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praiaA Vibrio vulnificus, a "bactéria da praia", matou um homem de 50 anos na praia de Solís, no Uruguai, nesta segunda-feira (7), segundo o portal de notícias uruguaio TN.

De acordo com a infectologista Taís Guimarães, da Sociedade Paulista de Infectologia, essa bactéria vive apenas na água do mar, sendo mais comum em locais em que a água tenha maiores temperaturas, como na Nova Zelândia e no Golfo do México, ou por correntes marítimas mais quentes.

Embora a bactéria seja comum dentro do mar, a infectologista explica que a infecção é rara.
Taís afirma que a bactéria pode ser contraída de duas maneiras: por meio de machucado aberto em contato com a água do mar e pela ingestão de ostras contaminadas, causando diarreia.

"Os demais frutos do mar não transmitem a bactéria, já que costumam ser cozidos. Ao serem fervidos, matam a bactéria, incapacitando a transmissão da doença", explica.

Um machucado também é uma porta de entrada para a infecção. Segundo a infectologista, quando os ferimentos acontecem na praia, por exemplo, em contato com pedras ou corais, as pessoas costumam lavá-los com a própria água do mar, aumentando ainda mais a chance de infecção.
Quando a infecção ocorre por meio de ferimentos, a pessoa começa a apresentar dores progressivas, podendo passar para outros membros — se o machucado for no pé, a dor começa no local e passa para a perna, e assim por diante —, vermelhidão, inchaço e calor local.

A infecção pode, ainda necrosar a pele, tendo avanço rápido (de um a dois dias) e, se não tratado, levar à sepse e a morte dentro do mesmo período.

Thaís afirma que, ao perceber qualquer um desses sinais, a pessoa deve ser encaminhada a um médico e, no caso de estar ferida, informar ao especialista sobre o contato com a água do mar. Nesses casos, o médico deve considerar a infecção por essa bactéria.

Nos casos de machucados menores e infecção por ingestão, o tratamento é realizado com antibióticos, apresentando melhora do quadro dentro de uma semana.
Já em machucados maiores ou mais profundos, o especialista pode requisitar que o paciente seja internado e faça um exame de sangue para que seja feita a cultura da amostra e a bactéria seja isolada, sendo a única maneira de diagnóstico.

Nessas ocasiões, o paciente, além da internação, deve fazer o tratamento com antibióticos específicos, hidratação endovenosa e, se necessário, utilizar de respiração mecânica.

A infectologista afirma que, embora seja difícil prevenir a infecção, algumas das dicas para evitar o problema é cobrir o machucado quando for à praia e, se tiver o ferimento for ocasionado no local, lavar com água doce limpa, diminuindo as chances de infecção.

 

R7

Foto: Pixabay

O tamanho das porções de comida servidas em restaurantes populares contribui para o aumento da obesidade. A conclusão é de um estudo que pesou e mediu o valor calórico de uma refeição completa, em cinco países: Brasil, China, Finlândia, Gana e Índia. Excetuando a refeição chinesa, o volume calórico por prato feito (PF), como se diz no Brasil, chega a ser, em média, 33% maior do que a de um lanche de fast food (comida rápida).


O consumo das porções servidas em restaurante populares fornece entre 70% e 120% das necessidades calóricas diárias para uma mulher sedentária, cerca de 2 mil quilocalorias (kcal).

“Os profissionais da área da saúde que lidam com pessoas obesas estão muito preocupados em orientar a população para não comer fast food, mas, na hora que vai ver a refeição completa, ela também está exagerada”, afirma a pesquisadora brasileira Vivian Suen, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

O trabalho, coordenado pela Tufts University e com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi publicado no British Medical Journal.

Na média, os fast foods ofereciam refeições com 809 calorias, enquanto as servidas à la carte (que constam do cardápio), 1.317 kcal. A pesquisadora alerta que o resultado não indica que o fast food é uma refeição mais saudável, pois não foi analisado cada nutriente, mas chama a atenção para o PF, que poderia ser uma refeição equilibrada e que, na verdade, está contribuindo para o ganho de peso.
Além da quantidade de comida oferecida pelos restaurantes em uma única refeição, também foram percebidos preparos que fazem aumentar o ganho calórico. Vivian cita como exemplo o arroz, que comumente está brilhante, indicando cozimento com excesso de óleo.

