista do Instituto.

 

A quantidade de açúcar presente nos néctares foi um dos itens avaliados no teste. Como não existe um parâmetro nacional para a avaliação do teor desse ingrediente, o Idec utilizou como base o do semáforo nutricional, um esquema de rotulagem criado no Reino Unido que, por meio das cores vermelho, amarelo e verde, informa quais os teores de determinados nutrientes no alimento. No caso de açúcar, a presença de até 5 g/100 g é avaliado como verde (baixo teor); entre 5,1 e 12,4 g/100 é amarelo (médio teor) e 12,5 g/ 100 g é vermelho (alto teor).

 

O teste identificou a quantidade de "açúcares totais", o que inclui o açúcar da própria fruta e o adicionado pelo fabricante. Todas as bebidas avaliadas apresentam concentração média ou alta de açúcar, de acordo com os critérios do semáforo nutricional.

 

As únicas marcas que tiveram todos os sabores aprovados em relação à quantidade de fruta, a Activia e a Dell Vale, figuram entre as que têm os néctares mais açucarados. O Dell Vale sabor uva, por exemplo, tem 13,31 g desse ingrediente em cada 100 ml, e o Activia sabor uva, quase o mesmo: 13,04 g/100 ml. Ambos foram classificados como "vermelho".

 

A maior parte das amostras avaliadas (67%) receberia a cor amarela em relação ao açúcar, o que, tal qual no trânsito, significa "atenção" ou, no caso específico, "consuma com moderação". O néctar que apresentou a menor concentração de açúcar foi o Fruthos de laranja, com 7,11 g/100 ml, ainda assim classificado como amarelo.

 

 

Como o consumo excessivo de bebidas industrializadas açucaradas é um dos fatores responsáveis pelo aumento de casos de obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, a nutricionista sugere que os consumidores deem preferência ao bom e velho suco espremido em casa.

 

Uol

Foto: divulgação