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laranjaO Brasil é o maior produtor mundial de laranja, com uma média de 17 milhões de toneladas nas últimas cinco safras. E, na indústria do suco, quase 50% das laranjas resultam em resíduos (casca, bagaço, sementes), em parte reaproveitados como subprodutos, para enriquecer de fibras a ração animal, por exemplo, mas em sua maioria descartados no meio ambiente.


A valorização destes resíduos agroindustriais, através da transformação dos fenólicos neles presentes para aumentar seu potencial bioativo no combate a radicais livres, é o objetivo de uma linha de pesquisa do Laboratório de Bioprocessos do Departamento de Alimentação e Nutrição (Depan), da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.

Dentro desta linha, Amanda Roggia Ruviaro acaba de defender uma tese de doutorado em que submeteu os resíduos da laranja a diferentes processos enzimáticos para aumentar a extração e alterar o perfil dos fenólicos, promovendo maior atividade antioxidante e de proteção cardiovascular.

Os extratos obtidos nestes processos mostraram-se capazes de induzir o relaxamento arterial mesmo na presença de disfunção endotelial (na camada interior do vaso sanguíneo) ou em situações de estresse oxidativo vascular. A pesquisa foi orientada pela professora Gabriela Alves Macedo, com a parceria do professor Edson Antunes, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM).


“O foco do projeto de doutorado em doenças cardiovasculares se deve ao fato de que elas são a principal causa de óbito no mundo, levando à morte 17 milhões de pessoas por ano”, justifica Amanda Ruviaro, que é farmacêutica por formação e mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos. “A ideia foi produzir e avaliar extratos com potencial de relaxamento vascular, podendo contribuir para o tratamento de doenças vasculares, como hipertensão e doença vascular periférica”.

A autora da tese trabalhou com a enzima tanase, que foi produzida a partir de um microrganismo dentro Laboratório de Bioprocessos; já com registro de patente pela Agência de Inovação Inova Unicamp, a tanase vem servindo a outras pesquisas visando potencializar a bioatividade de compostos fenólicos.

“A alternativa que propomos para reaproveitar a grande massa de resíduos agroindustriais é a biotransformação enzimática, por meio da qual conseguimos aumentar o potencial bioativo de subprodutos como da laranja: o potencial antioxidante, anti-obesogênico (já descrito por outra pesquisadora do grupo) e, no caso do meu projeto, na proteção cardiovascular.”

Amanda constatou que os extratos obtidos a partir dos resíduos industriais oferecem uma alternativa para auxiliar no tratamento ou para desenvolver produtos que contribuam para a saúde cardiovascular. “A biotransformação enzimática com tanase e β-glicosidase originou extratos cítricos ricos em flavonas agliconas, principalmente a hesperetina, que raramente é encontrada na laranja e em frutos cítricos. Há medicamentos comerciais que têm em sua base a hesperedina e diosmina, utilizados para tratamento de varizes e edema vascular. Transformamos a hesperedina em hesperetina, que é muito mais potente em promover relaxamento de vaso e passível de ser usada para tratamento de doenças vasculares. É importante destacar que os extratos cítricos também são ricos em outros compostos fenólicos e não fenólicos, que contribuem para seu efeito bioativo. Também avaliamos a atividade da enzima conversora de angiotensina, que se relaciona à pressão arterial.”

 


Para avaliar o potencial dos extratos no relaxamento vascular, a pesquisadora teve a colaboração do professor Edson Antunes, da FCM, em testes com padrões analíticos e com drogas comerciais para elucidar os mecanismos de ação deste processo. “Trabalhamos com animais de laboratório de meia idade (quatro meses), coletando seus vasos sanguíneos, nos quais aplicamos diretamente o extrato, observando se promovia relaxamento ou contração. Encontramos resultados incríveis, que obviamente não deixam de ser preliminares, pois não avaliamos o animal no todo. Mas parece que realmente, em situações de lesão do vaso ou simulando o estresse oxidativo vascular, o extrato foi muito potente no relaxamento. Ele poderia, sim, ter potencial para aplicação na indústria farmacêutica ou alimentícia, no desenvolvimento de produtos para prevenção e para auxiliar no tratamento de doenças vasculares.”