“O estudo não focou na qualidade, mas podemos dizer que tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo, essa alimentação não é saudável. Precisa prestar atenção nesse prato feito, que é uma refeição completa, mas que não está sendo saudável”, alertou. Os dados mostram que 94% os pratos à la carte e 72% dos servidos em fast foods continham mais de 600 kcal, mais que o consumo energético por refeição recomendado pelo Sistema de Saúde Pública da Inglaterra (NHS).

O estudo mediu as calorias de 223 amostras de pratos populares e de 111 refeições escolhidas aleatoriamente à la carte e de fast foods de restaurantes de Ribeirão Perto (Brasil), Pequim (China), Kuopio (Finlândia), Acra (Gana) e Bangalore (Índia). Eram considerados restaurantes que ficam a um raio 25 qiuilômetros de cada centros de pesquisa.

Conforme as medições, o tradicional PF brasileiro, com arroz, feijão, frango, mandioca, salada e pão, tem 841 gramas e 1.656 kcal. O clássico ganês fufu, com carne de bode e sopa, tem 1.105 gramas e 1.151 kcal. O típico prato indiano biryani de carneiro tem 1.012 gramas e 1.463 kcal.

Organismo resiste
A obesidade é considerada uma epidemia global pela OMS. Estima-se que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, dos quais 600 milhões estão obesos. “Diabetes, colesterol aumentado, aumento do triglicerídeos, pressão alta, tudo isso que a gente sabe que acompanha a obesidade quando ela se torna uma doença crônica”, destaca Vivian.

A pesquisadora explica que as porções exageradas têm efeito no chamado mecanismo compensatório. “São pessoas que não conseguem compensar numa refeição seguinte o que ela comeu antes. O organismo do obeso desenvolve defesas contra perda de peso." Segundo Vivian, a pessoa obesa perderia a percepção para regular a quantidade de comida necessária para a refeição subsequente.

Outro problema é que o organismo de pessoas obesas cria resistência à perda de peso. De acordo com a pesquisadora, que há casos descritos na literatura médica em que, à medida que se reduz a ingestão calórica, a pessoa em tratamento começa a gastar menos calorias. “Parece que o organismo, a partir de certo peso, tenta manter o peso que tinha antes. Ninguém sabe explicar ainda como é que isso realmente funciona.”

Vivian diz que o melhor é prevenir o ganho de peso. “Se você vai a um desses restaurantes em que a porção é excessiva, divida. Não coma tudo. E tente, dentro daquilo que existe disponível, escolher as opções mais saudáveis. Depois que a pessoa ganha peso é muito difícil perder”, recomenda a pesquisadora, que aconselha ainda mudanças no ato de comer, como mastigar devagar e dar mordidas menores na comida.

 

Agência Brasil

paoComer mais fibras ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas e morte, além de diabetes tipo 2 e câncer de intestino. É o que mostra uma revisão histórica publicada pela revista científica The Lancet.

O levantamento, encomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para guiar a formulação de novas diretrizes sobre a quantidade de fibras na dieta, sugere, no entanto, que a maioria das pessoas não está ingerindo quantidade suficiente do nutriente.

As fibras são carboidratos encontrados em alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais matinais, pães e massas integrais, feijão, lentilha, grão de bico, nozes e sementes.

Elas são conhecidas por prevenir e tratar a constipação - mas seus benefícios para a saúde vão muito além.

"A evidência agora é esmagadora. É um divisor de águas, as pessoas têm que começar a fazer algo a respeito", afirmou o professor John Cummings, um dos pesquisadores, à BBC News.

Alerta para dietas low carb
Há uma preocupação de que as pessoas estejam deixando de comer fibras à medida que as dietas low carb, que restringem o consumo de carboidratos, se tornam mais populares.

"Precisamos levar a sério este estudo. Suas descobertas sugerem que, embora cada vez mais populares, qualquer dieta que recomende pouca ingestão de carboidrato deve levar em conta o custo da perda de fibras de grãos integrais", afirma Nita Forouhi, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

"Esta pesquisa confirma que o consumo de fibras e grãos integrais são claramente importantes para a saúde no longo prazo."

Quantidade ideal
A maioria das pessoas ao redor do mundo está consumindo menos de 20g de fibra por dia.

Pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e da Universidade de Dundee, na Escócia, dizem que deveríamos consumir no mínimo 25g de fibra por dia.

Esta seria, segundo eles, a quantidade "adequada" para melhorar a saúde, mas há benefícios em ingerir mais de 30g.

 

Chegar a essa quantidade, no entanto, pode não ser tão simples. Por exemplo, uma banana por si só pesa cerca de 120g, mas não é composta apenas por fibras. Tirando todos os açúcares naturais e a água, restam apenas cerca de 3g de fibras.

Como consumir 30g?
Elaine Rush, professora de nutrição da Universidade de Tecnologia de Auckland, na Nova Zelândia, preparou a lista abaixo como um exemplo de como atingir a meta diária de 25-30g de fibras:

Meia xícara de aveia em flocos: 9g de fibras
Dois Weetabix (cereal matinal de trigo integral): 3g de fibras
Uma fatia espessa de pão integral: 2g de fibras
Uma xícara de lentilhas cozidas: 4g de fibras
Uma batata cozida com casca: 2g de fibras
Meia xícara de acelga: 1g de fibras
Uma cenoura: 3g de fibras
Uma maçã com casca: 4g de fibras
"Não é fácil aumentar a (quantidade de) fibra na dieta", ela reconhece.

"É uma grande mudança para as pessoas. Um grande desafio", acrescenta Cummings.

Dicas
O NHS, serviço público de saúde do Reino Unido, oferece algumas dicas para aumentar a ingestão de fibras. Entre elas, estão:

Cozinhar batatas com casca
Substituir o pão branco, macarrão e arroz por suas versões integrais
Escolher cereais matinais ricos em fibras, como mingau de aveia
Acrescentar grão de bico, feijão ou lentilha na salada
Comer nozes ou frutas frescas na hora do lanche ou da sobremesa
Consumir pelo menos cinco porções de frutas ou verduras e legumes por dia
Qual o benefício?
Os resultados da pesquisa sugerem uma redução de 15% a 30% na mortalidade relacionada a todas as causas e doenças cardiovasculares, ao comparar pessoas que consomem mais quantidade de fibra àquelas que comem menos.

O maior consumo de alimentos ricos em fibras também foi associado a uma queda de 16% a 24% na incidência de doenças coronarianas, derrames, diabetes tipo 2 e câncer colorretal.

Após analisar 185 estudos e 58 ensaios clínicos, a revisão sugere que se mil pessoas substituírem uma dieta pobre em fibras (menos de 15g) por uma alimentação rica no nutriente (25-29g), 13 mortes e seis casos de doenças cardíacas poderiam ser evitados.

Foi o que eles observaram no decorrer dos estudos, que costumam monitorar os participantes por uma ou duas décadas.

E quanto mais fibras as pessoas comiam, melhor.

Como a fibra atua no organismo?
Costumava haver a ideia de que as fibras não tinham muita função - que o corpo humano não conseguia digeri-las.

Mas a fibra nos faz sentir saciados e afeta a forma como a gordura é absorvida no intestino delgado, além de servir de alimento para bilhões de bactérias que vivem no intestino grosso.

Funciona como uma espécie de cervejaria, em que as bactérias fermentam as fibras para produzir uma série de compostos químicos.

Isso inclui ácidos graxos de cadeia curta, que são absorvidos pelo organismo e têm efeito em todo o corpo.

"Temos esse órgão preparado para digerir fibras, que muita gente simplesmente não usa muito", diz Cummings.

 

BBC

 

bebe"Parem de querer beijar bebê que não é seu" — este é o pedido de Rafaela Moreira feito em um post no Facebook da última sexta-feira (4). Ela afirma que o filho, Gustavo, foi infectado com herpes aos 17 dias de vida — por causa do beijo de uma visita, segundo declarações feitas ao jornal "Extra". A publicação viralizou, com mais de 185 mil compartilhamentos e 25 mil 'likes'.

Rafaela contou ao jornal que, um dia antes de aparecerem as bolhas no rosto do neném, ele chorava muito, e ela chegou a achar que poderiam ser cólicas. Quando viu as marcas, levou um susto. "O rosto dele estava todo infeccionado, aí eu o levei de imediato ao hospital, onde a médica contou que o herpes foi contraído pelo beijo. Ela recomendou que nessa fase a gente tem que evitar visitas", relatou ao "Extra".


