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Mais de cem especialistas e organizações internacionais em saúde infantil pediram ao Facebook que extinga seu recém-lançado aplicativo de mensagens voltado a crianças com menos de 13 anos, o Messenger Kids.

 

Em uma carta aberta a Mark Zuckerberg divulgada nesta terça-feira, os especialistas e grupos de proteção à infância afirmam que o Messenger Kids é uma iniciativa "irresponsável" que almeja estimular as crianças pequenas a usar o Facebook.

 

O argumento dos signatários da carta é de que crianças pequenas não estão prontas para ter contas em redes sociais.

 

"O Messenger Kids provavelmente será a primeira plataforma de redes sociais amplamente usada por crianças de 4 a 11 anos. Mas um crescente número de estudos demonstra que o uso excessivo de aparelhos digitais e de redes sociais é danoso para crianças e adolescentes, o que torna bastante provável que o novo aplicativo prejudique o desenvolvimento saudável dessas crianças", diz a carta aberta.

 

   "Crianças pequenas não têm idade para navegar nas complexidades dos relacionamentos online, que frequentemente derivam em mal-entendidos e conflitos até mesmo entre usuários com maturidade."

 

O Messenger Kids foi anunciado em dezembro como uma "solução divertida e segura" para que crianças conversem, via vídeo ou chat, com amigos e familiares. É uma versão simplificada do Messenger, que no entanto exige consentimento parental antes do uso e cujos dados gerados não são usados para publicidade dirigida.

 

"Após conversar com milhares de pais, associações parentais e especialistas em paternidade nos EUA, descobrimos que havia a necessidade de um aplicativo de mensagens que permitisse às crianças se conectar com as pessoas que amam, mas também tivesse o nível de controle desejado pelos pais", dizia comunicado de dezembro do Facebook.

 

Em resposta à carta aberta desta terça, o Facebook afirmou que "desde o lançamento, em dezembro, temos escutado de pais ao redor dos EUA que o Messenger Kids os ajuda a manter contato com seus filhos e que seus filhos mantenham contato com familiares, perto ou longe. Soubemos, por exemplo, que pais que trabalham à noite agora podem contar histórias de ninar para seus filhos; que mães em viagens profissionais estão tendo atualizações diárias de seus filhos enquanto estão longe".

 

Mas a carta aberta questiona a necessidade de o Facebook oferecer esse serviço. "Para conversar com familiares e amigos à distância não é necessário ter uma conta no Messenger Kids. As crianças podem usar as contas dos pais no Facebook ou no Skype. Eles também podem simplesmente telefonar."

 

A carta menciona também pesquisas científicas segundo as quais o uso de redes sociais aumenta os riscos de depressão e de ansiedade entre adolescentes.

 

"Adolescentes que passam uma hora por dia conversando em redes sociais dizem ter menos satisfação com praticamente todos os aspectos de sua vida diária", diz a carta.

 

"Crianças da 8ª série (entre 13 e 14 anos) que usam redes sociais de seis a oito horas por semana têm 47% mais chances de se considerarem infelizes do que seus amigos que usam as redes sociais com menor frequência."

 

Os especialistas citam também um estudo feito com meninas de 10 a 12 anos. "Quanto mais elas usavam redes como o Facebook, maior era sua tendência a idealizar a magreza, preocupar-se com sua aparência e fazer dietas".

 

Outras estatísticas mencionadas apontam que:

 

- 78% dos adolescentes checam seus telefones a cada hora

 

- 50% deles se dizem viciados em seus telefones

 

- Metade dos pais afirma que é uma "batalha constante" controlar o tempo gasto pelos filhos diante de telas

 

Além disso, os especialistas questionam a alegação de que o Messenger Kids vai atrair, de forma segura, usuários infantis que mentiam sua idade para abrir contas em outras redes sociais.

 

"Crianças de 11 ou 12 anos que já usam o Snapchat, Instagram ou Facebook dificilmente vão migrar para um aplicativo que é claramente voltado para crianças menores. O Messenger Kids não está respondendo a uma necessidade - está criando uma."

