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andropausaToda mulher sabe que, entre os 45 e 55 anos de idade, uma mudança brutal acontece na vida: a menstruação vai cessar e as concentrações dos hormônios sexuais estrogênio e progesterona no corpo vão cair drasticamente. O que se convencionou chamar de menopausa é mais uma coisa para a enorme lista de alterações por que o corpo feminino passa ao longo da vida e das quais o masculino nem chega perto, correto? Nem tanto. Os homens também têm lá suas questões com os hormônios sexuais e uma espécie de menopausa para chamar de sua: a disfunção androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), mais conhecida como andropausa. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, isso é uma realidade que atinge entre 15 e 20% dos homens a partir dos 50 anos.

A andropausa também está ligada à queda da produção hormonal, no caso, a testosterona. No entanto, essa diminuição ocorre de forma mais demorada e com data não tão sinalizada como na mulher.

— A andropausa é a menopausa dos homens entre aspas, porque com eles a diminuição da produção do hormônio sexual começa a partir dos 35 anos de idade e vai seguindo lentamente, ficando mais intensa no homem idoso — explica a geriatra Renata Serra. — Como não é uma coisa tão marcada, os sintomas são mais discretos e, muitas vezes, passam despercebidos.

Se a testosterona é o principal hormônio atuante na libido, a gente já imagina o que pode acontecer quando ela começa a ficar mais rara. Na DAEM, o apetite sexual diminui, mas não só isso. Como a molécula também está relacionada ao desenvolvimento da massa óssea e muscular, tudo isso pode ser afetado. Os resultados, além do comprometimento da performance entre quatro paredes, são ganho de gordura na região abdominal, osteoporose, anemia (a testosterona também tem a ver com a produção dos glóbulos vermelhos), atenuação de vigor para atividades físicas e até depressão.

— Convencionou-se associar o hormônio apenas à saúde sexual — diz Ricardo Meirelles, diretor do departamento de andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. — As outras reclamações, como a diminuição de disposição em geral, são atribuídas aos fatores tempo e cansaço. Mas, se houver perda de interesse sexual, certamente o homem vai pensar em testosterona.

Por isso, dizem os médicos, é preciso levar em consideração todos os sintomas antes de se chegar a um diagnóstico. Se houver apenas diminuição de libido, pode ser que a andropausa não tenha muito a ver com a história. É o caso do aposentado mineiro Emmanuel Motta, de 59 anos, que andou às voltas com a falta de desejo sexual e fez questão de pedir uma dosagem de testosterona no exame de rotina.

— Fiz ano passado e deu normal. O médico não me receitou nenhuma medicação. Não tomei nada, já que tenho medo do azulzinho (apelido do Viagra) — diz Emmanuel, com uma franqueza pouco habitual para assunto tão caro aos homens.

Quando se chega à conclusão de que o homem está sofrendo de andropausa, não há muita opção além da reposição. Hoje existem alternativas sintéticas que vêm em injeções ou até em gel. E todas elas, dizem as pesquisas mais recentes, não têm o câncer de próstata como efeito colateral.

— Essa história começou porque, nos anos 1940, foi feito um estudo com apenas três pacientes que repuseram testosterona, e dois tiveram tumor de próstata. Hoje em dia, um estudo assim nem seria aceito. Isso acabou ficando na cabeça das pessoas, mas é totalmente superado — diz Ricardo Meirelles, que frisa a necessidade de uma ampla investigação da condição da próstata a partir dos 50 anos.

Embora o assustador fantasma do câncer por causa da reposição de testosterona seja águas passadas na ciência, é preciso ter cuidado para não achar que ela pode ser tomada indiscriminadamente, como é feito por muitos homens que querem ganhar massa muscular de forma rápida ou retardar os efeitos do tempo.

— Quando você repõe sem precisar, o testículo fica preguiçoso e para de produzir espontaneamente. Isso pode causar infertilidade e acarretar outros problemas, como aumento do volume do coração, mais riscos de infarto e AVC — diz Ricardo.