O G1 ouviu especialistas para entender por que o vírus que causa o herpes — que afeta mais de 4 bilhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde — é tão perigoso em bebês. Também listamos algumas dicas de cuidados que devem ser adotados na hora de visitar quem acabou de chegar ao mundo.

Kléber Luz, infectologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), explica que o herpes, bastante comum em adultos, traz risco para recém-nascidos porque o sistema imunológico deles ainda é muito frágil.

"O recém-nascido tem as defesas muito baixas. O herpes, no recém-nascido, tem uma característica: invade o sistema nervoso e produz encefalite [inflamação no cérebro]. Por isso que, mesmo vendo só as bolhinhas no rosto, é um indicativo de lesão cerebral. Por isso que é grave", explica Luz.


Existem dois tipos de vírus que causam o herpes: o tipo 1 e o tipo 2. A infecção pelo 1 é a responsável pela maioria dos casos de herpes oral — que causa feridas na boca que parecem aquelas acarretadas pelo frio. Já o tipo 2 é o que dá origem à maioria dos casos de herpes genital. Segundo a OMS, cerca de 3,7 bilhões de pessoas no mundo abaixo dos 50 anos têm o tipo 1 do vírus, e 417 milhões, o tipo 2.

Contágio

"A transmissão é feita pelo contato, principalmente íntimo, como um beijo, da pessoa infectada com a que nunca teve herpes", explica Kléber Luz. Ele lembra que, mesmo que as feridas não estejam aparentes, a pessoa pode ser contaminada. O maior risco, no entanto, é quando as feridas — chamadas de úlceras ou bolhas — estão aparentes.

A doença, seja em sua variação oral ou genital, não tem cura, mas pode ser tratada com antivirais, que ajudam a reduzir a severidade e a frequência dos sintomas. Fatores como exposição ao sol e estresse podem desencadear as feridas.


Kléber explica que, devido ao fato de a maioria das pessoas já ter sido infectada por herpes — mesmo que não apresente sintomas —, a maior probabilidade é de que a criança pegue a doença da própria mãe, por meio do contato com o canal vaginal durante o parto normal. Segundo a Organização Mundial de Saúde, isso acontece com cerca de 10 a cada 100 mil nascidos em todo o mundo.


Mas a doença também pode ser transmitida se a pessoa infectada beijar o bebê — como Rafaela relata ter sido o caso do filho. Por isso, é importante adotar alguns cuidados na hora de visitar a criança. Veja:

Em primeiro lugar, espere um tempo

O ideal é não visitar a criança assim que ela nascer — espere pelo menos um ou dois meses, inclusive para dar chance à mãe de se recuperar do parto.

"Recém-nascido não é pra ser visitado, é pra ser cuidado. Uma mãe, uma tia, uma avó, encerra aí. Hoje em dia é uma caravana pra visitar — e pega, beija, abraça. A criança é muito frágil, o sistema imunológico está debilitado. Quem tem que ter contato é a mãe. Ficar em silêncio. Deixa a criança fazer um mês, dois meses, que aí pelo menos já tomou as primeiras vacinas", recomenda Kléber.

Evite segurar a criança

"Ninguém tem que pegar o bebê no colo. Ele tem que ficar na dele, quietinho, longe de todo mundo. Só quem pega é a família íntima. Tocar na mão do bebê, por exemplo, é a mesma coisa que dar um beijo na boca dele, porque ele coloca muito a mão na boca. E, se estiver doente, não vá visitar", diz a pediatra e professora da Faculdade de Medicina da USP Ana Escobar.

Se for pegar, lave as mãos e evite beijar o neném

"Todo bebê é um imunodeprimido — as defesas são baixíssimas", explica Ana. Por isso tem que ser tudo esterilizado, para não contaminar. Não existe pegar num recém-nascido sem lavar as mãos e ter passado álcool em gel. Beijar bebê não se deve — só gente muito próxima, mas mesmo assim só com certeza absoluta de que não está doente. Pode pegar com roupa limpa, tendo lavado a mão", diz a pediatra.

E, por fim, cuidado ao levar crianças junto

"Deixe as crianças longe. Os pais têm que ter bom senso — criança gripada, resfriada, não deve visitar, nem chegar perto ou respirar perto do bebê", orienta Ana.

 

G1

Foto: Unsplash