A percepção social, como a empatia e o reconhecimento de emoções, está menos ativada no cérebro de jovens expostos à violência, enquanto o medo está mais ativado. A exposição à violência ainda afeta a memória e a atenção.
Isso é o que mostrou um estudo realizado pelo InsCer (Instituto do Cérebro) da PUC-RS, com apoio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), publicado na revista científica Developmental Science.
A pesquisa faz parte do projeto VIVA – Vida e Violência na Adolescência, que investiga os impactos da violência no aprendizado e no desenvolvimento do cérebro de jovens brasileiros.
Participaram do estudo 60 moradores de bairros com os maiores índices de violência e vulnerabilidade de Porto Alegre entre 9 e 13 anos. Eles se inscreveram voluntariamente após convite feito em escolas.
A primeira trigem se deu a partir do chamado Questionário de Vitimização de Adolescentes (JVQ – Juvenile Victimization Questionnaire, na sigla em inglês) sobre a experiência com a violência. Entre os participantes selecionados, foram analisados o nível de cortisol, o hormônio do estresse, por meio de amostras de cabelo. Também foi observada a atividade cerebral durante a observação de expressões faciais (reconhecimento de emoções) por meio de ressonância magnética. O estudo mostrou que o hemisfério direito do cérebro, responsável por reconhecer as emoções, foi pouco ativado. Ao mesmo tempo, o exame revelou uma maior ativação da amígdala, centro do médo no cérebro.
A pesquisa ainda comprovou a relação entre exposição à violência e maiores níveis de cortisol no corpo, o que indica um maior nível de estresse.
"Cognição social envolve várias sub-habilidades importantes para a convivência, como a empatia. O que o estudo sugere é que as redes neurais que fazem essa percepção social estão menos ativadas nos adolescentes mais expostos à violência”, afirma o autor da pesquisa Augusto Buchweitz, professor da Escola de Ciências da Saúde da PUCRS e pesquisador do InsCer.
"Não se pode dizer se isso vai ter efeitos futuros, mas estudos mostram que esse tipo de funcionamento atípico pode aumentar o risco para transtornos de humor, por exemplo", completa.
Existem alguns animais que convivem com as pessoas, especialmente nas grandes cidades, e que podem oferecer riscos. Por isso, a população de bichos como pombos, ratos, morcegos, deve ser controlada para evitar danos maiores aos homens. O Bem Estar convidou a infectologista Rosana Richtmann para falar sobre os pombos e seus riscos para a nossa saúde.
A infectologista explica que os pombos se reproduzem muito rápido. Além disso, eles não têm predadores. Isso complica a situação em muitas cidades.
As fezes ressecadas dos pombos, espalhadas pelo vento, podem ser inaladas e causar doenças. Uma das doenças transmitidas pelos pombos é a criptococose, conhecida como “doença do pombo”. A infecção é causada por fungos que se proliferam nas fezes das aves e também em ocos de árvores, por exemplo. Inalados, eles se instalam nos pulmões e de lá migram para o sistema nervoso central. A doença pode dar meningite.
As pessoas podem confundir os sintomas da doença com gripe. Entre os sintomas estão febre, dor de cabeça forte, tonturas. Quando a ação é sobre os pulmões, a pessoa pode sentir falta de ar, tosse, febre e/ou cansaço.
Outras doenças: histoplasmose, que pode dar doenças pulmonares; salmonelose, que pode dar distúrbios gastrointestinais; além de dermatites e alergias.
Como evitar? Assim como os humanos, os pombos precisam de três fatores para sobreviver: água, alimento e abrigo. Justamente por isso, costumam viver perto da população porque é ela que fornece esses elementos nas frestas das casas, porões, sótãos ou até mesmo por deixar comida acessível no lixo ou aberta na despensa.
Há ainda as pessoas que voluntariamente alimentam os pombos, o que pode oferecer um grande risco à saúde pública. Vale lembrar, no entanto, que os pombos não devem ser mortos, apenas controlados, já que têm importância ambiental assim como outras aves.
De forma bem direta, sem enrolar: o refrigerante é uma bebida nutricionalmente vazia. Conversamos com três especialistas – Mariellen Emidio Figueroa (nutricionista do Kurotel – Centro Médico de Longevidade e Spa de Gramado/RS), Thiago Giaconi (médico nutrólogo responsável técnico pela Clínica Giaconi) e Bruno Takatsu (médico nutrólogo especialista em emagrecimento) e eles foram unânimes: o refrigerante não acrescenta nada à nossa saúde – pelo contrário, traz prejuízos de leves a perigosos.
“Eles não contribuem para suprir as necessidades nutricionais metabólicas do indivíduo e estudos mostram que o consumo de bebidas açucaradas está associado ao aumento de peso, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas”, afirma Mariellen.
