• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

Pesquisa feita no Instituto Butantan demonstrou que uma substância encontrada em plantas e frutas tem efeito protetor contra o veneno da cobra jararaca.

A pesquisa, que foi realizada em 72 camundongos, mostrou que a rutina, uma molécula comum em plantas e alimentos, foi capaz de protegê-los de problemas de sangramento e de inflamação decorrentes do veneno da serpente.

O trabalho é de Marcelo Larami Santoro, Ana Teresa Azevedo Sachetto e Jaqueline Gomes Rosa, produzido pelo Laboratório de Fisiopatologia do Butantan, em São Paulo.


O trabalho é de Marcelo Larami Santoro, Ana Teresa Azevedo Sachetto e Jaqueline Gomes Rosa, produzido pelo Laboratório de Fisiopatologia do Butantan, em São Paulo.


A rutina é um flavonoide que serve de pigmento a diversos vegetais e frutas, tais como cerejas, framboesas e maçãs, dando a eles cores vibrantes, com alto poder antioxidante e anti-inflamatório.

O efeito observado na pesquisa poderá ajudar no tratamento das picadas de serpentes, principalmente nos considerados secundários, tal como a formação de coágulos sanguíneos. "O envenenamento por picadas de jararaca causa problemas de coagulação, que resultam do aumento da atividade do fator tissular.

A atividade do fator tissular é controlada pela enzima PDI e sabemos que a rutina tem o poder de inibir a PDI. Pensamos que seria possível usar a rutina para evitar a expressão do fator tissular nos casos de envenenamento, reduzindo assim complicações secundárias como a coagulação sanguínea", explicou Santoro.


O veneno da jararaca responde por cerca de 70% dos acidentes com serpentes peçonhentas no estado paulista. "No envenenamento, aumenta a atividade do fator tissular. No grupo de animais nos quais injetou-se veneno e rutina, verificamos que a rutina reduziu o distúrbio da coagulação, protegendo assim o organismo dos camundongos das ações de coagulação do envenenamento”, disse Santoro.

"No entanto, não sabemos qual foi o alvo da rutina ou de que forma ela agiu no organismo dos animais para controlar o fator tissular”, ressaltou.
De acordo com Santoro, novos estudos serão necessários para compreender melhor a atividade da rutina. “A pesquisa sugere que a rutina tem um grande potencial como uma droga auxiliar em conjunto com a terapia antiveneno para tratar picada de cobra, particularmente em países onde a disponibilidade de antiveneno é escassa”, disse.

 

Agência Brasil

cansaçoO clínico-geral Américo Cuvello, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que, conforme o ano vai terminando, as pessoas começam a se queixar de um cansaço desproporcional à atividade física realizada, além de irritabilidade com problemas simples, indisposição e descontentamento generalizado. Segundo ele, todos esses sintomas fazem parte da síndrome da fadiga de fim de ano.

 
O médico explica que a síndrome da fadiga de fim de ano consiste na perda do equilíbrio entre o que é possível executar e o excesso de atividades. “Ou seja, tudo em excesso passa a ser prejudicial. E tentar não seguir esta lei milenar acarreta em ônus à saúde”, afirma.


Segundo Cuvello, esse conjunto de sintomas resulta do excesso de trabalho associado ao hábito de deixar tudo para última hora. “O exame médico, a revisão do carro, a renegociação da dívida, tudo tem que ser resolvido antes do final do ano. Além desta sobrecarga, há inúmeras confraternizações e compra de presentes o que torna dezembro o mês mais estressante do ano”, afirma.


As férias parecem ser a solução para combater essa fadiga, porém, o clínico-geral ressalta que programar as férias também pode ser desgastante para algumas pessoas, assim como realizar excesso de atividades durante esse período. “Resulta em sensação de cansaço mesmo estando em férias”. Segundo ele, a fadiga pode ser preocupante se, mesmo com o repouso, ela não é solucionada. Neste caso, pode estar associada a doenças.


O clínico-geral afirma que a fadiga é a consequência física de que o equilíbrio do corpo foi rompido. Para reduzir o impacto dessa alteração, nada melhor que uma boa noite de sono. “Uma boa noite de sono de oito horas é capaz de restabelecer as energias”, afirma.


Fadiga logo no início do dia após uma noite de sono pode ser indício de hipotireoidismo, que é a redução da função da glândula tireoide. Outras patologias que podem causar fadiga são depressão e apneia do sono. Já a anemia provoca cansaço, segundo o médico.


Deve-se evitar a automedicação, mesmo a ingestão de vitaminas, pois isso pode ser prejudicial à saúde, segundo Cuvello. Ele explica que o excesso de vitamina C, por exemplo, pode levar ao acúmulo de uma substância no organismo chamada oxalato, que é eliminada pelos rins, aumentando a possibilidade de pedra nos rins.


Existem substâncias que são estimulantes do cérebro e reduzem a sensação de fadiga como o extrato de guaraná, chá de alho e aspartato de arginina. No entanto, seu uso pode mascarar sintomas e resultar em outras complicações clínicas, de acordo com o médico. Pessoas com problemas no coração podem desenvolver arritmias após o uso desses estimulantes.

 
Foto: Pixabay

proteseConforme antecipado nesta quinta-feira, dia 20, pela Coluna do Estadão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu proibir de forma cautelar a importação, comercialização e implantação de quatro modelos de próteses mamárias da empresa Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda.


A suspensão consta da Resolução-RE nº 3.340, publicada na edição desta sexta-feira, 21, do Diário Oficial da União (DOU).


A decisão foi tomada após a agência sanitária da França, com a qual a brasileira possui acordos de cooperação, determinar a suspensão de comercialização do produto. Agora, a Anvisa irá requerer os estudos e dossiês franceses para desenvolver aqui estudos que permitam entender os riscos para a saúde do uso dessas próteses.

 

Agência Estado

Foto: reprodução

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a ofertar, em até 180 dias, os medicamentos alfaelosulfase e galsulfase para o tratamento de pacientes com mucopolissacaridose tipos IV e VI, respectivamente. A portaria que incorpora os insumos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) foi publicada ontem (20) no Diário Oficial da União.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que a mucopolissacaridose consiste em um distúrbio genético que afeta a produção de enzimas, substâncias fundamentais para diversos processos químicos em nosso organismo. A doença não tem cura, mas um tratamento adequado, segundo a pasta, é capaz de reduzir complicações e sintomas, além de impedir o agravamento do quadro.

A expectativa do governo é que o medicamento alfaelosulfase possa atender a 153 pacientes de todo o país diagnosticados com o tipo IV de mucopolissacaridose. Já o galsulfase deve ser utilizado por 183 pacientes com o tipo VI da doença, que apresenta ainda outros quatro estágios. Em junho, o ministério incorporou os medicamentos laronidase e idursulfase alfa para o tratamento de mucopolissacaridose tipos I e II.

Doenças raras

De acordo com a pasta, as doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas que variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa. Manifestações relativamente frequentes podem simular doenças comuns, dificultando o diagnóstico, causando elevado sofrimento clínico e psicossocial aos afetados e suas famílias.

Considera-se doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 pessoa para cada 2 mil indivíduos. O número exato de doenças raras não é conhecido. Estima-se que existam entre 6 mil a 8 mil tipos de doenças raras em todo o mundo. 80% delas decorrem de fatores genéticos e as demais advêm de causas ambientais, infecciosas e imunológicas, entre outras.

“Muito embora sejam individualmente raras, como um grupo elas acometem um percentual significativo da população, o que resulta em um problema de saúde relevante”, destacou o ministério.