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Segurar o xixi pode causar cistite ou infecção urinária? Cistite é uma inflamação, sendo que a mais comum ocorre por uma bactéria, classificada como cistite bacteriana, também chamada de infecção urinária. Portanto, segurar o xixi não vai causar esse problema. Porém, quem bebe pouco líquido e deixa para urinar quando a bexiga está extremamente cheia - períodos que podem chegar a até 6 horas - pode dar mais chance para a bactéria alcançar a bexiga e se instalar, originando a infecção. Desse modo, a infecção não está associada a segurar o xixi, mas sim a ingerir pouco líquido, pois quem bebe muito não consegue aguentar períodos tão longos sem ir ao banheiro.

 
Levantar várias vezes durante a noite para fazer xixi é normal? Não. É considerado dentro da normalidade, no máximo, 8 idas ao banheiro em 24 horas, segundo o urologista Fernando Almeida, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Mas, em média, uma pessoa urina 1,5 l por dia e, especificamente à noite, há uma menor produção por conta da liberação do hormônio antidiurético. Segundo ele, é comum ir uma vez ao banheiro no período noturno. Passando desse número, é possível que seja algum problema, como produção maior de urina ou bexiga de pequena capacidade.


Por que algumas pessoas sentem vontade de fazer xixi com muita frequência? Pessoas que ingerem muito líquido vão mais vezes ao banheiro. O que não é comum é ir com muita frequência ao banheiro sem ter a ingestão de líquido aumentada. Nesta situação, é possível que a bexiga tenha pequena capacidade.

 
Fazer xixi antes de sair de casa, “por precaução”, pode condicionar o cérebro de maneira errada? Não, pode ser feito sem nenhum prejuízo à saúde.


Beber água o dia inteiro é realmente bom para a saúde? Algumas pessoas realmente precisam beber mais líquido, por exemplo, quem tem formação de cálculo renal, pois o hábito dilui a urina e evita a formação de pedra. Por outro lado, quem tem insuficiência cardíaca deve evitar quantidades elevadas. Já quem não tem nenhum problema de saúde não precisa beber muita água. A melhor maneira de saber se está tomando a quantidade de líquido adequada é olhar o xixi. Se estiver muito concentrado, significa que está com pouco líquido no corpo e então é necessário beber mais. O ideal é que a urina esteja em um tom amarelo claro.


Beber água realmente previne pedra no rim ou quem tem predisposição terá de qualquer jeito? A formação de cálculo renal está associada ao componente hereditário e constitucional da própria pessoa. Quando se bebe mais líquido, a urina fica mais diluída, evitando assim, a formação de cálculo renal. No caso de quem já tem a pedra, o hábito de ingerir líquido também é indicado a fim de evitar o crescimento do cálculo já existente. Porém, mesmo bebendo líquido, a predisposição genética aumenta a chance de desenvolver o problema.


Por que cerveja aumenta a vontade de fazer xixi? A cerveja tem dois componentes: primeiro o líquido em grande quantidade, segundo, o álcool tem um estímulo diurético que faz com que vá mais ao banheiro. Esse processo pode ser intensificado com outro fator, o consumo de petiscos com muito sal, que acaba também aumentando a produção de urina
Como prevenir a infecção urinária? A infecção urinária não tem fatores muito fáceis de prevenção, segundo o urologista. Entre esses fatores estão a anatomia da uretra, o canal da urina e a distância desse canal com o ânus. Casos que não permitem intervenção ou prevenção. De qualquer forma, ele recomenda a ingestão de líquidos.

 

R7

No Brasil, a insuficiência cardíaca afeta 2,8 milhões de pessoas e é responsável por 219 mil internações por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. É o segundo problema cardíaco mais frequente no país, atrás apenas do infarto. Segundo o DataSUS, somente em 2016 foram 28 mil mortes no Brasil por causa da doença.

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Esses números fazem com que a insuficiência cardíaca seja mais fatal do que tipos de câncer mais comuns no país. O câncer de próstata, por exemplo, mata quase 14 mil pessoas por ano, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). O câncer de mama mata quase 15 mil e o câncer colorretal faz cerca de 16 mil vítimas por ano.