A nutricionista prossegue: “Além disso, o ácido fosfórico presente em algumas dessas bebidas prejudica a absorção de nutrientes, principalmente do cálcio, que é indispensável para a saúde óssea. O benzoato de sódio, um conservante comum em refrigerantes, está relacionado a alergias, como urticária, angioedema e asma, e à hiperatividade na infância. Em alguns, de coloração mais acentuada, é encontrado o corante caramelo IV, considerado potencialmente cancerígeno. E os aditivos químicos, como conservantes e adoçantes artificiais, também contribuem para aumentar a inflamação no organismo.”
O nutrólogo Thiago acrescenta, ainda, que o consumo de refrigerantes tende a levar à diminuição do consumo de água e sucos naturais, fundamentais em uma alimentação equilibrada. Trocando em miúdos, deixa-se de ingerir uma porção de vitaminas e minerais da água e das frutas para colocar açúcar nulo no organismo.
E atenção: isso tudo vale para todas as versões de refrigerante, seja do comum, light, diet, sem açúcar ou qualquer variação de nome que haja por aí.
Benefícios de abandonar o refrigerante Ufa! Quanta informação pesada… Então agora vamos para o lado bom: os benefícios para a sua saúde quando você consegue abandonar o refrigerante – ou bebê-lo apenas de vez em quando, em uma ocasião social aqui, outra ali.
– Redução do risco de desenvolver diabetes
É provado por estudos acadêmicos que o consumo exagerado de açúcar pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2. Cada lata de refrigerante (cerca de 350 ml) tem aproximadamente 35 gramas de açúcar – o equivalente a sete colheres de chá de açúcar. Já dá para ter uma ideia do estrago se o consumo for diário.
– Redução do risco de câncer
Como foi explicado acima, os refrigerantes possuem em suas composições elementos químicos como corantes, acidulantes e aditivos em geral que aumentam a inflamação e o risco de desenvolvimento de câncer. Para que dar essa sopa para a má sorte?
– Melhora no funcionamento do intestino
O excesso de açúcar e de substâncias químicas presentes no refrigerante prejudica a função das bactérias benéficas da flora intestinal, que facilitam a digestão e a eliminação de toxinas, e favorece o crescimento das bactérias ruins, que podem “trancar” o intestino e enfraquecer a imunidade, levando à facilidade de adoecer. Os sucos e a água funcionam de modo exatamente oposto. Já sabe qual é a melhor escolha, não sabe?
– Prevenção do envelhecimento precoce da pele
As substâncias artificiais dos refrigerantes – ou seja, praticamente toda a sua composição – aumentam a formação de radicais livres, que roubam oxigênio das células e levam ao envelhecimento precoce da pele. Já a água e os sucos têm nutrientes que combatem os radicais livres e protegem a pele continuamente.
– Prevenção de doenças cardiovasculares
Um estudo feito pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA) indicou que o consumo diário de refrigerantes pode aumentar em 20% o risco de doenças cardíacas.
– Proteção do fígado
O excesso de açúcar e de substâncias químicas dos refrigerantes sobrecarrega a função do fígado, que tem trabalho dobrado para metabolizar isso tudo e acaba transformando o excesso de açúcar em gordura. Em longo prazo, se o consumo for excessivo, isso pode evoluir para uma esteatose hepática, ou seja, o acúmulo de gordura no fígado. Isso é muito ruim, pois afeta o funcionamento do órgão e a saúde geral.
– Emagrecimento
Logo no primeiro item desta lista de benefícios falamos sobre a quantidade de açúcar a cada 350 ml de refrigerante: o equivalente a sete colheres de chá. Sabemos que o açúcar no sangue leva ao estoque de gordura no organismo e, consequentemente, a engordar. Cortando o refrigerante, você interrompe esse processo e pode perder peso, caso queira ou precise.
Dicas para abandonar o refrigerante Sabemos que nem sempre é fácil abandonar algo em que nos sentimos viciadas, e que o refrigerante muitas vezes gera uma certa dependência. Então pedimos aos especialistas algumas dicas espertas para ajudá-la nessa missão.
– Reduza aos poucos a quantidade de refrigerante
Não adianta tentar cortar de uma vez: você acabará sentindo muita falta e terá uma recaída imensa, daquelas de beber uma garrafa de dois litros de refri de uma vez só. Então a dica aqui é ir aos poucos, diminuir gradativamente a quantidade de refrigerante no copo cada vez que você estiver habituada a bebê-lo (a cada refeição, por exemplo). Inicialmente, não encha o copo até a boca; uns dias depois, beba apenas meio copo por vez; depois, só um quarto de copo – até conseguir abandonar de vez.
