• hospital-de-olhos.jpg
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira (16) proposta de resolução que traz novas regras de exposição e comercialização de cigarros e outros produtos derivados do tabaco. Por unanimidade, os diretores da Agência acataram o voto do relator, Fernando Mendes, pela regulamentação da forma como os maços de cigarros devem ser expostos nos locais de venda.

 

A resolução será publicada nos próximos dias e só então entrará em vigor. De acordo com a proposta aprovada, os locais de venda deverão seguir regras mais restritas de exposição das embalagens de cigarros, como manter a maior distância possível entre os maços de cigarro dos produtos destinados ao consumo do público infantojuvenil, como balas e chocolates.

 

Os comerciantes também não poderão colocar nenhum recurso de marketing adicional, como cores, sons, iluminação direcionada, entre outros, aos mostruários ou vitrines que expõem as embalagens de cigarro. Segundo o relator da proposta, a resolução complementa outro ato normativo aprovado pela Anvisa no fim do ano passado (RDC 195/2017), que veda a utilização de recursos de propaganda nas embalagens que possam induzir ao consumo do cigarro ou sugerir que o produto não é prejudicial à saúde.

 

Durante a reunião, o representante da Aliança para o Controle do Tabagismo e Promoção da Saúde (ACT), Rafael Arantes, explicou que a regulamentação da exposição é necessária para evitar abusos por parte da indústria. Arantes chamou a atenção para a obrigação do Brasil em seguir a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, acordo internacional ratificado pelo país há mais de dez anos e que prevê no Artigo 13º o banimento de qualquer forma de publicidade.

 

A pesquisadora Cristina Perez, do Projeto Internacional de Avaliação das Políticas de Controle do Tabaco (ITC), apresentou pesquisa divulgada semana passada pela revista científica Tobacco Control, que mostra que nos 77 países onde atualmente as propagandas de cigarro já foram banidas nos pontos de venda, houve redução média de 7% na prevalência do tabagismo entre adultos. Outro estudo apresentado pela pesquisadora mostra que 71% dos jovens que já viram cigarros em supermercados, padarias, ou bancas de jornais se sentem influenciados a consumir o produto.

 

O representante da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Lauro Júnior, argumentou que é “operacionalmente inviável que os expositores fiquem foram da área do caixa” em supermercados, padarias ou outros estabelecimentos que comercializam cigarro. Os produtores alegam que o caixa é mais seguro para evitar o contato direto dos jovens com os produtos. A resolução aprovada permite a exposição próxima à área dos caixas, desde que não tenha por perto alimentos ou outros produtos destinados para crianças e adolescentes.

 

A indústria também solicitou ampliação do prazo para atender às novas regas dem conforme a resolução da Anvisa aprovada em dezembro. Para os produtores, o prazo estabelecido é curto e não garante “viabilidade logística” para que todos os mais de três mil pontos de venda de todo o país façam as alterações.

 

O pedido foi indeferido pelo relator, que manteve a data de 25 de maio deste ano para que todos os pontos só exponham e vendam maços que contenham as novas imagens e todas as advertências sanitárias. A partir desse prazo, todas embalagens que não seguirem as novas determinações deverão ser recolhidas do mercado.

 

*Matéria alterada às 13h35 para correção de informação no 5° parágrafo. O percentual de jovens que já viram cigarros em supermercados, padarias ou bancas e que se sentem influenciados a consumir o produto é 71% e não 77% como informado anteriormente.

 

Agência Brasil

A preocupação com a febre amarela só aumenta e as dúvidas permanecem. Veja o que causa a doença, quais os sintomas e como se prevenir

 

Há dois tipos de febre amarela? a silvestre e a urbana. Qual é a diferença entre elas?

 

A silvestre é disseminada pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, circulantes em matas, e não em cidades. A versão urbana é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do zika e da chikungunya. Não há registro de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. As mortes de agora foram causadas pela versão silvestre, unicamente.

 

Por que a versão urbana é um problema?

 

Porque seu potencial de disseminação é grande, na medida em que circularia nas cidades, em meio a um número muito maior de pessoas.

 

O macaco pode transmitir febre amarela?

