As bebidas energéticas, muito populares especialmente entre os jovens, representam graves riscos para a saúde, segundo advertiu nesta quarta-feira (29) a Associação Americana do Coração.
Um artigo publicado nesta quarta-feira (29) na revista acadêmica Journal of the American Heart Association indica que a ingestão de 900 mililitros de uma dessas bebidas em um curto período de tempo pode aumentar a pressão arterial e o risco de distúrbios elétricos no coração.
Estas bebidas, que surgiram na década de 90, em geral têm alto teor de cafeína e açúcares, vitaminas e estimulantes de origem vegetal - como guaraná ou ginkgo biloba e taurina -, além de metabolitos - como a carnitina. Outros ingredientes achados nas bebidas usadas na pesquisa incluem vitamina B e glucoronolactona, encontrada em plantas e em tecidos conjuntivo.
O estudo recrutou 34 voluntários com boa saúde e idades entre 18 e 40 anos. Os participantes receberam ao acaso 900 mililitros de uma das duas bebidas energéticas comumente vendidas ou a de um placebo em três dias diferentes.
Os participantes consumiram as bebidas em uma hora, mas sem ultrapassar 450 miligramas em menos de 30 minutos. Ambas as bebidas energéticas continham de 304 a 320 miligramas de cafeína para cada 900 mililitros. O placebo consistia em água gaseificada e suco de limão.
Os pesquisadores mediram a atividade elétrica no coração dos voluntários com eletrocardiograma e avaliaram a pressão arterial. Todas as medições foram feitas no início do estudo e a cada 30 minutos durante quatro horas depois da ingestão das bebidas.
O estudo constatou que, nos participantes que tinham consumido alguma das bebidas energéticas, o intervalo QT nos eletrocardiogramas foi 7,7 milissegundos maior em quatro horas do que nos que tomaram o placebo.
O intervalo QT mede o tempo que os ventrículos do coração levam se preparando para a próxima pulsação. Se o intervalo é muito curto ou longo demais, o resultado pode ser um batimento anormal ou a arritmia.
"Encontramos conexões entre o consumo de bebidas energéticas, as mudanças em intervalos QT e a pressão sanguínea que não podem ser atribuídas à cafeína. Temos que estudar urgentemente os ingredientes particulares ou a combinação de ingredientes em diferentes tipos de bebidas energéticas para explicar as conclusões do nosso teste clínico", explicou Sachin Shah, professor de farmácia da Universidade do Pacífico, em Stockton, na Califórnia, que dirigiu a pesquisa.
De acordo com Shah, o público deve estar ciente do impacto das bebidas energéticas no corpo, especialmente se a pessoa tiver condições especiais de saúde.
EFE
Qual a diferença entre o melanoma e o câncer de pele não-melanoma? Por que um é mais raro e mais grave e outro, mais comum e inofensivo? O dermatologista Pedro Dantas, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que o melanoma surge a partir dos melanócitos, células que produzem a melanina que dá cor à pele. Diferentemente dos outros subtipos de câncer de pele mais comuns, o melanoma tende a evoluir rapidamente e fazer metástase precocemente, sendo mais agressivo. Já o não-melanoma leva mais tempo para evoluir para metástase e costuma ser lesões sangrantes e de crescimento lento, curadas com cirurgia.
Raramente são realizados exames na região da cabeça. Desta forma, como saber se um tumor está se desenvolvendo? O médico afirma que exames são pedidos caso haja sintomas e para pessoas que tenham parentes com o problema e estejam buscando prevenção, além de casos em que o paciente bate a cabeça. Entre os exames para diagnóstico estão a ressonância magnética e a tomografia cerebral.