O termo “cabeça de Ozempic” viralizou nas redes sociais após circularem imagens de celebridades que apareceram mais magras, mas com a cabeça desproporcionalmente maior em relação ao corpo.
O nome do medicamento tem sido usado por seu poder de acelerar a perda de peso. Apesar disso, não se sabe se essas celebridades tomaram Ozempic para emagrecer. Ainda assim, surgiu a dúvida se este seria um efeito colateral do remédio.
Vale lembrar que o Ozempic é um medicamento indicado para o tratamento do diabetes tipo 2. No entanto, seu princípio ativo – a semaglutida – foi inclusive aprovado pelas agências reguladoras, como a Anvisa no Brasil, para o tratamento da obesidade. Daí o seu uso para controle de peso.
O efeito “cabeça de Ozempic” é real? O médico pós-graduado em nutrologia Dr. Rodrigo Neves explica que o emagrecimento rápido, especialmente quando induzido por medicamentos, pode resultar em perdas significativas de gordura corporal, inclusive no rosto.
“Contudo, a estrutura óssea da cabeça não muda, o que pode levar a uma percepção de desproporcionalidade. Este efeito é mais uma questão de percepção visual devido à rápida perda de peso do que um efeito direto do medicamento sobre o tamanho ou forma da cabeça”, diz o médico.
O que fazer quando a desproporção incomoda Ele destaca ainda que o fenômeno não é incomum, mas a extensão da desproporcionalidade varia de pessoa para pessoa. Nesses casos, é possível considerar as seguintes abordagens:
Paciência e ajuste de percepção: com o tempo, a pessoa pode se ajustar à sua nova aparência, e a percepção de desproporcionalidade pode diminuir; Mais perda de peso ou tonificação: em alguns casos, continuar a perder peso ou focar na tonificação pode ajudar a alcançar um equilíbrio visual mais proporcional; Consultoria estética: para questões de autoimagem significativas, consultar um profissional de saúde estética ou um cirurgião plástico pode ser uma saída.
Os profissionais podem fornecer opções para alterar a aparência de forma que melhore a proporção percebida. “É importante notar que a percepção de desproporcionalidade pode também indicar uma dificuldade de ajuste à nova imagem corporal. Se isso se tornar uma fonte de estresse ou desconforto significativos, procurar o apoio de um profissional de saúde mental pode ser útil”, destaca o especialista.
Rodrigo acrescenta que a perda de peso traz muitos benefícios para a saúde além da aparência. Isto é, quando feita de forma saudável e sob supervisão médica. O especialista cita, por exemplo, melhora na pressão arterial, níveis de açúcar no sangue, e redução do risco de doenças crônicas.
“Embora a estética possa ser um fator motivacional para a perda de peso, é importante manter o foco nos benefícios para a saúde a longo prazo. Ajustar a percepção de si mesmo e aceitar mudanças no corpo pode levar tempo, e apoio profissional pode ser benéfico nesse processo”, finaliza o médico.
A maior parte das pessoas, como demonstram muitos estudos, não toma os medicamentos que foram prescritos pelo médico. Não importa se são estatinas, medicamentos para hipertensão, para baixar o açúcar no sangue, para asma. Os pacientes nunca começam a tomá-los ou simplesmente abandonam o tratamento medicamentoso.
É um problema que os médicos chamam de não adesão. Faz parte da conhecida tendência humana de resistir a um tratamento. Algumas consequências desse comportamento são as inúmeras mortes e os bilhões de dólares pagos em custos médicos que poderiam ser evitados todos os anos.
Mas essa resistência pode ser superada pelos medicamentos de sucesso que combatem a obesidade – o Wegovy e o Zepbound. Eles estão surpreendendo o mundo com sua eficácia em ajudar as pessoas a perder peso e mantê-lo baixo. Ainda é cedo para afirmações e há escassez de dados sobre a adesão aos novos medicamentos, porém os médicos observaram outro efeito surpreendente: os pacientes dessas novas drogas tomam fielmente suas doses, semana após semana.
Alguns pacientes precisam superar uma relutância inicial para começar. Uma pesquisa feita em âmbito nacional mostrou que a maioria dos entrevistados perdeu o interesse em iniciar o tratamento quando foi informada de que voltaria a ganhar peso se parasse de tomá-los.
