A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou terapia inédita para a dermatite atópica, um tipo de inflamação crônica de pele comum com pessoas com tendência a desenvolver alergias.
Trata-se do Dupixent (dupilumabe), que faz parte da classe dos medicamentos biológicos. Essas drogas são feitas a partir de organismos vivos geneticamente modificados para produzir o princípio ativo do remédio.
No caso do dupilumabe, a droga é um anticorpo monoclonal, um clone da célula de defesa humana alterada para inibir a ação de substâncias envolvidas no desenvolvimento da doença.
A aprovação da substância foi divulgada pela Anvisa na segunda-feira (11) e o registro foi dado à empresa francesa Sanofi-Aventis. O medicamento foi aprovado no final de setemtro nos Estados Unidos e em julho desse ano na Europa.
As irritações de pele provocadas pela dermatite atópica costumam aparecer atrás dos joelhos, na parte frontal dos cotovelos, nas mãos e nos braços. A droga é voltada para casos mais graves da doença em adultos.
O Conselho Federal de Medicina determinou que pacientes com suspeita de morte encefálica deverão ser observados e tratados por no mínimo seis horas antes do início do protocolo que confirmava ou não a falta de atividade cerebral.
Antes, o protocolo para determinar a ausência de atividade no cérebro era iniciado imediatamente. Agora, pacientes obrigatoriamente devem ser tratados por no mínimo seis horas a partir da suspeita e, só aí, os exames de confirmação podem ser feitos.
Somados os periodos, a determinação da morte cerebral só poderá ocorrer após sete horas (seis horas de observação + uma hora de exames).
A suspeita da morte cerebral começa quando o médico observa alguns sinais. São eles:
Coma não perceptivo (coma profundo);
Falta de reatividade supraespinhal (ausência de reflexos motores);
Apneia (ausência de respiração) persistente;
Presença de lesão encefálica de origem conhecida e irreversível;
Temperatura corporal acima de 35 °C.
Resumo das novas regras
Como era: O médico suspeitava de morte cerebral e poderia começar imediatamente o protocolo de confirmação
Como fica: Após a suspeita, o paciente deve ter acesso a todos os tratamentos possíveis por no mínimo seis horas. Passado esse período, o processo de confirmação pode ser iniciado
Nos últimos 20 anos, houve mais de 100 mil diagnósticos de morte encefálica no país. Nenhuma delas, de acordo com o CFM, foi contestada.
As novas normas devem ser publicadas em até 72 horas no Diário Oficial da União e alteram as regras atuais, vigentes desde 1997.
De acordo com o relator da nova resolução, Hideraldo Cabeça, as novas normas dão maior segurança ao procedimento. Além de neurologistas, também estarão habilitados a diagnosticar morte encefálica intensivistas, intensivistas pediátricos, neurocirurgiões e médicos de emergência. Familiares também poderão indicar um profissional de confiança.
Aparelhos serão desligados após a confirmação
O Conselho Federal de Medicina citou também sobre um decreto que será publicado nos próximos dias pelo Ministério da Saúde.
Segundo o documento, passado o período de tratamento e confirmação da morte, não será mais possível que o paciente fique no hospital com os aparelhos ligados.
Antes, o médico deveria aguardar uma posição da família. Agora, se não for possível a doação de órgãos -- seja pela decisão de familiares ou por circunstâncias da morte -- os aparelhos serão desligados após o período de tratamento e confirmação.
Alimentos como leite, queijo, requeijão e iogurte costumam estar presentes na mesa dos brasileiros, mas, para muitas pessoas, eles podem causar náuseas, diarreia, excesso de gases e dor de estômago, entre outros incômodos. Isso pode ser sinal de intolerância a lactose, que é a dificuldade em digerir o açúcar presente nesses alimentos.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, a intolerância à lactose atinge 35% dos brasileiros acima dos 16 anos (cerca de 53 milhões), sendo que a doença apresenta maior incidência em mulheres (59% dos casos).
Por isso, a nutricionista responsável pelo Ambulatório de Nutrição do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Kátia Terumi Ushiama, esclarece dúvidas sobre o problema e afirma que o diagnóstico não deve ser sinônimo de desespero. saiba mais a seguir:
É preciso viver para sempre sem lactose. MITO.
A nutricionista explica que, no tratamento inicial, é retirada toda a lactose da dieta para reduzir o desconforto, como gases e inchaço abdominal.