 

Não. A febre amarela não é uma doença contagiosa, por isso sua transmissão não é feita de animal para animal, tampouco de animal para humanos nem entre humanos. A única forma de transmissão é pela picada de mosquitos infectados.

 

Qual é o papel de primatas na transmissão?

Primatas podem se contaminar com o vírus, exercendo também o papel de hospedeiros. Se picados, os animais transmitem o vírus para o mosquito, aumentando, assim, as chances de propagação da doença.

 

Quem precisa tomar a vacina?

O Ministério da Saúde recomenda a vacinação em crianças a partir de 9 meses de idade (6 meses em áreas endêmicas) e pessoas que moram próximo a áreas de risco.

 

Onde ela está disponível?

A vacina está disponível gratuitamente em unidades básicas de saúde da rede pública. Também é possível encontrar em clínicas particulares com um custo de cerca de 250 reais.

 

Quem não deve tomar a vacina?

Crianças com menos de seis meses não devem tomar a vacina sob hipótese nenhuma. Mães que estão amamentando crianças nessa idade também devem evitar se imunizar. Caso seja necessária a vacinação, o ideal é ficar 10 dias sem amamentar o bebê. Em crianças entre seis e nove meses de idade, a vacinação só deverá ser realizada mediante indicação médica. A mesma recomendação vale para gestantes. Pacientes imunodeprimidos, como pessoas em tratamento quimioterápico, radioterápico, com aids ou que tomam corticoides em doses elevadas e pessoas com alergia grave a ovo também não devem se vacinar.

 

Já sou vacinado. Preciso repetir a dose?

Não. Desde o início de 2017, o Brasil segue a recomendação da OMS de uma única dose. Ou seja, adultos vacinados não precisam repeti-la. Estudos científicos demonstram que apenas uma dose é suficiente para que o organismo continue com anticorpos o resto da vida.

 

Como funciona a vacina fracionada?

Na vacina fracionada, uma única dose de 0,5 ml será utilizada em cinco pessoas, o equivalente a 0,1 ml por pessoa.

 

A vacina fracionada será aplicada no país inteiro?

Não. Por enquanto a recomendação é apenas para alguns municípios dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, regiões que não tinham recomendação para a vacina e onde a maior parte da população não está imunizada.

 

Os 54 municípios do estado de São Paulo que vão fazer a vacinação fracionada da febre amarela são: Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Bertioga, Caçapava, Cachoeira Paulista, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, Cubatão, Cunha, Diadema, Guaratinguetá, Guarujá, Igaratá, Ilha Bela, Itanhaém, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Mauá, Mongaguá, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Peruíbe, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Praia Grande, Queluz, Redenção da Serra, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Roseira, Santa Branca, Santo André, Santos, São Bento do Sapucaí, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luís do Paraitinga, São Paulo, São Sebastião, São Vicente, Silveiras, Taubaté, Tremembé e Ubatuba.

 

No Rio de Janeiro, 17 municípios realizarão a vacinação fracionada. São eles: Aparecida, Arapeí, Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica.

 

Na Bahia, são oito municípios: Camaçari, Candeal, Itaparica, Lauro de Freitas, Mata de São João, Salvador, São Francisco do Conde e Vera Cruz.

 

Qualquer pessoa pode tomar a dose fracionada?

Não. Os seguintes grupos devem continuar a receber a dose integral: crianças de nove meses até dois anos de idade e pessoas condições clínicas especiais como HIV/aids, doenças hematológicas ou após término de quimioterapia. Pessoas que vão viajar para países que exigem o certificado internacional de vacinação também devem receber a dose integral. Basta acessar o site da Anvisa para saber quais países têm essa exigência.

 

Quem tomou a vacina fracionada, deverá repetir a dose?

Sim. Ao contrário da dose padrão, a fracionada tem validade de oito anos, de acordo com o Ministério da Saúde. Quem tomou a dose fracionada e tem viagem marcada para algum dos 135 países que existem o certificado internacional de vacinação precisará tomar a dose padrão mesmo que o intervalo entre as doses seja inferior a oito anos. Isso é necessário porque o certificado internacional não é concedido pela Anvisa a quem toma a dose fracionada. Lembrando que deve haver pelo menos 30 dias entre cada dose, por se tratar de uma vacina com vírus vivo.