Um estudo de pequeno alcance revelou que muitos pacientes pararam de renovar as prescrições durante meses seguidos, talvez devido aos efeitos colaterais, à dificuldade de encontrar os medicamentos ou a questões ligadas aos planos de saúde e aos altos custos.
Curiosamente, dizem médicos e pacientes, aqueles que começaram a tomar os medicamentos continuaram. "Não pretendo parar de tomar o Wegovy", disse Kimberly DelRosso, de Pembroke, Massachusetts. Ela nunca se esquece de tomar a injeção semanal. Por outro lado, muitas vezes deixou de tomar os comprimidos para pressão arterial que foram prescritos quando pesava bem mais. (Hoje, depois de perder peso com o Wegovy, já não precisa deles.)
Os médicos relatam que, tal como DelRosso, a maioria dos pacientes pretende tomar os medicamentos para a obesidade para sempre. Muitos ficam entusiasmados ao saber que não precisam mais de outros medicamentos para doenças que têm relação com a obesidade.
David Cummings, professor de medicina da Universidade de Washington e diretor de um programa de controle de peso no VA Puget Sound Health Care System, registra as experiências de seus pacientes com Wegovy e o medicamento para diabetes Ozempic. Ele prescreveu até agora esses medicamentos para cerca de mil pacientes. Apenas cinco por cento pararam por causa dos efeitos colaterais, informou. Outros pararam porque o plano de saúde já não cobria o medicamento ou porque não conseguiram encontrar uma farmácia que o tivesse em estoque suficiente – o que reflete a escassez persistente desse tipo de remédio nos locais de vendas.
Mas, em geral, quem interrompe o uso não o faz voluntariamente, disse Cummings. Outros médicos que prescrevem Wegovy concordaram com isso. "A adesão é excepcional. As pessoas aceitam os medicamentos, pedem novas receitas e até levam em viagens", comentou a dra. Diana Thiara, diretora médica do programa de controle de peso da Universidade da Califórnia, em San Francisco.
Uma epidemia de não adesão Contudo, há um preço a pagar por negligenciar as prescrições médicas. Um número surpreendente de 40 a 50% das pessoas que precisam tomar medicamentos para doenças crônicas, como hipertensão ou diabetes, simplesmente não os tomam. Isso resulta em um gasto anual de, pelo menos, US$ 100 bilhões em custos médicos desnecessários. Estima-se que essa desconformidade seja responsável por cerca de cem mil mortes evitáveis a cada ano.
Mas, em geral, quem interrompe o uso não o faz voluntariamente, disse Cummings. Outros médicos que prescrevem Wegovy concordaram com isso. "A adesão é excepcional. As pessoas aceitam os medicamentos, pedem novas receitas e até levam em viagens", comentou a dra. Diana Thiara, diretora médica do programa de controle de peso da Universidade da Califórnia, em San Francisco.
Uma epidemia de não adesão Contudo, há um preço a pagar por negligenciar as prescrições médicas. Um número surpreendente de 40 a 50% das pessoas que precisam tomar medicamentos para doenças crônicas, como hipertensão ou diabetes, simplesmente não os tomam. Isso resulta em um gasto anual de, pelo menos, US$ 100 bilhões em custos médicos desnecessários. Estima-se que essa desconformidade seja responsável por cerca de cem mil mortes evitáveis a cada ano.
Embora o custo seja um desestímulo, houve um estudo que descobriu que, mesmo quando os medicamentos são gratuitos, a adesão pode ser ínfima.
Parece que há uma espécie de relutância arraigada em tomar algo que o lembre todos os dias de que você está doente – muitos pacientes percebem dessa forma. Essa relutância é mais visível com o que os especialistas chamam de medicamentos "de uso contínuo"; tomá-los diariamente faz com que alguns pacientes se sintam anormais. "As pessoas pensam que estão bem e que por isso não precisam do remédio, embora seja ele que as mantém bem-dispostas", observou Corrine Voils, psicóloga social da Universidade do Wisconsin que estuda o problema da adesão aos medicamentos.