Uma boa notícia para os homens é que nem todos conseguem perceber a diminuição de testosterona no sangue. Apesar de os números caírem, muitas vezes não há efeitos práticos, e o paciente pode terminar a vida sem ter sofrido nenhum “arranhão”. Contar com isso é dar uma chance ao acaso, que pode receber uma ajudinha dos bons hábitos.

— Estresse, excesso de peso e uso frequente de álcool e tabaco são fatores capazes de acelerar o processo de diminuição da produção de testosterona — diz o urologista Igor Dutra. — Não necessariamente o homem deve ter uma rotina de dosagem do hormônio, mas ele precisa, sim, passar por consultas regulares.

Se as mulheres estão acostumadas desde cedo a olhar para a saúde, está mais do que na hora de os homens fazerem o mesmo.

ATENTO E FORTE

Função da testosterona

O hormônio é comumente relacionado à libido, mas não tem apenas essa função. Diz respeito também à manutenção da massa muscular e óssea, produção de glóbulos vermelhos e sensação de bem-estar. A diminuição ou a falta dele pode acarretar perda de desejo, acúmulo de gordura (principalmente na região abdominal), osteoporose e até depressão.

O que é a andropausa

Diferentemente das mulheres, que entram na menopausa quando a menstruação cessa, a diminuição dos hormônios nos homens é progressiva. Essa queda de produção é a chamada andropausa, mas nem todos sentem seus efeitos. Estima-se que entre 15% e 20% da população masculina acima dos 50 anos sofram com ela na prática.

Como é feito o diagnóstico

Os médicos avaliam a questão por dois pontos de vista: exames laboratoriais de contagem hormonal e presença de mais de um dos sintomas. Ter baixos níveis de testosterona sem indícios clínicos (e vice-versa) não caracteriza andropausa.

O tratamento

Os níveis de testosterona podem ser normalizados com reposição do hormônio de forma injetável ou em gel. Mas atenção: isso só pode ser feito por quem realmente precisa e deve ser orientado pelo médico. O uso indiscriminado pode levar à infertilidade e a doenças cardíacas.

 

O Globo

Foto: Ilustrativa Silvana Mattievich

Não há assunto relativo ao coração que não desperte o interesse das pessoas. Por isso conversei com o médico Cleverson Zukowski, cardiologista intervencionista e supervisor de cardiologia do Hospital Copa D´Or, no Rio de Janeiro. Para quem não sabe, o cardiologista intervencionista é o profissional que realiza procedimentos por cateter, como as angioplastias, enquanto o cirurgião cardíaco faz as operações de peito aberto. Hoje, os avanços da medicina permitem que uma doença como a estenose aórtica, que atinge de 3% a 5% dos idosos, seja corrigida com a implantação de uma válvula por cateterismo.

E o que é a estenose aórtica? O volume de sangue que sai do coração é regulado pela válvula aórtica, responsável por bombear o sangue que vai irrigar o cérebro através das carótidas; o músculo cardíaco através das coronárias; e assim por diante. Acontece que, principalmente devido ao envelhecimento, ela vai se degenerando, perdendo potência e comprometendo o bombeamento. Com o tempo, o quadro pode evoluir para uma insuficiência cardíaca. “Essa é uma doença típica da velhice e que compromete a qualidade de vida do paciente”, afirma o doutor Zukowski. “Apenas 5% apresentem estenose aórtica devido a outros fatores, como uma alteração congênita ou sequelas de uma febre reumática”, completa.

Ele aponta uma tríade de sintomas que, embora não sejam específicos da estenose aórtica, indicam a necessidade de um exame mais aprofundado: dor no peito, cansaço e desmaios. A dor e o cansaço decorrem de esforço físico e os desmaios estão relacionados ao menor fluxo de sangue enviado ao cérebro. O pior é que a situação vai se deteriorando: “com a evolução do problema, os sintomas vão progredindo e o paciente fica cada vez mais limitado em seu dia a dia, além de, com frequência, necessitar de internações”, explica o cardiologista. A dor no peito pode ser confundida com doença coronariana, mas são duas enfermidades distintas. Normalmente um ecocardiograma ajuda a fechar o diagnóstico.

