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Seguir aquela recomendação básica de se exercitar por pelo menos meia hora por dia durante cinco dias na semana poderia prevenir pelo menos 2.250 casos de câncer de mama e de cólon no País. Se a atividade física fosse feita no nível que provavelmente o ser humano tinha quando vivia em sociedades caçadoras e coletoras, com cerca de 5 horas de exercícios diários, o potencial de prevenção poderia ser de até 10 mil casos.

atividadesAs contas, feitas por um grupo de pesquisadores das Universidades de São Paulo (USP), Federal de Pelotas, de Cambridge (Reino Unido), de Queensland (Austrália) e Harvard, foram publicadas neste mês na revista científica Cancer Epidemiology.

A ideia foi cruzar o conhecimento consistente que já existia de outros estudos científicos - que mostram os benefícios da atividade física na proteção contra esses dois tipos de cânceres -, com a incidência dessas doenças no Brasil e com a taxa de exercícios praticados pelos brasileiros. O dado sobre a atividade física vem da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013. Segundo o trabalho, cerca de metade da população (47,6%) não atinge nem sequer os 150 minutos semanais de exercícios recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre as mulheres, a situação é pior (50,7%) que entre os homens (44,2%).

Os dados de câncer foram extraídos da OMS e do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O câncer de mama é o mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo. Por aqui, responde por 28% dos casos novos a cada ano. Para 2018, é estimado o surgimento de 60 mil registros. Para o câncer de cólon, a estimativa é de 36 mil novos casos.

Cenário ideal

"A literatura científica já traz um bom entendimento sobre os benefícios, mas não sabíamos ainda o impacto que isso teria no Brasil", afirma Leandro Rezende, doutorando em Epidemiologia na Faculdade de Medicina da USP e primeiro autor do artigo. "A ideia foi comparar a carga de câncer atual registrada no Brasil com a que seria observada se a população tivesse um nível de atividade física ideal para a prevenção do câncer."

Esse ideal, porém, admite o próprio pesquisador, é um número que assusta. Seriam necessárias 5 horas de atividade física diária para alcançar o máximo possível de prevenção - ou os 10 mil casos a menos, o que corresponde a 2,4% do total de registros de câncer hoje no País.

"Falamos isso dentro de um cenário teórico ideal. O objetivo da pesquisa não é dizer que tem de fazer isso, ainda mais considerando a vida de escritório nas cidades. A PNS mesmo mostrou que só cerca de 6% da população atinge isso hoje. É o que faz quem trabalha com atividades ocupacionais e caminha o dia inteiro, por exemplo, ou alguns atletas", diz.

"Para efeitos de prevenção ao câncer, é como se ninguém fumasse, não tomasse álcool ou tivesse dieta perfeitamente saudável. É um cálculo sobre o quanto seria possível evitar, em termos de prevenção de câncer, quanto a gente conseguiria evitar", complementa.

Queda

Em outra maneira de apresentar os dados, é possível dizer que 12% dos casos de câncer de mama pós-menopausa e 19% dos de câncer de cólon são atribuíveis à falta de atividade física no País. Com os 150 minutos de exercício por semana recomendados pela OMS, seria possível prevenir 1,3% dos registros de câncer de mama e 6% dos de cólon. À medida em que se aumenta a atividade física, os casos vão caindo mais.

 

Agência Estado

Phil Walter/Getty Images

Entre 31 de dezembro de 2017 e 14 de julho de 2018, o Brasil teve 95 mortes confirmadas por dengue (80), chikungunya (13) e zika (2). Os dados são de boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado no dia 7 de agosto. As três doenças são transmitidas pelo Aedes aegypti.

Em relação aos dados referentes ao mês de junho, há um aumento de 19,7% no número de mortos divulgados pelo Ministério da Saúde. Até o dia 9, o país tinha confirmado 62 mortes por dengue e 9 por chikungunya. Não houve confirmação de morte por zika no período.

O aumento na taxa não necessariamente corresponde a um incremento no número de mortes no período -- já que o Ministério da Saúde não confirma a causa das mortes no momento em que elas ocorrem.

Por isso, há a possibilidade de que as mortes apresentadas agora tenham ocorrido em um período anterior.