De acordo com o cardiologista Mucio Tavares, diretor da unidade de emergência do InCor, a insuficiência cardíaca acontece quando o coração não consegue se contrair e expandir com força suficiente para bombear a quantidade necessária de sangue para o corpo. Por causa dessa falha na função, por fraqueza ou rigidez muscular, o sangue não irriga o órgão em quantidade adequada, como consequência, pode acontecer o acúmulo de sangue nas vísceras e nos pulmões. Este acúmulo de sangue nos vasos e órgãos do corpo se manifesta por inchaço das pernas e abdômen ou falta de ar.


Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelou que hipertensão arterial (70%), diabetes (34%), histórico de infarto (27%) e insuficiência renal crônica (24%) são as principais causas de insuficiência cardíaca. A doença de Chagas também pode afetar o funcionamento do coração ao destruir as fibras dos músculos em decorrência das inflamações causadas e, desta forma, desencadear o diagnóstico de insuficiência cardíaca - a estimativa é que 30% das pessoas que tiveram a doença de Chagas acabam desenvolvendo problemas no coração.


A insuficiência cardíaca é uma doença crônica e pode ser causada por qualquer doença que leve a algum dano no coração, como pressão alta, infarto do miocárdio, doenças nas válvulas, predisposição genética ou infecções. Os sintomas mais comuns são falta de ar constante, chiado no peito, fraqueza e inchaço nas pernas e pés, fadiga, batimentos cardíacos acelerados, além de tosse ou falta de ar ao se deitar.


A doença não tem cura, mas é possível tratar para controlar os sintomas e ganhar qualidade de vida. As opções de tratamento vão de medicamentos a válvulas, stents, marca-passo e, em casos mais extremos, transplante de coração. Os tratamentos medicamentosos mais comuns no Brasil são o enalapril, usado há mais tempo, e o sacubitril-valsartana, usado desde o ano passado e que, segundo estudo de pesquisadores norte-americanos, é capaz de reduzir o risco de morte em 20% .


Quem faz tratamento para a insuficiência cardíaca não deve esquecer os cuidados com a saúde. Levar uma vida saudável é fundamental. Isso significa cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos, seguindo sempre as recomendações médicas.

 

R7

Foto: Flickr/MY Psychology

Pessoas das classes A e B, com curso superior e jovens, são o perfil dos pacientes que usam a internet para se autodiagnosticar, segundo levantamento do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), entidade de pesquisa e pós-graduação na área farmacêutica.

O terceiro estudo do instituto sobre o tema apontou que 40,9% dos brasileiros fazem autodiagnóstico pela internet. Desses, 63,84% têm formação superior.

A última edição do estudo, de 2016, já apontava patamar de 40% de autodiagnóstico online, mas dessa vez foi traçado o perfil socioeconômico.

"É uma novidade e nos surpreendeu muito, porque imaginávamos que quem se autodiagnosticava eram pessoas que não têm acesso ao médico. Mas são das classes A e B, esclarecidas e com poder econômico para buscar informação de saúde mais concreta e consciente", diz Marcus Vinicius Andrade, diretor de pesquisa do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico do ICTQ.

Entre os que fazem autodiagnóstico 55% são das classes A e B e 26%, das classes D e E. "Pessoas de baixa renda ainda buscam mais o médico em prontos-socorros. Quanto mais idosas, mais recorrem ao médico, pois têm dificuldade com a internet de modo geral." O levantamento foi feito em maio em 120 municípios, incluindo todas as capitais, e ouviu 2.090 pessoas com mais de 16 anos. Para os pesquisadores, o imediatismo está entre as motivações, principalmente na geração de 16 a 34 anos.

A professora Isabella Oku, de 28 anos, é um exemplo. "Evito ir a consultas em relação a certos sintomas, coisas que não são tão graves, como alergias." Há cerca de oito meses, ela está com um desconforto na unha, que coça sempre que vai à manicure. Isabella pesquisou na internet uma pomada, que está usando. "Não quero precisar esperar o médico ter disponibilidade para me atender."