Baixo custo

Amanda Ruviaro afirma que, embora não tenha calculado valores, o processo para obtenção do extrato é totalmente viável economicamente, consistindo preliminarmente no aquecimento do resíduo de citros em banho-maria (40 graus) e 24 horas de processamento (agitação). “Para padronizar a amostra em partículas menores, a fim de facilitar a ação da enzima tanase, ela é moída em blender e depois passada em peneira; misturamos a amostra e a enzima e, por fim, utilizamos o rotoevaporador para eliminar o máximo de água. Temos o extrato na forma líquida ou liofilizada, rico em fenólicos e com maior potencial bioativo do que antes.”


Além de ser interessante para o meio ambiente, por não fazer uso de solventes como metanol ou acetona, o processo apresenta outra peculiaridade, conforme a autora da pesquisa. “Em outros trabalhos similares, compra-se a fruta no mercado e analisa-se a sua casca. Em nosso caso, uma indústria de Limeira nos doou os resíduos diretamente produzidos por ela e que são compostos por casca, bagaço e sementes, exatamente como seriam descartados. As cascas de frutas cítricas são a principal matéria-prima para a produção de pectina, presente em geleias e alimentos similares, bem como em produtos da indústria farmacêutica e de cosméticos, por dar a eles a consistência de gel.”

Enaltecendo as pesquisas do Laboratório de Bioprocessos para a transformação de resíduos agroindustriais em produtos benéficos a saúde, Amanda Ruviaro é de opinião que processos em escala industrial consumiriam toda esta biomassa geralmente descartada no ambiente. “O ‘Recycling ’, conceito de zero resíduo reaproveitando tudo o que se gera na indústria, começou na Europa e está chegando ao Brasil – algumas indústrias, não só alimentícias como de bens de consumo, estão incorporando a ideia. Extratos de resíduos cítricos seriam uma nova alternativa para o mercado nacional. E fenólicos da laranja como a hesperedina, antes incorporados apenas a farinhas como antioxidantes ou conservantes, já aparecem como produto final com efeito nutracêutico.”

 

Luiz Sugimoto, do Jornal da Unicamp

Foto: Pixabay

Uma delegação com 31 médicos cubanos deixa o Piauí nesta sexta-feira (23). Os profissionais são os primeiros que deixam o estado após o fim da cooperação entre Brasil e Cuba.

"A nossa preocupação é que são cidades do Extremo Sul do Piauí onde há mais dificuldades de alocar médicos", frisa Idvani Braga, coordenadora da Comissão Estadual do Mais Médicos.

Os cubanos atuavam em 26 cidades piauienses, sendo que em nove eram os únicos profissionais. Os municípios são: Antônio Almeida, Barreiras do Piauí, Guaribas, João Costa, Morro Cabeça no Tempo, Pavussu, São Gonçalo do Piauí, São Luís do Piauí e Tamboril do Piauí.

"Nessas nove cidades, a maioria também no Extremo Sul do Piauí, o atendimento era 100% de cubanos. A previsão é que na primeira semana de dezembro todos os médicos cubanos tenham deixado o Piauí. A nossa expectativa é o edital, mas ainda não temos um panorama para onde esses médicos fizeram a adesão. Até que saia essa relação, essas equipes ficarão sem profissionais", explica Braga.

O novo edital do programa Mais Médicos foi publicado nesta semana. Serão ofertadas 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 áreas indígenas, antes ocupadas por médicos cubanos. As inscrições seguem até o dia 07 de dezembro.

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Fonte: Cidade Verde

 

Falta de planejamento, promessas eleitorais e baixo orçamento dos municípios. Essas são algumas razões para o desperdício de mais de R$ 268 milhões investidos pelo governo federal na construção de 145 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) que, embora estejam prontas, permanecem de portas fechadas em todas as regiões do Brasil.