 

A carta termina afirmando que "seria melhor deixar as crianças pequenas em paz para que se desenvolvam sem as pressões derivadas do uso das redes sociais. A criação de crianças na era digital já é difícil o bastante. Pedimos que vocês não usem os enormes alcance e influência do Facebook para tornar esse trabalho ainda mais difícil."

 

BBC

genetcA diferença entre o remédio certo, que resolve o problema, e o remédio errado, que não fez nenhum efeito, pode ser o seu DNA. O teste pode ajudar na escolha até para os remédios contra a depressão.

 

Cerca de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão. Segundo a OMS, 5% da população mundial. Para tratar a doença, existem alguns tipos de remédio. O psiquiatra tem que avaliar bem os sintomas do paciente para escolher o remédio mais adequado. Não é fácil acertar. Por isso, a importância do teste genético. O teste de DNA fornece ao psiquiatra um perfil detalhado de 18 genes ligados à saúde mental. Ele indica quais os remédios que funcionam e quais não fazem efeito.

 

Cada código genético é constituído por bilhões de letras e cada sequência forma um gene. Se a sequência de uma pessoa é ABC e ela tiver AB ou ACD, houve mutação, que não significa uma doença, necessariamente. Após a investigação é possível afirmar se está correlacionada com alguma doença ou se é apenas uma característica.

 

O teste também pode te ajudar a tomar o remédio certo pra parar de fumar, como mostrou uma pesquisa da Incor. O estudo selecionou mil pacientes. Através das características genéticas viram qual medicamento é melhor para cada um. O estudo ainda está em andamento, mas os cientistas já comemoram porque a maioria dos pacientes conseguiu parar de fumar.

 

A genética também tem sido usada em tratamentos de câncer. São duas frentes: os testes para saber a predisposição para um câncer (para se prevenir) e testes genéticos que avaliam o tumor (melhor tratamento).

 

G1 bem estar

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ontem (29) sobre a resistência generalizada aos antibióticos que são usados para combater bactérias que causam várias infeções. Os mais frequentes microrganismos causadores de doenças são a Escherichia coli, que provoca infeções do trato urinário, e as bactérias Klebsiella pneumoniae, a Staphylococcus aureus e a Streptococcus pneumoniae, que causam a pneumonia, seguidas pela salmonella. A informação é da ONU News.

 

A OMS lançou no início desta semana o Sistema Mundial de Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos, visando "padronizar a coleta de dados dos países para dar uma imagem mais completa dos padrões e tendências" referentes ao assunto.

 

Segundo a agência da ONU, o sistema não inclui dados sobre a resistência da bactéria que provoca a tuberculose, a Mycobacterium tuberculosis, porque o relatório global sobre a doença já inclui essas atualizações desde 1994.

 

Um estudo da OMS analisou pacientes com suspeita de infeção sanguínea em diversos países, onde as bactérias resistentes a pelo menos um dos antibióticos variou de zero a 82%. A agência revelou ainda que a resistência à penicilina, usada há décadas para tratar a pneumonia, variou de zero a 5% entre os países que reportaram sua situação. E uma proporção entre 8% a 65% de infectados pela bactéria E. Coli apresentou resistência ao antibiótico ciprofloxacina que trata a infecção.

 

Brasil e Moçambique

Brasil e Moçambique sãos os únicos países de língua portuguesa incluídos no Sistema Global de Vigilância Antimicrobiana da OMS, que envolve 25 países de alta renda, 20 de renda média e sete de baixa renda. Timor-Leste está ainda por adotar as regras do sistema de vigilância nacional. A OMS disse apoiar os países a criarem esses guias para que haja dados confiáveis e significativos sobre a sua situação.

 

Da ONU News

vacfebamarelaA Fundação Oswaldo Cruz inicia no próximo ano testes clínicos com dois novos modelos de vacina contrafebre amarela. A ideia é ampliar o arsenal de prevenção contra a doença, provocada por um vírus cuja circulação está em constante expansão.

 

Um dos projetos está sob o comando da Fiocruz de Pernambuco. O centro estuda a eficácia de um imunizante preparado com base no material genético do vírus. No segundo projeto, desenvolvido na Fiocruz do Rio, pesquisadores trabalham em um modelo feito com base no vírus de febre amarela inativado. A vacina atual, de 1937, utiliza o vírus atenuado — em que o vírus está vivo, mas sem possibilidade de produzir a doença.