A professora de medicina da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, Jalpa A. Doshi, disse que os pacientes fazem os próprios juízos de valor: "O medicamento tem efeitos colaterais, exige cobertura dos planos de saúde, e o ato de tomar um comprimido diário faz com que você se lembre de que está doente. O paciente se pergunta: onde estão os sintomas? Não vejo a pressão alta ou o colesterol alto. Quais são os benefícios? Ele acha que poderia, simplesmente, comer menos sal e menos alimentos gordurosos, e fazer mais caminhadas ou exercícios, em vez de tomar esses medicamentos. São autoavaliações que os pacientes fazem mentalmente e que facilitam a interrupção."
O perfil acima cai como uma carapuça em Mark Anthony Walker, de 61 anos, morador de Dublin, na Califórnia, cuja experiência com doenças cardíacas é marcada por uma história familiar preocupante – seu pai morreu de um ataque cardíaco fulminante aos 47 anos, e sua mãe, aos 48 anos.
Aos 26 anos, Walker tinha um nível de colesterol de 360. "Fiquei apavorado", contou ele, que toma estatinas desde então. Mas não pretende ficar nessa condição para sempre. Chegou à conclusão de que seu cérebro precisa de colesterol. Quanto a tomar uma droga pelo resto da vida, declarou-se totalmente contrário. Em vez disso, acredita que será capaz de controlar a doença cardíaca – e até revertê-la – com uma dieta rigorosa, exercícios e vitaminas.
O cardiologista de Walker, David J. Maron, diretor de cardiologia preventiva da Universidade Stanford, gentilmente o incentiva – e a outros pacientes também relutantes – a tomar seus medicamentos corretamente. Mas, como sabem os médicos, se atacarem com armas em punho, seus pacientes fugirão.
Menos estigma, menos vergonha O que faz as drogas para obesidade serem diferentes? Embora sejam os médicos que recomendam as estatinas e os medicamentos para pressão arterial, há pacientes que, muitas vezes, pedem aos clínicos que lhes receitem medicamentos para obesidade. Muitos desses pacientes tentaram todas as dietas e programas de exercícios que lhes apareceram à frente e, cada vez que perdiam peso, recuperavam tudo rapidamente.
Além disso, pessoas que tomam os novos medicamentos contra a obesidade não conseguem se esconder facilmente se param de tomá-los. O peso que perderam pode voltar, bem como o estigma, a vergonha e a culpa que muitas vezes acompanham a obesidade. Isso torna essas drogas muito diferentes da maioria das outras. "Você não anda com um grande sinal no peito dizendo: 'A medicação para pressão arterial foi interrompida'", disse o dr. Walid Gellad, professor de medicina da Universidade de Pittsburgh que também estuda a adesão aos medicamentos.
O lado negativo é que as drogas contra a obesidade são caras e, muitas vezes, exigem que os médicos preencham formulários de autorização prévia para os planos de saúde. Outro fato é que os medicamentos constantemente escasseiam em todos os Estados Unidos. São impedimentos que os tornam difíceis de obter.
Outras desvantagens dos medicamentos incluem efeitos colaterais como náuseas e problemas gastrointestinais. Também a forma como são administrados não é simples: os pacientes precisam injetar em si próprios os medicamentos uma vez por semana.
Em um estudo feito na Clínica Cleveland, o pesquisador Hamlet Gasoyan e seus colegas examinaram os registros digitais de saúde de 402 pacientes, em diferentes locais de Ohio e da Flórida, que tomavam Wegovy ou Ozempic para obesidade. Descobriram que apenas 161, ou seja, 40 por cento, tinham aviado suas receitas ao longo do ano. Os efeitos colaterais, a indisponibilidade nas farmácias, as questões de cobertura dos planos de saúde e o custo dos medicamentos podem ter influenciado.
Mas há uma razão pela qual os pacientes estão dispostos a ligar para dezenas de farmácias em busca dos medicamentos e se injetar fielmente todas as semanas: sem obesidade, sentem que têm uma aparência melhor e que são vistos de um jeito diferente. Não são mais evitados ou maltratados. As pessoas em volta não ficam mais olhando para o carrinho de compras ou fazendo comentários jocosos quando os ex-obesos comem uma tigela de sorvete. O constrangimento, a culpa e o estigma sem fim da obesidade desaparecem.