– Alterne o consumo de refrigerante com o de sucos e água
Ao mesmo tempo em que você reduz a quantidade de refrigerante no copo, pode alternar seu consumo com o de sucos variados e água. Tomou refri no almoço? Opte por um copo de suco ou por água ilimitada no jantar. E vice versa, até chegar aquele momento em que será natural não querer mais o refrigerante, porque seu organismo já terá sentido como fica melhor após as refeições acompanhadas por sucos e água.
– Compre menos refrigerante
Pode parecer bobagem, mas não é: deixe o refrigerante acabar em casa, fique sem a alternativa de consumi-lo de vez em quando. Neste caso, vale a máxima “longe dos olhos, longe do coração”.
– Leia o rótulo do refrigerante com atenção
Assimilar conscientemente essa informação pode fazer toda a diferença. Veja a quantidade de ingredientes artificiais e convença seu cérebro de que seu corpo não precisa disso.
A retenção de líquidos é um problema que causa acúmulo de fluidos no corpo. Segundo o ginecologista Rodrigo Borsari, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a retenção líquida pode ocorrer dentro dos vasos sanguíneos, nos órgãos, dentro das células ou entre elas, provocando inchaço e até alterações no peso.
A retenção de líquidos pode ser causada por conta de alguns problemas, como insuficiência dos vasos sanguíneos, coágulos, que geram a trombose, uso de medicamentos para diabetes tipo 2 e para hipertensão, algumas doenças cardíacas, hepatite, cirrose e insuficiência renal. O ginecologista afirma que, ao chegar ao hospital, os médicos devem avaliar todas essas condições, que são mais graves, embora menos frequentes, para recomendar o tratamento correto para a causa do acúmulo de líquidos.
Durante o período menstrual, há uma retenção de líquidos maior. De acordo com Borsari, isso se dá pelo aumento da progesterona, hormônio feminino que facilita a gestação, aumentando a quantidade de líquido entre as células. Dessa forma, no período pré-menstrual, as mulheres sentem mais inchaço nas pernas, região abdominal, nos seios, braços, mãos e face. Esses sinais seriam mais evidentes ainda durante a gravidez, período em que há maior produção de progesterona pelo organismo.
O uso de alguns anticoncepcionais também está atrelado à retenção líquida. De acordo com o ginecologista, por conta da progesterona, anticoncepcionais que agem de maneira sistêmica, como algumas pílulas anticoncepcionais, implantes e anticoncepcionais injetáveis, estão mais associados ao acúmulo de líquidos. Caso a mulher sinta esses efeitos, ela deve conversar com seu médico para que ele apresente outras opções de método.
O consumo excessivo de sal também pode causar retenção líquida. O ginecologista afirma que a transição da água pelo corpo pode variar e a concentração excessiva de sal puxaria o líquido para aquele local em que estiver, diminuindo a eliminação de água pelo organismo Temperaturas elevadas também podem favorecer a retenção líquida. Isso porque, com o calor, há uma maior dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando o extravasamento de líquidos para fora dos vasos e causando mais inchaço. Entre os locais mais acometidos por retenções líquidas devido ao calor são os pés e as pernas.
Uma das formas de reconhecer se você tem retenção de líquidos é pressionar a área do corpo inchada. Segundo o médico, ao pressionar o dedão contra a pele, se ela afundar e demorar para voltar à posição anterior, ou deixar uma marca que demora alguns segundos para desaparecer, isso é indício de retenção de líquidos. Outro sinal comum são marcas deixadas por meias e elásticos ao apertarem a pele.
Nos casos de retenção líquida ocasionada por problemas graves, o tratamento é feito com remédios para a causa do problema associados a medicamentos diuréticos recomendados pelo médico. Os diuréticos são medicamentos que ajudam a eliminar o excesso de líquido mas, segundo o ginecologista, algumas pessoas fazem uso indevido do remédio com o intuito de emagrecer, podendo ser mais perigoso do que a retenção líquida, eliminando substâncias e sais minerais necessários para o corpo.
Para minimizar a retenção líquida, seja pela variação hormonal ou pela alimentação, Borsari afirma que o melhor método a ser recorrido são as atividades aeróbicas, como a caminhada ou a corrida, por pelo menos 40 minutos e três vezes por semana. A atividade física ajuda a eliminar o excesso de líquido por meio da transpiração e, com a atividade muscular, há um consumo maior desses líquidos pelo corpo.
A redução do consumo de sal e aumento da ingestão de água e chás, como o de camomila, que possui ação anti-inflamatória e antioxidante, além de frutas cítricas, como laranja, limão e melancia, também ajuda na ação diurética, eliminando os líquidos que estão em excesso no corpo. Entretanto, pacientes que tenham doenças mais graves, as orientações podem ser diferentes, com restrição da ingestão de água e de alguns alimentos.