Criadas para o atendimento emergencial da população, essas unidades de saúde acumulam poeira enquanto sua demanda é escoada para as filas de outros hospitais. São Paulo é o estado com mais UPAs de portas fechadas: 22 postos. É seguido pela Bahia e Pará, com 13 prédios cada um, Paraná, com 11, Ceará, com 10, Rio Grande do Sul e Pernambuco, com 9 cada um.

Goiás (8), Mato Grosso (8), Piauí (5), Espírito Santo (5), Tocantins (5), Minas Gerais (5), Santa Catarina (4), Rio de Janeiro (3), Rio Grande do Norte (3), Rondônia (3), Paraíba (2), Amazonas (2) e Amapá (1) completam o ranking.

Em média, cada unidade custou R$ 1,8 milhão aos cofres públicos. A mais barata saiu por R$ 35.700, em Realeza, no Paraná. As mais caras custaram R$ 4 milhões. São as UPAs de Fortaleza, Cariacica (Espírito Santo), Belém e Bacabal (Maranhão), entregues entre 2016 e fevereiro deste ano.

Mas existem UPAs prontas e sem uso há mais tempo. Dezesseis delas estão trancadas desde 2014, quatro foram entregues em 2013 e outras quatro em 2012. A unidade mais antiga espera há sete anos para receber pacientes.

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Vandalismo
Em outras UPAs pelo Brasil, o abandono aumentou o prejuízo. O posto de Piripiri (a 157 km de Teresina), pronto em 2012 ao custo de R$ 1,4 milhão, viu seus 17 aparelhos de ar-condicionado desaparecerem. O sumiço terminou em uma investigação do Ministério Público Federal. "O prefeito que entrou retirou e colocou em outros prédios da prefeitura", contou Nivaldo Ribeiro, promotor do caso. "Eles dizem que não têm dinheiro para manter a UPA funcionando."

No município de Floriano (a cerca de 240 km de Teresina) a UPA deveria ter sido entregue a população em 2012, mas devido atrasos na obra, o projeto não foi concluído. O investimento inicial foi de quase R$ 1,5 milhão. O prédio está praticamente pronto, faltando alguns acabamentos. Em 2016, a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí fez um novo contrato de R$ 1,6 milhão para conclusão total da UPA de Floriano, mas o prédio nunca ficou pronto, e os serviços continuam parados.

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Mudando a função da UPA
Diante da quantidade de UPAs sem funcionar devido ao alto custo de manutenção, o governo federal publicou em maio deste ano um decreto permitindo que as estruturas sejam utilizadas para finalidades mais baratas na área da saúde, sem a necessidade de o municípios "devolverem os recursos federais", informa o Ministério da Saúde. "A medida atende a uma demanda das prefeituras para não perder a estrutura."

"Será possível atender como UBS (Unidades Básicas de Saúde), CAPs (Centro de Atenção Psicossocial), CER (Centro Especializado em Reabilitação), Academias da Saúde, entre outros", finaliza a pasta.

Fonte: Rondônia ao Vivo

 

As pessoas tem o costume de pensar na higiene bucal apenas com fins estéticos, porém a boca existem perigos que podem chegar no seu coração. E a endocardite é uma delas!


Basta apenas que uma infecção na boca não seja tratada corretamente, espalhando para corrente sanguínea e causando a sepse. Ou seja, uma infecção como um abscesso dentário somada a uma baixa imunidade ou qualquer outro desequilíbrio no seu organismo.

Sintomas de que a infecção está evoluindo: confusão mental, respiração acelerada, condições de cansaço e febre. Para evitar maiores transtornos busque estar em dia com sua visita ao dentista. O profissional será capaz de identificar possíveis problemas logo no início e acabar com qualquer chancer de infecções generalizadas.

 

FF