Esse fator tem importância para DelRosso: "As pessoas com obesidade são tratadas de forma diferente. É simplesmente horrível como você é menosprezado por ser mais pesado." Mas ela também se deleita com os efeitos para a saúde. Não tem mais apneia do sono ou pressão alta. Seu nível de açúcar no sangue, que estava próximo da faixa diabética, caiu. "Não preciso mais tomar nenhum remédio", disse ela. Exceto, é claro, o Wegovy.
Embora o custo seja um desestímulo, houve um estudo que descobriu que, mesmo quando os medicamentos são gratuitos, a adesão pode ser ínfima.
Parece que há uma espécie de relutância arraigada em tomar algo que o lembre todos os dias de que você está doente – muitos pacientes percebem dessa forma. Essa relutância é mais visível com o que os especialistas chamam de medicamentos "de uso contínuo"; tomá-los diariamente faz com que alguns pacientes se sintam anormais. "As pessoas pensam que estão bem e que por isso não precisam do remédio, embora seja ele que as mantém bem-dispostas", observou Corrine Voils, psicóloga social da Universidade do Wisconsin que estuda o problema da adesão aos medicamentos.
A professora de medicina da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, Jalpa A. Doshi, disse que os pacientes fazem os próprios juízos de valor: "O medicamento tem efeitos colaterais, exige cobertura dos planos de saúde, e o ato de tomar um comprimido diário faz com que você se lembre de que está doente. O paciente se pergunta: onde estão os sintomas? Não vejo a pressão alta ou o colesterol alto. Quais são os benefícios? Ele acha que poderia, simplesmente, comer menos sal e menos alimentos gordurosos, e fazer mais caminhadas ou exercícios, em vez de tomar esses medicamentos. São autoavaliações que os pacientes fazem mentalmente e que facilitam a interrupção."
O perfil acima cai como uma carapuça em Mark Anthony Walker, de 61 anos, morador de Dublin, na Califórnia, cuja experiência com doenças cardíacas é marcada por uma história familiar preocupante – seu pai morreu de um ataque cardíaco fulminante aos 47 anos, e sua mãe, aos 48 anos.
Aos 26 anos, Walker tinha um nível de colesterol de 360. "Fiquei apavorado", contou ele, que toma estatinas desde então. Mas não pretende ficar nessa condição para sempre. Chegou à conclusão de que seu cérebro precisa de colesterol. Quanto a tomar uma droga pelo resto da vida, declarou-se totalmente contrário. Em vez disso, acredita que será capaz de controlar a doença cardíaca – e até revertê-la – com uma dieta rigorosa, exercícios e vitaminas.
O cardiologista de Walker, David J. Maron, diretor de cardiologia preventiva da Universidade Stanford, gentilmente o incentiva – e a outros pacientes também relutantes – a tomar seus medicamentos corretamente. Mas, como sabem os médicos, se atacarem com armas em punho, seus pacientes fugirão.
Menos estigma, menos vergonha O que faz as drogas para obesidade serem diferentes? Embora sejam os médicos que recomendam as estatinas e os medicamentos para pressão arterial, há pacientes que, muitas vezes, pedem aos clínicos que lhes receitem medicamentos para obesidade. Muitos desses pacientes tentaram todas as dietas e programas de exercícios que lhes apareceram à frente e, cada vez que perdiam peso, recuperavam tudo rapidamente.
Além disso, pessoas que tomam os novos medicamentos contra a obesidade não conseguem se esconder facilmente se param de tomá-los. O peso que perderam pode voltar, bem como o estigma, a vergonha e a culpa que muitas vezes acompanham a obesidade. Isso torna essas drogas muito diferentes da maioria das outras. "Você não anda com um grande sinal no peito dizendo: 'A medicação para pressão arterial foi interrompida'", disse o dr. Walid Gellad, professor de medicina da Universidade de Pittsburgh que também estuda a adesão aos medicamentos.
O lado negativo é que as drogas contra a obesidade são caras e, muitas vezes, exigem que os médicos preencham formulários de autorização prévia para os planos de saúde. Outro fato é que os medicamentos constantemente escasseiam em todos os Estados Unidos. São impedimentos que os tornam difíceis de obter.