Para quem sofre de estenose aórtica, mesmo atividades simples podem demandar um grande esforço para serem realizadas. Um terço dos pacientes não resistiria ao tratamento convencional da esternotomia, a cirurgia de peito aberto, mais invasiva e às vezes contraindicada para indivíduos de idade avançada. É onde entra em cena a implantação de uma prótese de material biológico (pericárdio de boi ou porco), através de cateterismo, que substitui a válvula aórtica defeituosa – o chamado implante por cateter de bioprótese valvar aórtica. “O procedimento foi realizado pela primeira vez na França, em 2002, e, no Brasil, em 2009. Nesse período, os avanços tecnológicos reduziram o risco da intervenção, com a utilização de cateteres mais finos e válvulas reposicionáveis, que permitem sua colocação no lugar ideal. Antes, não tínhamos nada a oferecer para esses pacientes, que ficavam sem um tratamento efetivo. Muitos conviviam com as limitações como se fossem parte do envelhecimento e depois é como se tivessem suas vidas de volta”, diz o doutor Zukowski.

No entanto, o procedimento não está disponível no SUS, embora haja um projeto de lei já aprovado no Senado, e custa entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Se imaginarmos que até 5% dos idosos desenvolvem a doença, teríamos um universo de 1.5 milhão de pessoas que poderiam se beneficiar do implante e continuar ativas graças a ele. Mesmo os que têm planos de saúde enfrentam a resistência das seguradoras e há inúmeros casos cuja autorização só foi obtida através da justiça.

 

G1

amamentaçao“Ninguém avisa as mulheres que começar a amamentar dói", diz a pediatra Kelly Oliveira, do Hospital Israelita Abert Einstein.

Segundo ela, a falta de informação sobre as dificuldades da amamentação é a principal causa de desistência entre as mulheres.

Entre 1º e 7 de agosto é realizada a Semana Mundial de Aleitamento Materno, cujo objetivo é mostrar a importância da amamentação para a vida saudável do bebê.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que o leite materno seja o alimento exclusivo da criança até os 6 meses de idade, e que, de preferência, a amamentação seja mantida até os 2 anos junto com a complementação alimentar.
A dor na amamentação muitas vezes está relacionada à "pega errada", segundo a pediatra. Posicionar o bebê da maneira apropriada pode fazer toda a diferença. A mãe deve segurar a mama e colocar na boca do bebê, de forma que toda a auréola fique dentro da boca dele - e não apenas o bico. Se a criança está fazendo barulho ao mamar, provavelmente a "pega" está errada.

Quando o bebê abocanha a aréola, fica mais fácil extrair o leite de dentro do peito para a boca do bebê. Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), isso mantém uma boa produção de leite e protege a mama de rachaduras. Outra forma de proteger das rachaduras é passar o próprio leite no bico depois das mamadas. A pediatra afirma que, após a mamada, também é possível fazer uma compressa fria para que diminua o processo inflamatório.

Uma dica para o bebê abrir bem a boca e pegar bastante aréola é passar o bico do peito na parte que fica entre a boca e o nariz, ainda de acordo com a Fiocruz. No caso de sentir que está com pouco leite, descansar, sempre que possível, nos intervalos das mamadas pode ajudar.

Para evitar o empedramento, é importante esvaziar o peito toda vez que estiver muito cheio ou pesado. Faça massagens suaves em todo o peito para retirar o leite. Depois, coloque o polegar e o indicador na linha que divide a aréola do restante do peito e aperte suavemente um dedo contra o outro. O leite inicialmente sairá em gotas e, logo em seguida, em pequenos jatos, orienta a Fiocruz.