— Após liberação médica, é possível tentar a reintrodução de alguns derivados do leite, como queijos e iogurtes, de forma gradativa para observar a tolerância do paciente
A quantidade de lactose muda conforme o alimento. VERDADE.
Alguns derivados contêm menos lactose e podem ser tolerados, por isso é preciso reintroduzi-los aos poucos, para detectar o nível de intolerância de cada pessoa, afirma Kátia.
— Não é possível definir uma dosagem exata de ingestão diária, pois não se pode mensurar a quantidade de lactase [enzima que digere a lactose] que o indivíduo produz
Produtos sem lactose têm menos cálcio. MITO.
— A exclusão inicial de leite e seus derivados da alimentação não está diretamente relacionada à deficiência de cálcio na dieta. Esses produtos não apresentam diferença no teor do mineral em suas composições
Substituir lácteos por leites vegetais merece atenção. VERDADE.
A especialista ressalta que se a pessoa optar por não consumir lácteos sem lactose, a substituição por leites vegetais, como soja e arroz, pode ser feita, porém, é preciso incluir fontes vegetais que contenham cálcio, folhas verde-escuras, sementes e oleaginosas, como castanhas e nozes
Evitar é a melhor saída. VERDADE.
Mesmo que de forma não tão aparente, alguns alimentos possuem grande quantidade de lactose em sua produção e devem ser evitados, alerta Kátia.
— Nesta lista estão pudins, flans, sorvetes cremosos, chocolates ao leite, manteiga, preparações com creme de leite, molho branco e gratinados
O defeito genético que causa a doença degenerativa de Huntington pode ser corrigido em pacientes pela primeira vez, segundo soube a BBC.
Uma droga experimental, injetada no fluido espinhal, conseguiu baixar, com segurança, os níveis de proteínas tóxicas no cérebro.
A equipe de pesquisa, da Universidade College London, diz que agora há esperança de que a doença fatal possa ser parada.
Especialistas dizem que esse pode ser o maior avanço já visto na área de doenças degenerativas nos últimos 50 anos.
Huntington é uma das doenças mais devastadoras. Alguns pacientes a descrevem como Parkinson, Alzheimer e doença do neurônio motor todas juntas.
Peter Allen, 51 anos, está nos estágios iniciais do Huntington e fez parte dos experimentos: "Você pode ficar em um estado praticamente vegetativo, é um fim horrível".
A doença afeta famílias. Peter viu sua mãe Stephanie, seu tio Keith e sua vó Olive morrerem dessa forma.
Testes médicos mostraram que sua irmã Sandy e seu irmão Frank também vão desenvolver a doença.
Os três irmãos têm oito filhos — todos jovens adultos, cada um com 50% de chance de ter Huntington.
Cada vez pior
A morte de células cerebrais na doença de Huntington faz com que os pacientes entrem em um declínio permanente, afetando seu movimento, comportamento, memória e capacidade de pensar com clareza.
Peter, de Essex, Reino Unido, falou: "É muito difícil ter essa coisa degenerativa dentro de você. Você sabe que o seu dia foi melhor do que o próximo será". O mal de Huntington é provocado por um erro em uma seção de DNA chamada gene huntingtina e geralmente afeta as pessoas no auge da vida adulta - entre os 30 e os 40 anos.
Cerca de 8,5 pessoas no Reino Unido tem Huntingon e outras 25 mil vão desenvolver a doença quando ficarem mais velhos. Pacientes morrem 10 ou 20 anos depois do início dos sintomas.
Normalmente, esse gene contém as instruções para fabricação de uma proteína, também chamada de huntingtina, que é vital para o desenvolvimento do cérebro.
Mas um erro genético corrompe a proteína huntingtina e a transforma em uma assassina de células cerebrais.
O tratamento é destinado a silenciar esse gene.
Nos experimentos, 46 pacientes tiveram o medicamento injetado no líquido que banha o cérebro e a medula espinhal.
O procedimento foi realizado pelo Centro Neurológico Experimental Leonard Wolfson, no Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia de Londres.
Os médicos não sabiam o que poderia ocorrer. Um receio era que a injeção da droga pudesse provocar uma meningite fatal.
Mas o primeiro teste em humanos demonstrou que a droga era segura, bem tolerada por pacientes, e que reduzir significativamente os níveis de huntingtina no cérebro.