De modo geral, regiões do Brasil apresentam distribuições diferentes de arboviroses (doenças transmitidas por mosquito): o Centro-oeste lidera casos de dengue; já o Sudeste, sai à frente em relação ao chikungunya e ao vírus da zika.

Dengue

Em relação à dengue, além das 80 mortes, o Brasil registrou 174 casos de dengue grave e 1.987 casos de dengue com sinais de alarme.

Entre os casos e mortes por dengue, a região Centro-oeste responde pela maior parte -- com o município de São Simão (GO) apresentando o maior número de casos. São 7.117,8 casos a cada 100 mil habitantes.

Chikungunya

O Ministério da Saúde também confirmou 13 mortes por chikungunya e 40.841 casos do vírus. A região Sudeste apresentou o maior número de casos prováveis em relação ao resto do país.

O município de Iaocara (Rio de Janeiro) foi o que mais registrou infecções, com 2.947,2 casos a cada 100 mil habitantes.

Zika

Já o vírus da zika fez duas vítimas adultas: uma em Alagoas e outra na Paraíba. O Ministério da Saúde confirmou 2435 infecções pelo país -- com 338 infecções em gestantes. A região Sudeste apresentou o maior número de casos prováveis.

 

G1

Uma equipe de pesquisa liderada pela Mayo Clinic identificou genes específicos associados a um maior risco de desenvolver câncer de mama triplo-negativo. A pesquisa foi publicada hoje, 8 de agosto de 2018, no Journal of the National Cancer Institute.


“O câncer de mama triplo-negativo é um tipo de câncer agressivo que não pode ser tratado usando terapias dirigidas”, afirma o pesquisador líder Fergus Couch, Ph.D., “Ele representa 15% do câncer de mama que acomete a população caucasiana e 35% do que acomete a população afro-americana. Também está associado a um alto risco de recidivas e a uma taxa de sobrevivência de cinco anos. Nossas descobertas proporcionam a base para uma melhor gestão de riscos.”

De acordo com o doutor Couch, testes genéticos de linha germinal, que avaliam mudanças genéticas herdadas que aumentam o risco de determinados tipos de câncer em um indivíduo, foram úteis para identificar mulheres com maior risco de sofrer câncer de mama. No entanto, ele afirma que é mais difícil identificar mulheres com maior risco de ter câncer de mama triplo-negativo porque somente mutações herdadas no gene BRCA1 foram associadas a esse subtipo do câncer de mama.

O doutor Couch e seus colegas realizaram testes genéticos em 10.901 pacientes com câncer de mama triplo-negativo em dois estudos. Eles testaram 21 genes com predisposição para o câncer em 8.753 pacientes e 17 genes nas 2.148 pacientes restantes. Eles descobriram que alternâncias nos genes BARD1, BRCA1, BRCA2, PALB2 e RAD51D estavam associadas a um risco maior de câncer de mama triplo-negativo e a um risco mais de 20% maior de sofrer câncer de mama em geral ao longo da vida entre caucasianas. Foi observada uma tendência semelhante entre afro-americanas. Além disso, mutações nos genes BRIP1 e RAD51C foram associadas a um risco moderado de sofrer câncer de mama triplo-negativo.

“Este estudo é o primeiro a estabelecer quais genes estão associados a altos riscos de sofrer câncer de mama triplo-negativo durante a vida”, afirma o doutor Couch. “Enquanto estudos anteriores identificaram as variantes genéticas BARD1, BRIP1, PALB2 e RAD51C em pacientes com câncer de mama triplo-negativo, o estudo atual demonstra isso com mais detalhes e identifica novas associações fortes entre os genes suscetíveis RAD51D e BARD1 e o risco de sofrer câncer de mama triplo-negativo.” De acordo com o doutor Couch, essas descobertas permitirão que testes genéticos expandidos identifiquem mulheres com risco de ter câncer de mama triplo-negativo e têm o potencial de levar a melhores estratégias de prevenção.

Ele afirma que as novas descobertas também podem levar a revisões das diretrizes de triagem da National Comprehensive Cancer Network (Rede Nacional de Oncologia), que atualmente recomenda somente o teste de BRCA quando uma paciente tem histórico familiar de câncer de mama ou é diagnosticada com 60 anos de idade ou menos.