Outras desvantagens dos medicamentos incluem efeitos colaterais como náuseas e problemas gastrointestinais. Também a forma como são administrados não é simples: os pacientes precisam injetar em si próprios os medicamentos uma vez por semana.
Em um estudo feito na Clínica Cleveland, o pesquisador Hamlet Gasoyan e seus colegas examinaram os registros digitais de saúde de 402 pacientes, em diferentes locais de Ohio e da Flórida, que tomavam Wegovy ou Ozempic para obesidade. Descobriram que apenas 161, ou seja, 40 por cento, tinham aviado suas receitas ao longo do ano. Os efeitos colaterais, a indisponibilidade nas farmácias, as questões de cobertura dos planos de saúde e o custo dos medicamentos podem ter influenciado.
Mas há uma razão pela qual os pacientes estão dispostos a ligar para dezenas de farmácias em busca dos medicamentos e se injetar fielmente todas as semanas: sem obesidade, sentem que têm uma aparência melhor e que são vistos de um jeito diferente. Não são mais evitados ou maltratados. As pessoas em volta não ficam mais olhando para o carrinho de compras ou fazendo comentários jocosos quando os ex-obesos comem uma tigela de sorvete. O constrangimento, a culpa e o estigma sem fim da obesidade desaparecem.
Esse fator tem importância para DelRosso: "As pessoas com obesidade são tratadas de forma diferente. É simplesmente horrível como você é menosprezado por ser mais pesado." Mas ela também se deleita com os efeitos para a saúde. Não tem mais apneia do sono ou pressão alta. Seu nível de açúcar no sangue, que estava próximo da faixa diabética, caiu. "Não preciso mais tomar nenhum remédio", disse ela. Exceto, é claro, o Wegovy.
A profissional em saúde Caroline Reis, secretária de Saúde do Município de Floriano, foi uma das autoridades que estiveram presentes na solenidade realizada ontem pelo Dia do Autista.
O evento, com apresentações culturais e palestra, foi na Câmara de Vereadores e contou com presenças de alguns dos parlamentares, o público-alvo e seus familiares. Carolina, que estava representando o prefeito Antônio Reis (seu pai) destacou a importância do evento solene que foi o alusivo ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira (3) que as coberturas vacinais que mais preocupam a pasta são sarampo, HPV e Covid-19. A declaração foi dada durante lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação nas Escolas, realizado no Centro de Ensino Fundamental 306 Norte do Distrito Federal.
"A preocupação é sempre muito grande com o sarampo, até porque ele retornou e queremos eliminá-lo. Mas eu diria que todas as vacinas que estão no Programa Nacional de Imunização, como Covid-19 e HPV, são uma preocupação", destacou.
Relacionado ao HPV, nesta semana o Ministério da Saúde emitiu nota técnica que alterou o esquema vacinal do imunizante para dose única. O público-alvo continua sendo formado por meninas e meninos de 9 a 14 anos, assim como pessoas com imunocomprometimento ou vítimas de violência sexual.
"Estamos fazendo uma busca ativa dos jovens até 19 anos que ainda não foram vacinados. É um tempo de reconstruir a confiança na saúde, na educação e na vacinação", reforçou Nísia.
O vírus do HPV é o principal causador de câncer de colo de útero. Ano passado, foram aplicadas 6,1 milhões de doses da vacina contra o HPV, o maior número desde 2018 (5,1 milhões) e que representa um aumento de 42% em relação a 2022, quando foram aplicadas pouco mais de 4 milhões de doses.
Campanha nas escolas Sobre o começo da vacinação nas escolas, a ministra destacou a importância de facilitar o acesso às campanhas para os pais e responsáveis.
"Há a orientação de que os pais que, por alguma razão, não queiram a vacinação, deixem uma declaração com esse sentido nas escolas. A comunidade escolar, a Secretaria de Educação e o Ministério da Saúde trabalham não de forma impositiva pela vacinação, mas de forma assertiva para garantir a proteção dessas crianças. E estamos fazendo justamente esse apelo, de como é importante essa vacinação para as crianças e jovens", disse a titular da pasta.