 

Por que o governo decidiu usar doses fracionadas?

Para fazer uma ação rápida de vacinação e bloquear o avanço do vírus, diante de um estoque limitado de vacinas.

 

Como saber qual dose – integral ou fracionada – foi aplicada?

O tipo de vacina deverá ser informado pelo agente de saúde. O selo do comprovante de vacinação também será diferente para a dose fracionada.

 

Quais são as reações possíveis à vacina?

Os efeitos colaterais graves são raros. Mas 5% da população pode desenvolver sintomas como febre, dor de cabeça e dor muscular de 5 a 10 dias. Não é frequente a ocorrência de reações no local da aplicação.

 

Quem tem maior risco de evento adverso relacionado à vacina da febre amarela?

Crianças menores de 6 meses, idosos, gestantes, imunodeprimidos, mulheres que estão amamentando e pessoas com alergia grave à proteína do ovo.

 

Quando começa a campanha de vacinação?

A vacina contra a febre amarela está disponível em todos os Estados, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Mas, nesses locais, a campanha de vacinação, com início da aplicação da dose fracionada da vacina começa no dia 29 de janeiro e vai até 17 de fevereiro em São Paulo. No Rio de Janeiro, em razão do Carnaval, a campanha acontece entre 19 de fevereiro e 9 de março. A campanha acontece no mesmo período em oito cidades da Bahia.

 

Nos três estados, o “Dia D de mobilização” acontece no dia 24 de fevereiro, sábado. Em São Paulo, haverá reforço na campanha também no dia 3 de fevereiro.

 

A febre amarela é uma doença fatal?

Se houver diagnóstico precoce, não. De 40% a 50% dos casos podem evoluir para a forma grave da doença. Nestes, em 30% a 40% a doença pode ser fatal.

 

Quais são os sintomas da febre amarela?

 

Cerca de 35% das pessoas infectadas apresentam sintomas semelhantes aos de um resfriado, como dor de cabeça, febre, perda de apetite e dores musculares, três dias depois de terem sido picadas pelo mosquito. Após essa fase, 35% desenvolverão a forma grave da doença, com sintomas severos, como dor abdominal, falta de ar, vômito e urina escura. O restante não apresenta sintomas.

 

É possível contrair a doença mais de uma vez?

Não. Quem já foi infectado está imune para sempre, diferentemente do que ocorre com a dengue.

 

Qual é o tratamento para a doença?

Não há um tratamento específico para febre amarela. A medida mais eficaz é a vacinação, para evitar a contaminação da doença.

 

Como se proteger contra a doença?

O ideal é tomar a vacina, mas para aqueles que não podem tomar o imunizante ou que estão no período de dez dias após a aplicação, a melhor forma de prevenção é evitar a picada do mosquito. Algumas formas de colocar isso em prática são: usar repelente, aplicar o protetor solar antes do repelente, evitar áreas silvestres (se possível), vestir roupas compridas e claras, usar mosqueteiros e telas e evitar perfume em áreas de mata

 

Qualquer repelente funciona contra o mosquito?

Não. No Brasil, são mais de 120 com registro na Anvisa, mas somente os que contém as substâncias DEET, IR3535 e icaridina, têm garantia de eficácia. Vitamina do complexo B não tem efeito comprovado contra o mosquito.

 

veja

ovoNão faz muito tempo que o ovo saiu da categoria de vilão para a de herói da dieta. No entanto, ainda restam dúvidas sobre os benefícios da gema, que na maioria de dietas fitness acaba sendo descartada. Segundo os defensores dessa recomendação, para a reconstrução muscular, o ideal é comer apenas a clara, parte do alimento rica em proteínas e baixa em gordura. A gema, por sua vez, teria apenas gordura e, portanto, não traria benefício nenhum. Pelo contrário. Mas, será que é isso mesmo?

 

De acordo com um estudo publicado recentemente no American Journal of Clinical Nutrition, a estratégia não é eficaz, pelo contrário. Pessoas que consumiram o ovo inteiro apresentaram uma síntese de proteína, processo por meio do qual as células geram novas proteínas, 40% melhor do que aquelas que ingeriram apenas a clara.

