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fabrazymeA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta segunda-feira (19) que permitirá ao Ministério da Saúde prosseguir com o processo de importação dos medicamentos Aldurazyme, Fabrazyme e Myozyme, todos de alto custo e voltados a pacientes com doenças raras.

 

A importação dos medicamentos está suspensa porque, segundo a Anvisa, a empresa vencedora da licitação, a Global Gestão em Saúde S. A, não possui a documentação necessária para comprovar a segurança na distribuição dos medicamentos, chamada de Declaração do Detentor do Registro (DDR).

 

A exigência desta licença causou uma intensa batalha jurídica, inclusive entre a Anvisa e o Ministério da Saúde, que chegou a criticar a agência por dificultar a importação dos medicamentos. A Anvisa, porém, afirma que tal exigência não é uma mera "burocracia", mas sim a única forma de garantir que o remédio é "efetivamente legítimo, não é uma falsificação".

 

A decisão da agência de liberar a importação dos medicamentos, ainda que sem a licença, foi tomada após duas decisões judiciais. Na última sexta-feira, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) determinou que a Anvisa procedesse com a concessão da licença, sob pena de multa e de prisão ao presidente da agência, Jarbas Barbosa.

 

Já neste domingo, o juiz Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara Federal do Distrito Federal, também determinou que a Anvisa dispensasse a Global Gestão em Saúde S. A da exigência de apresentar a documentação.

 

Apesar de afirmar que irá cumprir a decisão judicial, a Anvisa informou que irá recorrer e que a área jurídica da agência já está analisando a questão.

 

Como o G1 mostrou em janeiro, pacientes com doenças raras, como a 'doença de Fabry', sofreram com a falta desses medicamentos de alto custo, produzidos no exterior. Uma caixa do Fabrazyme, por exemplo, chega a custar R$ 20 mil.

 

A empresa Global Saúde nega irregularidades em seu cadastro e afirma ser credenciada junto à fabricante dos medicamentos Aldurazyme, Fabrazyme e Myozyme. A fabricante dos três medicamentos, a empresa Sanofi Genzyme, informou ao Blog do Matheus Leitão que a Global não está no quadro de credenciadas.

 

futebolinterior

Integral, desnatado, de amêndoas, de arroz, de soja: qual é o seu leite? Quem tem alergia à proteína do leite ou intolerância deve tomar um leite específico? A alergista Ariana Yong e a nutricionista Tania Rodrigues esplicam sobre os tipos de leite.

 

Só os leites de origem animal são classificados como leite. Os demais são bebidas vegetais. Os leites sem lactose têm a mesma quantidade de cálcio que o leite comum. A única diferença é que os produtos sem lactose contêm uma enzima que quebra a molécula de açúcar do leite.

 

Alergia

A alergia é uma reação do corpo às proteínas do leite (caseína, alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobulina). Quem tem a alergia não pode comer nada que contenha o açúcar do leite. Qualquer quantidade é suficiente para causar reação alérgica. Os sintomas variam de acordo com a célula que foi acionada.

 

A reação pode ser em toda parte do corpo. Alguns se confundem com os sintomas da intolerância à lactose. Veja o que pode acontecer: diarreia, dor e distensão abdominal, sangue nas fezes, choque anafilático e falta de ar com tosse.

 

Intolerância

É a dificuldade de digerir a lactose, que é o açúcar do leite. Os sintomas são desconfortáveis, mas não são graves como os da alergia ao leite.

 

São três os tipos de intolerância. A genética é a mais comum e é uma intolerância definitiva. A secundária aguda ou crônica acontece em consequência de uma inflamação no intestino. O outro tipo é a intolerância congênita, que é mais rara.

 

Os principais sintomas da intolerância são abdominais: dor e distensão abdominal, gases, diarreia ou constipação, náusea e vômitos.

 

G1/Bem Estar

aammentatÉ de conhecimento geral que a amamentação é fundamental para a saúde do bebê: a ciência já estabeleceu que é com os anticorpos recebidos da mãe que o recém-nascido desenvolve suas primeiras defesas contra doenças.

 

Outro lado pouco conhecido, entretanto, é que a amamentação também pode contribuir para problemas de saúde.

 

A tendência à obesidade é uma das condições que podem ser "passadas" durante a amamentação, segundo estudo apresentado no ENDO 2018, um dos principais congressos de endocrinologia do mundo, que acontece essa semana em Chicago (EUA).

 

Em estudo em camundongos, cientistas observaram que filhotes amamentados por mães com dietas não saudáveis tiveram maior propensão à obesidade. Um outro achado é que as cobaias tiveram mais tendência à puberdade precoce.

 

A obesidade contribui para maior incidência de câncer, problemas cardiovasculares, diabetes, pressão alta e colesterol alto. Também pesquisas recentes têm demonstrado que a puberdade precoce aumenta o risco de diabetes e problemas reprodutivos mais tarde na vida.