 

O vice-presidente da Fiocruz, Marco Krieger afirmou que os projetos em andamento não têm como objetivo, necessariamente, substituir a vacina atual. “Ela tem um efeito protetor muito alto. Novas vacinas produzidas com outras tecnologias geralmente não têm uma eficácia tão elevada”, disse. A vacina atual somente seria totalmente substituída por modelos mais recentes caso a proteção alcance o mesmo nível, conta.

 

Embora tenha um alto efeito protetor, a vacina atual tem algumas limitações. Ela exige uma fábrica de grandes proporções para ser formulada, o processo de fabricação é relativamente demorado e, principalmente, não é indicada para toda a população. Por ser feito com vírus atenuado, o imunizante não deve ser aplicado em pessoas idosas ou com doenças que comprometem o sistema imunológico, por exemplo. “Os efeitos graves são registrados a cada 400 mil doses. Mortes são raras, mas podem ocorrer”, explica Krieger. Em São Paulo, quatro óbitos já foram relatados em pessoas que tiveram reação à vacina.

 

Os modelos em estudo, se considerados eficazes e seguros, poderão ser usados justamente em pessoas que hoje não podem ser imunizadas contra febre amarela, por causa das contraindicações. A expectativa é de que, ao contrário do que ocorre com a vacina atual, novos imunizantes tenham de ser aplicados com dose de reforço. “Vacinas com formulação mais recente, como a de HPV, por exemplo, precisam de mais de uma dose para trazer a proteção considerada ideal. Isso pode ocorrer com os modelos que estamos avaliando”, ressalta o vice-presidente.

 

As novas vacinas seriam aplicadas em pessoas que apresentam contraindicação ou ainda como uma primeira dose, que antecederia uma aplicação anos depois da vacina feita com vírus atenuado. Nessa estratégia, há também uma tentativa de reduzir os efeitos colaterais.

 

Se não houver surpresas no cronograma, uma nova vacina poderá estar disponível em dez anos. Krieger afirma que novos protocolos de prevenção poderão ser adotados. Nesse cardápio de possibilidades estaria o uso das vacinas com doses combinadas, indicações de imunizantes diferentes, de acordo com o perfil da população e, em casos de necessidade, como ocorre agora no país, o fracionamento das doses.

 

Krieger afirma também não haver no momento estudos que avaliem o uso da dose fracionada da vacina de vírus atenuado como praxe. Pesquisas realizadas até agora mostram que o uso de até um décimo da vacina traz um efeito protetor contra a doença por, pelo menos, oito anos. Embora os estudos tenham indicado que um décimo já seria suficiente para tornar a pessoa protegida contra a febre amarela, o Ministério da Saúde optou por fazer fracionamento com um quinto da dose integral por precaução e por questões logísticas.

 

Demanda alta

Com o avanço da circulação do vírus, cresce também a necessidade de se imunizar um grupo cada vez maior de pessoas, sobretudo residentes em áreas que tradicionalmente eram consideradas livres de risco da doença. “A estimativa é de que, para atender à demanda mundial da próxima década, a produção brasileira precisaria ser dez vezes maior”, afirmou Krieger.

 

Pelos cálculos, o ideal é que em dez anos 1,5 bilhão de pessoas sejam vacinadas. O Brasil é o maior produtor de imunizante. Tradicionalmente, o país exportava até 20 milhões de doses anuais de vacina contra febre amarela. Com a epidemia registrada no ano passado, a pior da história, com 777 casos confirmados, a exportação foi interrompida.

 

Este ano, foi retomada, mas, diante do avanço da circulação do vírus e da necessidade de se vacinar áreas populosas, e com fracionamento, a exportação será de apenas 1 milhão de doses. Krieger afirma que nos últimos anos a Fiocruz conseguiu dobrar a capacidade de produção de matéria-prima. Com a expectativa de funcionamento de uma nova fábrica, alugada da Libbs, a estimativa é de que a produção seja duplicada.

 

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Foto: reuters