 

O estudo

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, analisaram dez homens saudáveis que praticavam exercícios. Após um treino de resistência metade dos participantes consumiu uma quantidade de ovos inteiros equivalente a 18 gramas de proteínas e 17 gramas de gorduras e os demais, comeram apenas as claras, totalizando 18 gramas de proteínas e nada de gordura.

 

Os exames de sangue e as biópsias musculares realizadas logo em seguida mostraram, em primeiro lugar que tanto os ovos inteiros quanto apenas a clara entregaram a mesma quantidade de aminoácidos, moléculas que formam as proteínas. “Nos dois casos, de 60% a 70% dos aminoácidos estavam disponíveis no sangue para formar novos músculos”, informou Nicholas Burd, principal autor do estudo.

 

Melhor síntese protéica

Por outro lado, aqueles que ingeriram o ovo inteiro apresentaram uma resposta de construção muscular – síntese proteica – 40% maior do que aqueles que comeram somente as claras. Na prática, isso significa que o alimento contribuiu muito mais para a formação de massa muscular.

 

Segundo os pesquisadores a gema contem proteína, nutrientes e outros componentes alimentares que não estão presentes na gema. Talvez a alguma dessas substâncias ou sua combinação seja o ‘segredo’ para melhorar a capacidade de o corpo utilizar as proteínas ingeridas para fortalecer os músculos.

 

“Nosso trabalho sugere que consumir proteínas dentro de sua matriz alimentar natural tende a ser mais benéfico para os músculos do que recorrer a fontes isoladas desses nutrientes”, disse Burd.

 

Veja

Reprodução/iStock

O artigo a seguir publicado no piauinoticias, foi enviado pela Danielle Gomes, pós-graduando em Odontologia.

 

 

Veja

A hipomineralização molar-incisivo (MIH) é um tipo de defeito de desenvolvimento do esmalte dentário que envolve de 1 a 4dentes primeiros molares permanentes, podendo afetar também incisivos permanentes. A MIH é caracterizada por manchas bem demarcadas com colorações que podem variar de brancas, amarelas ou amarronzadas O dente erupciona com o esmalte manchado e com o passar do tempo tende a desintegrar-se com as forças da mastigação.

 

Essa condição é considerada um desafio para os dentistas, pois as crianças/adolescentes com MIH apresentam maior chance de desenvolverem cárie dentária e as lesões progridem rapidamente, podendo levar a perdas dentárias em idades muito precoces. Outros problemas comuns apresentados por individuos que apresentam MIH são: hipersensibilidade dentinária e dificuldade de ser anestesiado e com isso apresentam problemas comportamentais, medo e ansiedade durante o atendimento odontológico.

 

Além disso, o esmalte é poroso e dificulta adesividade dos materiais restauradores, sendo fator de risco para falhas nas restaurações e consequentes substituições frequentes. Quando as manchas afetam os incisivos, a estética é comprometida e os tratamentos mais conservadores não solucionam o problema. Estudos têm afirmado que essas implicações clínicas geram impacto negativo na qualidade de vida de crianças e adolescentes que possuem MIH. 

dentes0

A prevalência da condição em Teresina é estimada em 18,4% (ou seja, um em cada cinco crianças/adolescentes possui a condição), segundo estudo realizado pelo programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPI.

 

 

No entanto, as causas dessa condição são pouco conhecidas e por isso a instalação não pode ser prevenida. Muitos fatores têm sido associados como: genética, problemas durante a gestação, parto prematuro, uso frequente de antibióticos, febre alta e doenças da infância, como catapora e pneumonia, além de fatores socioeconômicos desfavoráveis que podem ocorrer desde o período pré-natal, até os três primeiros anos de vida da criança, período em que ocorre a formação do grupo de dentes afetados. É importante que as crianças com MIH sejam diagnosticadas precocemente, para que medidas preventivas e interceptativas de destruição dentária possam ser adotadas. Nesses pacientes, os cuidados com alimentação e higiene devem ser redobrados para evitar danos maiores aos dentes afetados.

Danielle Gomes Dourado – Aluna do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPI (PPGO-UFPI);

Lúcia de Fátima Almeida de Deus Moura e Marina de Deus Moura de Lima – Professoras do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPI (PPGO-UFPI)

 

 

 

Da redação

Subcategorias