 

O estudo foi coordenado por Mengjie Wang, pesquisadora na Universidade de Toledo, em Ohio. Em nota, ela comenta que a hipótese reforça achados de estudos anteriores, mas ainda deve ser testada em seres humanos para ser considerada válida para nossa espécie.

 

   "Nossos resultados reforçam os resultados de estudos anteriores de que a obesidade infantil causa puberdade avançada e distúrbios metabólicos na idade adulta", disse Wang.

 

Para chegar a essas conclusões, a pesquisadora dividiu um grupo de cobaias em dois:

 

   Um que recebeu alimentação rica em gordura desde a data que deu a luz até o desmame dos filhotes;

 

   O outro grupo teve uma dieta regular durante o mesmo período.

 

Testes feitos com camundongos na idade adulta mostraram que aqueles com mães que se alimentaram de forma não saudável na amamentação tiveram diminuição do tamanho da ninhada e dificuldades de fertilidade.

 

Também ficou demonstrado que esses ratos tinha maior tendência à obesidade e sofriam de intolerância à glicose e insensibilidade à insulina (quando o hormônio usado para metabolizar a glicose não é percebido pelo corpo).

 

Esses são sinais de um possível desenvolvimento de diabetes durante a idade adulta, conclui o estudo.

 

G1

Foto: Pixabay/Divulgação

ornitorrincoOrnitorrincos são criaturas curiosas. Com bico de pato e pés munidos de esporões venenosos, estão entre os poucos mamíferos capazes de colocar ovos.

 

Eles amamentam de uma forma completamente diferente dos outros animais - e isso pode fazer com que se tornem aliados importantes dos cientistas no esforço para combater as superbactérias.

 

Pesquisadores australianos descobriram em 2010 que o leite do ornitorrinco contém uma proteína potente que evita a proliferação desses micro-organismos. O atributo, diz a equipe à frente do estudo, poderia ajudar na luta contra um dos problemas mais urgentes da humanidade: a resistência de bactérias a antibióticos.

 

Agora, eles conseguiram isolar a estrutura da proteína, para entender como ela funciona, e acreditam que a descoberta possa levar à criação de um novo tipo de antibiótico.

 

Ornitorrincos são monotremados, um pequeno grupo de mamíferos que podem botar ovos e produzir leite.

 

Eles não têm mamilos - em vez disso, concentram o leite na barriga e alimentam seus filhotes pelos poros na região. O leite é liberado por eles, como se fosse um "suor", e aí os filhotes são amamentados "lambendo" o líquido da barriga da mãe.

 

Este sistema de amamentação pode estar ligado às propriedades antibacterianas do leite, de acordo com os cientistas. "Ornitorrincos são animais tão esquisitos que faria até sentido eles terem uma bioquímica estranha", afirmou Janet Newman, da Agência Nacional de Ciência da Austrália (CSIRO, na sigla em inglês), coordenadora da pesquisa.

 

Acredita-se que mamíferos tenham desenvolvido mamilos porque seria uma forma estéril de conseguir dar leite para seus filhotes sem contaminá-los com bactérias e outros micro-organismos.

 

No entanto, o leite do ornitorrinco acaba ficando exposto à sujeira de fora, o que deixaria os filhotes correndo risco de serem contaminados por algum agente patológico.

 

A proteína antibacteriana única que o leite dos ornitorrincos possui é a defesa do animal contra isso, conforme explica Julie Sharp, da Deakin University.

"Nós estávamos interessados em examinar a estrutura da proteína e as características dela para encontrar exatamente qual parte da proteína estava fazendo isso", contou.

 

"Os pesquisadores encontraram uma peculiaridade que dizem que nunca foi vista em mais de 100 mil diferentes estruturas de proteínas conhecidas pelos biólogos."

 

Eles a apelidaram de Shirley Temple, por causa de sua forma encaracolada - uma referência à atriz mirim que brilhou nos anos 1930. Newman afirma que a equipe aprofundará os estudos para "buscar informações sobre outras descobertas" nas propriedades do leite do ornitorrinco.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório em 2014 pedindo urgência na prevenção a uma eventual era "pós-antibiótico", em que as infecções mais comuns que haviam sido facilmente tratáveis por décadas poderiam voltar mais fortes e oferecendo até risco de morte.

 

A resistência antimicrobiana ocorre quando as bactérias acumulam uma tolerância contra os antibióticos e passam essa resistência para a próxima geração de bactérias, produzindo superespécies.

 

Segundo o sistema público de saúde da Inglaterra, cerca de um quinto das prescrições de antibióticos são desnecessárias, já que muitos tipos de doença podem ser curados pelo nosso próprio organismo.

 

Estima-se que cerca de 5 mil pessoas morrem na Inglaterra todos os anos como resultado de infecções "resistentes" a remédios. O leite do ornitorrinco poderia ajudar no combate a esse problema, conforme os estudos dos cientistas têm revelado.

 

BBCBrasil

Getty Images/BBC BRASIL