Na semana passada, com dor de garganta, já chegou ao consultório dizendo que estava com amidalite. "Tomei antibiótico e não adiantou nada. O médico falou que eu estava resfriada e isso é muito genérico."

Riscos

Denize Ornelas, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, diz que o número de pacientes que chegam aos consultórios com autodiagnóstico e automedicação é crescente. "O maior impacto é quando chegam por efeitos colaterais ou interação medicamentosa", diz. "A maior parte das doenças começa com dor, febre, indisposição, sintomas mais gerais. Se o paciente se automedica e não espera a progressão, pode mascarar uma doença. Dor abdominal pode ser azia e má digestão, mas, se você faz uso constante de antiácido, pode retardar um diagnóstico de câncer de estômago. É raro, mas pode acontecer."

Em 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu os critérios para que remédios pudessem ser isentos de prescrição médica. Não ter potencial para causar dependência, não ter indicação para doenças graves e ser tomado por prazo curto estão entre os requisitos. "São feitos para sintomas menores, como dor de cabeça, indisposição estomacal", diz Marli Sileci, da Associação da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição.

O Google e o Hospital Israelita Albert Einstein fecharam em 2016 parceria para oferecer informações confiáveis a usuários que fazem buscas na área da saúde por meio de quadros com dados sobre as doenças revisados pelo hospital. No ano passado, foram incluídos dados sobre os sintomas.

'Vou bem pouco ao médico'

O analista de negócios Raul Almeida, de 27 anos, está entre os 63% dos brasileiros com nível superior que têm o hábito de se autodiagnosticar pela internet. Ele busca os sintomas de doenças no Google, não gosta de ir ao médico por achar burocrático e cansativo - apesar de ter plano de saúde -, e só sai de casa com uma bolsinha de remédios básicos.

Em uma das últimas vezes que recorreu ao hospital, aguentou três semanas sentindo coceira e tentando se tratar com xarope antialérgico. "Estava coçando pouco na primeira semana. Joguei no Google as palavras 'manchas vermelhas no corpo'. Aí falou que podia ser sífilis ou alergia e para todas essas coisas o tratamento era Benzetacil. Tentei tomar só xarope, mas já na terceira semana estava muito ruim. Precisei ir correndo para o hospital. Cheguei lá e falei: isso é uma bactéria. O médico confirmou e tomei a Benzetacil", conta.

Para Almeida, a regra é: se o nariz coçou, lava com Rinossoro ou banho quente. Se sentiu dor de cabeça, compra Tylenol e Advil. "Faço automedicação total", admite. Aliás, na bolsa, o que "nunca pode faltar", diz ele, é Advil. "Aciclovir porque tenho herpes desde pequeno, Strepsys para a garganta é bom ter também. E algum sorinho para lavar o nariz."

"Esses dias minha gengiva estava sangrando. Joguei no Google ‘gengiva sangrando’. E dizia que podia ser provocada por causa dos dentes. Pensei que provavelmente está inflamada porque ainda tenho todos os meus sisos. Não posso tirar os sisos agora por falta de dinheiro. Mas também pode ser outras coisas, né? Pode ser gengivite... Não tenho a confirmação, mas também não me automediquei."

O analista de negócios tem plano de saúde da empresa onde trabalha e confessa que não gosta de ir ao médico por "pura preguiça". "É fadiga, é fila. Você chega lá e tem um monte de gente doente, aquele clima ruim... Tem de esperar senha, se cadastrar. Parece banco. Tenho paciência zero para ficar esperando. É todo um processo."

Almeida defende ainda que no Brasil as consultas e as prescrições deveriam ser feitas por médicos virtualmente, seguindo moldes internacionais, onde o paciente pode ser consultado online, usando o tablet ou o computador. "Se fosse um cenário assim, com certeza ia ser mais fácil. Mas como é muito burocrático, vou bem pouco mesmo ao médico."