 

criasaude

colesterolUma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) constatou que os níveis de colesterol elevado atingem cerca de quatro em dez brasileiros adultos. Isso significa cerca de 60 milhões de pessoas ou 40% da população.

O estudo ainda revelou que aproximadamente 11% nunca fez exame de colesterol e quase 70% só realizou o exame após os 45 anos de idade. O levantamento foi feito com 850 pessoas de todo o Brasil.

Segundo dados da Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2016, realizado em todo o país, os índices elevados de colesterol são mais frequentes em mulheres (25,9%) do que em homens (18,8%). Adultos entre 55 e 64 anos são os mais afetados (41%).

O colesterol, tipo de gordura produzida pelo fígado, é responsável pela sintetização de hormônios, como testosterona e estrógeno, e componente das membranas celulares. Cerca de 70% é produzido pelo corpo, sendo o restante adquirido pela alimentação.

Tendências genéticas, obesidade, diabetes, hipertensão e sedentarismo são fatores que contribuem para a elevação dos índices do colestrol. Em excesso, ele acelera o entupimento de artérias, levando ao infarto ou ao AVC.

Hábitos como alcoolismo e tabagismo, associados a níveis elevados de colesterol, contribuem para o aumento do risco de doenças cardiovasculares. O alcoolismo interfere diretamente no fígado, onde o colesterol é metabolizado, e o tabagismo bloqueia a metabolização dessa gordura.

Segundo o cardiologista André Gasparoto, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, apesar dos altos índices de colesterol na população, não são todas as pessoas que precisam fazer uso de medicamentos para baixar esses níveis. “Mudanças no estilo de vida e na alimentação já são tratamentos eficazes para as pessoas mudarem os números de colesterol”, afirma.

Ele explica que os níveis de colesterol se dividem entre o colesterol bom (High-density lipoprotein – HDL) e o colesterol ruim (Low-density lipoprotein – LDL). O colesterol bom tem a função de levar o colesterol ruim, que se deposita nas veias e artérias, para o fígado para que seja expelido.

O HDL, que deve ter os níveis acima de 40 mg/dl nos homens e acima de 50 mg/dl nas mulheres, é encontrado em alimentos que tenham gorduras insaturadas, como castanhas, azeite e peixes, mas deve ser consumido com moderação – 44 g diárias –, pois o consumo elevado pode se tornar HDL.

Já o LDL, que deve ter seus níveis abaixo dos 100 mg/dl, é encontrado em alimentos com gorduras saturadas, como carnes vermelhas, frituras e alimentos embutidos, como presunto e bacon, e predispõe a pessoa a ter doenças cardiovasculares, de acordo com o cardiologista.

Os triglicérides não são colesterol, mas também são gordura. A diferença, segundo o cardiologista Breno Caiafa, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), é que o colesterol é sintetizado pelo corpo - apenas uma pequena parte é adquirida pela dieta - enquanto os triglicérides são oriundos da alimentação. Outra diferença é que o colesterol é um precursor de hormônios, já os triglicérides servem como uma forma de armazenamento energético do corpo.

“O colesterol bom, por exemplo, tem funções benéficas para o organismo, mas os triglicerídeos não, podendo aumentar a gordura corporal”, explica Gasparoto.

De acordo com o patologista clínico Helio Magarinos, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, quando em excesso, os triglicérides se acumulam como forma de gordura no tecido adiposo, podendo causar pancreatite, no caso de acúmulo de gordura no pâncreas, por exemplo.

Já as calorias são a quantidade de energia presente em um alimento e podem ser encontradas em proteínas, carboidratos e gorduras, mas, os níveis de calorias dos alimentos nem sempre representam o quão saudável ele, de acordo com o patologista. A ingestão de calorias pode influenciar nos níveis de colesterol, mas não apresenta relação direta.

Os especialistas afirmam que a melhor forma de controlar o colesterol e, por consequência, prevenir doenças relacionadas ao entupimento de artérias, é ir ao médico pelo menos uma vez ao ano para acompanhamento clínico e adotar um estilo de vida saudável, com atividade física regular e alimentação equilibrada.

 

R7

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