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O uso de transportes públicos pode afetar tanto a saúde física quanto a mental, segundo o cirurgião-geral Renato Poggetti, coordenador do Centro de Trauma do Hospital 9 de Julho. Segundo o especialista, os danos podem ser causados devido à aceleração do transporte, lotação e condições como limpeza, tempo de viagem, estado do trajeto e ruídos externos.


Poggetti afirma que a maioria dos acidentes pode ocorrer com pessoas que ficam em pé nos transportes, sendo sujeitos à compressão de músculos, articulações e ligamentos. Se os esforços ocorrerem diariamente e mais de uma vez por dia, a estrutura pode ser acometida mais de uma vez, gerando problemas como a tendinite e a bursite, inflamação dos tendões dos punhos e dos ombros, respectivamente.


Entre outros problemas comuns que podem ocorrer no transporte público, o especialista enumera as quedas, torções, colisões com outros passageiros ou com a estrutura interna do veículo, como barras e bancos.


O transporte público pode causar estresse, afetando também a saúde mental. Segundo o psicólogo Danilo Faleiros, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a sensação pode estar relacionada a um fator estressante no fim do trajeto, como um trabalho ruim, ou às condições do transporte, como o desconforto de estar com muitas pessoas e o risco de assédio. Para evitar esse sentimento, o psicólogo afirma que é necessário direcionar o pensamento a algo prazeroso por meio de um livro, seriado ou música.


A psicóloga Cleide Azevedo, do Hospital 9 de Julho, afirma que outra maneira de evitar o estresse dos transportes públicos é usar a bicicleta que, além de servir como meio de locomoção, é uma atividade física, favorecendo a circulação sanguínea e equilibrando hormônios associados à sensação de bem-estar.


Para Poggetti, traumas em transportes públicos podem ser prevenidos por meio da aplicação de medidas de segurança, como a limitação de passageiros que podem viajar em pé, uso de cinto de segurança para passageiros sentados e conscientização dos motoristas quanto às acelerações ou paradas bruscas. O médico afirma também que corredores exclusivos para uso de transportes coletivos ajudaria a minimizar a ocorrência de tais problemas.

 

R7