Segundo Kelly, em casos de baixa produção do leite, a complementação alimentar deve ser acompanhada para que não vire o alimento principal. Ela ainda afirma que o ideal é continuar incentivando a amamentação da criança, pois quanto mais leite é extraído, maior fica a produção e, caso a procura da mama seja menor, também haverá menor produção.
O uso da mamadeira deve ser observado, pois, ao liberar de maneira mais fácil o alimento, acaba levando ao desmame. E, a menor procura pela mama faz com que o leite materno seque. A preferência é que a criança tome o leite por meio de canudo para que não perca o hábito da "pega" da mama. Mas esse método só deve ser usado, segundo a pediatra, quando a alimentação for intercalada com o peito. Se a alimentação tiver de ser fora do peito de maneira contínua, é recomendado o uso de mamamdeiras.

A mastologista Priscila Villela, do Hospital Moriah, explica que a amamentação vai além dos ganhos afetivos. Para o bebê, o aleitamento melhora o sistema imunológico, já que parte dos anticorpos da mãe são passados para a criança.

O leite materno é rico em proteínas, glicose e possui, pelo menos 85% de água em sua composição. As quantidades de nutrientes e hidratação oferecida variam de acordo coma concentração na mamada anterior (o primeiro leite que sai) e a posterior (leite que sai após alguns minutos de mamada), além do colostro, leite que aparece nos primeiros sete dias de amamentação, e o leite maduro, que segue após o sétimo dia, segundo a pediatra.

Para a mãe, a amamentação também apresenta benefícios, como a perda de peso mais rápida após o parto, já que há uma aceleração do metabolismo, diminui a contração do útero, evitando possíveis sangramentos, e previne o desenvolvimento de câncer de mama, útero e ovário.

 

R7

Foto: crédito reprodução

salsepA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda e o uso de lotes de duas versões do descongenstionante Salsep da Libbs Farmacêutica. Ao todo, 17 lotes devem sair de circulação. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (6).

A medida foi adotada após comunicado de recolhimento voluntário encaminhado pela empresa, que alegou "desvios de qualidade (pH e odor fora de especificação)" em lotes do medicamento Salsep (cloreto de sódio 0,9%) solução nasal em spray e Salsep 360 (cloreto de sódio 0,9%) solução nasal em spray.

Os lotes que devem ser retirados do mercado são: 17A0379 (Val. 01/2019), 17J0329 (Val. 10/2019), 17K0646 (Val. 11/2019), 17K0649 (Val. 11/2019), 17K0650 (Val. 11/2019), 17K0729 (Val. 11/2019), 18C0384 (Val. 03/2020), 18C0388 (Val. 03/2020), 18C0393 (Val. 03/2020), 18C0394 (Val. 03/2020), 18C0396 (Val. 03/2020), 18C0400 (Val. 03/2020) do medicamento Salsep (cloreto de sódio 0,9%) solução nasal em spray.

Do Salsep 360 (cloreto de sódio 0,9%) solução nasal em spray, serão retirados os lotes 16K0493 (Val. 11/2018), 17I0158 (Val. 09/2019), 17K0654 (Val. 11/2019), 17K0656 (Val. 11/2019) e 17K0727 (Val. 11/2019).

A Anvisa determinou que o recolhimento dos estoques existentes no mercado seja realizado pela farmacêutica.

Em nota, a Libbs Farmacêutica informou que a possibilidade de os lotes dos produtos oferecerem riscos à saúde dos usuários é pequena e que o recolhimento não afeta outros lotes e produtos.

"O recolhimento preventivo e voluntário reforça o nosso compromisso com a segurança e com a qualidade dos nossos produtos e foi motivado pela identificação, em algumas amostras, de resultados diferentes da especificação. No entanto, é importante reforçar que as alterações observadas oferecem baixas possibilidades de consequências à saúde dos consumidores, de acordo com as classificações legais de risco (RDC 55/2005)."

 

Agência Estado

Foto: divulgação

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