 

Agência Estado

hepatiteA utilização de medicamento genérico para o tratamento da hepatite C no Brasil poderia gerar uma economia de cerca de R$ 1 bilhão aos cofres púbicos, segundo informações da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).

De acordo com a entidade, o país tem capacidade para produzir o genérico do sofosbuvir, já analisado e registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O início efetivo do fornecimento ao governo, entretanto, depende da conclusão de uma análise de pedido de patente a cargo do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).

Segundo o MSF, quando o sofosbuvir foi lançado no mercado, em 2013, o custo por tratamento chegou a US$147 mil. Atualmente, a entidade garante realizar tratamentos para hepatite C com genéricos ao custo de US$120. A economia de R$1 bilhão, portanto, se refere à diferença entre o preço atual do tratamento com medicamentos de marca e o custo do tratamento com a utilização de genérico nacional, considerando-se a oferta de tratamento para 50 mil pessoas via sistema público de saúde, conforme planejamento divulgado pelo Ministério da Saúde.

A entidade trabalha em projetos que atendem pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C em 11 países e, desde 2015, ofereceu tratamento a mais de 6 mil pacientes afetados pela doença. Entre os que concluíram a terapia até o momento utilizando genéricos do sofosbuvir e do daclatasvir, também indicado para o tratamento, a taxa geral de cura foi de 94,9%.

Carta pública

No mês passado, o MSF encaminhou ao Inpi uma carta pública sobre o uso de genéricos para o tratamento da hepatite C no Brasil. No documento, a organização humanitária pede uma análise rigorosa e ágil dos pedidos de patente em questão, levando em consideração o impacto que a decisão pode ter sobre a vida de centenas de milhares de pessoas no país que ainda não têm acesso ao tratamento para a doença.

Por meio de nota, o Inpi informou que o pedido de patente está sendo examinado e que, por este motivo, o órgão ainda não pode se posicionar sobre o assunto. Em abril, o instituto divulgou parecer técnico em que faz exigências ao depositante do pedido de patente, cobrando informações complementares. Uma possível aprovação do pedido de patente de genérico para tratamento da hepatite C, entretanto, segue sem previsão para sair.

Ainda de acordo com o MSF, os países que estão obtendo bons resultados na cobertura do tratamento contra a hepatite C são exatamente aqueles nos quais há genéricos disponíveis. O Egito, por exemplo, ofereceu tratamento a mais de 1 milhão de pessoas via sistema público com o sofosbuvir devido à rejeição de patentes-chave e à introdução de versões genéricas de baixo custo. Índia e Bangladesh são outros exemplos de países que vêm tendo bons resultados com a produção e uso dos genéricos.

“A ampliação do acesso a este tratamento para o vírus da hepatite C é crucial para alcançar a meta de eliminação da doença até 2030, assumida internacionalmente pelo Brasil no âmbito da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Esse acesso só será possível com a entrada dos genéricos, garantindo competitividade e baixo preço, conforme ressaltado na própria Estratégia Global Setorial em Hepatite C da OMS”, destacou o MSF.

Procurado pela equipe de reportagem, o Ministério da Saúde informou que, desde 2015, foram investidos R$ 2,02 bilhões na compra de medicamentos para o tratamento da hepatite C e que a pasta está em processo de aquisição de 50 mil tratamentos.

Doença

A hepatite C é considerada uma doença silenciosa. O vírus contraído pode se manifestar ou ocasionar doenças anos depois. Ela é transmitida por sangue contaminado (em transfusões, por exemplo), ao fazer sexo sem proteção ou pelo compartilhamento de objetos cortantes. O público mais vulnerável são os adultos acima de 40 anos. Quem contrai o vírus pode ter cirrose, câncer e morrer em decorrência dessas enfermidades.

Dados do ministério revelam que existem, no Brasil, mais de 1 milhão de pessoas que já tiveram contato com o vírus da hepatite C e cerca de 650 mil que são afetadas pela doença e poderiam ser beneficiadas pelo tratamento imediatamente.

 

Agência Brasil

Foto: BBC Brasil

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